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Tomos de Eternidade

Como referi na semana passada hoje a crónica será curta, mas directa ao assunto.
Pretendo falar dum assunto referente a um PPV. Não o deste Domingo passado( o qual teve uma main-event de elevadíssima qualidade), mas do que ocorreu no Domingo antes deste.

Falo do Bound for Glory da TNA, o seu equivalente da Wrestlemania. Contudo, este PPV foi tudo menos “Bound for Glory” no assunto que pretendo abordar.
Não me refiro a performances no ringue. Não me refiro aos resultados. Não me refiro às storylines que daqui saíram.

Refiro-me á (péssima) assistência...

Menos de uma semana antes do PPV veio-se a saber uma notícia perturbadora. Com o Bound for Glory á distância de uma semana, um PPV que a TNA tinha passado meses a hypar, apenas se tinham vendido cerca de 850 bilhetes...
Releiam com atenção. 850 bilhetes vendidos a uma semana do PPV!?
Desastre! Não existe outro nome para isto...
E durante a semana passada veio-se a saber que o PPV no total teve entre 2300 e2400 pessoas em assistência( numa arena para mais de 5000) mas, e a coisa aqui apenas fica mais feia, metade destes espectadores tinham recebido convites grátis de forma a evitar que o edifício parecesse vazio durante o evento. No final podemos ver que a TNA apenas vendeu á volta de 1200 bilhetes para o seu maior evento do ano...

Como já referi, não existe outro nome possível para esta situação além de desastre total.
Isto em si não é particularmente novo, pois este ano a TNA foi incapaz de encher as arenas nos seus PPVs fora da Impact Zone. O melhor ainda foi o Lockdown, onde quase conseguiram meia casa. Fiz uma pequena pesquisa, e abaixo dou os números da verdade.

Genesis – 2700 pessoas para um total de 9600.
Lockdown – 4500 pessoas para um total de 10206.
Slammiversary – 4000 pessoas para um total de 22/23000.
Bound for Glory – 23/2400 para um total de 5000.

O Bound for Glory apenas foi mais um prego no verdadeiro caixão da TNA. Eles revelam-se incapazes de conseguir consumidores que estejam dispostos a gastar o seu rico dinheirinho no produto. E uma promoção que é incapaz de conseguir lucros não tem muito tempo de vida, isso é garantido.
Por muito que digam que a TNA cresceu nos últimos anos, com o contrato com a Spike TV, as duas horas de Impact, com os PPVs mensais, a verdade é que a Spike TV não cobre totalmente os gastos de produção do Impact, as audiências estagnaram á um ano, os PPVs vendem muito pouco( á volta de 20 mil compras), e ninguém paga um cêntimo para entrar na Impact Zone.
Juntem os desastrosos resultados de bilheteira( e tenham em mente que a TNA faz poucos house-shows, e mesmo esses não têm os melhores resultados...) e o cenário de crescimento desaparece...
E nem vale a pena comparar com a WWE, a qual eu não me acredito que use arenas para menos de 3000 pessoas.

A melhor maneira de descrever este problema é algo que eu li na Internet, e que passo a citar:
“Tirem á TNA o suporte financeiro da Panda Energy, e o contrato com a Spike, e ela não passa doutro indie ínfimo.”

Dito isto, embora eu não seja particularmente conhecido pelo meu apoio à TNA, um pouco de concorrência no negócio é sempre boa coisa, e entristece-me que a TNA tenha muita garganta, mas que depois seja incapaz de transformar essas palavras em acções.

Claro que quando eu estava a terminar de escrever esta crónica veio a notícia de que o inigualável Hulk Hogan assinou com a TNA, e talvez, talvez, as coisas possam mudar.
Só o futuro o dirá.

manjiimortal

“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”
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