Free Thoughts XXI - profetizações, adversidades, triunfo ou falhanço?
A vida é mesmo assim, uma roleta russa incessante. Nunca sabemos quando seremos atingidos pela bala, por vezes, nem temos a certeza se essa bala existe. Apenas estamos ao corrente de que a qualquer momento, talvez na precisa ocasião em que menos aguardamos por tal, a arma dispara e então aí contemplamos toda a nossa existência a passar-nos em flash pela vista, para depois disso, num final derradeiro, cairmos no chão com a nossa alma ciente de que o nosso corpo, que agora se estende no solo como um vulgar saca de batatas, jamais se voltará a erguer.

Quantos chegaram ao topo, quando a principio ninguém dava nada por eles? Quantos se perderam por entre as encruzilhadas da vida, quando, nos seus primórdios, todos lhes atribuíam dignos feitos de bravura, num futuro brilhante? Centenas, milhares, talvez mesmo milhões...
O que é significativo para o nosso sucesso? Bom, isso depende da situação em que nos encontramos inseridos. Porém, para alcançarmos o triunfo, seja em que área for, existem algumas qualidades que têm de estar sempre presentes, como: a garra, a perseverança e o talento.
A partir destes valorosos atributos, tudo se resume a uma simples coisa sobre a qual não temos o menor poder – a sorte que o destino nos reserva. Teremos de lutar e evidenciar-nos como corajosos, é certo, contudo, só isso não bastará para atingirmos o cúmulo da montanha: será requerida sorte. A sorte de estar no local certo, à hora certa, no segundo exacto; a sorte de recebermos aquela oportunidade pela qual tanto batalhamos.
O que é significativo para o nosso sucesso? Bom, isso depende da situação em que nos encontramos inseridos. Porém, para alcançarmos o triunfo, seja em que área for, existem algumas qualidades que têm de estar sempre presentes, como: a garra, a perseverança e o talento.
A partir destes valorosos atributos, tudo se resume a uma simples coisa sobre a qual não temos o menor poder – a sorte que o destino nos reserva. Teremos de lutar e evidenciar-nos como corajosos, é certo, contudo, só isso não bastará para atingirmos o cúmulo da montanha: será requerida sorte. A sorte de estar no local certo, à hora certa, no segundo exacto; a sorte de recebermos aquela oportunidade pela qual tanto batalhamos.

Por meados de 2005, Carlito era um jovem talentoso em redor do qual só existiam bons augúrios...Sendo sincero, gajos como este irritam-me. O wrestler em questão tinha tudo para alcançar o topo, inclusive a sorte de receber boas oportunidades para a exibição das suas capacidades técnicas. No entanto, decidiu armar-se em coninhas e ir para a televisão entoar queixinhas dos “lobbys” existentes no seio da Wwe. Como infeliz resultado, a sua carreira caiu no esquecimento e o, outrora, aclamado futuro do pro-wrestling, transformou-se num vulgar mid-carder, sem qualquer tipo de brilho especial.
Mr. Kennedy já não se insere nesta categoria de Carlito, pelo menos inteiramente. É inegável que também cometeu os seus erros, contudo, errar é humano e, assim sendo, este mereceu sempre as chances que lhe foram proporcionadas, uma vez que, pelo menos o rapaz de Green Bay, não se andou para aí a lamuriar por ser vitima de duras injustiças.
Esteve quase lá...estava prestes a dar o último passo que o colocaria, finalmente, no cúmulo da montanha. Porém faltou sorte. Devido a isso, o dotado atleta tropeçou e caiu, caiu, caiu, até se render à medíocre condição de desempregado, a que se redime actualmente.
Estes dois casos não passam de meros fragmentos passados que, noutros tempos mais saudosos, foram aclamados como alguns dos mais prováveis candidatos a main eventers do inóspito amanhã. Infelizmente, estes caíram perante as adversidades e hoje não passam de algo usual, expostos sobre um aglomerado de coisas comuns.

Analisando rápida e objectivamente cada um dos casos em particular:
- Cm Punk, apesar do inegável push de que tem sido alvo, apresenta um porte físico humilde e como fruto das politicas de segurança dentro de ringue que imperam no seio da WWE, este foi forçado a abdicar de algumas das manobras que mais fama de tenaz competidor nas indys lhe atribuiram.
- John Morrison, evidencia um bom porte físico e grandes capacidades atléticas, no entanto, denoto bastantes dificuldades neste wrestler, aquando da hora de fomentar reacções no público. Escusado será dizer que isso poderá vir a ser para o jovem um genuíno calcanhar de Aquiles, caso este não contorne rapidamente a situação.
- Evan Bourne, apesar da sua tenra idade, já conta com uma grande experiência profissional. Em adição a isso, o wrestler já demonstrou por diversas ocasiões não ter grandes dificuldades na arte de monopolizar as atenções dos espectadores. Centrando-me agora nos factores negativos presentes no atleta, infelizmente, o fisico de Bourne, pode vir-se a demonstrar como demasiado débil para alcançar o triunfo na WWE. Por fim, penso que devo destacar ainda as fracas mic-skills (para não dizer mesmo inexistentes) intrínsecas ao high flyer.
- Para findar esta breve análise, debruço-me sob a figura de Jack Swagger, um atleta razoavelmente carismático, bastante jovem (o que lhe confere uma longa margem de progressão), com um porte físico intransponível e com uma qualidade técnica no interior do ringue invejável. Criticas a apontar ao All American? Pessoalmente, a única debilidade que considero existir em Swagger digna de alguma preocupação, é mesmo o atabalhoamento com que este utiliza o microfone.
Chegamos ao término desta breve reflexão, sobre o futuro, e o que podemos constatar? Simples. Todos estes jovens evidenciam qualidades que os podem conduzir ao topo. Porém, também todos eles demonstram fragilidades que se podem traduzir em fracasso. Digamos que estamos perante um pequeno braço de ferro entre wrestlers e adversidades...

Em suma, para se chegar ao cúmulo da montanha na promotora de Vince, não se basta deter um talento assinalável dentro de ringue ou uma capacidade fabulosa de se mexer com o público, esses são só alguns dos requerimentos básicos para se ousar sonhar em um dia vir a ser a figura máxima da empresa. Para se chegar ao topo, há que haver talento, dedicação, esforço, perserverança e, sobretudo, (algo que, volto a frisar, não está nas nossas mãos!) sorte.
Reemergindo com a analogia do revólver e da roleta russa. Atletas como Morrison, Punk, Bourne e Swagger já primiram com sucesso o gatilho por algumas ocasiões. Até aqui uma constante tem-se verificado: todos eles conseguiram suplantar as adversidades com sucesso e nunca nenhuma “bala” teve o poder de os colocar estendidos no chão.
Contudo, para as profetizações que circundam estes jovens se cumprirem, o "revólver" ainda terá de ver o seu gatilho pressionado por muitas mais ocasiões e nunca saberemos onde estará escondida a malograda munição.
A linha entre a glória e a derrota é extremamente ténue, a qualquer momento as adversidades podem surgir e então aí estes valorosos jovens podem-se evidenciar como incapazes de lidar com elas, caindo assim num interminável precipício de esquecimento e falhanço. Apenas o tempo nos dirá se estes jovens em foco no texto de hoje têm de facto o estofo necessário para se chegar ao topo. Até lá tudo o que poderemos fazer é especular.
Fiquem bem;)