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Entrevista a Randy Orton!!!

Acabadinha de sair como figura de destaque na WWE Magazine de Julho está a entrevista a Randy Orton! Nesta entrevista, Orton discute a mudança em torno do público em este começar a apoiá-lo. A discussão sobre os novos talentos na WWE, o seu legado e o porquê de ele nunca ser comparado a John Cena, Aqui fica a tradução da entrevista.

WWE Magazine - Algo de muito estranho aconteceu este ano na WWE. Os fãs começaram a apoiar Randy Orton. Um tipo de som que nunca pensaríamos nunca ouvir. Porquê esta mudança?

Randy Orton - Sem querer entrar em comparações com outras pessoas que passaram pela mesma situação, eu penso que evolui. Eu fiz muitas coisas más e erradas durante muito tempo. O muito tempo que já aqui estou, combinado com a minha experiência fez com que eu ficasse familiarizado com o Universo WWE. Olhando a todos estes novos lutadores que agora surgem, eu sou das poucas superstars que se mantêm aqui quase a dez anos. É a escolha das pessoas em me adorar ou odiar, mas acho que não existe qualquer diferença entre o Randy Orton de 2009 e o Randy Orton de 2010.

WM - Agora que está a familiarizar-se com os cânticos de apoio e a sentir o público atrás de si, sente necessidade de ser mais dado para com o Universo WWE?

RO -
Bem, se veres o John Cena, ele é todo sorrisos, cumprimentos, beijos e até lança a sua t-shirt para o público. Tu nunca me vais ver a lançar uma t-shirt para o público ou a cumprimentar os fãs. Eu não vou começar a tirar fotografias de cada vez que estiver com os fãs e nesse aspecto eu penso que eles me respeitam, pois a esse nível eu não mudei. Eu não sou de sorrir ou apontar para o publico, eu sou a mesma pessoa de sempre só que agora mais respeitado.

WM - De que modo o Universo WWE afecta o Randy Orton?

RO - A audiência seja em que circunstância for, nunca controlará o Randy Orton. Eu somente quero que eles respondam, esse é simplesmente o meu objectivo. Eu não entro no ringue e bato em alguém para no fim ouvir o público a apoiar, eu faço isto porque é o meu trabalho. Eu faço isto para ser o mais popular, se não for popular, pelo menos umas das melhores superstares da história da WWE. Tudo se torna mais fácil quando tu és popular, se estás no main-event de um PPV, tu podes dizer que és o ponto fulcral do show.

WM - Normalmente é referido como sendo o The Viper ou um Apex Predator. Estas expressões resumem quem é o Randy Orton?

RO - Não. É engraçado porque quando eu estou no ringue, eu estou sempre a perseguir alguém. Se vocês viram o Jurassic Park, basta ver os velociraptors e a maneira como eles se movem, eles são a linguagem corporal em todo o seu esplendor. Eles comunicam com os outros dessa maneira e para além disso vocês podem ver toda a sua inteligência na maneira como eles olham. Vocês podem ver tudo nos seus olhos. Eu sou um ser humano e sou capaz de falar mas eu falo mais usando os olhos e a minha linguagem corporal. Enfim, quando estou concentrado no ringue para aplicar um RKO em alguém ou a gostar de fazer alguém sofrer, eu sou como um velociraptors a degustar da sua pressa, a brincar com a comida. Quando eu meto esta expressão na minha cabeça é fácil vocês perceberem o meu modo de agir e de estar no ringue. Alguns tipos entram no ringue de olhos totalmente abertos e só de olhar para eles, podemos dizer o quanto estão nervosos desde que deram o primeiro passo na rampa. Eu entro com uma única mensagem para os meus adversários: Vocês estão aqui para serem o meu almoço.

WM - Há seis anos atrás, você bateu o recorde do atleta mais jovem a vencer um título Mundial na WWE. Em termos de wrestling, isto já foi há muito tempo. Sente essa conquista de algum modo diferente, agora que envelheceu?

RO - Eu não sou pessoa de andar a gabar-me disso em todas a entrevistas que dou, mas que está nos livros de records está. Até posso estar errado, mas eu não vejo esse recorde a ser quebrado nos próximos anos e sinceramente duvido que exista alguém com 18 anos que seja assim realmente bom. Acho que quanto mais envelheço, mais engraçado é ver que sou o lutador mais jovem a conquistar um título Mundial na história da WWE.

WM - Diga-nos porque que é que você diz que tendo em conta os novos lutadores que surgem na companhia o seu recorde de campeão de mais jovem está seguro?

RO - Os jovens atletas são escolhidos, mas eles ainda não entendem como funciona este meio. Isto funciona tudo como um processo. A não ser que sejas um Brock Lesnar ou um Sheamus tu não vais entrar a rasgar e derrubar toda a gente. Isto funciona com base num processo de construção. Eu comecei na TV quando eu tinha 23 anos e comecei por seu um saco de pancada. Demorei cinco anos para me levantar e marcar a minha posição. Demorou ainda mais dois a três anos para me sentir confortável e entender o que estava a fazer. Posso dizer que levei seis a sete anos para conseguir chegar onde estou agora. Os jovens precisam entender que o sucesso no wrestling obtém-se a longo prazo. Tu não o queres atingir o sucesso logo de imediato, de certeza que tu queres começar por ganhar traquejo em directos televisivos e isso irá levar a que ganhes experiência a combater em combates mais longos. Tu não tens essa oportunidade todas as semanas, tu precisas de as conquistar e uma vez conseguidas, tu tens que ter capacidade de te equilibrar e conseguir segurar o objectivo que te dão. Mais uma vez, as coisas têm de ser lentas e certas e após teres combatido centenas de vezes a única certeza que tens é que começaste a perceber este negócio.

WM - Cody Rhodes e Ted DiBiase dois jovens com algum sucesso, já admitiram por muitas vez que aprenderam imenso de ti. E você o que aprendeu com eles?

RO - Foi a minha primeira vez que tive dois jovens a meu cargo e a partilhar com eles os meus conhecimentos. Quando comecei, eu estava sempre a aprender. É um processo de aprendizagem, nós cometemos erros, mas depois paramos de os fazer e começamos a tirar as ilações deles. Do ponto de vista do negócio, eu não pensava só em mim, eu pensava neles também. Eu queria ajudar a desenvolver esses jovens para que num futuro eles possam estar a ser main-eventers e de algum modo possam rivalizar com alguém como eu rivalizei com o John Cena. Esse é o ponto-chave, o nosso negócio é um ciclo, eu acho que aquele ano e meio foi bom para nós. Tínhamos os nossos altos e baixos mas o Cody e o Ted derrotaram os DX, bateram dois enormes lutadores que em conjunto têm mais de 40 anos de experiência no wrestling.

WM - O que e que não lhes conseguiu incutir ou ensinar?

RO - Em tudo que fazemos há ume elemento intuitivo. Ouvimos muitas vezes os veteranos e ícones do passado como Arn Anderson, Pat Patterson, Tony Garea e Jack Lazna a falar sobre isso. Quando eu comecei eu ouvi o Dr. Tom Prichard a falar em ter o factor X. Esse facto pode ser interpretado de varias maneiras e pode significar outras tantas. O que eu acho desse factor é que este é a capacidade de fazer tudo no ringue e conseguires afastar-te das outras pessoas, algo que que te consiga diferenciar das outras pessoas. Esse tipo de factor é que fez o Undertaker ser quem é, que fez o Shawn Michaels e o Ric Flair serem que são. Está presente em tudo, desde promos que é algo que ainda não domino muito bem, na linguagem corporal. As coisas não se resumem a um conjunto de movimentos, já porque eu raramente saio do mat, mas ao mesmo tempo eu consigo contar uma história. Quando tu fazes assim muito em tão curto espaço de tempo, o público não consegue compreender o que se está a passar, eles perdem-se. Se as coisas se tornarem num exagero de atleticísmo, a história perde-se. Eu nunca sacrifico a história para somente para ter spot engraçado que irá arrancar um pop do público.

WM - É deveras surpreendente ouvir de alguém com a sua experiência a dizer que não se sente confortável a realizar uma promo. Porquê?

RO - Fazer promos foi talvez a skill que mais demorei tempo até atingir um nível confrontável. Eu sinto-me confortável numa promo quando tenho pouco a dizer, pois o meu objectivo é causar impacto. Eu não sou um John Cena, um Chris Jericho ou um The Rock. Se eu tiver que fazer uma promo em directo onde tenho de fazer uma retrospectiva do que aconteceu comigo nos últimos dois meses, eu sinto que perco a atenção do Universo WWE. Talvez seja da minha voz que é monótona e torna-se aborrecida de ouvir. Quando eu posso adicionar a minha linguagem corporal e expressões faciais nas minhas promos, eu sei que resulta.

WM - Nós temos curiosidade numa coisa, é divertido aplicar um RKO?

RO - Com certeza, é uma descarga de adrenalina. Agora que as pessoas estão a apoiar-me mais, elas gostam de ver um RKO e quando aplico um, eu sei que as pessoas estão a gostar tanto como eu.

WM - Existe alguém que você tenha vontade de pontapear, quem é a sua escolha número um?

RO - Humm, talvez o Freddie Prince Jr. mas eu já lhe apliquei um backbreacker.

WM - Agora que os Legacy terminaram, qual é o teu próximo passo para conseguir um legado no sports-entertainment?

RO - Não procuro nada em especial. O tempo irá dizer aquilo que sou capaz de fazer, por isso podes fazer-me essa pergunta daqui a uns anos. No presente tenho o objectivo de ser mais do que alguém com um apelido, enquanto ao futuro quero-me manter no topo do negócio durante o resto da minha carreira. Quando as pessoas pensam em WWE, pensam logo em nomes como Shawn Michaels, Stone Cold, The Rock, John Cena, Triple H ou Undertaker, eu gostava de acrescentar o meu nome a essa lista, gostava de pertencer ao grupo, em traços gerais é isso que ambiciono mas só com uma certeza, atingir isso sem lesões e seguro de mim próprio.

Textos traduzidos da WWE Magazine de Julho e fotos retiradas da mesma publicação.
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