Tomos de Eternidade
Bem, cá estou eu mais uma vez.
Esta semana tenho uns tópicos para falar e por isso as crónicas de Puroresu vão esperar mais um bocado.
Em relação ao PPV deste domingo passado, Unforgiven.
Primeiro tenho de dizer que a WWE tem demasiados PPVs. Nós estamos numa situação em que, com excepção da Wrestlemania, apenas 3 semanas separam os PPVs da WWE, e uma vez que englobam os 3 programas televisivos, em 3 semanas não é possível construir uma storyline com pés e cabeça( quanto mais 3 ou 4 que eles tentam fazer).
Eu tenho saudades dos PPVs de cada brand, mas o regresso da ECW estragou o esquema.
Mas agora em relação ao Unforgiven.
Não tenho muito a dizer uma vez que só vi o Scramble da ECW, o qual foi bem bom, com excepção dos momentos antes do Finlay entrar, onde era óbvio que estavam a gastar tempo. De resto o combate esteve bem estruturado e tinha uma sensação de urgência, tendo ocorrido a minha previsão, Hardy ganha mas nunca consegue um pin sobre o Henry, havendo a hipótese duma desforra. De resto tentei ver o combate do HBK vs Y2J, mas os vídeos foram apagados. O que não me fez diferença nenhuma uma vez que estava a detestar o combate.
Primeiro( e vem aqui muito), se é um combate insancionado porque diabos está um árbitro no ringue. Se a WWE não quer ter nada a ver com o combate qual a necessidade de haver um árbitro, ou uma introdução, ou música. E os strikes, este tipo de combate é em grande parte feito de strikes, e nem o HBK ou o Y2J( e já agora, aqueles calções não me convencem) são bons nesse departamento. Mais, porquê trazer uma mesa para um combate destes, de que serve uma mesa, eles deviam estar a tentar arrancar os olhos um ao outro, esmurrar a cara do adversário até estar em carne viva, tentar arrancar-lhe a cabeça a pontapés... nunca usar uma mesa e perder tempo em que se pode estar a espancar o adversário a prepará-la. E o Michaels tinha o braço enfaixado e o Jericho nunca o atacou!! Porquê? Uma das formas mais simples e eficazes de obter grandes quantidades de heat!
O que me leva ao mais importante.
ONDE ESTÁ O ÓDIO???!!!!
Este combate é baseado em ódio e no entanto, do que vi, não houve qualquer ódio da parte de ambos. O ódio nestas circunstâncias constitui +90% do combate, da mesma forma que o selling constitui +90% dum combate normal. Mas aqui não vi qualquer ódio nos cerca de 10 minutos que vi. Eles deviam transpirar ódio, exalar ódio, alimentarem-se de ódio, mas ele nesta ocasião não estava lá.
Claro que eu não vi o combate todo, mas se em 10 minutos não houve ódio o combate está arruinado. E para além do mais não houve sangue!! Eu percebo esta política da WWE, mas acho que em certas situações em PPV poderiam descuidar.
Mas não vi os outros Scrambles devido a muita gente, cuja opinião tenho em elevada estima, afirmou que o da ECW foi o melhor. Além do mais acho que este combate funciona melhor como comedy-match, como é feito na promoção DDT( ver a minha crónica sobre Sports-Entertainment no Japão).
E já agora... qual é o sentido do Jericho perder um “intenso” combate e mais tarde ganhar a Scramble da RAW?! E a mesma convenientemente acabar imediatamente apôs ele obter o pin, 3 minutos mais cedo?
Agora tratando doutro assunto.
Durante estes meses de Verão duas “transferências” foram anunciadas.
A primeira foi a possível saída de Gail Kim, a principal estrela da divisão feminina da TNA, e um eventual regresso á WWE.

Este é sem dúvida um acontecimento importante, uma vez que implicaria uma transferência directa da TNA para a WWE, algo que até agora não aconteceu.
Mas há algo mais em jogo aqui, algo em que não tinha pensado até alguém me chamar a atenção para o facto. Que, para todo o efeito, a nível televisivo a TNA não tem um maior draw do que a Gail Kim.
Tal verifica-se facilmente, basta ter em conta que desde a sua introdução, os combates e segmentos da divisão feminina da TNA têm consistentemente obtido as maiores audiências do programa TNA Impact. E uma vez que a Gail tem sido a cara da mesma, deduz-se que é ela quem os espectadores mais gostam de ver.
Por outras palavras, ela põe mais pessoas a ver o Impact do que Kurt Angles, Stings, Samoa Joes, Christian Cages e outros( a Spike chegou a considerar arranjar uma horinha exclusivamente para as senhoras).
Logo ela é alguém que a TNA não se pode dar ao luxo de perder( mesmo tendo em conta que o Scott D’Amore, quem fazia o booking das Knockouts, já não está na promoção. Anda a competir na AJPW). Claro que a TNA tem de competir com uma oferta 3 vezes superior, um valor que a TNA poderá ter problemas de cobrir.
A entrada da Gail Kim na WWE parecia certa até a Dixie Carter decidir que a sua empresa não se podia dar ao luxo de perder esta trabalhadora, tendo decidido intervir pessoalmente. Tal poderá ser um sinal de que Carter pretende estar mais envolvida nos assuntos internos da TNA. Tal é algo que wrestlers como Konnan e Jerry Lynn têm dito que devia acontecer, pois assim ela poderia estar numa posição de questionar as decisões do Jeff Jarret e Dutch Mantel.
Agora falando dum caso oposto. O caso de Mick Foley.

Á uns meses atrás Mick Foley tomou um novo cargo na WWE, o de comentador da Smackdown com Michael Cole inicialmente, e mais tarde com Jim Ross. No entanto tal não melhorou a sua relação com Vince McMahon( a qual sempre terá sido tremida), que aparentemente passava muito do programa a gritar com Foley pelos auscultadores.
A situação chegou a um ponto tal que Foley achou que já bastava, tendo por isso deixado a WWE.
Mick Foley decidiu então tentar algo novo, tendo assinado um contrato de meio ano com a TNA. O papel de Foley ainda não está claro, mas provavelmente será semelhante ao de Sting, fazendo aparições esporádicas e tendo alguns combates de sonho.
Mas é preciso perguntar, terá Foley feito a decisão mais acertada?
Pois, indiscutivelmente, foi na WWE que Foley obteve o estatuto que actualmente possui. Foi a sua gimmick de Mankind e o respectivo feudo com o Undertaker em 96 que inicialmente lançou Foley( anteriormente na WCW não chegou ao topo, embora tenha desafiado pelo título umas vezes, e ter tido um temível feudo com Vader). 97 foi quando ele criou uma outra personalidade, a do hippie Dude Love, com a qual foi campeão de tag-team com Steve Austin, e em 98 desafiou-o pelo título. Apôs falhar, ressuscitou Mankind e teve o infame combate no King of the Ring 98 onde literalmente “mergulhou”para a fama( naquele que é na minha opinião o expoente máximo da estupidez do wrestling, superando tal “maravilhas” como “Judy Bagwell on a Pole” e o “Kennel from Hell”). A partir daí a sua popularidade subiu em flecha, tendo entrado num feudo contra o The Rock como face em Novembro desse ano, eventualmente conquistando o então título da WWF.
E claro, o sucesso do Mick Foley não se limita ao wrestling, ele também um autor bem sucedido, tendo escrito livros de muito sucesso. Mas mesmo aqui a WWE ajudou, ao promover as suas obras nos seus programas televisivos, os quais são vistos por milhões de pessoas.
Tudo isto com o objectivo de questionar se Mick Foley conseguirá usufruir na TNA do mesmo sucesso que teve na E( o Angle por exemplo não o conseguiu). Isto sem esquecer que as altas personalidades da mais famosa promoção de wrestling do planeta não apreciaram a decisão de Foley, tendo as relações entre as duas partes ficado em muito mau estado.
E por esta semana é tudo. Fiquem bem.
manjiimortal
“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”
Esta semana tenho uns tópicos para falar e por isso as crónicas de Puroresu vão esperar mais um bocado.
Em relação ao PPV deste domingo passado, Unforgiven.
Primeiro tenho de dizer que a WWE tem demasiados PPVs. Nós estamos numa situação em que, com excepção da Wrestlemania, apenas 3 semanas separam os PPVs da WWE, e uma vez que englobam os 3 programas televisivos, em 3 semanas não é possível construir uma storyline com pés e cabeça( quanto mais 3 ou 4 que eles tentam fazer).
Eu tenho saudades dos PPVs de cada brand, mas o regresso da ECW estragou o esquema.
Mas agora em relação ao Unforgiven.
Não tenho muito a dizer uma vez que só vi o Scramble da ECW, o qual foi bem bom, com excepção dos momentos antes do Finlay entrar, onde era óbvio que estavam a gastar tempo. De resto o combate esteve bem estruturado e tinha uma sensação de urgência, tendo ocorrido a minha previsão, Hardy ganha mas nunca consegue um pin sobre o Henry, havendo a hipótese duma desforra. De resto tentei ver o combate do HBK vs Y2J, mas os vídeos foram apagados. O que não me fez diferença nenhuma uma vez que estava a detestar o combate.
Primeiro( e vem aqui muito), se é um combate insancionado porque diabos está um árbitro no ringue. Se a WWE não quer ter nada a ver com o combate qual a necessidade de haver um árbitro, ou uma introdução, ou música. E os strikes, este tipo de combate é em grande parte feito de strikes, e nem o HBK ou o Y2J( e já agora, aqueles calções não me convencem) são bons nesse departamento. Mais, porquê trazer uma mesa para um combate destes, de que serve uma mesa, eles deviam estar a tentar arrancar os olhos um ao outro, esmurrar a cara do adversário até estar em carne viva, tentar arrancar-lhe a cabeça a pontapés... nunca usar uma mesa e perder tempo em que se pode estar a espancar o adversário a prepará-la. E o Michaels tinha o braço enfaixado e o Jericho nunca o atacou!! Porquê? Uma das formas mais simples e eficazes de obter grandes quantidades de heat!
O que me leva ao mais importante.
ONDE ESTÁ O ÓDIO???!!!!
Este combate é baseado em ódio e no entanto, do que vi, não houve qualquer ódio da parte de ambos. O ódio nestas circunstâncias constitui +90% do combate, da mesma forma que o selling constitui +90% dum combate normal. Mas aqui não vi qualquer ódio nos cerca de 10 minutos que vi. Eles deviam transpirar ódio, exalar ódio, alimentarem-se de ódio, mas ele nesta ocasião não estava lá.
Claro que eu não vi o combate todo, mas se em 10 minutos não houve ódio o combate está arruinado. E para além do mais não houve sangue!! Eu percebo esta política da WWE, mas acho que em certas situações em PPV poderiam descuidar.
Mas não vi os outros Scrambles devido a muita gente, cuja opinião tenho em elevada estima, afirmou que o da ECW foi o melhor. Além do mais acho que este combate funciona melhor como comedy-match, como é feito na promoção DDT( ver a minha crónica sobre Sports-Entertainment no Japão).
E já agora... qual é o sentido do Jericho perder um “intenso” combate e mais tarde ganhar a Scramble da RAW?! E a mesma convenientemente acabar imediatamente apôs ele obter o pin, 3 minutos mais cedo?
Agora tratando doutro assunto.
Durante estes meses de Verão duas “transferências” foram anunciadas.
A primeira foi a possível saída de Gail Kim, a principal estrela da divisão feminina da TNA, e um eventual regresso á WWE.

Este é sem dúvida um acontecimento importante, uma vez que implicaria uma transferência directa da TNA para a WWE, algo que até agora não aconteceu.
Mas há algo mais em jogo aqui, algo em que não tinha pensado até alguém me chamar a atenção para o facto. Que, para todo o efeito, a nível televisivo a TNA não tem um maior draw do que a Gail Kim.
Tal verifica-se facilmente, basta ter em conta que desde a sua introdução, os combates e segmentos da divisão feminina da TNA têm consistentemente obtido as maiores audiências do programa TNA Impact. E uma vez que a Gail tem sido a cara da mesma, deduz-se que é ela quem os espectadores mais gostam de ver.
Por outras palavras, ela põe mais pessoas a ver o Impact do que Kurt Angles, Stings, Samoa Joes, Christian Cages e outros( a Spike chegou a considerar arranjar uma horinha exclusivamente para as senhoras).
Logo ela é alguém que a TNA não se pode dar ao luxo de perder( mesmo tendo em conta que o Scott D’Amore, quem fazia o booking das Knockouts, já não está na promoção. Anda a competir na AJPW). Claro que a TNA tem de competir com uma oferta 3 vezes superior, um valor que a TNA poderá ter problemas de cobrir.
A entrada da Gail Kim na WWE parecia certa até a Dixie Carter decidir que a sua empresa não se podia dar ao luxo de perder esta trabalhadora, tendo decidido intervir pessoalmente. Tal poderá ser um sinal de que Carter pretende estar mais envolvida nos assuntos internos da TNA. Tal é algo que wrestlers como Konnan e Jerry Lynn têm dito que devia acontecer, pois assim ela poderia estar numa posição de questionar as decisões do Jeff Jarret e Dutch Mantel.
Agora falando dum caso oposto. O caso de Mick Foley.

Á uns meses atrás Mick Foley tomou um novo cargo na WWE, o de comentador da Smackdown com Michael Cole inicialmente, e mais tarde com Jim Ross. No entanto tal não melhorou a sua relação com Vince McMahon( a qual sempre terá sido tremida), que aparentemente passava muito do programa a gritar com Foley pelos auscultadores.
A situação chegou a um ponto tal que Foley achou que já bastava, tendo por isso deixado a WWE.
Mick Foley decidiu então tentar algo novo, tendo assinado um contrato de meio ano com a TNA. O papel de Foley ainda não está claro, mas provavelmente será semelhante ao de Sting, fazendo aparições esporádicas e tendo alguns combates de sonho.
Mas é preciso perguntar, terá Foley feito a decisão mais acertada?
Pois, indiscutivelmente, foi na WWE que Foley obteve o estatuto que actualmente possui. Foi a sua gimmick de Mankind e o respectivo feudo com o Undertaker em 96 que inicialmente lançou Foley( anteriormente na WCW não chegou ao topo, embora tenha desafiado pelo título umas vezes, e ter tido um temível feudo com Vader). 97 foi quando ele criou uma outra personalidade, a do hippie Dude Love, com a qual foi campeão de tag-team com Steve Austin, e em 98 desafiou-o pelo título. Apôs falhar, ressuscitou Mankind e teve o infame combate no King of the Ring 98 onde literalmente “mergulhou”para a fama( naquele que é na minha opinião o expoente máximo da estupidez do wrestling, superando tal “maravilhas” como “Judy Bagwell on a Pole” e o “Kennel from Hell”). A partir daí a sua popularidade subiu em flecha, tendo entrado num feudo contra o The Rock como face em Novembro desse ano, eventualmente conquistando o então título da WWF.
E claro, o sucesso do Mick Foley não se limita ao wrestling, ele também um autor bem sucedido, tendo escrito livros de muito sucesso. Mas mesmo aqui a WWE ajudou, ao promover as suas obras nos seus programas televisivos, os quais são vistos por milhões de pessoas.
Tudo isto com o objectivo de questionar se Mick Foley conseguirá usufruir na TNA do mesmo sucesso que teve na E( o Angle por exemplo não o conseguiu). Isto sem esquecer que as altas personalidades da mais famosa promoção de wrestling do planeta não apreciaram a decisão de Foley, tendo as relações entre as duas partes ficado em muito mau estado.
E por esta semana é tudo. Fiquem bem.
manjiimortal
“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”