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Heyman Hustle #6


Estou a escrever isto após chegar a casa de uma viagem à Califórnia.

E se ouviram falar do terramoto em Los Angeles, permitam-me divagar um bocado antes de começar!

Estive no terramoto da Califórnia na manhã da passada terça-feira – e perdi a coisa toda!

Estou tão furioso!

Estava no meu carro alugado, e a menos que seja um "grande", não o sentem dentro do veículo.

Estive em tornados, furacões, tempestades, no Inverno do Minnesota e num avião que aterrou numa pista congelada na Sibéria.

Mas nunca tinha estado num terramoto. Perdi alguns deles, nunca tive a experiência.

Portanto, quando virei da Wilshire Boulevard para o El Camino Drive e reparei nas pessoas a fugirem em ambos os lados da William Morris Plaza, a única coisa que pensei foi: "Fogo, eles são pontuais na hora de almoço aqui, não são?"

Parecia o movimento típico da noite em Nova Iorque, mas em Los Angeles é um bocadinho mais suave.

Enquanto saia do carro, as pessoas apressavam-se a perguntar "Estás bem?" e eu não fazia a mínima ideia porquê.

Só pensava "Estou assim tão mal?" Não conseguia perce

ber porque é que toda a gente estava tão preocupada. Estava pálido? Enjoado? O que é que se passava?

Só quando entrei no escritório é que descobri que tinha havido um terramoto. E eu ali, no meio, e perdi tudo. Ás vezes, mesmo quando se ganha, perde-se!

OK, desculpem-me a divagação.



Vamos voltar ao que eu realmente queria escrever.

A WWE impôs o seu próprio terramoto no mundo do wrestling quando alterou tudo com o draft

E depois do rescaldo da mesma, os resultados foram completamente desapontantes

Quando as mudanças começaram a ter impacto, havia um zumbido à volta da programação da WWE.

O CM Punk ganha o título mundial ao Edge? O HHH vai para Smackdown? Jericho como top heel da Raw, enquanto o Rey Mysterio, o Batista, e até o Kofi Kingston prometem mudar o panorama?

A Smackdown fica com o "The Game", o Good Ol' JR, e o Jeff Hardy. A ECW tem como foco o Mark Henry como campeão dominante. Hey, as coisas parecem “novas e frescas” na WWE.

Agora, como o Rob Van Dam diria, aqui vem a morte da excitação (Here comes the buzz kill).

Um mês mais tarde, a excitação já não existe. A WWE matou o aumento de interesse da maneira que está a lidar com as coisas.

O reinado do CM Punk está a ser tratado da mesma m

aneira que o do Rey Mysterio. Está a ser pintado como um campeão que não merece o título. Ele não é “O campeão”. Só está a carregar o título durante um período transaccional.


Não há nada de errado com isso, mas a ideia era dar a alguém “novo” a oportunidade de se aguentar no topo. Isso era interessante de se ver.

No seu enorme currículo, a WWE construiu estrelas globais como o John Cena, HHH, Undertaker, Shawn Michaels e o Batista. Prestes a juntarem-se a esse grupo estão o Edge, e o Randy Orton, e talvez até o MVP ou mesmo o Ken Kennedy, se conseguir ultrapassar a sua falta de confiança.

Assim, ver os Cryme Time subirem ao aliarem-se com o Cena ou o DiBiase e o Rhodes a serem os jovens rebeldes que estão a tomar conta de tudo está a excitar o fã casual.

Angaria mais fãs, porque todo o sumo que existe já foi espremido e os fãs precisam de sangue novo.

Ver o Punk a aguardar até perder o título? Não cativa.

Ah, pois, o Rey está na Raw também. Pensei em lembrar-vos disso, porque parece que a WWE não fez grande coisa disso, pois não?

Hey, e aquele gajo pelo qual vale a pena ver a Smackdown, o Edge?

Bah.

Na minha opinião, o Edge é o melhor wrestler actualmente (como dito numa crónica anterior) e a razão por trás do regresso do Undertaker faz sentido, mas a separação do Edge e da Vickie acabou com um angle que as pessoas adoravam detestar.

O Edge e a Vickie Guerrero faziam magia juntos, e eram tão cativantes como o par entre ele e Lita.

Tão diferentes em tantas maneiras, mas igualmente cativantes, graças as brilhantes performances heel de ambos. Os dois clicavam. Funcionavam. Estavam over com o público.

Eram detestados, insultados, pensados com desejos vingativos. E o público adorava pensar no momento em que sofreriam o seu “destino”.

Separa-los tirou grande parte do interesse. Enquanto Undertaker vs Edge num Hell in a Cell no Summerslam é uma grande atracção, e provavelmente será um dos melhores HIAC de sempre, o interesse não é tão grande como à um mês atrás.

Conclusão?

Bem, os shows foram razoáveis. Tenho a certeza que a Vickie tem um plano com o Mike Adamle, mas para o público ele simplesmente não presta.

O desempenho do Jericho têm sido absolutamente espectacular, e Jericho vs HBK está a ser qualquer coisa de espectacular.

Mais, o Cade está ali para quebrar o momentum do Shawn, criando ainda mais heat para o Jericho.

Tirando esta feud, a programação da WWE podia e devia ser muito melhor

O Adamle, como discutido, não presta.

O HHH integrou-se na Smackdown demasiado rápido. Nos primeiros dois meses devia ser o intruso a tentar integrar-se num show onde queria dominar como campeão, sentindo-se desprezado pelos faces e pelos heels.

Até os comentadores se sentiram retidos e sem interesse na acção, mas não têm culpa nenhuma, porque presumivelmente alguém está a gritar-lhes pelos headsets para dizer o que fazer.

Os “novos talentos” deviam ser uma constante preocupação e não estrelas transaccionais.

Prevejo que se o Summerslam só tiver metade da qualidade para o potencial que tinha, a WWE consiga encontrar alguma maneira de injectar interesse outra vez.

É um card para encher chouriços, mas algumas reviravoltas podiam dar o empurrão que a WWE precisa.

Se não, que se lixe. Talvez esteja na altura de ver TNA.

OK, se calhar as coisas não estão assim tão más.


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