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The Trooper XIV - Parabéns, TNA!



Por vezes temos de engolir o orgulho, ainda que isso signifique dar a mão à palmatória de pessoas que não nos prezam/desrespeitam. Se não tivesse visto não tinha acreditado, mas o “impossível” parece que aconteceu esta segunda-feira. Sim, estou a falar do saudoso episódio do TNA iMPACT que passou nas televisões americanas. Antes de começar a desenvolver mais o texto queria apenas fazer um pedido de desculpas aqueles leitores que acham que lhes faltei ao respeito. Devem entender que não é muito fácil ver os nossos textos “desrespeitados” por simples divergências de opinião, bem como opinião individual de cada um, referindo-me aqui à caixa de comentários. Peço também desculpa por dedicar dois textos a temas bastante interligados, mas o que tem de ser dito, tem de ser dito. Continuando. Foi com bastante azar que vi os lutadores da RAW ficar na Europa, um sinal de que o show da brand vermelha iria ser algo diferente. Nunca esperei é que se revelasse uma palhaçada daquele tamanho, passo a expressão. Aquele combate do Kozlov contra o MacGruber ou lá quem é o tipo… Bom, nem merece mais que uma menção (des) honrosa aqui no texto.

Volto ao tema central. Fiquei deveras admirado com a prestação do iMPACT desta segunda, uma vez que apresentou algo bastante interessante em termos de conteúdo. Devo confessar que não apreciei um dos resultados, mas vou expressar a minha opinião mais concreta à frente. Primeiro, nunca esperei que o show obtivesse aquele rating. Parece que a TNA começa lentamente a encontrar uma identidade, e isso pode vir a dar os seus lucros no médio/longo prazo. Não se esqueçam que, em tempos de “recessão”, é muito difícil manter a massa de adeptos, e ainda mais conquistar novos espectadores. Mas dá para ver que em Orlando se está a fazer um esforço para conseguir isso. Bons combates, apesar de serem ainda um pouco mal construídos para mim. De qualquer maneira, foi algo bastante agradável de assistir, destacando-se claramente daquela palhaçada. Vou ser muito sincero, preferia ver um show só de divas a ter que assistir aquela palhaçada supracitada. Mas pronto, virei-me para outros lados, ainda que só por uma semana (será?).

Chegando ao meio do meu texto, e antes de proceder a eventuais críticas de “performance”, quero deixar bem expresso que a minha opinião sobre o wrestling em geral não mudou, já que o estilo praticado pela WWE ainda me dá mais “gozo” de assistir que ao apresentado pela TNA. Mas tem de haver um meio-termo, e parece-me que nenhuma das companhias não o atingiu. Mesmo assim, penso que em Orlando se esteja mais perto de conseguir esse termo. O que até me custa um pouco dizer, pois eu não gosto dos senhores Bischoff/Hogan, e sempre tomei Vince McMahon como uma mente brilhante. Parece que isto é como a teoria geocêntrica… Adiante. Apesar de eu ser um acérrimo fã da Attitude Era, já disse mais que uma vez que não consigo aturar cópias mal feitas. O que está feito, está feito, seguir em frente! Dá-me a parecer, no entanto, que a TNA está a caminhar para apresentar um produto que vá atrair antigos fãs de wrestling, do período supracitado, e também actuais fãs que se estão a fartar um pouco das ocasionais palhaçadas que vêem do outro lado. Só a minha opinião.

Passo agora às críticas. Em primeiro lugar, e como muitos de vocês já me conhecem, eu sou muito vocal sobre as construções de combates. Quando estas se encontram todas ao nível de um combate do John Morrison, apesar de estar a generalizar, não consigo desfrutar de um show como se este fosse credível. Parece-me muita palhaçada. Mas até se suporta, visto que o outro canal estava a dar uma programação cinematográfica que mais se assemelhava a uma comédia. Enfim. Fiquei sim extremamente desagradado com o main-event. Então vão tirar assim o título ao Styles? Estava tão lançado e credibilizado, e agora perder para um Rob Van Dam que já deu muito ao wrestling, mas que não caminha para novo. Desculpem lá, mas foi a decisão mais parva que assisti nos últimos tempos. Isso e o Kozlov perder contra dois totós, mas pronto. A primeira coisa que me veio à cabeça com este combate e desfecho foi “in your face, WWE”, numa espécie de “vocês tiram-lhe o título, nós fazemos dele cara da companhia”. Algo por estes termos. Mas a TNA não pode pensar assim. Tem de dar força ao seu próprio talento, e aplaudo, por exemplo, a decisão de fazer o Kazarian “X-Division champ”. Gosto imenso desse lutador.

Em suma, foi uma semana atípica. O RAW tem vindo a perder ratings, a TNA tem vindo a reconquistar o território perdido depois da mudança para as segundas. Parece que a “guerra” voltou a estar acesa, e só espero que ambos os lados contribuam para que seja difícil “escolher o canal”. Esta semana foi fácil, uma vez que tivemos circo num dos lados. Pergunto-me o que aconteceu ao show de wrestling que estava marcado para aquele dia. Aliás, pergunto-me porque é que se deram ao trabalho de fazer upload daquilo. Juro que, a meio da minha visualização, me questionei se não iria aparecer um mimo, ou assim. Desculpem o texto curto, mas foi para o que deu tempo. Não prometo voltar para a semana, mas prometo tentar!

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