Ultimas

Entrevista a Chris Hero


Ontem há noite aconteceu um combate especial na Ring of Honor, onde os Kings of Wrestling (Chris Hero e Claudio Castagnoli) enfrentaram a Generation Me. Foi a primeira vez que os Kings of Wrestling combateram em equipa na área de Chicago num ringue da Ring of Honor. Jessi Virtusio do Pro Wrestling Extra conduziu uma entrevista com Chris Hero onde este aborda a importância de apoio ao wrestling independente, a sua carreira, os seus lutadores preferidos, combates que quer travar e acima de tudo o seu futuro e o futuro da Ring of Honro. Aqui fica a tradução:

O orgulho do roster da Ring of Honor

Tenho orgulho do que pertencer à companhia desde 2006 e de tudo que tenho feito por esta. Acima de tudo defino-me como um atleta da Ring of Honor. É o trabalho que nos move porque todos os nossos shows são do mais excitante que podem ver no wrestling. Orgulho-me de fazer parte da Ring of Honor e de estar no topo desta. Comecei na Ring of Honor no seu quarto ano de existência, já passaram quatro anos desde ai. A Ring of Honro continua por ai mas sempre e constantemente a unir os seus wrestlers aos fãs e vice-versa. Estamos constantemente a evoluir o nosso produto e isso definitivamente deixa-me orgulhoso.

Uma base de fãs em crescimento

A Ring of Honor não tem só crescido na Costa Este e na área de Chicago como tem se expandido em mercados como Toronto e Kentucky onde a promoção fez a sua estreia quinta-feira. Cada vez mais pessoas assistem aos episódios da Ring of Honor na HDNet nas noites de segunda-feira e isso sente-se na compra de pay-per-views.

Temos muitos seguidores na Internet e na compra de DVD`s e agora isso também se vê nos nossos shows televisivos. Tem estado no ar há cerca de um ano, mas nada disso substitui a experiência que é estar na ROH ao vivo. Chicago tem sido uma excelente casa para nós pois é um grande ambiente para o wrestling.

Inevitavelmente o apoio dos fãs da área de Chicago ajudou a Ring Of Honro em alturas mais baixas como ajudou esta a consolidar-se e a ser considerada a terceira melhor promotora de wrestling nos Estados Unidos logo atrás da World Wrestling Entertainment e TNA, respectivamente.

O apoio da Chi-towm

Hero diz que Chicago é um mercado forte para a Ring of Honor. Não só porque Chicago é uma enorme cidade mas também pelos seus subúrbios. Toda a gente é familiar com Chicago, assim temos espectadores do norte do Illinois, do sul do Illinois, Indiana até de Milwaukee a assistir aos nossos shows. Temos muitos fãs que conduzem várias horas só para verem os nossos shows. Para além disso, Chicago está ligada ao wrestling desde há muitos anos, por isso há muita gente que cresceu a assistir wrestling.

Um fã desde tenra idade

A paixão de Hero pelo wrestling surge ainda em criança. Eu cresci em Ohio. A minha mãe levava-me todos os meses a assistir à World Wrestling Federation. Comprava todas as revistas e ao Sábado de manhã punha a gravar os programas e depois via. Era criança e ainda não tinha o desejo que isto fosse o meu futuro e foi com naturalidade que deixei de assistir com tanta frequência. Quando estava a terminar os meus estudos, o bichinho voltou e desejei fazer disto o meu futuro, Então um amigo de um amigo conseguiu dar-me uma chance e abrir a porta porta este mundo. Gostei e deixei uma chance a mim mesmo e a partir dai foi como uma bola de neve sempre a evoluir.

Sendo Hero um fã da WWF no passado, o que ele pensa da programação actual da WWE

Sinto-me frustrado, acho que ainda mais dos que as outras pessoas, pois pertenço a este ramo. Sei o quanto aquele roster é talentoso. Só mostram uma ínfima parte daquilo que podem fazer. Não sou um homem de negócios mas talvez esteja WWE a procurar uma faixa demográfica mais jovem, mas com isso o seu produto é estúpido. Tendo sido fã dos seus shows ano após ano com todas aquelas personagens e storylines intrigantes e agora no mesmo show as storylines são tão básicas que é difícil uma pessoa se envolver nelas e causar emoção. Respeito a opção deles mas não consigo assistir com regularidade aos seus shows na TV.

A alternativa

A vida é o momento não só para os wrestlers a combater no ringue mas também para os fãs que não te problemas em se mostrarem gratos por verem um bom combate ou em se mostrarem críticos por verem um movimento botchado ou uma acção mais heelista.

Eu penso que nós seremos uma alternativa para os fãs actuais de wrestling, não necessariamente para os fãs de shows televisivos, ou dos fãs do glamour da WWE, ou daqueles nostálgicos fãs das estrelas dos anos 80 ou 90 na TNA. Nós iremos continuar a ser uma alternativa. Á medida que os nossos shows e os nossos atletas se desenvolvem, á media que que viajamos pelo mundo, nos divulgamos a Ring of Honor. É um processo lento. A HDNet está a ser cada vez mais transmitida o que é bom. Estamos a procurar novos territórios e novas áreas. Estamos muito optimistas e é uma altura muito boa para pertencer á Ring of Honor.


Kings of Wrestling

No que diz respeito aos Kings of Wrestling onde faz parceria com Claudio Castagnoli, Hero diz que estão em rotação total e estão no seu pico onde nenhuma das equipas no roster da ROH chega ao seu patamar, isto sem menosprezar os Briscoe Brothers (Jay Briscoe e Mark Briscoe) e os American Wolves (Davey Richards e Eddie Edwards) que já muito fizeram pela ROH e lá tiveram sucesso. Estamos muito ansiosos para enfrentar a Generation Me para verem o quanto eles se desenvolveram agora que lutam na TNA.

Treino

Para um wrestler desenvolver as suas capacidades, Hero (antigo treinador na Chikara) não tem duvidas que o treino é o mais importante e que este deve ser levado muito a sério.

Acima de tudo tens de ter uma ética de trabalho. A Todo nós nos são das oportunidades mas não sabemos o modo como as iremos. Se temos uma oportunidade e tu não tens a disciplina e não estás preparado, logo não terás sucesso. Tens de ser humilde, ter respeito, pois ter uma atitude arrogante irá fazer com que percas oportunidades. O treino é importante e um treino com a rotina certa faz as pessoas se desenvolverem gradualmente. É este o segredo do Japão estar num patamar acima, eles seguem tudo a risca. Os estudantes lá trabalham no duro e são incutidos gradualmente. Tens de treinar mais e mais e assim te puderes desenvolver mais e mais. É um processo longo, Nunca sabes se vais ter aquela oportunidade o que sabes é que estarás preparado para quando ta forem dar.

Diferentes perspectivas

Durante uma década, Hero para além de trabalhar no wrestling independente, ele competiu por todo Mundo.

No Japão, os wrestling é visto como um desporto, nos outros lugares é uma mistura de desporto e entretenimento. No México os shows são muito mais completos. Os fãs respeitam o atleticísmo imposto nos combates mas o que vale é os shows no todo seu conjunto. Pegando nos shows do México e no desporto do Japão, o que é visto nos Estado Unidos é uma mistura de ambos, especialmente na Ring of Honor. Temos lutadores rápidos e atléticos e temos lutadores fora desse género. Temos uma fusão com lutadores jovens. Temos nomes como Jerry Lynn, Jim Cornette, Steve Corino, Christopher Daniels. Temos uma mistura de tudo. Temos momentos bons e maus mas acho que estamos no caminho certo.

Campeão de equipas

Sendo campeão de equipas, é mais confortável, mais relaxado. Somos o alvo de toda gente, é uma grande experiência ser campeão. Quanto maior o reinado, mais confortáveis nos sentimos e isso leva a que tenhamos melhores combates e melhores experiências.

Combates de sonho

Apesar de Hero ser um lutador já com muta experiência, este ainda tem os seus combates de sonho no seu pensamento. Há alguns lutadores japoneses que eu adoraria combater. Naomichi Marufuji que é actualmente um dos lutadores de topo da Pro Wrestling NOAH e que já combateu na ROH e algumas lenda tais como Kenta Kobashi e Toshiaki Kawada.

O Claudio e eu pensamos que já combatemos todas as grandes equipas da actualidade. Mas eu lá no fundo acho que ainda nos falta defrontar uma e é o (Paul) London e o (Brian) Kendrick. Gostava de ver o que aconteceria. Eles tiveram um contributo muito importante para este tipo de wrestling. Acho que se nós os quatro entrássemos num ringue para combater, sairia algo de especial.

Os heróis de Hero

No que toca aos lutadores preferidos de Hero, ele relembra o passado, Tully Blanchard e Arn Anderson foram uma grande equipa, sólida e eu adorava vê-los no ringue. Os Brain Busters que faziam parte dos Four Horsemen também. Pessoalmente se olharmos ao package completo, o Eddie Guerrero foi o melhor lutador da nossa geração, habilidade no ringue, habilidade para falar, ser heel, ser face, ter sucesso no México, Japão e Estados Unidos, etc., ele combateu nos melhores palcos. Foi uma pena as coisas terem acabado como acabaram e de uma maneira tão precoce mas o legado que deixou é algo de grandioso e que merece ser olhado por todos.

O wrestling é a minha paixão e adoro ver todo tipo de wrestling. É um incentivo para nós quando vemos outras pessoas a apresentarem novas sequências, novos movimentos, algo que nunca foi feito. Quando pegam em algo já ultrapassado e o renovam. Isso aumenta a minha vontade em crescer cada vez mas e assim não deixar que os lutadores mais jovens me ultrapassem.
Com tecnologia do Blogger.