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Tomos de Eternidade

Esta semana esteve para não haver crónica, mas considerando um par de notícias ( uma já esperada) reveladas esta semana, achei que valia a pena comentar.

Primeiro falarei do anúncio de que o TNA Impact passará definitivamente para as segundas-feiras a partir de Março, passando das 9 ás 11 da noite, em competição directa com o Monday Night Raw, um marco na história da TNA.

O que eu tenho a dizer sobre esta situação é que a TNA terá um grande desafio pela frente. Contudo esse desafio não será o competir com a Raw, mas sim manter as audiências a um nível tal que a Spike TV não os recambie de volta para as quintas-feiras.
Porque é que eu digo isto? Simples.
A Spike não está á espera que o Impact consiga chegar aos 2.0 de audiências, mas é sabido que eles querem que a TNA consiga valores semelhantes aos de 4 de Janeiro, ou seja na casa dos 1.5, 1.4.

O Impact tem contudo uma coisa a seu favor, eles vão usar o esquema original de gravações da Raw, na medida em que irão alternar entre emissões ao vivo e gravações, basicamente numa semana o Impact será ao vivo, na seguinte será uma gravação, na semana a seguir será ao vivo e sempre seguirá este esquema. Em teoria isto é positivo para a TNA, uma vez que metade dos programas não terão spoilers, o que em princípio aumentará o interesse no programa.

No entanto o Impact tem de enfrentar alguns grandes problemas. Primeiro vai ter de enfrentar a Raw, e o que se viu a 4 de Janeiro foi que o Impact perdeu constantemente audiências quando esteve no frente a frente com a Raw (para quem não se lembra as médias das horas foram 1.7, 1.4 e 1.2. A primeira hora que não enfrentou a Raw teve uma média muito elevada, mas depois foi só cair), razão pela qual eu acho que teria sido mais inteligente porem o programa das 8 ás 10, estando a primeira hora livre da Raw, podendo compensar quaiqueres descidas que ocorram na segunda hora, que enfrenta a primeira hora da Raw. Corriam o risco de mostrarem algum receio perante a concorrência, mas tal é perfeitamente aceitável uma vez que vão contra um dos programas mais vistos ás segundas á noite.

Outro problema, este potencialmente muito mais perigoso, é a tendência de descida das últimas duas semanas de Impact, as quais apresentaram 1.2 de audiências, uma queda relativamente aos 1.4 alcançados nas duas semanas anteriores. Isto será certamente motivo de preocupação para a direcção de Orlando, uma vez que arriscam-se a não cumprir as expectativas esperadas pela Spike, podendo regressar para as quintas feiras. Claro que em princípio as audiências subiram simplesmente devido a estarem na segunda feira, visto que nos Estados Unidos mais pessoas vêm televisão á segunda do que á quinta, mas seria inconsciente se estiverem preocupados com esta situação.

Estes são a meu ver os principais problemas que a TNA enfrentará nos próximos meses, para manter a sua posição na segunda-feira, e não punha de lado a hipótese de voltarem para a quinta, mas tudo pode acontecer, e quem sabe se a TNA não surpreende e consegue um valor superior a 1.5?

Agora falando de outro assunto, foi revelado o formato do programa que substituirá a ECW, o WWE NXT, o qual será uma combinação de reality-show (semelhante ao antigo Tough Enough) com o estilo televisivo de wrestling já bem conhecido. O programa terá 9 participantes, sendo cada um mentorado por um wrestler veterano, com o objetivo de eleger um número de vencedores no final da época (em semelhança aos reality-shows o NXT terá temporadas) que passarão ao main-roster. Os nomes mais sonantes para esta primeira temporada serão Daniel Bryan (Bryan Danielson), Kaval (Low-Ki), Joe Henning e Brett Dibiase.
Posso dizer que o conceito é certamente diferente e parece interessante, mas que a meu ver tudo estará dependente da execução. Bem executado pode ser um sucesso, má execução resultará num falhanço de grandes proporções, tendo por isso preciso esperara para ver.

Por fim deixo aquele que a meu ver foi o melhor combate feminino que alguma vez ocorreu nos Estados Unidos. A 24 de Novembro de 1987 as Glamour Girls ( Leilani Kai e Judy Martin) defendem os WWF Women Tag-team titles contra as Jumping Bomb Angels (Noriyo Tateno e Itsuki Yamazaki) no Madison Square Garden.
O combate estava consideravelmente á frente do que então se fazia nos Estados Unidos, mas tal não é surpresa considerando a participação das lutadoras Japonesas. Outra nota a destacar é que a Judy Martin foi a primeira pessoa desde o Lou Thesz a utilizar a Powerbomb nos Estados Unidos!
O combate é simples, mas as senhora trabalham uma clássica fórmula de Tag lindamente executada, mais o facto de usarem alguma ofensiva inédita na altura tornam o combate muito aquecido. O público do Garden também ajuda, estando do lado das Angels, o que resulta num combate de elevadíssima qualidade.





Vêmo-nos para a semana, e espero estar mais inspirado.

manjiimortal

“ Death is merciless. But let me tell you... Not being able to die is crueller still.”
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