Serei um Smart - Crise!

Hoje em dia ligamos a TV, e vemos a crise por todo o lado. Melhor, somos bombardeados com a crise. É na bolsa, é nos bancos, é na industria automóvel, é a mais importante, nos valores humanos e sociais, a crise está para ficar.
Naturalmente que o wrestling não é uma ilha, e será ou está a ser afectado por esta crise. Isso já se sente, em especial na sua maior empresa, a WWE. Os cortes começam a fazer efeito, e muitos já perderam o seu emprego, em especial, segundo as últimas notícias, trabalhados de backstage, como pessoal da parte administrativa da empresa. No entanto, a crise é global e sente-se também por cá.
A SIC Radical, do grupo Imprensa, de Pinto Balsemão, decidiu abandonar a forte aposta no wrestling, feito nos últimos anos, e que durante bastante tempo lhe valeu excelentes resultados. As causas são conhecidas, em especial o menor interesse dos espectadores no produto apresentado. Isso deve-se igualmente a vários factores, que passam desde a internet e os conteúdos que esta hoje oferece, até à menor qualidade do produto, assim como algumas mexidas em termos de horários. Ou seja, a conjuntura foi propícia para que a posta chegasse ao fim.
A Sport Tv, como se sabe, adquiriu e bem os direitos da RAW e ECW para o nosso país, enquanto que a Smackdown, lá continua entalada na programação da TVI, com cerca de 45 minutos semanais de transmissão. Contudo, a maior bomba rebentou na passada semana, e este fim de semana. Primeiro, o anúncio não confirmado de que os comentários iriam ser na bela língua de Camões, e a segunda, este fim de semana, que a Sport Tv não adquiriu, para já, os direitos dos PPVs da WWE.
A primeira das "bombas", acabou por ordem expressa de Stamford, Connecticut, de não ir avante. Neste caso, apesar de como já o afirmei, inicialmente não desgostar dos comentários da dupla Bota & Beja no produto TNA, penso que foi uma decisão acertada por parte da WWE. Nada tenho contra a dupla, antes pelo contrário, penso que foram bem preciosos (e são) na divulgação do Wrestling no nosso País, no entanto, penso que não somos um País de dobragem. O Tuga não está habituada a dobragens, seja no cinema ou na TV, sejam em novelas mexicanas, ou em séries Norte Americanas. Por exemplo, aqui ao lado em Espanha, a maioria dos filmes e séries, são dobrados. Na TV ou no cinema, os "Nuestros Hermanos", não estranham ver os seus actores mais ou menos conhecidos, falar a língua de Cervantes. Difícil é encontrar um cinema que passe um filme na língua original, e não o contrário. Este cenário ocorre igualmente na Alemanha, entre outros países. Mas além da questão do hábito, já que no caso particular não iríamos assistir a uma dobragem do que Cole e Jerry diriam, mas sim, a comentários originais em Português, sobre acção que estaria a decorrer em ringue e fora dela, outros dos factores prende-se com a questão da natureza e especificidade do produto. Por mais do que sejam bons uns comentários na língua do País de transmissão, nada é comparado à emoção transmitida por quem está ali ao lado do ringue. Neste momento nem tanto, mas quando a WWE apresentava um comentador heel e outro face, a coisa seria quase impossível de "imitar", além de por vezes, os próprios comentadores fazerem parte da acção. Não seria o caso, mas quem iria conseguir estar ao nível de Jim Ross, quando este entra em histerismo por um heel estar a roubar a vitória! Por outro lado, durante anos fomos habituados ao produto de forma original na Radical, logo a mudança seria estranhada por todos, o que podia por em causa mesmo a sua viabilidade, sem qualquer exagero. Para isso, basta ver as consequências que teve uma transmissão em Português da Smackdown na Sic generalista.
Quanto aos PPVs, trata-se de um retrocesso a todos os níveis, na transmissão do produto WWE na nossa TV. A maioria das pessoas que visita ou faz parte da blogosfera, não se mostra muito preocupada com esta alteração, já que acompanha os PPVs via stream (em directo), nos blogs, ou através de torrents, baixando-os para o próprio PC. Contudo, não podemos ser egoístas. Provavelmente, deverão existir uma grande quantidade de fãs, que já perderam o acesso ao produto devido à mudança para a Sport TV, irão perder de igual modo, o acesso a uma peça tão importante do produto, com o são, os seus PPVs. Compreendo a Sport Tv, no aspecto que a compra dos direitos dos PPVs na WWE não deve ser coisa barata, estando muito provavelmente na expectativa de ver como reagem as audiências para avançar para a compra dos memos, no entanto, uma coisa sem a outra, ou seja, programas semanais, sem PPVs, têm pouco sentido. Estou igualmente a ser egoísta, já que nós, Portugueses, fomos mal habituados. Um produto caro, como são os PPVs, foram durante anos dado de forma gratuita. Nos US, dos cerca de quatro milhões que assistem semanalmente à RAW, só uma pequena percentagem compra mensalmente os PPVs, e com a concorrência a apertar, em especial a UFC, além crise económica, os volumes de vendas têm uma tendência para cair, significando isso que alguns ficam sem ver o que ocorreu no "pago para ver". Mas ficar sem PPVs, em especial numa época de extrema importância, que se aproxima a passos largos, com a Royal Rumble, passando pelo No Way Out, e culminando no maior show do ano em Houston, com as suas bodas de prata, não é nada de bom. Espero que seja como Jorge Botas indicou, uma situação temporária. Sei que a relação custo/retorno, deve ser difícil, dai a não aposta da Sport TV, mas a solução podia passar para um reajustamento nas diferenças entre o produto USA e Portugal, como acontece com a TNA, onde o Impact é transmitido apenas com um, dois ou três dias de diferença.
Uma palavra final para a dupla Botas e Beja, que tem sido alvo de alguns ataques por leitores na nossa CWO. Apesar de não serem perfeitos, como todos nós, e terem os seus defeitos, como todos nós, a eles se deve em parte (bem grande) a divulgação do wrestling em Portugal. Claro que estarão a ganhar dinheiro com o wrestling, o que é legítimo. Qual de nós, se fosse convidado para comentar um programa, recebendo X ou Y, e tendo disponibilidade pessoal e profissional para tal, diria que não? Eu com toda a certeza que não. Por isso, estão no seu direito, e a nós, consumidores, resta-nos, gostar ou desgostar, protestando caso seja caso disso, já que somos livres de o fazer, e consumir ou não o produto.
Naturalmente que o wrestling não é uma ilha, e será ou está a ser afectado por esta crise. Isso já se sente, em especial na sua maior empresa, a WWE. Os cortes começam a fazer efeito, e muitos já perderam o seu emprego, em especial, segundo as últimas notícias, trabalhados de backstage, como pessoal da parte administrativa da empresa. No entanto, a crise é global e sente-se também por cá.
A SIC Radical, do grupo Imprensa, de Pinto Balsemão, decidiu abandonar a forte aposta no wrestling, feito nos últimos anos, e que durante bastante tempo lhe valeu excelentes resultados. As causas são conhecidas, em especial o menor interesse dos espectadores no produto apresentado. Isso deve-se igualmente a vários factores, que passam desde a internet e os conteúdos que esta hoje oferece, até à menor qualidade do produto, assim como algumas mexidas em termos de horários. Ou seja, a conjuntura foi propícia para que a posta chegasse ao fim.
A Sport Tv, como se sabe, adquiriu e bem os direitos da RAW e ECW para o nosso país, enquanto que a Smackdown, lá continua entalada na programação da TVI, com cerca de 45 minutos semanais de transmissão. Contudo, a maior bomba rebentou na passada semana, e este fim de semana. Primeiro, o anúncio não confirmado de que os comentários iriam ser na bela língua de Camões, e a segunda, este fim de semana, que a Sport Tv não adquiriu, para já, os direitos dos PPVs da WWE.

Quanto aos PPVs, trata-se de um retrocesso a todos os níveis, na transmissão do produto WWE na nossa TV. A maioria das pessoas que visita ou faz parte da blogosfera, não se mostra muito preocupada com esta alteração, já que acompanha os PPVs via stream (em directo), nos blogs, ou através de torrents, baixando-os para o próprio PC. Contudo, não podemos ser egoístas. Provavelmente, deverão existir uma grande quantidade de fãs, que já perderam o acesso ao produto devido à mudança para a Sport TV, irão perder de igual modo, o acesso a uma peça tão importante do produto, com o são, os seus PPVs. Compreendo a Sport Tv, no aspecto que a compra dos direitos dos PPVs na WWE não deve ser coisa barata, estando muito provavelmente na expectativa de ver como reagem as audiências para avançar para a compra dos memos, no entanto, uma coisa sem a outra, ou seja, programas semanais, sem PPVs, têm pouco sentido. Estou igualmente a ser egoísta, já que nós, Portugueses, fomos mal habituados. Um produto caro, como são os PPVs, foram durante anos dado de forma gratuita. Nos US, dos cerca de quatro milhões que assistem semanalmente à RAW, só uma pequena percentagem compra mensalmente os PPVs, e com a concorrência a apertar, em especial a UFC, além crise económica, os volumes de vendas têm uma tendência para cair, significando isso que alguns ficam sem ver o que ocorreu no "pago para ver". Mas ficar sem PPVs, em especial numa época de extrema importância, que se aproxima a passos largos, com a Royal Rumble, passando pelo No Way Out, e culminando no maior show do ano em Houston, com as suas bodas de prata, não é nada de bom. Espero que seja como Jorge Botas indicou, uma situação temporária. Sei que a relação custo/retorno, deve ser difícil, dai a não aposta da Sport TV, mas a solução podia passar para um reajustamento nas diferenças entre o produto USA e Portugal, como acontece com a TNA, onde o Impact é transmitido apenas com um, dois ou três dias de diferença.
