Versão Editorial [04] - A nobre quase-queda dos que queriam chegar mais alem.
[Nota : Peço desde já, desculpa pelo tamanho do artigo, medido ao pixel, mas o tempo não abunda no meu quotidiano. Fica a promessa e rápidas e drásticas melhorias.]
Passam doze horas e trinta minutos do vigésimo sétimo dia do sétimo mês do ano dois mil e nove depois de Cristo. Editor regressa a casa depois de mais uma manhã de trabalho, onde, entre espaços de maior relaxe pensava vagarosamente naquilo que iria escrever, até ouvir uma certa noticia que, embora não intrigasse pois é o pão-nosso de cada dia, deixou-me com água na boca com mais um tema para o meu artigo.
Passou-se o seguinte: estando eu a trabalhar na empresa dos meus pais, que se dedica ao ramo mobiliário, não raras vezes aparece lá os informadores de serviço, que por truta e meia, tentam o seu lugar ao sol informando, muitas vezes com calunias tudo o que se passa nas empresas à volta.
Posto este à parte, surgiu há uns tempos que uma empresa cá da zona, com os seus conhecimentos na China e contactos em Angola, estava a fazer negócios espectaculares com margens de lucro absolutamente imbatíveis. Com a conta bancária a aumentar a olhos vistos, não foi difícil abrir uma sucursal para os lados da capital, de modo a aumentar a produção e, logicamente o lucro, para alem de que ao comprar a matéria prima no dobro das quantidades poderia ainda mais, praticar preços imbatíveis. Hoje, tive conhecimento que a empresa faliu.
Após uns tempos de glória, a sobrelotação do mercado africano, mais propriamente o angolano atingiu índices incríveis, a produção acabou por diminuir, e dos despedimentos à falência foi um pequeníssimo passo.
Deixando-me de teorias económico-financeiras, lembrei-me automaticamente, mais uma vez, do ano de 2005. Na altura, os índices de visionamento de wrestling em Portugal atingiram níveis nunca antes imaginados e personagens como Cena e Batista eram elevados ao estatuto de deuses. Os ratings para o país mais ocidental da Europa batiam-se semanalmente e, providos de desconhecimento, só se queria ver (principalmente) esses dois ícones. Contudo havia um pequeno senão…Tinha que se esperar quase dois meses para ver cada um deles em acção. Se num mês via-se no Batista, ficávamos com água na boca e queríamos ver o Cena…Então esperávamos mais um mês até ver o Cena e ficar com água na boca para ver o Batista. E sempre assim sucessivamente. Tal como o caso em cima, a visualização do produto aumentava a olhos vistos e vai daí Vinnie Mac decide-se pelos famosos PPV inter-brand. No fundo, cada miúdo abaixo dos 14,poderia ter orgasmos psicológicos e ver apenas numa noite Batista e Cena a lutarem com poucos minutos a separá-los. Atingiu-se o pico.. Durante uns tempos e visualização aumentou exponencialmente e a escolha parecia tudo menos errada. Parecia até chegar ao conformismo dos atentos fãs e a já banalizada mudança de publico alvo dos programas… No fundo, para quê ver combates à segunda, terça quinta e sexta, se a luta “a sério” só ocorre a um Domingo aleatório de cada mês? Vai daí, as audiências descem, descem, descem, o produto é comprado por um canal privado e os fãs entram em vias de extinção.
No fundo, apenas foste vítima do poder, e da obsessão por se querer chegar sempre um pouco mais além.
A queda essa, poderia ser enorme, não fosse o facto de para os lados de Orlando, aquilo dar um telenovela mexicana da vida real…
PS- Até daqui a duas semanas, visto que para a semana, estarei, finalmente, na tão desejada viagem a Praga. Abraço ;)
Passam doze horas e trinta minutos do vigésimo sétimo dia do sétimo mês do ano dois mil e nove depois de Cristo. Editor regressa a casa depois de mais uma manhã de trabalho, onde, entre espaços de maior relaxe pensava vagarosamente naquilo que iria escrever, até ouvir uma certa noticia que, embora não intrigasse pois é o pão-nosso de cada dia, deixou-me com água na boca com mais um tema para o meu artigo.
Passou-se o seguinte: estando eu a trabalhar na empresa dos meus pais, que se dedica ao ramo mobiliário, não raras vezes aparece lá os informadores de serviço, que por truta e meia, tentam o seu lugar ao sol informando, muitas vezes com calunias tudo o que se passa nas empresas à volta.
Posto este à parte, surgiu há uns tempos que uma empresa cá da zona, com os seus conhecimentos na China e contactos em Angola, estava a fazer negócios espectaculares com margens de lucro absolutamente imbatíveis. Com a conta bancária a aumentar a olhos vistos, não foi difícil abrir uma sucursal para os lados da capital, de modo a aumentar a produção e, logicamente o lucro, para alem de que ao comprar a matéria prima no dobro das quantidades poderia ainda mais, praticar preços imbatíveis. Hoje, tive conhecimento que a empresa faliu.
Após uns tempos de glória, a sobrelotação do mercado africano, mais propriamente o angolano atingiu índices incríveis, a produção acabou por diminuir, e dos despedimentos à falência foi um pequeníssimo passo.
Deixando-me de teorias económico-financeiras, lembrei-me automaticamente, mais uma vez, do ano de 2005. Na altura, os índices de visionamento de wrestling em Portugal atingiram níveis nunca antes imaginados e personagens como Cena e Batista eram elevados ao estatuto de deuses. Os ratings para o país mais ocidental da Europa batiam-se semanalmente e, providos de desconhecimento, só se queria ver (principalmente) esses dois ícones. Contudo havia um pequeno senão…Tinha que se esperar quase dois meses para ver cada um deles em acção. Se num mês via-se no Batista, ficávamos com água na boca e queríamos ver o Cena…Então esperávamos mais um mês até ver o Cena e ficar com água na boca para ver o Batista. E sempre assim sucessivamente. Tal como o caso em cima, a visualização do produto aumentava a olhos vistos e vai daí Vinnie Mac decide-se pelos famosos PPV inter-brand. No fundo, cada miúdo abaixo dos 14,poderia ter orgasmos psicológicos e ver apenas numa noite Batista e Cena a lutarem com poucos minutos a separá-los. Atingiu-se o pico.. Durante uns tempos e visualização aumentou exponencialmente e a escolha parecia tudo menos errada. Parecia até chegar ao conformismo dos atentos fãs e a já banalizada mudança de publico alvo dos programas… No fundo, para quê ver combates à segunda, terça quinta e sexta, se a luta “a sério” só ocorre a um Domingo aleatório de cada mês? Vai daí, as audiências descem, descem, descem, o produto é comprado por um canal privado e os fãs entram em vias de extinção.
No fundo, apenas foste vítima do poder, e da obsessão por se querer chegar sempre um pouco mais além.
A queda essa, poderia ser enorme, não fosse o facto de para os lados de Orlando, aquilo dar um telenovela mexicana da vida real…
PS- Até daqui a duas semanas, visto que para a semana, estarei, finalmente, na tão desejada viagem a Praga. Abraço ;)