Estou na Lua #10 - Let's take a walk...
(som do despertador a tocar)
Não quer abrir os olhos. Sabe que o dia que se segue será apenas mais um. E é isso que o atormenta: não irá conseguir obter aquilo que sempre desejou, mesmo depois de tanto esforço e dedicação.
Finalmente abre os olhos e vê o tecto, branco como cal. Mesmo dormindo num dos melhores hotéis da região não consegue que as mazelas que traz no corpo desvaneçam. Talvez seja porque tudo o que faça seja um risco para a sua saúde, ou talvez a dor seja psicológica. Não. Tamanha angústia não pode ser apenas psicológica.
Levanta o seu tronco e fica sentado na borda da cama. Durante este processo, não conseguiu conter um gemido, um gemido que se veio juntar aos gritos que soltara na noite passada, depois de mais um show na outra ponta do mapa. Tenho que me controlar, não posso deitar tudo a perder, murmurou ele, a pensar nas maneiras que usara muitas vezes antes para reduzir as dores.
Olha para o relógio. Ainda é cedo, vamos lá dar um passeio, suspirou ele, a pegar na coleira do seu cão.
Já não estava lá. Apesar de já passar muito tempo desde o incêndio que dizimara a sua casa e roubara a vida ao seu melhor amigo, ele ainda não se habituara à ideia. Mesmo assim levava sempre a trela do seu cão para, pelo menos, sentir a sua presença.
Encontra Paul à saída do Hotel. Este cumprimenta-o, com um sorriso e um polegar para cima, mas apenas recebe em troca um pequeno sorriso, talvez por ser ele o maior responsável pela angústia do nosso personagem. Usufruía da suas ligações com o presidente e isso ruía o interior do nosso personagem.
Mais um suspiro profundo, Vamos mas'é dar uma volta.
Logo à saída encontra Mark, talvez a pessoa que mais o impulsionara nestes últimos tempos. Mesmo sendo uma das maiores figuras de renome da empresa, aceitara perder para ele, apenas para lhe dar mais prestígio, para ele atingir o seu "anel" de latão. Mark acenou-lhe a mão e esboçou um sorriso, ele respondeu igualmente. Este sim, é um grande homem.
Depois de uma grande volta, voltara ao hotel a pensar já em treinar para o combate dessa noite, teria que enfrentar um velho amigo, num combate em que teria de fazer mais um spot maluco, teria que pôr o seu corpo em risco mais uma vez, mas mesmo assim é dos mais resistentes, daqueles que menos se lesiona. O que é que me faltará? Pensou depois de ver Adam a passar, aquele que tinha o que tanto queria.
Hoje tenho que dar o máximo, mais uma vez, que se lixe a angústia, todo o sacrifício terá que compensar...algum dia.
Entrou na arena rodeado de gritos e aplausos, fez a sua dança habitual, mas não retirou o olhar de Adam, sabia que esta noite poderá ser o momento de viragem, podia ser...O Twist of Fate da vida de Jeff Hardy.
Não quer abrir os olhos. Sabe que o dia que se segue será apenas mais um. E é isso que o atormenta: não irá conseguir obter aquilo que sempre desejou, mesmo depois de tanto esforço e dedicação.Finalmente abre os olhos e vê o tecto, branco como cal. Mesmo dormindo num dos melhores hotéis da região não consegue que as mazelas que traz no corpo desvaneçam. Talvez seja porque tudo o que faça seja um risco para a sua saúde, ou talvez a dor seja psicológica. Não. Tamanha angústia não pode ser apenas psicológica.
Levanta o seu tronco e fica sentado na borda da cama. Durante este processo, não conseguiu conter um gemido, um gemido que se veio juntar aos gritos que soltara na noite passada, depois de mais um show na outra ponta do mapa. Tenho que me controlar, não posso deitar tudo a perder, murmurou ele, a pensar nas maneiras que usara muitas vezes antes para reduzir as dores.
Olha para o relógio. Ainda é cedo, vamos lá dar um passeio, suspirou ele, a pegar na coleira do seu cão.
Já não estava lá. Apesar de já passar muito tempo desde o incêndio que dizimara a sua casa e roubara a vida ao seu melhor amigo, ele ainda não se habituara à ideia. Mesmo assim levava sempre a trela do seu cão para, pelo menos, sentir a sua presença.Encontra Paul à saída do Hotel. Este cumprimenta-o, com um sorriso e um polegar para cima, mas apenas recebe em troca um pequeno sorriso, talvez por ser ele o maior responsável pela angústia do nosso personagem. Usufruía da suas ligações com o presidente e isso ruía o interior do nosso personagem.
Mais um suspiro profundo, Vamos mas'é dar uma volta.
Logo à saída encontra Mark, talvez a pessoa que mais o impulsionara nestes últimos tempos. Mesmo sendo uma das maiores figuras de renome da empresa, aceitara perder para ele, apenas para lhe dar mais prestígio, para ele atingir o seu "anel" de latão. Mark acenou-lhe a mão e esboçou um sorriso, ele respondeu igualmente. Este sim, é um grande homem.
Depois de uma grande volta, voltara ao hotel a pensar já em treinar para o combate dessa noite, teria que enfrentar um velho amigo, num combate em que teria de fazer mais um spot maluco, teria que pôr o seu corpo em risco mais uma vez, mas mesmo assim é dos mais resistentes, daqueles que menos se lesiona. O que é que me faltará? Pensou depois de ver Adam a passar, aquele que tinha o que tanto queria.
Hoje tenho que dar o máximo, mais uma vez, que se lixe a angústia, todo o sacrifício terá que compensar...algum dia.
Entrou na arena rodeado de gritos e aplausos, fez a sua dança habitual, mas não retirou o olhar de Adam, sabia que esta noite poderá ser o momento de viragem, podia ser...O Twist of Fate da vida de Jeff Hardy.
