Ultimas

Entrevista a Wade Barrett


Wade Barrett deu recentemente uma entrevista á ESPN, aqui fica a tradução:

Ora vejamos! Basicamente, Wade Barrett é um simples Biólogo Marinho, que decidiu tornar-se num ‘Bare-knuckle Fighter’, e nesse momento é provavelmente o ‘Top Heel’ na WWE, correcto?” – Jon Robinson.

“Por acaso tive uma jornada muito estranha rumo à WWE, podes ter certeza disso [Risos] ” – Wade Barrett.

É isso mesmo. Antes de Barrett ter-se protagonizado como provavelmente o ‘Wrestling’s Break Out Star’ de 2010, ele era apenas (fisicamente) o maior técnico de laboratório em Inglaterra. E tal como a sua caminhada para o sucesso, a sua escalada para o topo na WWE foi tudo…menos típico. Em apenas poucos meses, Barrett e os seus companheiros dos NEXUS deixaram de ser simples Rookies, para garantirem espaço no maior Roster da WWE, e passaram a ser o mais recente tema de conversa no mundo de Wrestling.

E este domingo, Wade teve os olhos postos no ouro mais valioso da indústria, o WWE Championship, quando enfrentou Randy Orton no Survivor Series.

Enquanto preparava a sua batalha deste domingo, Barrett teve tempo para falar com a ESPN sobre tudo, desde os dias em que trabalhava no laboratório, o que chegou a aprender com os veteranos no ‘Old School Raw’, a sua personagem no ‘SmackDown vs Raw 2011’, aqui fica o que o maior vilão da actualidade tem para dizer:

Jon Robinson: Como é que alguém com uma licenciatura em Biologia Marinha, decide entrar em torneios de lutas de rua, e acaba sendo o ‘Top Heek’ na WWE?

Wade Barrett: Eu sempre fui um grande fã da WWE desde criança, e sempre tive essa fantasia de um dia ser uma estrela da empresa. Mas com o tempo, fui ficando mais velho, e pensei que aquilo era simplesmente um sonho, algo passageiro, e a partir daí quis fazer uma licenciatura, e conseguir um trabalho normal. Comecei os meus estudos na Universidade de Liverpool, consegui a licenciatura, e mais tarde comecei a trabalhar num laboratório de ciências. E enquanto fazia isso, decidi entrar para os torneios de rua, para ver se ganhava mais algum dinheiro. Mas depois, fui ficando com mais idade, mais maturo, e pensei que com o meu tamanho, o meu acreditar, e minhas habilidades para lutas, poderia conseguir mais alguma coisa se trabalhasse no duro. A partir daí, entrei para o Wrestling independente no Reino Unido, uma coisa leva à outra, e acabei por conseguir um contrato com a WWE.

JR: De todos os funcionários no laboratório onde trabalhavas, eras sem dúvidas o mais intimidante que a malta tenha visto?

WD: Isso é até engraçado, porque quando cheguei aí, teriam que fazer uma bata especialmente para mim. Era sem dúvidas a pessoa mais enorme que tinham visto aí. Teriam que fazer uma bata com braços compridos, bem compridos e umas costas largas. Levou 4 semanas para ter aquilo pronto [risos].

JR: O grupo da primeira temporada do NXT, passou por essa viagem selvagem que era o NXT, e tornaram-se no foco principal do RAW. Quando é que descobriram pela primeira vez, que havia planos para criar um grupo com todos vocês?

WD: Foi algo que descobrimos durante a tarde daquele dia, literalmente. Tudo começou a partir daí. Tivemos conhecimento daquilo apenas 5 horas antes do começo do show, isso antes de ter ido para o ar em directo. Mantiveram-nos no escuro e em segredo como faz sempre a WWE.

JR: Quando é que percebeste que os NEXUS poderiam vir a tornar-se em algo Especial?

WD: Quando estávamos a trabalhar nos planos antes do show, cheguei a perceber que era algo que os fãs não tinham visto antes. Quanto ao desmantelamento do ringue, achei que aquilo poderia marcar algum impacto, sobretudo porque era algo que raramente via-se dentro da WWE. Mas sinceramente não estava seguro a 100% em relação a isso, porque eu já tinha visto um ringue ser desmantelado, e desnudado antes. Quando estás nas promoções independentes, tens que montar e desmontar o ringue, por isso para mim, não parecia algo de tão incrível.

Mas quando vês isso na perspectiva dos fãs, eles não vêem aquilo. Não vêem o ringue com as cordas penduradas e a rastejar pelo chão, não vêem a madeira exposta. E quando terminámos, enquanto íamos embora, foi aí que percebi que todos naquela arena estavam de pé. Ninguém estava a cantar nada, ninguém gritava. Estavam simplesmente boquiabertos, havia um silêncio enorme. Foi aí que percebi que fizemos algo verdadeiramente incrível.

Depois quando fui para a casa no dia seguinte, estive a ver o show na televisão, tive a oportunidade de ver mais reacções dos fãs, e o espanto na cara daquela gente, e foi aí que concluí que realmente fizemos algo de especial.

JR: Qual é que tem sido o aspecto de mais notável, a nível social, agora que és uma celebridade?

WD: Não sei se nunca conseguirei acostumar-me com o facto de entrar numa loja ou restaurante local, e ser reconhecido por 3 ou 4 pessoas. Por acaso ontem fui ao ginásio, mas no caminho teria que fazer dois ‘Stop’. E em cada um deles, havia gente que passava perto gritava para mim coisas sobre os NEXUS e a WWE. Também fui reconhecido logo que saí do caro para entrar num banco. Houve também uma situação em que mal saí de uma loja, havia gente aí a gritar para mim, e a dizer coisas, e tudo isso é muito estranho, porque nem passou um ano ainda, em que era apenas um desconhecido. Era apenas um Wrestler de desenvolvimento que ninguém tinha ouvido falar, e agora saio do meu caro 2 vezes num espaço de 15 minutos e sou logo confrontado por alguém. Sinceramente não sei se é algo a que vou habituar-me.

JR: Os NEXUS estão a ter um Feedback que não vimos desde os dias da NWO. A sua previsão num ‘Dream Match’, NEXUS vs NWO, quem ganharia?

WD: Neste momento a maioria daquele pessoal está na idade de reforma, acho que apanhavam facilmente [risos]. Mas acho que no passado seria um combate bem interessante. Eles teriam vantagem com a experiência que têm, mas por outro lado, a nossa juventude e força falaria mais alto. Vitória para os NEXUS.

JR: Uma das vantagens de estar nos NEXUS é a inclusão no novo videojogo ‘SmackDown vs Raw 2011’. A sua personagem estará disponível para download brevemente, já tiveste a oportunidade de o ver?

WD: Cheguei a ver aquela que usaram na TV para publicidade, mas por acaso não é a verdadeira. Aquilo foi feito muito rápido, como já disse para publicidade, e fiquei bastante aliviado até, quando me informaram que aquilo era temporário. Disseram que o verdadeiro será igualzinho a mim, por isso estou ansioso para o ver. Adorei aquilo que fizeram com as personagens como o do Sheamus, John Cena ou Randy Orton. Está bastante realístico. Isso é a minha estreia em videojogos, por isso estou ansioso.

JR: Como tem sido trabalhar com John Cena, e ao mesmo tempo ter aquela pequena comichão que a popularidade dele oferece?

WD: Acho que nós sendo um grupo de jovens, foi muito bom por parte da WWE colocarem-nos logo contra alguém que está no topo, isso ajuda-nos a estabilizar. Se tivéssemos formado os NEXUS e ir a seguir contra alguém que andava muito abaixo no ‘Card’, não estaríamos na posição que ocupamos nesse momento. O facto de que estou a competir contra John Cena, Randy Orton, ou um Undertaker, eles me têm aí naquele nível de ‘Main Event’ para que as pessoas possam ver-me como um ‘Main Eventer’ e inclusive esse domingo no SurVivor Series, estarei a combater no combate principal do show. É importante que a WWE crie novas estrelas, levar as coisas para frente, e garantir o futuro, dando a rapazes como eu, ou o Sheamus por exemplo, essa oportunidade no ‘Main Event’.

JR: Essa semana tivemos um ‘Raw Old School’, como foi isso de fazer parte do Pipper’s Pit, e interagir com todas as lendas presentes?

WD: Foi simplesmente incrível. Fui muito sortudo, não só por fazer parte do Pipper’s Pit, mas também pela oportunidade de trabalhar com ele, alguém que na minha opinião é um dos melhores em promos na história da empresa, mas também a oportunidade de ser entrevistado por “Mean” Gene Orkelund, que é mais um dos meus favoritos da minha infância. Fui sempre um grande fã. Foi muito bom conhecê-los a todos, e ouvir o que tinham a dizer sobre aquilo que estou a fazer. Fui grande fã deles em infância, e obviamente foi um prazer enorme estar com eles. Achei que foi um bom show também, algo diferente para os fãs, o Feedback foi muito positivo, e imagino algo idêntico a acontecer de novo.

JR: Algumas daquelas lendas deram-te algum conselho que lhe ficou marcado?

WD: Mostraram-se positivos com aquilo que venho fazendo. A única coisa que me disseram, era para continuar a trabalhar, improvisar, e garantir que não sentisse confortável. Porque quando você sentir confortável, acaba sempre por ficar estagnado. Por isso quero continuar a envolver-me. Sei que a minha carreira aqui é ainda novata, e tenho um longo caminho a percorrer, e por isso quero ser tão bom quanto consigo ser. Quero continuar a crescer até chegar um ponto onde posso estar no meu melhor possível. Este foi o conselho que retirei dessa jornada com essas lendas.

JR: Quem foi sempre o seu Wrestler favorito?

WD: ‘The British Bulldog’ Davey Boy Smith, era a pessoa que idolatrava quando era miúdo em Inglaterra. Foi muito bom vê-lo partir para os EUA e ter tanto sucesso. Mas também adorava Bret Hart, Mr. Perfect, Rick Rude, The Legion of Doom, e The Ultimate Warrior. Adorava muito essa malta, mas o número 1 mesmo era Davey Boy Smith.

JR: Gostas de Davey Boy mais do que Dynamite Kid?

WD: Ora bem, Dynamite foi antes do meu tempo. Eu comecei a ver WWE em 1991, quando tinha 10 anos, e naquela altura ele já tinha partido. Mas quando fiquei mais velho cheguei a ver algumas gravações antigas, e foi aí que fui vendo o quão bom ele era. Nesse momento sou grande fã dele, mas como já disse naquela época Davey Boy era o meu Herói.

JR: Para além de si, quem nos NEXUS é que achas que deveria ser o ‘Break Out Star’?

WD: Por acaso acho que há alguns. Harris e McGuillicuty ainda são novos no grupo para os julgar. Mas se fores para alguém como o Justin Gabriel, ele é muito energético, excitante com os seus movimentos e muito atlético. Heath Slater e David Otunga são muito carismáticos, e acho que no ringue Heath é um dos melhores nos NEXUS, tem muito talento. Já em relação ao Otunga, tem grandes capacidades com o Mic, carisma e atitude. Acho que todos no grupo têm algo que representa uma força. Por isso resta-lhes trabalhar nas suas fraquezas, porque as vezes é isso que lhes impossibilita de ir mais além.

Logo que conseguirem trabalhar nisso, estarão preparados para dar um passo para o próximo nível.

JR: Ficaste desapontado por Daniel Bryan não ter feito mais parte do grupo?

WD: Daniel Bryan é um excelente ‘Performer’ e alguém que eu respeito muito, mas não achei que ele encaixava bem nos NEXUS desde o começo. Para ser sincero, acho que foi bom até ele ter abandonado o grupo.

JR: E com ele fora, pode ser que haja oportunidade para bons combates entre vocês dois…

WD: Exacto. Ele é alguém com quem gostaria muito de trabalhar. É um excelente lutador, com muita experiência. Sempre gostei de trabalhar com pessoas que têm mais experiências do que eu, porque posso tirar partido com isso, pois exigiria sempre mais da minha parte. Daniel é alguém com quem estou convicto que teria sempre bons combates. Já tivemos a oportunidade no NXT de estar frente a frente num ‘Single Match’ mas ele estava com uma lesão nos abdominais e o combate não demorou muito.

Mas por acaso gostaria de trabalhar com ele no futuro, e acho que iremos, especialmente por causa da sua história com os NEXUS, e o facto de o termos expulsado. No futuro, vejo mesmo uma rivalidade entre WD e Daniel Bryan.

Em nome do WrestlingNoticias queria agradecer a tradução da entrevista ao Elvis Rock, o meu muito obrigado!!!

Com tecnologia do Blogger.