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Free Thoughts XVIII - A mim é o wrestling e a ti? O que te move?

A principio uma paixão capaz de mover milhares, uma chama que ameaçava prolongar-se incólume para todo o sempre...depois, com o decorrer dos tempos, vem a monotonia, a rotina, a abolia total e como ditosas consequência destas, o divórcio de muitos fãs para com o, outrora, tão apregoado wrestling profissional.

Tenho divagado por diversos espaços virtuais dedicados à difusão desta nossa aclamada modalidade, no calmo decorrer dos últimos dias. Em adição a isso, tenho consultado com frequência as noticias que marcam esta indústria e, cada vez mais, me deparo com uma conclusão um tanto ou quanto constrangedora – para a maioria dos fãs, a paixão nutrida por wrestling está a esvair-se.

Caso não acreditem nisto, convido-vos a tecerem uma breve análise sob toda esta Cwo, a que conclusão chegarão? Simples, é extremamente raro surgir uma discussão coerente e enriquecedora na qual são trocados pontos de vista discrepantes que podem resultar em constatações pertinentes acerca das diversas questões indefinidas que pairam sobre o horizonte do pro-wrestling.

Nos dias transactos, sempre que a polémica surge, esta toma, na incontornável maioria dos casos, a forma da inacabável batalha entre marks e smarks ou, então, está directamente conectada com as humilhações que determinados indivíduos preconizam sobre os elementos menos dotados desta comunidade.

Abstraindo-me agora das discussões infundadas que surgem um pouco por toda a Cwo e centrando-me nessa, suposta, paixão que nos motiva a consultar a blogosfera com relativa frequência. Será que, actualmente, o pro-wrestling importa realmente à maioria daqueles que pomposamente se apelidam como "fãs"? Ao que se me assemelha, infelizmente, não e aqueles que se mantêm leais à "verdadeira" essência da modalidade são muito, muito, (mas) MUITO poucos...

A Tna tem registado consideráveis melhorias nos últimos meses, não há como refutá-lo. Contudo, escassos são aqueles que se demonstram capazes de aceder a tal facto e, devido às mentalidades tacanhas patentes na maioria dos fãs, os ratings da companhia tendem a manter-se em níveis simplesmente medíocres.

Debruçando-me por fim sobre a colossal e inevitável Wwe. Penso que aquilo que vou clamar de seguida se trata de uma verdade simplesmente inquestionável – nos dias trausentes, a Smackdown é, claramente, o melhor programa semanal da promotora de Vincent Kennedy McMahon.

Na marca azul, nos tempos transactos, encontramos sublimes wrestlers, juventude talentosa e, sobretudo, muita inovação, visto que, muitas das storylines que aí se desenvolverão nos próximos meses colocarão frente a frente profissionais que nunca se haviam cruzado anteriormente. Porém, será que tal facto que tão bons augúrios nos traz interessa a alguém?

Evidentemente que não. Actualmente, wrestling maduro, embuído em qualidade não dá lucros. Hoje, o que continua a proporcionar uma existência de avareza e fausto à nossa ilustre família McMahon é essa treta tão repudiada que, ao que parece, se apelidada de “entretenimento global”.

Admitamos! O que gera receitas monetárias avultadas, não é um confronto entre Morrison e Jericho (um combate desses bem que se pode redimir à redundância do Superstars...), mas sim mais um soberbo confronto entre o “Animal Botchista” e o Legend Killer, Randy Orton ou, quem sabe mesmo, uma contenda entre Big Show e o príncipe dos jardins de infância, John Cena.

Graças a tais factores, os ratings da Smackdown (que é actualmente o melhor programa semanal de pro-wrestling a passar nos Eua) mantêm-se irremediavelmente baixos, tudo isto, pura e simplesmente, porque, infelizmente, já não é um produto de elevada qualidade e complexidade aquilo que oferece lucros a Vince. Na verdade, nos dias correntes, quem fornece a Vinnie uma quantidade avultada de dólares, são mesmo um bando de idiotas cuja única capacidade que possuem, é a de impulsionar miúdos a forçarem os seus pais a adquirir “Wwe merchandise”.



Quanto a nós....os cronistas que tentam convictamente (sacrificando por vezes tempo livre que poderia perfeitamente ser dedicado aos mais puro do lazer e da bebedeira) manter o fogo vivo e proporcionar meia dúzia de textos bem redigidos e com uma porção considerável de informações e curiosidades que, muito possivelmente, podem ser desconhecidas à maioria dos leitores, recebem 1 ou 2 comentários a clamar: “muito bem, continua.”

Agora se pretendermos arranjar controvérsia fácil recorrendo a técnicas meio duvidosas... assim a conversa já é outra e pouco interessa se escrevemos sobre wrestling ou sobre a pesca de ostras efectuada por pescadores chineses, pois aí teremos imediatamente amealhados um considerável conjunto quer de palavras de idolatração, por parte de alguns, quer de impropérios bem insultuosos, por parte de outros...

Em suma, após um breve giro por toda a esfera desta magnifica indústria denominada por pro-wrestling, deparei-me com uma conclusão deveras estranha. Por lados Norte Americanos, a Smackdown e a Impact zone parecem caminhar no sentido de nos proporcionarem um produto com cada vez mais qualidade, naquilo que concerne ao wrestling. Todavia, os ratings dos dois shows permanecem irredutivelmente baixos, tudo isto porque, para a maioria dos fãs, aquilo que interessa, nos dias trausentes, é contemplar a bela da cueca fio-dental desse pedaço de mulher que é a Santina Marella ou imaginar como seria um “menáge-a-trois” entre a escaldante Vickie Guerrero, o sempre em forma (de barril) Big Show e o (em breve) 10 vezes campeão mundial Edge.

Retornando já a domínios lusos, nos tempos transactos, parece que a qualidade e o profissionalismo do nosso trabalho, enquanto cronistas, já não interessa ao leitor e que o que verdadeiramente importa para adquirir as atenções alheias é o modo como conseguimos, ou não, atacar individuo B ou blogue C, numa caixa de comentários qualquer.
Após alguns momentos de intensa reflexão, descortino o caminho que ambiciono percorrer...Nos próximos meses continuarei, sempre que me seja possível, a expor um texto da minha autoria no qual vos apresento um ponto de vista pessoal, relativo a qualquer aspecto desta indústria. Tendo em conta esta linha de pensamento na qual me revesti, constato a simples verdade de que eu sou (ou pelo menos procuro ser) um verdadeiro fã que apenas ambiciona trocar ideias e não entrar em mediatismos fáceis, que em nada servirão para fomentar ou difundir o wrestling em Portugal. É a paixão que nutro por esta modalidade aquilo que me move.

E vocês? Convido-vos a reflectirem um pouco, de modo a assim perceberem, afinal, o que vos agita, quando a questão colocada sobre a mesa é esta soberba indústria. Será que também consultam a Cwo e se instruem no mundo do pro-wrestling, no sentido de se tornarem mais completos e informados amantes do "desporto"? Ou serão as palermices e controvérsias que em nada dizem respeito a esta indústria, a única razão para não se desconectarem dessa e, consequentemente, da Cwo? Após alguns momentos de introspecção da vossa parte, agradecia que me comunicassem as vossas conclusões, acerca desta questão pertinente.

Notas Soltas...Sangrando que nem um porco...

Ontem, aqui no WN, foi relembrado um dos mais sangrentos combates da história do pro-wrestling. Um BootCamp Match que colocou frente a frente Iron Sheik e Sgt. Slaughter. Hoje, deixo-vos com uma das mais sangrentas contendas, com que já tive o prazer de me deparar num incursão ao Youtube e que seria um egoísmo da minha parte não partilhar com vocês. Só para terem uma noção, desta batalha resultou a “Muta Scale”, método de comparação empregue para se medir a gravidade de um bleeding no wrestling profissional.

Great Muta vs. Hiroshi Hase



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