Chronicles of a Hitman #7 - Back - Wrestling Noticias

Finalmente, ao fim de duas semanas de pausa, o regresso. 15 dias afastado destas lides da internet (não só da CWO), por opção própria, e com um regresso "a casa" marcado por um excelente espetáculo que foi o Sporting-Fiorentina, penso que não poderia pedir mais. No entanto, este regresso e isolamento marca, também, a difícil tarefa de me pôr a par das notícias que marcam o dia-a-dia, no wrestling. Vários pay-per-views por onde escolher, shows semanais, problemas pessoais envolvendo wrestlers... Opções não faltam, mas falar de algo a que não assisti e que não acompanhei raramente dá bom resultado. No entanto, uma notícia em particular (e, sobretudo, as opiniões expressas por quem a leu) "indicou-me" o tema sobre o qual escrever.

Bret Hart participou num "Q&A", onde fez algumas considerações sobre os mais diversos temas. Sou "suspeito" para falar neste tema, já que não é preciso um "rocket scientist" para perceber o "markismo" que (ainda) tenho por este senhor, mas confesso que ver uma notícia no NWO que não acaba em nenhuma divagação/discussão estúpida me deixou positivamente surpreendido. Mas vamos ao que interessa.

Vi - e muito bem, a meu ver - alguma estranheza no facto de o combate entre Bret Hart e o "Brittish Bulldog" Davey Boy Smith, num estádio de Wembley a abarrotar, não ter sido mencionado pelo "Hitman", no seu restrito lote de combates preferidos. Não se põe em causa a escolha de um combate contra o "Mr. Perfect" Curt Hennig; é de conhecimento geral a excelente química que existia nos combates entre ambos e os elogios que Bret lhe fez, ao longo da sua carreira, não foram por acaso. A escolha, por si só, era muitíssimo complicada, muito por "culpa" do elevado número de opções que o "Hitman" tinha, mas concordo quando é dito que talvez esse combate, em 1992, merecia uma menção, apesar de o combate contra Shawn Michaels e Steve Austin também serem escolhas mais do que "credíveis".

Quanto ao acompanhamento que Bret Hart faz do wrestling, actualmente, a minha consideração seguinte talvez possa justificar a minha opinião sobre este caso, mas a escolha de três wrestlers da WWE pode ser visto de duas perspectivas: o pouco "impacto" da TNA aos olhos do "Hitman", não obtendo o reconhecimento que, talvez, já merecesse, ou um comentário com o mero objectivo de "cair nas boas graças" da WWE. Em qualquer um destes casos, comentarei esta opinião sobre outra perspectiva - a menção de Rey Mysterio. Não é segredo para ninguém que os fãs o vêem, essencialmente, como um "ícone" de marketing da WWE e nada mais - um bocado à semelhança de John Cena ou Batista. No entanto, tem ficado um pouco esquecido a sua importante contribuição, há mais de 10 anos, para o cruiserweight wrestling na WCW e, consequentemente, no mundo do wrestling, pelo que depreciações como "baixinho", "minorca" ou "anão" têm sido as mais encontradas, pelos cibernautas. Este comentário de Bret Hart vem, a meu ver, dar (ou renovar) um voto de confiança a Rey Mysterio, por tudo o que já deu e tem dado a esta modalidade. E é inquestionável que Hart não é apenas mais uma "voz" no meio de tantas outras, que gosta de deixar umas ideia no ar só para dar a ideia de perceber de wrestling; ele esteve lá, sabe como "funciona" o wrestling (principalmente, nos bastidores) e o elogio a Mysterio não surge por acaso - ele lá saberá porque o faz, mas talvez seja uma opinião a seguir para "entender" melhor o "Master of the 619".

A referência feita a John Cena e Batista como potenciais parceiros para combates interessantes, ainda que gerando alguma discordância, não me parece surgir como algo surpreendente. Como foi mencionado, John Cena tem bons desempenhos contra os "carregadores de combates", como foi Bret - exemplo disso mesmo foi o combate que o próprio referiu, neste "Q&A", contra "Stone Cold", numa época em que o "Rattlesnake" ainda não era o fenómeno que foi (há quem defenda que foi esse combate que marcou, realmente, o início da "Attitude/Austin" Era). Bret Hart talvez fosse o adversário ideal para credibilizar, de uma vez por todas, a carreira que estes dois wrestlers têm tido até ao momento.

Finalmente, o que mais despertou o meu "interesse" foi o comentário sobre o seu (conhecido) passado com Vince McMahon. É nestas pequenas coisas que se vêem os que são realmente "grandes"; após tudo o que sofreu (e que McMahon tem provado, recentemente, não ter sido algo que aconteceu por culpa do wrestler, mas do seu próprio ego), conseguir vir reconhecer que não guarda ressentimentos para com o patrão da WWE (ainda que se tenham passado tantos anos) não é para todos e só revela o verdadeiro carácter de Bret Hart - algo que tem faltado a outras "lendas", como Ric Flair ou Hulk Hogan.

Bem, por hoje, é tudo. Peço, antes de mais, desculpa à administração, por fazer este regresso sem avisar e fora do meu dia de escrita; serviu como forma de tentar "compensar" a falta de artigo, na sexta-feira passada. Faço, ainda, uma breve referência a todos quantos comentaram esta notícia; deixaram bem patente o objectivo do NWO, nesta Comunidade (poder discutir as notícias diárias que vão surgindo, expressando diferentes pontos de vistas sobre o tema em causa), e a forma como os comentários foram "conduzidos" é sempre de louvar, além de reflectir o verdadeiro espírito que deveria existir na CWO. Até sexta.

- Vash