Unificar as brands da WWE é uma MÁ ideia

Há um mês atrás, pediram-me para falar sobre a possibilidade da unificação das brands na WWE. Isso foi logo a seguir ao Money in the Bank, quando Christian combateu no RAW e lutadores como John Morrison e R-Truth tiveram competições esporádicas no Smackdown! Naquela altura, eu achei a ideia de juntar os dois rosters horrível, já que as duas brands têm tido inúmeros problemas em evitar que os seus midcarders lutem no Superstars em vez do RAW e do Smackdown.....
Avançando para esta semana, em que tivemos um RAW SuperShow e um "SuperSmackdown!, tive novamente o mesmo pensamento de há um mês atrás e acho que se a WWE terminar as duas brands até ao fim do ano, esta será um das suas piores decisões que a companhia irá tomar.
Uma das principais razões pela qual a companhia e os fãs querem terminar com as brands é para que não haja combates no RAW e no Smackdown somente para encher o card e ao mesmo tempo não terem de dar tempo de antena a superstars que não estão overs. Se esta for a razão, digo que é a um dos motivos mais estúpidos que já vi. Como é que as superstars irão fica overs, se não aparecem na televisão? Claro está que lutadores como JTG, Drew McIntyre e Trent Barreta que raramente são usados não irão receber boas reacções quando aparecerem em qualquer show – como é que irá o fã tradicional da WWE irá conhecer um lutador se este não é usado durante três meses? Se neste momento já é muito difícil para a WWE encontrar tempo de antena para lutadores como McIntyre, Santino e Justin Gabriel, será que com a extinção das brands o problema iria ser resolvido? Claro que não e até acho engraçado aquelas pessoas que se queixam que Zack Ryder não aparece no RAW sejam das principais defensoras para essa tomada de decisão da WWE. Se as brands forem extintas, a probabilidade de algumas superstars serem despedidas aumenta categoricamente e Zack Ryder não é excepção, por isso não vejo a lógica nisso.
Outro argumento muito usado para defender a junção de rosters é que a divisão de equipas, o midcard e até mesmo divisão feminina iriam se tornar novamente credíveis se todos fizessem parte de um só roster. Crêem que unificar o United States e o Intercontinental Title e coroar um undisputed champion (Dolph Ziggler ou Cody Rhodes) iria fazer do detentor do título um forte campeão e as storylines iriam ser mais desenvolvidas e sólidas. Bem, estão de novo errados e os episódios do RAW e Smackdown da semana passada mostram isso pois independentemente de haver dois títulos no midcard ou somente um, a WWE não irá dedicar mais do que dez minutos em televisão a esse campeão. Assim Ziggler está envolvido num angle com Vickie Guerrero e Jack Swagger, ele são iria ter muito tempo para desenvolver o angle se o show for conjunto e os outros lutadores que estão no panorama do título como Cody Rhodes, Alex Riley, Ezekiel Jackson, etc., irão ser postos de lado ou competir no Superstars. E isto tudo acontece por que os main-eventers como John Cena, Randy Orton, CM Punk, Triple H, e outros irão ter presença nos dois shows e iriam ter tanto tempo antena e ocupar espaço que podia ser usado para desenvolver um título secundário.
Isto traz-me ao busílis da questão. Não importa se as brands se mantenham como estão se unifiquem, pois na actual situação criativa que a WWE tem, o campeão Intercontinental e dos Estados Unidos irão continuar a ter combates de cinco minutos, as divas terão três minutos de combate e os combates de equipas terão equipas com as mesmas personagens todas as semanas. O problema não está nas brands, o problema está na equipa criativa da WWE, que em relação ao undercard, ELES NÃO TEM IDEIIA DO QUE FAZEM. Enquanto os angles de maior calibre nos últimos meses tem originado momentos fantásticos de TV (Punk/Cena, Punk/Kevin Nash,HHH, Orton/Christian), o resto do card é pura e simplesmente lixo para trabalhar. Não estou a dizer que deveriam dar trinta minutos de micro todas as semanas para Miz e R-Truth, mas enquanto a WWE não pararem de em todas as semanas nos oferecerem o John Cena e o Randy Orton show, ninguém se vai importar com o restante card. Odeio o Otunga e McGillicutty como quase toda gente e isto deve-se sobretudo a não lhes terem dado tempo sequer de fazer uma promo no RAW ou no Smackdown enquanto foram campeões. Eles nunca tiverem uma rivalidade ou tiveram numa storyline. Eles chegavam, defendiam os títulos e saíam. Podem criticar as suas limitadas capacidades de ringue e carisma por não conseguirem ficar overs, mas também podem criticar a WWE por não se importar minimamente em fazer algo com eles.
É tempo de enfrentar os factos. Extinguir as brands, não irá resolver o problema conhecido como undercard da WWE. Ter um campeão mundial, um campeão do midcard, dois campeões de equipas e uma campeã feminina, não irá originar melhores shows. O foco será sempre os main-eventers, enquanto os restantes servem somente para encher o resto do card entre os seus angles e combates. Enquanto a WWE não começar a usar os seus midcarders de modo mais efectivo, não tem nada a ganhar em unificar os dois rosters. Os ratings subirão é certo, mas como irão preparar o futuro? A WWE pode estar na posse no novo Stone Cold ou The Rock, mas nunca o irá encontrar, pois o foco principal dos shows serão sempre as mesmas pessoas todas e aqueles que conseguirem arranjar espaço no card, não terão muito tempo para o fazer. Quando a WWE saber como dar novamente importância aos títulos e aos seus campeões e os tornar relevantes, os rosters até podem se unificados, mas por agora, POR FAVOR mantenham os rosters separados e tenham na ideia que o problema não está nos talentos, mas sim nos writters.
Original de Super Chrisss em My Two Centsss - Ending The Brand Extension Is A Really BAD Idea com tradução de Wolve.
E vocês partilham da mesma opinião do autor ou tem uma opinião diferente? Teria mais a WWE a ganhar ou a perder com a junção dos rosters? Quais as vantagens e desvantagens? Deixem a vossa opinião!