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Prodigiosamente Falando #3 - O Poder da Grandiosidade

Numa época em que as divisões de tag team se encontram em crise (pelo menos no que à promotora de Vince diz respeito), eis que venho encontrar inspiração para estes meus devaneios informáticos, numa temática que vai de encontro ao mesmo assunto supracitado. Tentarei então nesta edição, redigir algumas linhas tendo em conta uma das minhas equipas favoritas de sempre (muito por causa dos seus constituintes, dois dos meus wrestlers favoritos e dois dos melhores de sempre). Refiro-me aos The Mega Powers, uma facção constituída por Hulk Hogan e Randy “The Macho Man” Savage como lutadores e Miss Elizabeth como valet.

Esta poderosa equipa que dominou a WWF e posteriormente, alguns anos depois, a WCW, começou a delinear a sua história em meados de 1987. Randy Savage estava a meio de um gradual processo de face turn, e como tal enfrentava The Honky Tonk Man (wrestler primo de Jerry “The King” Lawer, que usava uma gimmick baseada na personagem do rei do Rock, Elvis Presley), que era um dos top heels da empresa na altura. O combate tinha como objectivo a obtenção (ou logicamente a retenção) do Intercontinental Championship. Randy dominou a grande maioria do combate, e quando se apressava para finalizar a dita batalha, usando o seu carismático movimento finalizador, Flying Elbow Drop, da corda superior (o que na altura era um spot simplesmente fantástico), o combate é interrompido pela Hart Fundation, na altura também eles personagens de cariz heel, provocando a desqualificação de Tonk Man e consequente retenção do título.

Mas a situação não se findou neste termos de parâmetros banais.
Os 3 wrestlers continuaram a atacar brutalmente Savage, até que numa atitude de desespero, Miss Elizabeth corre para o backstage em busca de ajuda, enquanto que Randy recebia uma bela pancada desferida pela guitarra de Tonk Man.

E aqui se dá o apogueu e o início da Era. Para o espanto geral da multidão presente na arena e de todos os quantos acompanhavam o acontecimentos via outros meios, eis que aparece Hulk Hogan, o carismático WWF Champion, que se apresentava como um dos top faces da promotora na altura, mas que no entanto sempre se vinha estabelecido até aqui como um rivais de Randy Savage (um antagonismo que teve efeitos brilhantes).

Ora esta atitude de Hogan, após o save, serviu para demonstrar três factores importantes de serem referenciados: a solidificação de Randy como face, a criação de hype em torno de Hogan e o inicio de uma stable face, com vigor, credibilidade e carisma, todos os condimentos necessários para o sucesso e vigor durante um período de tempo considerável.

E assim foi. Quando dois dos maiores pilares da empresa então se juntaram, tendo o carisma e credibilidade necessários para avançarem, uma valet que ainda lhe incumbia aquela sensação de poder e sensualidade e feuds contra top heels da empresa até então, como André The Giant e Ted DiBiase, o seu periodo de domínio foi mais do que satisfatório, e culminou com alguns momentos de referência, em que as massas assistiam ao programa para simplesmente ver o brilho que estes dois senhores traziam consigo para o ringue.

Posteriormente Randy Savage viria a tornar-se WWF Champion, ao vencer um torneio pelo mesmo grandioso prémio, em que na final venceu Ted DiBiase, com a ajuda de Hogan que atingiu este último com uma cadeirada na cabeça, proporcionando então a vitória a Savage. E durante muito tempo estes dois épicos atletas laboraram no sentido de obterem óptimas batalhas contra outras facções de cariz heel.

Mas claro que dois top wrestlers como eles, nunca se poderiam manter eternamente em conjunto (tendo ainda em conta que Hogan possuía uma sede no que ao título diz respeito, que simplesmente não se esgota). Partindo deste lógico ponto, e seguindo uma normal linha de pensamentos sequenciais, era de vital importância arranjar um motivo minimamente plausível para acabar com tão poderosa união. E é nestes épicos momentos que a genialidade pura é encontrada, e este pequeno caso não foi excepção.

Qualquer mente inapta no que à capacidade de inovação diz respeito teria logicamente arranjado a solução mais fácil e directa para acabar com a equipa: colocar os egos em questão, e decidir por Hogan atrás do título. Mas não… A equipa de booking não caiu neste erro precipitado. Foi mais astuta e calculista e criou um segmento que fosse capaz de não só atrair uma aura sentimental à rivalidade, mas que também visasse ao mesmo tempo ambos os egos.

Partindo deste ponto, a razão da separação da equipa, foi nada mais, nada menos, que Miss Elizabeth. A até então companheira de Randy Savage começou a acompanhar Hogan para os combates, que segundo o próprio, era uma fonte de inspiração extra. Ora isto começou a começou a despertar gradualmente um sentimento de revolta, ciúme e ódio em Savage, que se viria a agravar com a acidental eliminação deste último, na Royal Rumble de 1989, por parte do seu amistoso parceiro.

A quebra de ralações dá-se em definitivo num combate de equipas que opunha os The Mega Powers contra os The Twin Towers (rivalidade que já vinha sido construía à algum tempo). Durante o combate, Randy é atirado acidentalmente contra Miss Elizabeth, o que a deixa inconsciente. Hogan, ao aperceber-se da situação, pega na valet da facção e leva-a até ao backstage de modo a receber assistência, deixando Savage no ringue sozinho, defrontando ambos os adversários. Quando Miss Elizabeth recupera a consciência, prontamente implora a Hogan para que este volte ao ringue para auxiliar Savage. Hogan assim o faz, mas quando regressa ao ringue, Randy elabora o tag com uma valente bofetada na cara de Hogan, abandonando o recinto com o título, deixando desta vez Hogan sozinho contra os dois opositores. Como não poderia deixar de ser Hogan vence o combate, e regressa ao backstage para ver o estado de Miss Elizabeth, que se encontrava na presença do seu amado Rnady Svage. Hogan implora a Elizabeth para que este traga Randy à razão, mas este não quer saber de pormenores de menor relevância e desfere um rude golpe com o título na cara de Hogan.


Era o fim de uma poderosa aliança e o inicio de uma nova rivalidade, que seria posteriormente estendida até à Wrestlemania V, onde a principal dúvida não era quem seria o vencedor do combate pelo WWF Championship, mas sim de que lado estaria Miss Elizabeth. Esta optou por uma posição neutra, auxiliando ambos os nobres guerreiro em várias partes do combate. A vitória acabou por sorrir a Hogan, que venceu o título, mas isso não significou o fim da rivalidade. Esta durou mais alguns messes, com Randy a substituir Miss Elizabeth de sua manager por Sensational Sherri. No final, quem acabou por melhor a melhor sobre a rivalidade foi Hogan.

Muitas mais coisas poderiam aqui ser referidas sobre esta nobre aliança, mas o importante é realçar o poderio e importância de ser ter uma divisão de equipas equilibrada, o que pode mesmo culminar com sensacionais cenários como este. O sentimento de nostalgia é notório ao relembrar facções como esta, mas por enquanto, vamos saciando a nossa fome fome de Wrestling com outros aspectos sub divididos no que à modalidade diz respeito

Assim me despeço, marcámos encontro para a semana.

O Prodígio
Knuckles

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