Heyman Hustle #7
Como tenho visto que o blog tem andado com falta de crónicas, resolvi traduzir já isto hoje para quebrar a monotonia. Disfrutem, que não é todos os dias ;)

A saída do Ric Flair da World Wrestling Entertainment levou a que os seus agentes negociassem acordos com quem tivesse o dinheiro e os termos para contratar o Nature Boy por uma noite.
Com dificuldades financeiras e o já sabido divórcio da sua 3ª esposa, o Flair aparentemente fez a decisão de tomar "o caminho mais fácil" do que garantir os $500,000 que fazia com a WWE.
É um bocadinho difícil de ver, porque francamente, o Flair merece melhor. Só percebi isso quando vi um vídeo dele a fazer uma promo numa pequena federação independente em Chicago.
A PCW é só uma das muitas federações independentes que estão a aproveitar a oportunidade de utilizar o campeão mundial por múltiplas vezes nos seus espectáculos.
Em vez de meterem o Flair a falar com os novos talentos - que é a maneira como usavamos o Terry Funk na ECW original - contentam-se com o Nature Boy a fazer as suas famosas promos e a falar de beijar todas as raparigas na cidade.
É triste ver o Flair publicitado para espectáculos mal arrendados nesta altura da sua vida. Ele devia estar acima disso. Não sei quanto dinheiro é que ele vai ter daqui a 1 ano, mas a não ser que seja significativamente mais do que o meio milhão de dólar que o Vince McMahon lhe oferecia, não sei qual é o objectivo dele.
O Vince tem estado à procura do Babe Ruth do wrestling à anos. O seu pai pensou no grande Antonio Rocca nos anos 50. Ambos os Vinces pensaram que o Bruno Sammartino seria perfeito. O Vincent Kennedy McMahon de agora lembrou-se que o Hulk Hogan podia conseguir. Parece que cada vez que os McMahons pensam em alguém, essa pessoa escapa-lhes sempre por entre os dedos..
Não sei se o Flair estava infeliz com a sua posição na WWE, e se estivesse, não porquê. Mas sei que todos os dias que o Flair era mantido fora do ringue, estava a ser ser construído o hype para o momento em que ele se anunciaria como o arbitro convidado para Wrestlemania ou para o SummerSlam.
Todas as menções do seu nome - dito pelos comentadores com grande respeito - só aumentavam o apetite para outro Whoo, outra chapada, outro taunt, outro discurso, outra aparição.
O seu nome tem peso. Uma aparição na rádio ajuda a promover eventos. O seu aperto de mão significava alguma coisa para os publicitadores.
E estavam a pagar-lhe $500,000 por isso.
Desde que deixei a World Wrestling Entertainment, a única ligação que mantive com a indústria foi através destas crónicas.
Se verificarem com os produtores e com as empresas, verão que recusei inúmeras convenções, sessões de autógrafos, aparições, contratações para booker, promos shoot, etc. Este sou eu.
Não estou a dizer que o Flair não devia aproveitar o potencial de ganhar dinheiro que tem actualmente. E espero que ganhe milhões com qualquer coisa que faça. Mas vê-lo em anúncios para quase todas as federações fá-lo parecer antigo, não relevante, que é uma coisa que ele ainda pode ser.
O Flair pertence aos grandes palcos, não ao sitío onde os míudos vão para ganhar nome nem ao sitío onde as lendas penduram as botas.
Não estou a censura-lo. Por favor não pensem que "O Heyman censura o Flair," ou que me esqueci dos dias em que a ECW era uma pequena federação independente. VEJAM o vídeo (está no meio da página). Por favor. E construam a vossa própria opinião. É assim que querem ver o Flair nos dias de hoje? Não é um bocadinho desconfortável? Não parece "errado"?
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O Ric Flair merece melhorA saída do Ric Flair da World Wrestling Entertainment levou a que os seus agentes negociassem acordos com quem tivesse o dinheiro e os termos para contratar o Nature Boy por uma noite.
Com dificuldades financeiras e o já sabido divórcio da sua 3ª esposa, o Flair aparentemente fez a decisão de tomar "o caminho mais fácil" do que garantir os $500,000 que fazia com a WWE.
É um bocadinho difícil de ver, porque francamente, o Flair merece melhor. Só percebi isso quando vi um vídeo dele a fazer uma promo numa pequena federação independente em Chicago.
A PCW é só uma das muitas federações independentes que estão a aproveitar a oportunidade de utilizar o campeão mundial por múltiplas vezes nos seus espectáculos.
Em vez de meterem o Flair a falar com os novos talentos - que é a maneira como usavamos o Terry Funk na ECW original - contentam-se com o Nature Boy a fazer as suas famosas promos e a falar de beijar todas as raparigas na cidade.
É triste ver o Flair publicitado para espectáculos mal arrendados nesta altura da sua vida. Ele devia estar acima disso. Não sei quanto dinheiro é que ele vai ter daqui a 1 ano, mas a não ser que seja significativamente mais do que o meio milhão de dólar que o Vince McMahon lhe oferecia, não sei qual é o objectivo dele.
O Vince tem estado à procura do Babe Ruth do wrestling à anos. O seu pai pensou no grande Antonio Rocca nos anos 50. Ambos os Vinces pensaram que o Bruno Sammartino seria perfeito. O Vincent Kennedy McMahon de agora lembrou-se que o Hulk Hogan podia conseguir. Parece que cada vez que os McMahons pensam em alguém, essa pessoa escapa-lhes sempre por entre os dedos..
Todas as menções do seu nome - dito pelos comentadores com grande respeito - só aumentavam o apetite para outro Whoo, outra chapada, outro taunt, outro discurso, outra aparição.
O seu nome tem peso. Uma aparição na rádio ajuda a promover eventos. O seu aperto de mão significava alguma coisa para os publicitadores.
E estavam a pagar-lhe $500,000 por isso.
Desde que deixei a World Wrestling Entertainment, a única ligação que mantive com a indústria foi através destas crónicas.
Se verificarem com os produtores e com as empresas, verão que recusei inúmeras convenções, sessões de autógrafos, aparições, contratações para booker, promos shoot, etc. Este sou eu.
Não estou a dizer que o Flair não devia aproveitar o potencial de ganhar dinheiro que tem actualmente. E espero que ganhe milhões com qualquer coisa que faça. Mas vê-lo em anúncios para quase todas as federações fá-lo parecer antigo, não relevante, que é uma coisa que ele ainda pode ser.
O Flair pertence aos grandes palcos, não ao sitío onde os míudos vão para ganhar nome nem ao sitío onde as lendas penduram as botas.
Não estou a censura-lo. Por favor não pensem que "O Heyman censura o Flair," ou que me esqueci dos dias em que a ECW era uma pequena federação independente. VEJAM o vídeo (está no meio da página). Por favor. E construam a vossa própria opinião. É assim que querem ver o Flair nos dias de hoje? Não é um bocadinho desconfortável? Não parece "errado"?