Toque Feminino: Líderes Natos – parte I
Quando tentamos definir um Bom profissional, independentemente do ramo de trabalho, há uma série de qualidades que desde logo enumerámos: inteligente, esperto, sabe gerir a carreira, sabe gerir os conflitos, é equilibrado, sabe falar, tem disciplina, humildade, paciência, compromisso … essencialmente tem espírito de liderança! E um líder tem tanto mais valor quanto mais espontaneamente as pessoas o reconhecerem nesse papel. Quero com isto dizer que um líder autoritário, que obriga os outros pessoas a aceitarem-no, tem menos legitimidade que alguém que surge naturalmente como líder de um grupo, mesmo que não se tenha candidatado a tal… estes são os verdadeiros líderes natos!
Na WWE há alguns líderes natos, que apesar das diversidades e conflitos, conquistaram o público que os aclama e são os ídolos dos jovens aspirantes a lutadores. E os líderes influenciam os seus seguidores!
Estes líderes são aceites pela maioria e é-lhes reconhecido unanimemente o seu talento, mesmo por aqueles que não gostam deles e pelos outros que lhes querem “roubar” a liderança.
Na WWE os líderes vão flutuando conforme os tempos que se vivem, sofrendo-se as consequências das modas, mas só os natos prevalecem imunes às “ditaduras” dos intelectuais e dos fashion victims. Vou tentar fazer-me entender.
A originalidade é importante, mas não gosto da originalidade forçada, ou seja, como muitos pseudo-intelectuais que até gostam de A e B, mas deixam de gostar porque toda a gente gosta e está na moda, e eles são superiores à cultura de massas, não podem gostar do que toda a gente gosta, têm que ser diferentes. Por outro lado, temos os fashion victims, que até nem gostam de C e D, mas têm que fazer um esforço enorme para gostar porque eles são fixes e temos que gostar do que a maioria gosta. Por isso, acho que deve haver bom senso para dosear o original e o que está na moda, não por ser original ou estar na moda, mas porque é bom, e portanto, devemos dar-lhe o devido valor… a isso chama-se ter personalidade.
Concretamente, o Cena acabou por ser uma vítima de todos. Os pseudo-intelectuais, que no início o adoravam porque ele era cool, mas como entretanto toda a gente gostava do Cena, tiveram que deixar de gostar dele, como se do dia para a noite ele tivesse perdido as qualidades. Como gostar do Cena passou a estar na moda, muitos meninos e meninas passaram a adorar o Cena… conclusão: usa-se e abusa-se da imagem do senhor para que os pseudo-intelectuais o detestem cada vez mais, para que os fashion victims o adorem e o “consumam” cada vez mais, e para que os outros, aqueles que independentemente do sabor do vento se mantêm fieis aos seus princípios, comecem a desacreditar naquele mundo!
Quando deixaram de gostar de Cena, os pseudo-intelectuais começaram a aclamar Orton, que merecia já há muito (mais) uma oportunidade de subir ao topo! Entretanto, Orton foi coleccionando fãs, porque começou a estar na moda gostar dele. Agora ele está no topo, e o que é que se passa? Iniciou-se o movimento “Anti-Orton”, porque ele não convence como campeão, como convencia como pretendente… mais um que perdeu as qualidades num abrir e fechar de olhos? Não, simplesmente Orton começou a estar na moda! E este é o ciclo de quase todos os lutadores de wrestling, excepto dos líderes natos, esses são intocáveis ao longo do tempo, sendo sempre considerados os melhores.
Para mim, há claramente 3 líderes natos assumidos na WWE (pode haver mais, mas são 3 os que eu destaco) e mais um ainda em ascensão, mas muito promissor… é de cada um deles que vou falar nas próximas semanas… aceitam-se apostas!
Entretanto, fiquem com um Bom Natal, com muitas surpresas boas!
