The Trooper XIII - Sustentabilidade
“Apenas de passagem”, é esta a frase que me vem à cabeça. Muito tempo passou desde o meu último texto para esta casa, mas pouco parece ter mudado. O ‘Notícias continua a ser uma referência em termos qualitativos, eu continuo a ser um escritor activo na comunidade, os comentários continuam a ser os mesmos, pelo menos por parte de muitos iluminados que por aqui passam. Sim, não anunciei a minha partida, mas agora devo confessar os motivos que me levaram a abandonar este “barco” por algum tempo. Em primeiro lugar, estava completamente farto dos supostos “fãs” de wrestling que por aqui passam, chegando a insultar grande parte dos cronistas desta casa. Sim, dizer que este blogue é anti-TNA é o mesmo que insultar pessoas que, muito provavelmente, já viram mais wrestling que 95% de vocês. Não me incluo no lote, até porque o meu histórico se resume a duas companhias e alguns “biscates”. Mesmo assim sinto-me afectado. O segundo motivo, e também o último, prende-se com o facto de estar a precisar de “mudar de ares”. Podem pensar que redigir para uma “audiência” tão selectiva e exigente é fácil, mas está longe de o ser. Não pensem que isto é um regresso permanente, até porque tenho concentrado esforços no blogue que co-administro. No entanto, o WN não é um capítulo encerrado.

Steve Austin é “outro que tal”. Depois de ver alguns dos seus melhores combates, consigo compreender a sua ascensão. Basicamente fazia o que lhe era pedido, e tinha uma “voz” que se adequava mais que perfeitamente à sua personagem. Nada mais pode ser pedido. Aquele estilo de “pseudo-heel” que teve durante grande parte da sua carreira como “Stone Cold” sempre me agradou imenso. Há quem lhe chame “tweener”, mas eu prefiro dizer “bad ass”. São pequenos toques assim que faltam a uma actual TNA. Peço desculpa por voltar a falar da vossa “preciosa” companhia, mas há coisas que precisam de ser ditas. Quando se quer enveredar por um caminho “X-rated” ao bom estilo do final da década de 90 tem de se considerar que as boas personagens causam maior impacto. Sim, o ocasional “spot-fest” pode ser incluído, mas mesmo esse pode contar uma história, vender duas ou mais personagens e fazer uma feud andar para a frente. Muitas vezes nem consigo distinguir o “face” do “heel”, e isso é simplesmente um grande problema, estejamos nós a falar de “pró-wrestling” ou “sports entertainment”, ainda que eu acredite que ambos os termos são sinónimos.

Para terminar este texto, devo apontar algumas soluções facilmente implementáveis para que a companhia consiga alguma sustentabilidade. Antes de mais, deixem-me referir que não apoio este semi-regresso a uma “attitude era” que eles nos estão a tentar fazer engolir. Passando às soluções, começaria por redefinir toda a estratégia de contratações. Ser ex-WWE ou ex-Vedeta não faz de alguém bom. Pode ter nome, mas começar do “0” seria bem pensado. Criar, também, algumas personagens fortes, tanto a “face” como a “heel”. Por favor, não refiram o Kennedy. Ele não é coerente em ringue. Acho, também, que é necessário dar vida à X-Division. Fazer deles algo diferente, com um tipo de história “própria”, contando-a nos combates de forma simples e eficaz. Aqui lembro-me de pelo menos uma companhia que poderia servir de exemplo: CMLL. Para terminar, por favor acabem com as referências mal feitas ao passado. Ninguém está interessado em ver a vigésima reencarnação dos nWo, ainda para mais quando a maioria dos seus membros “originais” se encontra fora de forma e “acabado”. Podem ser inovadores e “X-Rated” ao mesmo tempo, não precisam de reciclar a WCW. Divergindo deste tema, tenho de aplaudir a decisão de fazer o iMPACT começar uma hora antes. Assim podem aproveitar para criar uma primeira hora de “arromba”, para ver se agarram novos espectadores.
Regresso com novo texto assim que possível, até porque me expliquei bem no primeiro parágrafo. Espero que o texto tenha sido do vosso agrado, até porque já não redigia nada para esta casa à coisa de dois meses. Fiquem bem.
Up the Irons |m|