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Serei um Smart!? - Impacto Total

Esta semana, ao visitar o espaço noticioso do SWWE (site recomendado), dei de caras com uns vídeos, alojados no YouTube, onde eram mostrados alguns dos melhores momentos dos espectáculos realizados pela APW, em finais do mês passado. Naturalmente que os vi, e depois disso, tenho apenas de deixar umas palavras de elogio à APW.

Até hoje, ainda não assisti a qualquer evento realizado pela APW. O contacto que tenho com a Associação, é a de um normal curioso, ou seja, tem sido feito através dos meios normalmente usados para o efeito, desde as reportagens da imprensa, assim como os conteúdos disponibilizados por quem está ligado à Associação, sejam eles vídeos, ou artigos/notícias. Por isso, não sei, nem posso dizer se os shows foram um sucesso em termos de assistência ou não, mas também não é isso que quero abordar.

Quero antes, falar sobre o "Impacto" que a APW, assim como outras federações/associações, estão a marcar no panorama do wrestling em Portugal. É triste aquilo que vou disser, mas de um modo geral, na blogosfera e nos sites um pouco por toda a net, a opinião sobre o wrestling nacional não é a melhor. Infelizmente, essa é uma característica bem nacional, não dar valor ao que é nosso, seja em que ramo for. Por isso, poucos são capazes de singrar no nosso mercado, assistindo-se em muitos casos, a um sucesso de modas. Digo isto, sem ser um nacionalista puro, antes pelo contrário, quem me conhece, sabe que os meus ideais políticos, sociais e culturais, são bastante liberais.

As opiniões talvez não são as melhores, e isso reflecte-se um pouco numa critica, por vezes fácil e demagoga. Reconheço, como consumidor que o trabalho em ringue, talvez não seja o melhor, ou de uma qualidade fora de série. Mas meus caros, não se pode tomar como partido de comparação, associações/federações com largas dezenas de anos, e Países onde o wrestling já está instalado à muito tempo, contrariamente aquilo que temos por cá. Não posso, porque não sei, disser exactamente, à quanto tempo se pratica wrestling de uma forma regular, em ringues nacionais, mas de certeza que não deve acontecer à tanto tempo como nos US, México, Japão, entre outros países.

Afirmei que talvez a qualidade não seja a melhor, mas é natural que ao longo do tempo e dos anos, com entradas de novas gerações, métodos e condições de treino, o nível melhore bastante. Dando um exemplo de um amigo meu, que começou a fazer "roller inline" à cerca de dez anos, quando quase não haviam parques (e isto fora de qualquer grande cidade), nem uma grande divulgação da modalidade. Ele continuou a treinar e praticar a sua paixão (para aguentar aquelas quedas, tem de ser paixão) até que chegou aos maiores níveis nacionais, vencendo etapas com os melhores (sim é verdade). Hoje, ele diz que a nova geração que apareceu, já tendo ele 27, conseguem com 18 anos, fazer coisas que ele não conseguía, nem com essa idade imaginava fazer.
Como no exemplo atrás indicado, a evolução vai acontecendo, não deixo também de afirmar, que apesar de não se poderem comparar aos atletas da WWE ou da TNA (ROH, etc.) , os praticantes nacionais, merecem palavras de elogio e incentivo, porque além da demonstração de paixão à modalidade, têm a coragem de a praticar. Nunca fiz, e provavelmente, farei wrestling, por isso, e não só, não tenho qualquer moralidade para apenas criticar e apontar erros. Eles existem, é uma realidade, e quem os comete, deve antes dos restantes sabe-lo, porque só assim pode evoluir, além da impossibilidade de se alcançar a perfeição, mas é bonito reconhecer o esforço, a dedicação e a qualidade, que também existe.

Nesse sentido, a APW merece ver reconhecida a sua capacidade em trazer até cá, alguns dos maiores estrelas que pisam, e pisaram os maiores palcos do mundo. Acredito que para o fazerem, foi necessário muitas horas de esforço, diversos contactos, muitas contas e muito sentido aventureiro. Mas concretizou-se, e por dois anos consecutivos, tivemos em solo luso, sem ser num show da maior empresa mundial do ramo, dois ex-campeões máximos dessa mesma empresa, assim com outras super-estrelas.

O ano passado, em eventos realizados em Lisboa e no Porto, local de onde são oriundos alguns meus colegas de blog, estiverem presentes nada mais, nada menos, que um dos maiores de sempre da industria, Kurt Angle, o actual campeão da TNA, Samoa Joe, assim como muitas outras estrelas, que a alguns anos, nunca imaginávamos vê-los por cá, como Rhino, Team 3D, Cage, jovens bastante consagrados, como Styles, Daniels, Abyss, entre outros. Este ano, o cartaz foi menor em termos de super-estrelas, mas nomes (e currículos) como RVD, Raven, assim como Joey Mercury e Eugene (sim, aquele que aparecia em todas as listas dos desaproveitados) não são de ignorar. O que ainda acho mais curioso, é que alguns se riem e gozam com a presença de Francisco Rocha no evento! Mas não é a WWE que leva K-Fed, um gajo apenas conhecido por ter ser ex-marido e pai de duas crianças da Britney Spears até aos seus shows, e com lugar de altíssimo destaque!

Mais uma vez, não quero com isto dizer que tudo é bom (ou mau), ou vai bem pelo wrestling nacional. Não tenho conhecimentos, nem sentido moral, para fazer essa avaliação. Ao longo dos anos, vão acontecendo coisas boas e menos boas. A critica, nem pode nem deve, ser nunca ignorada, já que é feita pelo consumidor, ou potencial consumidor, mas o esforço por promover o wrestling, merece sempre um elogio, e estes eventos, sucessos ou não, não interessa para aqui, merecem-no. Parabéns à APW, assim como ás restantes federações/associações nacionais, como por exemplo o WP.

Para terminar, os vídeos, para quem ainda não os viu, ou queria rever:

Noite 1



Noite 2

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