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Free Thoughts#3 - A expectativa comanda a vida - parte 2 (edição extra)

The day that never comes...

Boas,

Ora, fiéis leitores, de forma a não quebrar o ritmo de leitura, cá estou eu para a segunda, e última parte, desta reflexão, iniciada ontem, que tem por tema as expectativas geradas, pelos fãs, em torno da WWE, na actualidade.
Na primeira parte deste artigo de opinião, expûs a minha preocupação, para com o facto de a empresa de Vince, neste momento, parecer incapaz de nos presentear com um daqueles seus breves, mas intensos, lampejos de brilhantismo.
Porém, ao longo do texto, acabei por desempenhar um pouco o papel de “advogado do diabo” e tentei defender firmemente a minha tese, de que a empresa de Vince, tal como o resto do planeta, se encontra em tempos de crise e sendo assim, é tempo de contenção.
É urgentemente necessário renovar os plantéis da companhia e passar as responsabilidades de “main event” e de “spotlight”, para as mãos da, ainda, inexperiente juventude que figura na companhia dos McMahon.
Infelizmente, não estão reunidas as condições sufecientes, para entrar em glória, triunfo e epicismo numa nova fase da história do wrestling profissional, nós, enquanto espectadores e críticos assíduos da World Wrestling Enterteinement, temos de nos evidenciar como índividuos detentores de consciência, coerência e discernimento, de forma a não entrarmos num estado de desilusão latente, após o término da agitada panóplia de aontecimentos, que caracteriza a estrada para a Wrestlemania.
Hoje, meus caros amigos, não me vou mostrar tão compreensivo ou condescendente para com a companhia do ilustre Vince McMahon. Antes pelo contrário, hoje, sinto-me no dever de criticar a maior promotora mundial de wrestling do planeta, por, consciente ou inconscientemente, andar a prolongar desde há vários meses uma situação particularmente explosiva. Estou, obviamente, a falar-vos acerca do tão almejado e discutido regresso de Jason Reso, mais conhecido pelo seu ring-name de Christian, à WWE.
Começando por um ponto que nada tem a ver com wrestling, mas que, curiosamente, tudo tem de semelhante ao regresso do Instant Classic à “terra mãe”, não sei se já tiveram a oportunidade de ouvir, ou de vizualizar caso possuam o canal MTV, o novo albúm dos muito distinguidos e aclamdos, Mettallica? Bom, espero que sim, pessoalmente e na geralidade, gostei deste CD, penso que depois do descalabro que foi St. Anger, a banda Californiana conseguiu mostrar o porquê de serem um dos mais populares grupos musicais de toda a história.

Por outro lado, e é esse o único defeito que tenho a apontar a esta colectânea de músicas, as faixas sonoras, apresentam um tamanho, simplesmente, descomunal que, a partir de um certo ponto, começa a roçar no enfadonho.
Bom, mas esqueçamos o albúm, pelo menos, na sua integralidade, visto que, tenho o prazer de vos convidar a centar os vossos pensamentos, sob uma música em particular do “Death Magnetic”, mais concretamente, o “single” de abertura “The day that never comes”.

Bem, a príncipio, a música é agradável ao ouvido, bem construída, bons rufos de guitarra, boas estocadas de bateria, a voz solene e firme do vocalista, não sei o que dizem mas a mim a faixa sonora cria-me expectativa, quero, desalmada e desesperadamente, ouvir a sua continuação!
O problema vem depois...quando começo a fartar-me daquilo, o som da guitarra deixa de fazer sentido, o vocalista parece entrar em apoplexia e o raio da bateria fica a leste de qualquer noção de ritmo, enfim, era a altura da música findar! Os rapazes deixavam uma boa impressão e não se sujeitavam a críticas desnecessárias. Mas não! Quiseram prolongar o raio da canção por uns turtuosos oito minutos! Como é óbvio, a meio da faixa, começo a sentir-me extremamente enfadado e primo o botão de avançar do meu MP3.

Os fiéis leitores desta casa, por esta altura, devem de estar a pensar que, este segmento do texto acima redigido, serviu apenas para, “encher chouriços”. Juro-vos solenemente que não! Apenas invoquei a faixa “The day that never comes”, porque, a meu ver, esta tem semelhanças incríveis com uma das novelas mais badaladas da WWE, nos últimos meses. Com certeza, já depreenderam que vos estou a falar acerca da vinda de Jason Reso, mais conhecido por Christian, para solo dos McMahon...

Tal como certamente estão recordados, ao príncipio, o breu de mistério em volta do retorno de Jason à maior promotora de wrestling mundial, estava provido com a sua piada. Todos os fãs especulavam e apresentavam os seus palpites e, para meu gáudeo e, indubitavelmente, para a satisfação de milhares, a coisa ia avançando de forma razoavelmente agradável e plausível...

Nos tempos que correm, já todos anseiam avidamente pelo dia que tarda em chegar, pelo momento em que Jason Reso, finalmente, vai irromper na World Wrestling Enterteinement.

A meu ver, está na altura de Jason nos presentear com o seu regresso, os amantes da modalidade começam a desesperar e então, de forma a suportar a dolorosa espera, convencem-se que algo de gigantesco está a ser congeminado e de que o Captain Charisma, vai ter um regresso estrondoso, envolto na mais pura e verdadeira das glórias.

Quanto à empresa de Vince, ainda que inadvertidamente, vai arrastando toda a situação aqui apresentada e a fasquia, em torno do regresso de Christian, vai aumentando e aumentado...até atingir niveis preocupantemente elevados e que podem ter resultados altamente prejudiciais aquando da data do tão desejado regresso de Reso.

Há que jogar com a massa cinzenta que, por alguma razão, nos enche a caixa craniana! É importante criar “hype” e expectativa em relação ao regresso de Jason à casa mãe. Afinal de contas, o homem que aí vem já não é propriamente um novato nestas andanças, antes pelo contrário, é um profissional credenciado, que espera agora, após longos anos de contenda, vir a ter a chance de ingressar na mais popular companhia de wrestling de todo os planeta, ao lado, e com estatuto semelhante, ao de certos “tubarões” como: Batista, John Cena, Edge, Triple H e Chris Jericho.

Peço, encarecidamente, à WWE, que não utilize Jason como um mero capacho de Edge, isso seria um crime contra as invulgares capacidades de Reso. Ora, tal como podem constatar, está aqui explícito mais um perigoso caso de expectativas em demasia, que pode conduzir a ocorrências verdadeiramente frustrantes.


Sinto-me receoso com o que aí vem, hoje, mais do que nunca, é exigido ao império edificado por Vince, muita calma, competência, ponderação, sensibilidade e inteligência, de forma a não defraudar as elevadíssimas expectativas presentes no coração dos fãs e, ainda mais importante, de maneira a proporcionar à empresa uma evolução saudável e sustentável, para os próximos tempos que se avizinham.

Uma mera má decisão nesta fase atribulada que a companhia vive, pode vir a ter consequências catastróficas para o futuro da modalidade, muita coisa está em jogo. A expectativa comanda a vida e, mais do que nunca, essa mesma expectativa comanda de forma imperiosa os destinos da WWE.

Comentem bastante, espero que tenha sido do vosso agrado.

Fiquem bem

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