Brock Lesnar: Death Clutch - Parte III (Cap. 24) | Literatura Wrestling
Com o objetivo de divulgar histórias contadas pelos próprios lutadores em livros adaptados e traduzidos pelos colaboradores deste blog, a Literatura Wrestling trás, nestes próximos meses, toda a vida de uma das estrelas mais conhecidas no mundo do wrestling atualmente num só livro.
Semanalmente será publicado uma parte do livro "Brock Lesnar: Death Clutch", escrito e publicado em 2011 pelo próprio Brock e por seu amigo de longa data, Paul Heyman, começando pelo prefácio e acabando nos agradecimentos (parte final do livro). Esperemos que gostem das histórias!
Semanalmente será publicado uma parte do livro "Brock Lesnar: Death Clutch", escrito e publicado em 2011 pelo próprio Brock e por seu amigo de longa data, Paul Heyman, começando pelo prefácio e acabando nos agradecimentos (parte final do livro). Esperemos que gostem das histórias!
Parte III: A Espada na Minha Garganta
“RENA, QUERES CASAR COMIGO?”
“RENA, QUERES CASAR COMIGO?”
Essa era a minha única exigência. Nada demais. Apenas isso.
E então ela abandonou a World Wrestling Entertainment. Ela trabalhou muito duro para voltar àquela companhia, e agora ela estava a sair de novo, exceto que desta vez ela estava a desistir da sua carreira por mim. Não deve ter sido uma decisão fácil. Eu estava stressado, o meu futuro estava indefinido, e a minha filha ainda era muito jovem. Como todos os casais, nós tínhamos que trabalhar em algumas diferenças, mas Rena estava disposta a fazer o que fosse necessário para tudo dar certo. Ela merece muito crédito, porque naquela altura, eu apenas estava a criar controvérsias onde quer que eu fosse.
Um dia, obviamente,eu fui longe demais, e Rena decidiu que ela já estava farto das minhas porcarias. Ela foi esperta o bastante para fazer as malas e ir para a sua casa na Florida.
Eu sabia que ela era a mulher com quem eu iria casar,e eu também sabia que estraguei tudo agindo daquela maneira com ela. Eu comecei a ligar para ela, mas ela não iria facilitar comigo. Eu acho que deveria ter visto os sinais após ela não atender as minhas chamadas durante uma semana. Conforme as coisas aconteceram, ainda bem que não percebi o sinal.
Vocês podem pensar o que quiserem sobre o que eu vou contar, mas eu nunca fui de perseguir alguém. Esse não era o meu estilo. E aqui estou eu, a ligar constantemente para ela, e eu sou o primeiro a admitir que estava a implorar para que ela falasse comigo.
Na altura em que já se tinham passado duas semanas, eu estava fora de mim. Rena não atendia o telefone e não respondia às minhas chamadas. Ela estava a mandar uma mensagem alta e clara. Ela não estava a dificultar; ela queria deixar claro para mim que ela iria devotar a sua vida a mim, mas eu deveria jogar com ela seguindo as regras.
Eu queria que ela soubesse o quão sério eu estava sobre construirmos uma vida juntos, então eu saltei para um avião e, num último esforço para estar com a mulher que eu sabia que queria passar o resto da minha vida, desloquei-me até Orlando.
Eu fiz uma paragem no caminho para o aeroporto. Fui até uma joalheria e comprei um anel de noivado. Isto seria o “tudo ou nada”, e os riscos nunca estiveram tão altos. Eu já estive na casa de Rena algumas vezes, mas nunca tomei nota do endereço. Eu sabia como chegar lá vindo do aeroporto, mas isso não me ajudou muito.
Entrei num táxi, e logo de seguida estava a discutir com um motorista estúpido, porque ele continuava a dizer que precisava de um endereço. “Não se preocupe com o endereço!” Eu insistia. “Apenas vire à direita, e passe por seis semáforos...”
Eu tive que me esforçar muito para me acalmar, porque já estava a ponto de de dar um murro naquele homem. Finalmente, eu saí do carro e entrei noutro táxi.
O raio do motorista veio com a mesma porcaria do motorista anterior. “Eu preciso de um endereço, eu preciso de saber para onde estou a ir!” Bem, eu estava a tentar dizer para onde ele tinha que ir. “Segue por essa estrada, vira para a direita...”
Eu acabei por sair daquele táxi também. Eu estava a ficar sem paciência. Eu queria apenas chegar à casa de Rena, ver a mulher que eu amava e pedir para ela se casar comigo. Eu nem sequer consigo lá chegar, porque esses malditos taxistas são uns imbecis.
Então eu entrei no terceiro táxi do dia e disse ao motorista, “Ouça, eu estou a ter um dia mau. Eu só preciso chegar a casa. Eu nem sei o meu endereço. Eu só sei como lá chegar.Por favor, só me leve aonde eu preciso ir, OK?”
O motorista estava ou a rir-se de mim, ou estava muito assustado. De qualquer forma, ele disse-me “Apenas diga-me o caminho.”
Eu fiquei tão contente de ouvi-lo dizer aquilo.
Logicamente, ainda não tinha acabado.
Rena vivia num condomínio fechado e, quem diria, o portão estava fechado quando chegamos. Então eu fiquei lá sentado com o motorista durante meia hora,a pensar numa maneira de entrar, quando outro carro apareceu. Nós entramos imediatamente atrás dele, e após todos estes problemas, finalmente tinha chegado a casa de Rena.
Eu estava tão pronto para vê-la. Eu toquei a campainha.Eu fiquei lá parado, a preparar para qualquer reação que ela tivesse quando abrisse aquela porta. Se ela estiver feliz de me ver, eu iria agarrá-la com os meus braços. Se ela estiver irritada, eu terei que fazer algo pelos meus erros estúpidos. Então, como é que iria ser?
Bem, eu não descobri logo de seguida, porque Rena não estava em casa. Eu continuava lá a tocar à campainha, e eu sabia que alguém iria notar em mim estando em frente à casa dela e iriam chamar a polícia.
Eu não podia arrombar a porta porque ela tinha toda esta segurança. Para além do mais, isso provavelmente iria deixá-la muito irritada. Então, eu decidir tentar entrar na parte de trás da casa. E lá estava este gorila de 136 Kg a saltar a cerca do jardim da parte de trás, e não era como se eu estivesse a ser discreto. Eu estava a rezara Deus para que ela tivesse deixado alguma janela aberta, ou algo assim. Obviamente, não. Tudo estava trancado.
Eu vi um vizinho parado na sua garagem, e eu sabia que ele já tinha-me visto com Rena o suficiente para saber que somos um casal. Eu tive muita sorte porque ele nunca me pareceu suspeito. Eu disse-lhe que estava a trabalhar no quintal e eu precisava de uma chave de fendas. Foi a melhor desculpa que consegui inventar.
Eu usei a chave de fendas que ele me emprestou para empurrar uma das portas, e é lógico que o alarme disparou assim que eu entrei na casa. Eu sabia o código, então eu desliguei o alarme e agora eu estava dentro. Eu devolvi a chave de fendas ao vizinho, peguei nas minhas malas e comecei a esperar.Eu tinha a certeza de que Rena não estava fora da cidade, porque era óbvio que a casa estava habitada. Eu imaginei que ela voltaria e que nós resolveríamos os nossos problemas.
Bem, eu fiquei sentado durante algumas horas e ela ainda não tinha chegado a casa. Eu comecei a ligar-lhe do meu telemóvel, o que foi um movimento burro porque ela não atendia as minhas chamadas há duas semanas. Eu não queria que ela soubesse onde estava, então eu continuava a ligar-lhe do meu telemóvel, em vez do telefone dela.
Eu estava sentado na sua casa, e estava ansioso. Eu não podia esperar mais, então eu peguei no telefone da casa dela e liguei para o telemóvel dela. Vocês provavelmente podem imaginar o que se passou na cabeça dela quando ela pegou no seu telemóvel e viu o seu próprio número no ecrã.
Ela atendeu o telefone, e eu sendo apenas eu, disse apenas, “Ei, como é que estás?”
Rena estava irritada. “Brock, de onde é que me estás a ligar?”
Obviamente, eu fui para o tudo ou nada aqui, portanto disse-lhe, “Não reconheces o número?”
Ela não conseguia acreditar. “É melhor que não estejas na minha casa!”
Eu disse-lhe, “Bem, eu estou aqui e estarei aqui quando tu regressares, porque eu estou à tua espera!”
Só para me ensinar uma lição, Rena demorou o tempo que queria para regressar a casa, fazendo-me esperar, esperar e esperar.Assim que ela chegou a casa, eu sabia que ela estava tão feliz de me ver o quanto eu estava feliz em vê-la—mas eu ainda estava a pisar em ovos.
Eu acabei passando uma semana com Rena em Flórida. Quando ela me levou ao aeroporto, ela entrou no terminal comigo. Foi ali, na cascata do aeroporto de Orlando, quando eu pedi para ela se casar comigo.
Eu não acho que a minha esposa tenha algum arrependimento de ter dito sim. Eu posso-vos dizer, que nunca me arrependi um único momento. Nós fomos feitos para estar juntos.
Traduzido por: Kleber (nWo4Life)
Adaptado por: FaBiNhO
No próximo capítulo: Brock Lesnar nos contará sobre o reencontro com Vince McMahon! Se você perder o próximo capítulo, ganhará uma passagem só de ida para Suplex City!