O Wrestling em Revista (II)
Antes de mais, um grande obrigado pela calorosa recepção a que foi alvo no meu primeiro artigo aqui na semana passada e também pelo bom número de comentários que surgiu, foi por um bom debate que escolhi este blogue, e parece que os resultados começam a aparecer!
Vamos então ao que interessa!
Resposta aos comentários dos leitores
Curtis “The Most Value”: Disseste que não gostavas de um PPV com a temática “Hell in a Cell” porque se perde aquela mística de serem duas estrelas a culminar na grande jaula uma “feud” que só ali pode acabar. Também falaste que o “Hell in a Cell” é o pátio de homens como Triple H, Mick Foley e principalmente Undertaker, e que toda essa mística se perde com um PPV com essa temática. Terei de concordar!
Porém, há que pensar que cada vez é mais difícil inovar porque parece que já tudo foi inventado, e que daqui a poucos anos, todos esses homens deixarão de fazer parte do panorama do wrestling, e o que fazer então? Deixar de fazer “Hell in a Cells”? Financeiramente, essa não é a solução que mais agrade à WWE.Daí, eu achar que a companhia faz bem em apostar um PPV do género, e se reparares, com uma localização na grelha de grandes eventos bem definida: é o segundo a seguir ao SummerSlam!

Resumidamente, a WWE percebe o problema que apontas e implantou a melhor estratégia possível para que os efeitos negativos sejam abafados.
Quem acho que dos “rookies” da primeira e segunda temporada do NXT irão fazer parte do “roster” da WWE?
Dos Nexus, acredito, que para já, só Wade Barrett fique no “roster”, e mesmo assim, não vejo assim nada de especial nele que me faça olhar para ele como uma futura grande estrela. Ainda não me convenceu!
Acho que a WWE tem já um plano traçado para os Nexus, e suspeito que seja algo parecido com o que fizeram com os Spirit Squad, embora não tenha resultado aí. Essa “stable” que apareceu durante 2006 continha cinco lutadores, serviu para animar um pouco a WWE durante alguns meses, mas acabou por acabar, e sobrar apenas um membro no “roster”, que na altura era Kenny, falado como o mais promissor. Embora, dois anos depois, Dolph Ziggler, que no grupo tinha o nome de Nicky, acabasse por aparecer na Raw totalmente reinventado e sem lhe terem dado qualquer ligação com os antigos chefes de claque masculinos.
Aí, o “push” de Kenny não resultou, mas também há razões para isso: não era um grupo que tenha sido assim tão levado a sério e eram todos muito parecidos, daí ninguém sobressair muito, embora a WWE tivesse sempre feito um esforço para mostrar quem era o Kenny.
Com os Nexus, vejo algo semelhante, penso que acabarão por ser destruídos, seis voltarão aos escalões de desenvolvimento da WWE, e Wade Barrett será o “Kenny” dos Nexus. Mas como é um grupo que tem estado a ser levado muito a sério e porque são todos diferentes e todos sabem quem é o inglês, tem tudo para resultar!
Creio que os outros, mais tarde ou mais cedo poderão ficar definitivamente no “roster” principal, mas que para já, a aposta é Wade Barrett.
No que concerne à segunda temporada, confesso que gostaria de que ficasse nos programas semanais da WWE alguém que pudesse acrescentar algo aos mesmos, e olhando para estes seis, vem-me um nome logo à cabeça: Kaval, que tem um estilo e um “look” algo únicos, é diferente de tudo o que temos na WWE.
No entanto, logo a seguir, vem-me outro nome: Husky Harris, um jovem com um estilo e um “look” diferente daquilo que temos por lá, no entanto, já vimos alguns semelhantes e por isso a minha preferência vá para o Low Ki.
De resto, há lá muita gente com talento, sobretudo o Michael McGillicutty, no entanto, não acredito que acrescente algo que a WWE já não tenha assim como os dois que referi anteriormente.
No que concerne à segunda temporada, confesso que gostaria de que ficasse nos programas semanais da WWE alguém que pudesse acrescentar algo aos mesmos, e olhando para estes seis, vem-me um nome logo à cabeça: Kaval, que tem um estilo e um “look” algo únicos, é diferente de tudo o que temos na WWE.
No entanto, logo a seguir, vem-me outro nome: Husky Harris, um jovem com um estilo e um “look” diferente daquilo que temos por lá, no entanto, já vimos alguns semelhantes e por isso a minha preferência vá para o Low Ki.
De resto, há lá muita gente com talento, sobretudo o Michael McGillicutty, no entanto, não acredito que acrescente algo que a WWE já não tenha assim como os dois que referi anteriormente.
Anónimo: Olhando à primeira vista para a “gimmick” do Zack Ryder, até parece que é “cool” e que tem algum futuro, mas não, não lhe trás seriedade, não lhe dá o “look” de um campeão e em ringue ainda só o vi fazer um combate de jeito, com Christian no ano passado na ECW. É um trapalhão, nunca vai passar de onde está e o mais provável é ser despedido.
NunoTaker/UnderFANtaker: O Dolph Ziggler passou por uma mudança, ele já nem diz isso, e não acredito que o Cody Rhodes por muito que esprema esta “gimmick” chegue a lado algum
.
Como “heel”, tem de criar um ódio no público, e esse ódio cria-se através da inveja, e pergunto? Será Cody Rhodes assim tão bem parecido e elegante como realmente diz ser? Penso que não.
Falam que “gimmicks” do género resultaram, mencionando-se muitas vezes Shawn Michaels pelos tiques “abichanados”, no entanto, esquecem-se que ele foi de certo modo um pioneiro no que diz respeito aos longos cabelos loiros na WWF, Cody não é nada de novo, já houve muitas personagens do género.
Depois, “HBK” soube-se reinventar ao ponto de em 1992 ganhar a alcunha de “Heart Break Kid” mas só com o passar dos anos, quando mostrou que para além disso era também um “The Show Stopper”, é que conseguiu fixar-se no “Main-Event”, foram precisos quatro anos! Ah, e Michaels era um fora-de-série! Algo que parece que o filho de Dusty Rhodes está longe de ser.
Falou-se aí de Lex Luger, mas lá está, Luger tinha um corpo que fazia inveja ao público, tem razões para se gabar, isso sim gera “heat” entre a plateia.
Já sobre o Ted DiBiase, se ele é filho de um homem rico, do “Million Dollar Man”, acho que só faz é todo o sentido em aparecer como “o filho afortunado”, é daquelas “gimmicks” que fazem todo o sentido serem “herdadas”. Além disso, não me parece que a personagem seja assim tão parecida com a do pai, acho que foi muito bem reinventada e o que lhe falta é apenas mais tempo de antena para mostrar-se e para gerar “heat”.
Mamede: Se acho que Paul Heyman conseguirá co-existir com a dupla Hogan/Bischoff na TNA?
Bem, acho que as negociações já decorrem há algum tempo, e que portanto, será definido o papel que cada um terá, sem que haja choques frontais. Se a TNA está interessada em Heyman, é porque Hogan e Bischoff estão também interessados nele para fazer da companhia mais forte.
Agora, e se me é permitida a opinião, porque não acompanhei assim tanto o passado destes três, parecem-me ser homens que gostam muito de tomar decisões por eles próprios, parecem-me muito autónomos e que gostam de ver as coisas à sua maneira, e por vezes, quando não estão sozinhos no comando mas têm de trabalhar em conjunto, há conflitos, e foi isso que fez com que Paul Heyman deixasse a WWE nos finais de 2006.

Que lutador da TNA eu mais gostaria de ver na WWE?
Depois de saber que Consequences Creed estava de malas aviadas para a WWE, onde já actua na FCW, pus-me a pensar em que lutador da TNA eu mais gostaria de ver na WWE.
E quando falo nisto, não penso numa medida a curto-prazo, do género, “gostava de ver lutador x da TNA a trabalhar com y da WWE”, não, falo em lutadores que iriam acrescentar mais à programação actual e no fundo, dos últimos anos da companhia de Stamford.
Matutei vezes sem conta e apenas um nome me veio à cabeça com alguma convicção, esse nome é Samoa Joe!Quando falamos de Samoa Joe falamos de alguém diferente, mas alguém que não deixa de ser excelente! Ele tem aquele estilo de “vim aqui para despachar isto!”, não é um lutador que mostra o seu wrestling da versão mais romântica, é bruto, é “stiff”, tem um “look” e um estilo que me ficou na cabeça desde a primeira vez que o vi, corria o Verão de 2006 e estava eu a vê-lo a espancar o Sabu num PPV qualquer da TNA que apareceu na Eurosport.
Tem uma personagem intensa, tem aquele ar de gordo mas é extremamente ágil e técnico, e era bom aparecer assim na WWE, aposto que teria sucesso, imagino-o inserido em “storylines” bem interessantes e a fazer excelentes combates, relembro que estamos a falar do senhor com mais “Five Stars Matches” do século XXI.
Heat nos bastidores entre Randy Orton e The Miz
Para mim é tudo falso! Depois das situações com Mr. Kennedy e Kofi Kingston, há por aí quem esteja á caça da próxima vítima de Randy Orton, e com certeza viu que o “Viper” quando iniciou o seu “comeback” e começou a aplicar as “Clotheslines”, começou a gritar algo que não se percebia bem, e tirou conclusões precipitadas, penso que foi isso.
Se foi uma situação nos bastidores, porque só se soube disso uma semana depois, quando o programa passou no ar? É que com certeza quem lançou no ar esta situação se esqueceu que a Raw já tinha sido gravada sete dias antes, pois a WWE neste momento está em terras australianas.
Hardcore Justice e Whole F’N Show (Sem Spoilers)
Sinceramente, porque não tentar juntar um pouco dos dois?

Quando a WWE fez o One Night Stand 2005, foi um sucesso sim, mas para além de ter sido há cinco anos (o que significa que os lutadores estavam cinco anos mais novos, o que faz muita diferença), foi a WWE a promover o evento e não foi algo organizado só por Tommy Dreamer e companhia, a companhia de Vince McMahon disponibilizou alguns dos membros do seu “roster” com ligações à ECW e com algo para dar ainda ao pro wrestling como Rey Mysterio, Chris Benoit, Chris Jericho ou Eddie Guerrero.
Aqui a TNA vai fazer um “show” com ECW Originals, e pergunto-me, porque não adicionar alguns membros do seu “roster” à festa? Abyss também é conhecido pelas suas experiências no “Hardcore” e podia ter aqui o seu combate com RVD, Jeff Hardy é um extremista e podia também ter aqui o seu “Open Challenge”, os Motor City Machine Guns e os Beer Money têm deitado a casa abaixo todas as semanas no Impact e têm sido na minha opinião do mais extremo que eu já vi na divisão de tag team, porque não dar-lhes aqui o combate decisivo?
Recordo que a estrela que toda a gente tem mais expectativa de ver é Sabu, que segundo alguns relatos já deu tudo o que tinha a dar desde que saiu da WWE, e mais… senhores destes são daqueles que muitas vezes se comprometem a aparecer e chegam ao dia e não aparecem, algo me diz que o “booking” da TNA ainda há-de fazer muita coisa em cima do joelho.
Divisão feminina da TNA
Antigamente o que não faltava aqui era variedade e qualidade, tínhamos talento em todos os estilos e feitios possíveis: Awesome Kong que foi uma besta feminina como nunca houve igual na “main-stream”, tínhamos Gail Kim como a “Diva”, um grupo que na altura era a grande atracção do Impact e que agora se está a arrastar chamado Beautiful People, tínhamos Roxxi que na altura era a “Queen of Hardcore”, a própria ODB com um estilo muito próprio, uma Taylor Wilde muito mexida e mais algumas “Knockouts” que acrescentavam sempre algo à divisão.
E passou-se do 80 ao 8, com uma Madison Rayne que é campeã sem saber ler nem escrever, muitas lutadoras que por isto ou por aquilo já não estão na TNA, uma Lacey Von Erich completamente despreparada, uma autêntica trapalhona (!), foi até à última quinta-feira campeã de tag team das Knockouts, títulos agora na posse de Hamada e Taylor Wilde, senhoras que se não me falha a memória nem sequer eram uma equipa e surgem assim do nada todas coordenadas com uma oportunidade pelos cintos, cintos esses que já nem faz sentido existirem.
Angelina Love parece que já não é o que era, e ainda temos uma misteriosa motoqueira, que entra e sai da arena de mota, o que até nem faz muito sentido. Pela sua fisionomia, acho que já toda a gente percebeu que se trata de Tara, que agora ajuda Madison Rayne… que há uns tempos a supostamente tinha enviado para a reforma. Wow!
Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!
Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.
PS: Wolve e João Victor, vi os vossos comentários já tarde, garanto que na próxima edição responderei a essas questões, peço desculpa pelo atraso.
PS: Wolve e João Victor, vi os vossos comentários já tarde, garanto que na próxima edição responderei a essas questões, peço desculpa pelo atraso.