A falsidade do wrestling


Quando Shawn Michaels ganhou seu primeiro World Heavyweight Championship na Wrestlemania XII, poucos foram contrários a decisão para este momento.

Era como um “sonho de criança” realizado. Foi o ápice de uma nova geração, de alguém que trabalhou duro para chegar aos postos altos do ranking da WWE para almejar sucesso.....

Sabemos agora, entretanto, que esta não é bem a história real. O marketing daquele momento falha em revelar as falcatruas e barbáries entre Michaels e se oponente futuro Bret Hart. Nem sequer se cita a influencia de backstage do grupo Klique.

E este momento me fez pensar sobre o quanto nós realmente sabemos dos superstars que olhamos a cada semana.

O ambiente da internet permitiu que conhecemos mais de como o produto funciona e das pessoas que nele estão envolvidas. E ainda assim posso imaginar que grande parte do que nos é passado são informações falsas.

Peguem, por exemplo, Kofi Kingston

Pela primeira vez que apareceu na WWE, era um jamaicano. Sua personagem atual não era em partes igual a do seu debuto. Ele era um personagem novo e colorido, mas não existia realismo algum.

Com o passer do tempo, Kingston foi sendo “americanizado”, ainda que sua raízes de ganês tenham sido descobertas. Mas o que sabemos dele, além disto?

Eu acredito que o wrestling iria se beneficiar se os shows que olhamos tivesse melhores promos e angles que ajudassem nós, como fãs, a entender as pessoas por detrás dos wrestlers. Algumas vezes, a WWE os faz muito bem, ainda mais quando utilizam música.

Mas removam as danças no show, assinaturas de contrato, brigas de backstage e talk shows para verem que o resultado seria um produto mais dedicado a qualidade de seus lutadores.

Estamos em uma era de lutadores realistas, que tem muito da sua vida divulgados e, ainda assim, todos eles são quase que generalizados. Há pouco para os diferenciar.

Desta forma, se a WWE nos permitisse conhecer melhor, entender melhor, teríamos mais afinidade com os wrestlers.

John Cena talvez seja o melhor exemplo de superstar com acesso ao público. Sabemos sobre suas boas obras na BE a Star e Make a Wish, além de programas além-wrestling em que participa. Sua imagem pública é, assim, muitos do roster, ainda assim, não sabemos que é o verdadeiro Cena.

Apenas conhecemos o John Cena wrestler.

Talvez seja dos interesses do mundo do wrestling que não conheçamos as pessoas públicas de uma empresa. Talvez mantendo-os como personagens, possam controlar o que pensamos de um mau caráter, por exemplo.

Zack Ryder é um caso onde os fãs, ao conhecer um indíviduo, dão a ele oportunidades que antes não eram recebidas. Fazem caos em shows onde ele não aparece, enfim, conseguem fazê-lo ser notado.

Como fã, eu queria saber mais. Eu queria ver mais. Saber porque Swagger entrou no mundo do wrestling, qual o caminho de John Cena até tornar-se superstar.

Queria entender as pessoas que vemos todas as semanas.

Por que não termos mais vignettes e promos? Por que não ver o que acontece atrás da cortina?

Em um periodo onde o wrestling é criticado por sua falta de cratividade, talvez um simples modo de vender um superstar é contar sua história de vida. Talvez não pare os Cena haters, contudo, saber seu percurso até o patamar actual faria muitos respeitá-lo ainda mais.

Wrestling tornou-se baseado na realidade. Em competição com o MMA, não temos personagens espalhafatosas como coveiros, zumbis, palhaços, reis, lixeiros, policiais. Apenas temos wrestlers.

Muitos destes superstars precisam de ajuda para criar sua identidade, algo que ajudaria-os a diferenciar-se de um simples musculoso a lutar.

John Morrison me vem a mente.

Quem estamos a ver? Quem é o verdadeiro John Cena? Randy orton? CM Punk?

Perguntas ainda a serem respondidas


Original de Michael Galbraight, com tradução de Johnmds
Com tecnologia do Blogger.
Enter chat