Wrestling Portugal - Bammer - O Wrestling e o Marketing
Mais um mês, mais um artigo do Wrestling Portugal, aqui no Wrestling Notícias. Desta feita, pela palavra de um dos seus mais reputados elementos, Bammer. A não perder. Uma chamada de atenção a todos, para os treinos da Academia WP. Para mais informações, não deixem de visitar o seu site.
No passado dia 22 de Outubro tive oportunidade de falar, juntamente com o GM Korvo, sobre Wrestling no Rádio Clube Português e uma questão que frequentemente surge neste tipo de ocasiões é o que torna o wrestling tão apelativo face a outro tipo de opções de entretenimento. Esta foi a motivação principal para hoje escrever um pequeno artigo sobre a relação entre o Wrestling e o Marketing, sendo este a meu ver um dos factores críticos para que este desporto
tenha atingido, em alguns países, o nível de popularidade que conhecemos.
Se o sucesso de qualquer produto depende geralmente da sua aceitação no mercado e interesse por parte dos consumidores, um negócio como o Wrestling não é diferente. Se reunirmos 20 pessoas e lhes perguntarmos quais são os seus lutadores preferidos, ou o que mais gostam no Wrestling, o mais provável é obtermos muitas respostas diferentes. Isto só revela a panóplia de razões que as podem levar alguém a querer conhecer e eventualmente ficar fã: alguns gostam de ver as manobras, outros gostam das promos, outros gostam das personagens ou dos fatos, outros gostam das mulheres e outros da comédia que alguns segmentos apresentam. Pegando na WWE, o óbvio maior caso de sucesso do género, podemos rapidamente verificar que apresenta um pouco de tudo durante os seus espectáculos de 1, 2 ou 3 horas.
Para tal funcionar, é fundamental o espírito de equipa que tem que existir num projecto deste tipo: com cada lutador a ter o seu posicionamento distinto (basicamente o espaço que ocupa na mente da audiência), é necessário ter um grande entendimento a todos os níveis dos lutadores com quem se está a trabalhar e do evento em questão.
Por exemplo, se alguém usa determinada manobra característica, outro lutador não a deve utilizar, para que esta não se torne banal; se um lutador tem determinada personagem (um super herói, suponhamos) o seu adversário deve ajustar a sua performance a este e ao que ele representa para o show. Variedade é uma das razões para o sucesso da WWE, e daí o motivo para tanta diferenciação: temos numa federação o atleta anunciado como o mais pequeno do Wrestling (Rey Mysterio), o maior (Great Khali), o mais forte (Mark Henry), o mais corajoso (Jeff Hardy) ou a mulher mais dominante (Beth Phoenix).
A importância dos movimentos característicos (aquilo que, em bom inglês, é denominado de “Trademark Moves”) é algo que também não pode ser subestimado: se quando vamos ver um concerto de uma banda esperamos ouvir as músicas que mais gostamos, quando vamos a um show de Wrestling esperamos ver, por exemplo, o Spinebuster, o High Knee, o Facebuster e o Pedigree do Triple H. Estes são movimentos que devem ser protegidos (ie utilizados apenas em momentos cruciais do combate e por mais ninguém da companhia) e que são momentos que garantidamente o público pagou para ver.
Com eventos televisivos, a percentagem de atenção a cada personagem ou tempo de antena são estudados ao minuto. É necessário conciliar factores como publicidade, merchandise (t-shirts, livros, DVDs) e distribuí-las de forma racional com as promos e combates, onde muitas vezes o push dos lutadores é relacionado com um produto que vão lançar (ex. Maria como capa da Playboy, Kane quando o seu filme See No Evil ia estrear) ou determinado pelo sucesso nas vendas de merchandise (Steve Austin ou a antiga nWo da ex-concorrente WCW são 2 bons exemplos dos últimos 10 anos).
Muito mais se poderia dizer sobre este tópico, algo que é frequentemente abordado com maior profundidade nos treinos do WrestlingPortugal.
Por muito que adoremos Wrestling, às vezes não podemos esquecer que este é um negócio! Espero que este artigo tenha sido do teu agrado e até para o mês que vem!

Se o sucesso de qualquer produto depende geralmente da sua aceitação no mercado e interesse por parte dos consumidores, um negócio como o Wrestling não é diferente. Se reunirmos 20 pessoas e lhes perguntarmos quais são os seus lutadores preferidos, ou o que mais gostam no Wrestling, o mais provável é obtermos muitas respostas diferentes. Isto só revela a panóplia de razões que as podem levar alguém a querer conhecer e eventualmente ficar fã: alguns gostam de ver as manobras, outros gostam das promos, outros gostam das personagens ou dos fatos, outros gostam das mulheres e outros da comédia que alguns segmentos apresentam. Pegando na WWE, o óbvio maior caso de sucesso do género, podemos rapidamente verificar que apresenta um pouco de tudo durante os seus espectáculos de 1, 2 ou 3 horas.
Para tal funcionar, é fundamental o espírito de equipa que tem que existir num projecto deste tipo: com cada lutador a ter o seu posicionamento distinto (basicamente o espaço que ocupa na mente da audiência), é necessário ter um grande entendimento a todos os níveis dos lutadores com quem se está a trabalhar e do evento em questão.
Por exemplo, se alguém usa determinada manobra característica, outro lutador não a deve utilizar, para que esta não se torne banal; se um lutador tem determinada personagem (um super herói, suponhamos) o seu adversário deve ajustar a sua performance a este e ao que ele representa para o show. Variedade é uma das razões para o sucesso da WWE, e daí o motivo para tanta diferenciação: temos numa federação o atleta anunciado como o mais pequeno do Wrestling (Rey Mysterio), o maior (Great Khali), o mais forte (Mark Henry), o mais corajoso (Jeff Hardy) ou a mulher mais dominante (Beth Phoenix).
A importância dos movimentos característicos (aquilo que, em bom inglês, é denominado de “Trademark Moves”) é algo que também não pode ser subestimado: se quando vamos ver um concerto de uma banda esperamos ouvir as músicas que mais gostamos, quando vamos a um show de Wrestling esperamos ver, por exemplo, o Spinebuster, o High Knee, o Facebuster e o Pedigree do Triple H. Estes são movimentos que devem ser protegidos (ie utilizados apenas em momentos cruciais do combate e por mais ninguém da companhia) e que são momentos que garantidamente o público pagou para ver.
Com eventos televisivos, a percentagem de atenção a cada personagem ou tempo de antena são estudados ao minuto. É necessário conciliar factores como publicidade, merchandise (t-shirts, livros, DVDs) e distribuí-las de forma racional com as promos e combates, onde muitas vezes o push dos lutadores é relacionado com um produto que vão lançar (ex. Maria como capa da Playboy, Kane quando o seu filme See No Evil ia estrear) ou determinado pelo sucesso nas vendas de merchandise (Steve Austin ou a antiga nWo da ex-concorrente WCW são 2 bons exemplos dos últimos 10 anos).
Muito mais se poderia dizer sobre este tópico, algo que é frequentemente abordado com maior profundidade nos treinos do WrestlingPortugal.
Por muito que adoremos Wrestling, às vezes não podemos esquecer que este é um negócio! Espero que este artigo tenha sido do teu agrado e até para o mês que vem!