Tomos de Eternidade
Para esta semana resolvi abordar um tema algo diferente, irei falar de heels.
Esta crónica nasce do muito que eu vejo escrito por essa internet fora que, wrestler x deve fazer um heel-turn, e que um heel-turn é mesmo o que ele precisa, e que um heel-turn é a cura de todos os males.
Eu limito-me a dizer... VOCÊS ESTÃO ESTÚPIDOS OU QUÊ?!!
Fazer dum wrestler face heel não é caminho garantido para o sucesso, este tipo de turn tem de ser planeado com muito cuidado de forma a retirar o máximo de efeito do mesmo. Quantos heel-turn nós já vimos que não servem de nada, que apenas servem para enterrar ainda mais o wrestler. Recentemente temos o caso do Colin Delaney, Ricky Morton Extraordinaire, que era um excelente face empático, que tinha algum futuro na WWE até, sem qualquer motivo o terem tornado heel. O resultado como bem sabem foi o despedimento.
Claro que o contrário também se aplica. Quando um heel começa a ser algo aplaudido e decidem fazer um face-turn de forma a capitalizar nessa nova popularidade, apenas para darem um tiro no próprio pé. O Orton é um bom exemplo deste caso.
Um grande turn deve ser feito apenas nas devidas circunstâncias, com todo o cuidado, e apenas quando um wrestler chega a um período de completa estagnação na sua carreira.
O exemplo ideal foi Hulk Hogan que depois de 2 anos na WCW como face, altura em que a popularidade estava a cair a grande velocidade, fez o mítico heel-turn que levou á criação da nWo, o mais importante stable da década de 90.
Por isso, todos vocês que dizem que o John Cena precisa desesperadamente de fazer um heel-turn entendam isto. O Cena ainda é o gajo mais over da WWE, o Cena, não o Jeff, não o Punk, não o HHH. Um turn agora deixaria os fans da internet em delírio, mas provavelmente alienaria todos os restantes fans( eu inclusive, pois sinceramente o Cena como heel não me convence). O Batista sim é alguém a que um heel-turn ajudaria, pois ele já não vai conseguir recuperar o lugar de top-face que brevemente teve em 2005. Ainda mais no mesmo programa que o Cena.
Daqui a uns 6/7 anos falamos dum heel-turn do Cena, okay.
E ainda heels.
Como sabem existem vários tipos de heels de forma a dar alguma diversidade.
Temos o heel convencido, arrogante, com todas as manias e mais algumas, o tipo de gajo que na vida real todos nós detestamos. Mas que para nosso gáudio é também um m*rdinhas que quando a coisa aperta procura atalhos para os seus objectivos. O tipo de heel mais intemporal de todos( bem como o de maior sucesso), que anda por aí desde que Gorgeous George.

Com a sua atitude afectada, cabelo loiro encaracolado, robe cheio de folhos e rendas, “Pomp and Circunstance” como seu tema de entrada, perfume em spray para desinfectar o ringue, o árbitro e o adversário antes do combate, um valet para o levar ao ringue, e com o seu lendário lema:
"Win if you can, lose if you must, but always cheat!"
George foi a primeira grande estrela do wrestling, e o mais popular e detestado heel das décadas de 40/50, bem como uma das duas primeiras lendárias personalidades televisivas. E pelo meio também estabeleceu a televisão como O novo meio de comunicação e entretenimento, mas isso são feijões...
Desde então inúmeros wrestlers seguiram os passos de George, e na actualidade heels como o Edge, JBL e outros continuam o seu legado.
Depois temos o Monstro heel. A besta imparável que destrói tudo á sua passagem, e que seria incontrolável sem o manager que consegue ter mão nele. Este tipo de heel surge essencialmente como um derradeiro desafio para o face, um obstáculo intransponível. Um obstáculo que, quando transposto, apenas traria maior glória para ele.
Um exemplo actual seria o Umaga ou o Great Khali enquanto heel.
Depois temos o heel psicótico, o wildman, o louco, aquele que está mais preocupado com a dor que pode infligir do que com as vitórias que está a perder. Cujo objectivo é ver o sangue do adversário correr.
Este tipo de heel era muito usado durante a era dos territórios como uma arma para enfraquecer o top-face local, tornando mais fácil a sua derrota. No entanto com o final dos territórios este heel desapareceu, e há 20 anos que não têm ressurgido.
E não, eu não considero o Chris “ eu sou tão metro” Jericho como um heel lunático. Eu tenho standards.
Como:

E:

Bruiser Brody e Abdullah the Butcher. Dois lendários brawlers que durante décadas( e no caso do Butcher estamos a falar de 6) aterrorizaram tanto adversários como a assistência, causando muitos desmaios pelo caminho( o Butcher é particularmente notável aqui).
Depois temos o heel cómico, o heel que queremos ver humilhado, que queremos ver a passar por grandes vergonhas, o tipo cujas adversidades nos fazem rir.
Penso que todos conseguem pensar rapidamente numa pessoa representativa deste tipo. O suposto Italiano da Raw, Santino Marella.
Finalmente temos heels que pegam em várias características dos já referidos, criando um híbrido.
No entanto tenho de rematar mais uma vez que o heel com a grande garganta, mas que depois lhe falta a capacidade para lhe fazer jus, é facilmente o mais bem-sucedido e popular heel de todos, sendo também o que é mais façil de interpretar devido á sua simplicidade( o que não quer dizer que seja façil arranjar um grande heel deste tipo).
E por agora é tudo. Para a semana cá espero estar.
manjiimortal
“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”
Esta crónica nasce do muito que eu vejo escrito por essa internet fora que, wrestler x deve fazer um heel-turn, e que um heel-turn é mesmo o que ele precisa, e que um heel-turn é a cura de todos os males.
Eu limito-me a dizer... VOCÊS ESTÃO ESTÚPIDOS OU QUÊ?!!
Fazer dum wrestler face heel não é caminho garantido para o sucesso, este tipo de turn tem de ser planeado com muito cuidado de forma a retirar o máximo de efeito do mesmo. Quantos heel-turn nós já vimos que não servem de nada, que apenas servem para enterrar ainda mais o wrestler. Recentemente temos o caso do Colin Delaney, Ricky Morton Extraordinaire, que era um excelente face empático, que tinha algum futuro na WWE até, sem qualquer motivo o terem tornado heel. O resultado como bem sabem foi o despedimento.
Claro que o contrário também se aplica. Quando um heel começa a ser algo aplaudido e decidem fazer um face-turn de forma a capitalizar nessa nova popularidade, apenas para darem um tiro no próprio pé. O Orton é um bom exemplo deste caso.
Um grande turn deve ser feito apenas nas devidas circunstâncias, com todo o cuidado, e apenas quando um wrestler chega a um período de completa estagnação na sua carreira.
O exemplo ideal foi Hulk Hogan que depois de 2 anos na WCW como face, altura em que a popularidade estava a cair a grande velocidade, fez o mítico heel-turn que levou á criação da nWo, o mais importante stable da década de 90.
Por isso, todos vocês que dizem que o John Cena precisa desesperadamente de fazer um heel-turn entendam isto. O Cena ainda é o gajo mais over da WWE, o Cena, não o Jeff, não o Punk, não o HHH. Um turn agora deixaria os fans da internet em delírio, mas provavelmente alienaria todos os restantes fans( eu inclusive, pois sinceramente o Cena como heel não me convence). O Batista sim é alguém a que um heel-turn ajudaria, pois ele já não vai conseguir recuperar o lugar de top-face que brevemente teve em 2005. Ainda mais no mesmo programa que o Cena.
Daqui a uns 6/7 anos falamos dum heel-turn do Cena, okay.
E ainda heels.
Como sabem existem vários tipos de heels de forma a dar alguma diversidade.
Temos o heel convencido, arrogante, com todas as manias e mais algumas, o tipo de gajo que na vida real todos nós detestamos. Mas que para nosso gáudio é também um m*rdinhas que quando a coisa aperta procura atalhos para os seus objectivos. O tipo de heel mais intemporal de todos( bem como o de maior sucesso), que anda por aí desde que Gorgeous George.

Com a sua atitude afectada, cabelo loiro encaracolado, robe cheio de folhos e rendas, “Pomp and Circunstance” como seu tema de entrada, perfume em spray para desinfectar o ringue, o árbitro e o adversário antes do combate, um valet para o levar ao ringue, e com o seu lendário lema:
"Win if you can, lose if you must, but always cheat!"
George foi a primeira grande estrela do wrestling, e o mais popular e detestado heel das décadas de 40/50, bem como uma das duas primeiras lendárias personalidades televisivas. E pelo meio também estabeleceu a televisão como O novo meio de comunicação e entretenimento, mas isso são feijões...
Desde então inúmeros wrestlers seguiram os passos de George, e na actualidade heels como o Edge, JBL e outros continuam o seu legado.
Depois temos o Monstro heel. A besta imparável que destrói tudo á sua passagem, e que seria incontrolável sem o manager que consegue ter mão nele. Este tipo de heel surge essencialmente como um derradeiro desafio para o face, um obstáculo intransponível. Um obstáculo que, quando transposto, apenas traria maior glória para ele.
Um exemplo actual seria o Umaga ou o Great Khali enquanto heel.
Depois temos o heel psicótico, o wildman, o louco, aquele que está mais preocupado com a dor que pode infligir do que com as vitórias que está a perder. Cujo objectivo é ver o sangue do adversário correr.
Este tipo de heel era muito usado durante a era dos territórios como uma arma para enfraquecer o top-face local, tornando mais fácil a sua derrota. No entanto com o final dos territórios este heel desapareceu, e há 20 anos que não têm ressurgido.
E não, eu não considero o Chris “ eu sou tão metro” Jericho como um heel lunático. Eu tenho standards.
Como:

E:

Bruiser Brody e Abdullah the Butcher. Dois lendários brawlers que durante décadas( e no caso do Butcher estamos a falar de 6) aterrorizaram tanto adversários como a assistência, causando muitos desmaios pelo caminho( o Butcher é particularmente notável aqui).
Depois temos o heel cómico, o heel que queremos ver humilhado, que queremos ver a passar por grandes vergonhas, o tipo cujas adversidades nos fazem rir.
Penso que todos conseguem pensar rapidamente numa pessoa representativa deste tipo. O suposto Italiano da Raw, Santino Marella.
Finalmente temos heels que pegam em várias características dos já referidos, criando um híbrido.
No entanto tenho de rematar mais uma vez que o heel com a grande garganta, mas que depois lhe falta a capacidade para lhe fazer jus, é facilmente o mais bem-sucedido e popular heel de todos, sendo também o que é mais façil de interpretar devido á sua simplicidade( o que não quer dizer que seja façil arranjar um grande heel deste tipo).
E por agora é tudo. Para a semana cá espero estar.
manjiimortal
“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”