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Stiff Words #18



Stiff Words #18




Esta semana, mesmo sendo uma semana com dois PPV`s, confesso que não tive pachorra nem ideias para escrever um texto sobre wrestling, cujo tema fosse originalmente da minha responsabilidade. Em virtude disso, encontrei o mais recente comentário de Jim Cornette, onde este aborda a questão dos writers no wrestling. O texto é particularmente rico, pois dá a conhecer inúmeros pormenores de uma companhia de wrestling que muitos, julgo desconhecerem e também porque foi um tema bastante discutido na CWO esta semana. Aconselho a todos a lerem, pois é um texto que vale a pena, no fim deixarei o meu comentário ao artigo.

THE "WRITE" STUFF

"" Perco a conta ao numero de vezes que nos últimos dez anos, que alguém não ligado ao wrestling profissional à excepção de ser fã, me pergunta “como consigo um emprego de writer? ou me entrega uma resma de “scripts” como que se de uma audição para writer se trata-se. Isso faz-me geralmente ficar pior que estragado. A culpa não é destas pessoas, mas sim dos idiotas que contratam os idiotas que transmitem esta ideia às pessoas de que podem ter um emprego sem terem um mínimo de experiência. Assim o primeiro Cornette's Commentary deals irá definir o que é um “booker”, o que é um “writer” e quais são as diferenças entre eles.

A inspiração para este artigo foi um paragrafo da Wrestling Observer Newsletter de à uns meses atrás e ai pode avaliar o verdadeiro intelecto das pessoas que “escrevem” wrestling nos tempos que correm em certos lugares:

“Começou com Marella e Phoenix. Marella falou sobre os três pervertidos que ele podia enfrentar no Cyber Sunday, dois travestis, Rodney the Piper e Goldendust e o ultimo pervertido, o Honky Tonk Man. Ele chamou "Johnny Knockville" ao ringue e este depois de ter feito publicidade umas cinquenta vezes ao seu site começou a falar de Phoenix e do seu corpo que mais parecia o de um homem (penso que ela não se parece com a Nicole Bass ou até mesmo com China para se fazer esse tipo de piada), como resultado ela aplicou-lhe um bodyslam. Este foi talvez o pior bodyslam da história. Ela deu-lhe umas pisadelas extra de modo a tirar a sua frustração e aposto que ela estava contente por isso. Depois disso, Hornswoggle aplicou-lhe o seu tadpole splash.

Seguidamente, Chris Pontius que estava com Johnny veio para o ringue. Christopher DeJosephs (um "writer" da WWE) aka Big Dick Johnson apareceu para tirar as suas roupas e começar a dançar. Pontius seguiu-lhe o exemplo e ambos dançam no ringue. Odeio só de pensar quem pensou que isto resultaria, mas ainda não tinha terminado. No ringue surge o Boogeyman. DeJosephs foge e deixa Boogeyman aplicar uma clothesline a Pontius para depois lhe cuspir minhocas para o seu rosto e embora somente uma ou outra tivesse ido para a boca, eles venderam aquilo como se elas fossem milhões. Mas AINDA não tinha terminado, Knoxville tinha-se levantado para ver Khali a vir ao ringue.

Eles começaram a rir-se e Khali aplicou a Knoxville um head squeeze e o seu slam característico. Sinceramente acho que há mortes menos dolorosas que este segmento.



O famoso segmento

Houston Mitchell do Los Angeles Times, que assistiu ao vivo ao show afirmou que nunca tinha visto um segmento tão fraco como aquele em que os Jackass participaram”. Internamente algumas pessoas disseram que este segmento tinha sido terrível, mas Brian Gewirtz ("writer" da WWE) defendeu o segmento dizendo que aquelas pessoas não sabiam nem conseguiam entender uma boa comédia.”

Aparentemente este filho da puta estúpido do Gewirtz também não percebe de WRESTLING.

Para começar, vamos clarificar as ideias. Pro wrestling não tem “writers”, mas sim um booker. Quem tem “writers” é o “sports entertainment”. A posição de booker surgiu na década de 20 e 30 por Toots Mondt e um booker é aquela pessoa que marca os combates, decide quem combate com quem, quem irá ganhar, constrói o final do combate de modo a que haja um rematch se necessário e que estabelece o programa ou a serie de combates entre dois oponentes. É ele que determina o roster ao contratar/despedir wrestlers que trabalham no território que está sob a sua alçada. Quando a era da TV surgiu, era o booker que formatava os angles e que dava as ideias do que se devia dizer nas promos que seriam posteriormente emitidas na televisão.

O promotor ou o dono da companhia é a única pessoa a quem o booker tem de prestar esclarecimentos quando interpelado. O booker pode ter assistentes de modo a que haja uma melhor divulgação das suas intrusões, mas somente ele tem o poder em relação ao talento. Se o negócio correr bem, ele mantêm-se na posição, se o negócio correr mal, o promotor trata de o substituir. Os wrestlers, principalmente os main-eventers têm grande espaço de manobra no ringue, desde que sigam as instruções básicas do booker. O booker dá o final e um ou outro spot com importância e o resto do combate fica por conta do talento. Por exemplo, as instruções que o Dusty Rhodes me dava podiam ser tipo isto, “Tens três minutos, no show da semana passada em Charlotte, tu interferiste no combate contra os Rock & Roll Express ao usar a raquete e por isso eles desafiaram-vos para um combate de jaula e é pelos títulos de equipas. Vai lá e vende-me alguns bilhetes.”

Se o talento mostrar os angles, os finishers e as promos do booker de modo adequado e que as suas personagens e estilo fiquem overs, eles fazem dinheiro. Se eles não conseguirem, então serão substituídos por alguém que o consiga. Assim, em jeito de conclusão, um booker junta um conjunto de wrestlers que ele pense serem únicos, carismáticos e tenham talento, dá-lhes o objectivo de ficarem overs e dá-lhes a direcção para atingirem isso, constrói uma relação de vitórias/derrotas entre eles e tenta criar competições individuais ou combates por títulos entre os lutadores que ele sinta que se forem trabalhados de modo satisfatório, as pessoas paguem para os ver. O talento faz o resto e é por isso que os wrestlers de topo ganham a reputação de serem capazes de fazerem dinheiro. Por estes dias é habitual ouvir dizer “ que X ou Y nunca irá ser capaz de originar dinheiro”. Na actualidade somente alguns casos particulares de talento é que conseguem originar dinheiro, pois são casos raros em que conseguem mostrar quem eles são na realidade e não o “writting” que as pessoas estão pagar para ver.

Os grandes talentos as vezes conseguem fazer de um booking medíocre num grande booking, mas pelo contrario é difícil um grande booking fazer dinheiro com talentos fracos. Ser um bom booker foi como que uma arte, talvez o trabalho mais difícil no wrestling, pois não é só necessário um grande conhecimento e experiencia de wrestling, como também possuir a habilidade de descobrir os melhores talentos. A razão para isto é que somente alguém com provas dadas em fazer dinheiro e com anos de experiencia é que merecerá a confiança de um promotor para o cargo mais importante na companhia. Em muitos casos, somente uma elevada personalidade com um currículo vasto é que ganha o respeito das estrelas de um balneário e lhes consegue transmitir as suas ideias.

Claro, que existe o problema do booker ser também wrestler, pois irá haver problemas de ego, dar um overpush a ele próprio e aos seus amigos, etc.



Assim como é que alguém conseguia se tornar booker no período “old-scholl”? Bem, todas as histórias são sempre diferentes, mas com moldes iguais. A não ser que vocês tivessem um grande feito no vosso currículo como ser um campeão amador, um antigo atleta profissional, um herói local ou alguém que marcasse impacto que fizesse o promotor confiar em vocês, o percurso em traços gerais era o seguinte:

Vocês começavam por ser um misero fã de wrestling que assistia a uns shows, via uns combates, ajudava a montar o ringue, fazia uns recados, etc., isto até a vossa presença ser aceite na “sociedade fechada” do wrestling. Um wrestler experiente olhava para vocês e concordava em vos treinar e ensinar o básico. Após serem totalmente arrebentados no treino, vocês começavam a trabalhar nas emissões televisivas como jobbers, onde basicamente eram o saco de pancada dos outros, perdiam para toda a gente e isto quando eram bookados. Tinham de fazer grandes viagens e recebiam muito pouco, até que SE vocês tivessem algum talento iam começar a subir nos cards e se vocês TALVEZ conseguissem impressionar alguém que mandasse ai até podiam participar em algum angle ou programa. Se as coisas corressem bem, vocês talvez começassem a ser bookados para outros combates em outros territórios. Se passados alguns anos a trabalhar em territórios diferentes, SE vocês fossem realmente bons, ai sim podiam se estabelecer como um talento de topo.

SE vocês mostrassem algum interesse ou aptidão para o booking vocês poderiam começar a trabalhar o vosso próprio programa ou angle e SE as coisas corressem de feição, talvez vos fosse oferecido um lugar como assistente de um booker que tinha reparado no vosso talento e vos queria ensinar algumas coisas e somente se as coisas corressem bem é que TALVEZ um promotor de um determinado território e com fé em vocês, vos oferece-se uma oportunidade como booker. Como vocês podem ver é uma cosia fácil.

No meu caso, eu fui um mero fã durante 5 anos, 6 anos como fotografo, ring announcer e moço de recados e manager nos 7 anos seguintes até que me foi dada a chance de ser assistente do booker da WCW, Ric Falir, tinha eu 28 anos o que gerou uma enorme surpresa pois eu tinha “pouca” experiência. Para além disso, eu nunca tinha sido wrestler mas “somente” um manager. Mesmo assim, eu tinha sido um performer e essa era a chave. Não só era pouco comum, alguém com pouca experiência ver-lhe dada a chance de ser booker, mas como era raro alguém ser booker sem ter a experiência de actuar.

Vocês precisam da experiência de actuar em angles, finishers e promos e saber julgar e avaliar o modo como o publico irá reagir. O modo como isso já foi testado no passado irá levar ao sucesso ou ao fracasso do que vocês querem implementar

No sistema antigo, idiotas como o Brian Gewirtz não conseguiriam trabalho nem a vender pipocas. O "Sports Entertainment" começou em meados da década de 80 e foi introduzido por Vince McMahon e era publicitado para as pessoas pensarem que não era somente wrestling, o que foi considerado por muitos como sendo um acto de fraca qualidade. Concerteza que aquilo ainda era wrestling pois os fãs nunca disseram “ Hoje à noite há Sports Entertainment no Coliseu” ou “Compraste os bilhetes para o Sports Entertainment? Mas especialmente nos últimos dez anos, a WWE introduziu alterações que levaram a que o wrestling deve ser das coisas em que os seus consumidores devem saber mais de wrestling do que as pessoas que o estão a produzir.

A WWE através dos seus quadros superiores têm a ilusão de que eles não estão no negócio do wrestling e que eles criaram algo superior ao “rasslin” como eles já fizeram menção de dizer. Estes senhores deviam ter vergonha de dizer uma coisa dessas, pois se eles verem tudo o que eles possuem, casas, poupanças, etc, eles o têm devido ao negócio do wrestling. A nova geração de empregados da WWE, na sua maioria não devem conhecer a verdadeira história, pois foi criada uma atmosfera na companhia que a maioria deles genuinamente pensa que estão a criar um novo género de entretenimento que no passado tinha sido de pequena escala e que nunca tinha obtido sucesso até Vince McMahon o alterar. Para eles o que conta é o presente e nada há mais para a “equipa criativa” a que eles chamam de “writers”.

Durante vários anos, a directora da equipa criativa tem sido Stephanie McMahon, a filha do patrão. Sendo inteligente e uma mulher instruída, ela está credenciada para ser a “writer” principal de uma promoção de wrestling, mas estas três palavras “filha do patrão” não me saem da cabeça. Ela tem conhecimentos da história do wrestling, especialmente como seu pai eliminou os territórios do negócio, tal como ela demonstrou quando testemunhou perante o Congresso. A sua experiência como performer é limitada como ela própria reconheceu. Não é culpa dela que logo após concluir os seus estudos viesse trabalhar para a WWE, ia vendo uns combates e certamente que ninguém se iria arriscar a ensinar à filha do patrão o que era ou não politicamente imprudente. O seu marido, Triple H claro que não iria abanar o seu casamento e sobretudo a sua posição na empresa, já que será um futuro dono da companhia e lhe dizer os efeitos negativos que o seu pai introduziu no wrestling profissional enquanto construía o seu império.

Assim Stephanie como sendo a principal criativa, contrata jovens como ela. Jovens diplomados em letras, a maioria deles com experiência em escrever shows televisivos, comédias em particular, com pequeno ou nenhum respeito pelo wrestling e com NENHUMA experiência em actuar perante o público. De facto, ser fã de wrestling não é um requisito para obter um trabalho e Deus vos perdoe se vocês admitem serem fãs de wrestling e não terem visto outro tipo de wrestling para além da WWE, pois aí serão considerados como “marks” e terão os vossos dias contados.


Era um booking magnifico

Esses escritores de sitcom e entusiastas de BD e de jogos trabalham na WWE não pelo seu amor ao wrestling, mas sim por ser uma boa adição ao seu currículo, para um dia puderem ter uma chance na televisão verdadeira e puderem realizar o seu sonho de ganhar um Emmy. Eles escrevem para se entreterem e agradarem ao Vince, pois vistas as coisas, 80% do "Sports Entertainment" tem de ser comédia, geralmente envolvendo strippers em luta de almofadas, anedotas, travestis, gajos gordos besuntados em óleo, anedotas fracas que somente poucas pessoas as compreendem e anões. Quando os fãs assistem ao wrestling já que é uma coisa que realmente gostam e não apreciam esta porcaria ele são chamados de "smart marks" e possuem um comportamento característico de criticar o programa, pois na WWE, o consumidor NUNCA está contente.

A WWE contrata alguns dos maiores lutadores do passado como Arn Anderson, Ricky Steamboat e outros para serem gentes e estes não só não participam na escrita dos shows como são cingidos ao silêncio e as suas verdadeiras e correctas opiniões nem consideradas são enquanto os writers sacrificam a sua dignidade ao fazerem aparecer um tipo de 140 quilos, besuntado em óleo, com uma tanga e a saltar no ringue, gastando assim o tempo que podia ser utilizado a trabalhar um jovem com talento.

Eles sabem que Vince e os seus pares gostam de embaraçar e humilhar publicamente quem tem opiniões discordantes. Toda a gente sabe que Michael Hayes é a única pessoa na equipa de escrita que foi um wrestler profissional e os seus problemas de álcool também são conhecidos. Após ver estes Shakespeares amadores a tornarem este negócio num show estúpido parecido com um show dos Harlem Globetrotters depois de terem se metido nos ácidos, eu sinto-me um mexicano viciado em heroína.

Durante este processo, os traços individuais são retirados ao talento. O script do Raw que recentemente andou a circular na Internet, mostrou que todas as palavras, todos os gestos estão escritas e somente as estrelas de topo possuem uma pequena percentagem de improviso. O wrestling é homogeneizado, pasteurizado e “desinfectado para vossa protecção” como que se trata-se daquelas protecções para as sanitas que existem nas casas de banho dos hotéis rascas. Os “writers” estão tão induzidos na sua auto-promoção que no topo de cada página do script vinha escrito “Vocês estão a ver o programa de televisão com o maior número episódios de sempre”, até parece que eles estão ao mesmo nível do Gunsmoke, Bonanza ou do I Love Lucy. Eu não em lembro de alguma vez ter visto o Marshall Dillon a dizer piadas secas no Poconos ou o Fred Mertz aplicar um piledriver ao Ricky Ricardo.

Se o plano correr de feição, a equipa criativa recebe palmadinhas nas costas. Se pelo contrário, ele falhar, os culpados são os wrestlers que presos a gimmicks fracas e scripts de merda não têm motivos por não fazer dinheiro. Se as estrelas do passado como Dick Murdock, The Sheik, Adlullah the Butcher ou até mesmo Dusty Rhodes andassem à procura de trabalho, eles nem um contrato de desenvolvimento conseguiam, pois eles não possuíam os moldes de uma estrela actual. Eles seriam mais do mesmo, pois eles não tinham o poder e a liberdade de “ser eles próprios” e ficar overs perante o publico com as suas personalidades únicas.

Os combates, que são o básico para o wrestling vender bilhetes, vêm a sua importância minimizada, pois os combates são a única coisa que os “writers” não têm controlo absoluto. Em vez de combates é dada preferência à paródia super produzida e remexida, pois já como diziam os antigos, quando um “writer” entra no balneário a única música que se faz ouvir é a "Stranger in Paradise" A paixão e a emoção são totalmente alienadas das promos e em vez dos lutadores falarem por eles próprios e as palavras saírem do coração, eles recitam promos pré-memorizadas e assim todos se parecem iguais. A credibilidade é totalmente posta de lado, pois em vez de dois indivíduos lutarem por um título ou batalharem as diferenças pessoais de um modo a que as pessoas acreditem e percebam aquilo que vêm, assiste-se agora a uma novela mexicana totalmente artificial. As taxas de lesões também aumentam pois lutadores com pouca experiência são colocados em combates com estipulações ridículas e devido a falta de experiência, os lutadores poderão contrair lesões e sabendo eles de antemão que o risco que estão a correr é em vão.



Não só na WWE há combates com estipulações estúpidas

Ao longo dos anos eu fiz muito dinheiro no wrestling, mas digo que teria mais se cobrasse por cada vez que quando sou reconhecido em publico e me dizem que dantes viam wrestling mas agora não conseguem. Porque será? Escolham uma, A) Ser um Showbiz B) Ser falso C) Ser tipo desenhos animados D) Ofensivo ou E) Variações de A a D.

Mas afinal quem sofre com isto? Para além dos fãs que não tem a chance de ver o talento de topo a ter grande combates e promos, eles são obrigados a ver o que não querem. Os wrestlers principiantes que logo à partida possuem um handicap pois não existe os territórios para eles ganharem experiência pois a WWE possui o seu próprio sistema de desenvolvimento. Os wrestlers que fazem o show, pois têm de sacrificar a sua dignidade e respeito próprio, somente para agradarem aos writers. O esforço a dobrar que os lutadores têm de fazer, de modo a dar mais "realidade " às coisas, pois sabem que as pessoas têm conhecimento que o wrestling é work. Assim as carreiras duram 5 a 10 anos em vez de 20 ou 30. Eu nem vou falar do consumo de drogas somente para se ganhar o aspecto cosmético que a WWE gosta de vender ou do sofrimento de um wrestler que depois de ter tido uma passagem pouco fugaz na televisão devido a uma gimmick estúpida e que não ficando over no público, nunca mais se consegue levantar. Para alem disso, o wrestler é o único que sofre as consequências se um dia ganhar tomates e dizer “Não, hoje o Boogeyman não me irá cuspir minhocas para a boca”

O wrestling é uma indústria baseada no talento. Os wrestlers são os únicos que os fãs pagam para ver. Este negócio nunca viu tanta gente sem experiência e sem respeito pelo wrestling a ter tanto controlo como nos dias de hoje e isso é triste, para os wrestlers e para os fãs.

Eu sou Jim Cornette e esta é a minha opinião.""

O meu comentário

Este artigo de Jim Cornette é um artigo bastante interessante. Na primeira parte do artigo ele coloca-se na pele de um simples fã de wrestling e relata o modo desgostoso como aconteceu o segmento no Raw. Acho que tal como o Jim, ninguém gostou de ver aquelas cenas, mas eu não ponho a mão no fogo por ninguém, pois há gente com gostos para tudo, até mesmo de gostar de ver o Big Dick de tanga aos saltos no ringue. Como viram o Jim não tem papas na língua e trata logo de insultar.

A parte seguinte do artigo, penso que é a etapa mais interessante pois é descrito o como funciona um booking e explica a progressão de uma carreira tudo é claro num ambiente old-school.

A última parte deste artigo, é a parte que pode originar mais discussão. Cornette critica abertamente o facto do wrestling da WWE ser todo previamente escrito, então fica a questão e a TNA de quem ele recebe um ordenado ao fim do mês? Cornette de facto disse as verdades e as palavras que lhe saíram do coração, mas quem tem telhados de vidro não pode falar assim dessa maneira, penso que há uma parte em que ele critica também a TNA embora tenha conseguido disfarçar bem, mas quando se refere a combates com estipulações ridículas, penso que ele se refere à TNA. O que pode abonar em favor de Cornette é que o booking da TNA é feito por Russo e Jarrett que têm elevados conhecimentos de wrestling e na WWE poucos têm esse conhecimento como ele pretendeu demonstrar ou neste caso criticar.

As verdades foram todas ditas, não disse nenhuma mentira e ficou demonstrado que o facto o facto do wrestling actual ser totalmente metódico poucas vantagens trás e pelo contrario as desvantagens que a curto e médio prazo pode trazer são muitas.

PS: Espero que tenham gostado do artigo tal como eu gostei de o traduzir, deu um pouco de trabalho, mas compensou pois fiquei a saber mais algumas coisinhas e já agora peço desculpa se a tradução não ficou 100% correcta.
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