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Thoughts on MMA #07: Lesnar + UFC/WEC


Esta semana trago um artigo especial para responder a duas questões levantadas pelos leitores na última semana, principalmente por parte do Wolve, temas esses que achei de extremo interesse abordar. Falo daqueles lutadores que eu acho que podem vir a ser os próximos adversários do Brock Lesnar e da fusão entre a UFC e a WEC.


Começo por falar do ex-campeão da categoria Heavyweight e antes de entrar na questão dos próximos adversários, gostava de voltar um pouco atrás e falar ainda um pouco do combate que ele teve na UFC 121 com o Cain Velasquez.

Muita gente referiu que foi uma desilusão ele ter perdido, mas que foi ainda maior a desilusão vê-lo a ir ao chão e a não conseguir defender-se e ter entrado em pânico, tendo andado de gatas e tudo. Concordo com tudo isto, mas julgo que ele ter perdido não é desilusão nenhuma, haveria de acontecer mais cedo ou mais tarde. Agora a questão de ele não se ter conseguido defender, é óbvio que desilude os fãs.

Eu acho que é uma questão de treino e de ele, com aqueles músculos todos e com toda aquela força, não ter ninguém que no treino o consiga, de facto, colocar numa posição delicada como aquela em que ele se viu contra o Velasquez, para ele, assim, poder treinar essa situação e conseguir depois aplicar os conhecimentos nos combates. Mas é uma coisa que ele vai ter que ver e tem mesmo que melhorar.

Mas não concordo tanto quando o Wolve e o rubius disseram nos comentários que ele não consegue aguentar com socos na cara. Se calhar em parte até pode ser verdade, mas a coisa complicou-se com aqueles socos, que foram, de facto, “mortíferos”. Basta ver o corte com que ele ficou e aquilo era um corte enorme, que deve ter sido feito por um soco que deitava qualquer um ao tapete. A questão dos socos influencia, mas penso que o problema é mesmo quando ele vai ao tapete e tem que se defender. Encontrando um adversário bem preparado como o Velasquez é difícil para o Lesnar, mas é algo que ele pode e tem que melhorar.

Agora, no que diz respeito aos próximos adversários, acho que tem que ser alguém com algum nome, ou pelo menos com alguns créditos, pois penso que a intenção da UFC e do Dana White é voltar a colocar o Brock Lesnar na rota do título e para isso ele precisa de vencer um adversário com nome, por muito que já não esteja nas melhores das suas formas.

Mas a verdade é que não é fácil encontrar alguém assim neste momento. O Shane Carwin está lesionado, o Randy Couture não me parece estar muito interessado em lutar com ele e não me parece que a UFC esteja muito interessada em voltar a pôr o Lesnar a lutar com o Frank Mir, ainda que me pareça que se o Dana White perguntar aos lutadores quem é que quer enfrentar o Lesnar, o Mir vai ser o primeiro a levantar o braço.

Sobram por isso, na minha perspectiva, dois nomes: Roy Nelson e o Antonio Rodrigo Nogueira. Mas não sei se o primeiro está já preparado para um desafio destes, ele ia lutar com o Shane Carwin (antes dele se lesionar) e podia sair dai o próximo adversário do Lesnar, mas agora não sei e assim à primeira vista o Roy Nelson parece ficar sem adversário e pode ser que se junte o útil ao agradável. O Antonio Rodrigo Nogueira pode também ser uma possibilidade, mas não sei se se conjugarão todos os interesses para que o combate possa acontecer.

A verdade é que não há assim, à partida, muitas alternativas e é difícil de dizer, para já, quem possa ser o próximo adversário do Brock Lesnar, parecendo-me que a UFC vai fazer as cosias com muita calma e ponderar bem todas as alternativas possíveis.


No que diz respeito à fusão entre a UFC e a WEC (World Extreme Cagefighting, para os mais distraídos), a verdade é que não é bem uma fusão é mais uma “absorção” da WEC por parte da UFC.

E o que vai mudar com tudo isto? Passam haver mais duas categorias de peso na UFC: Bantamweight (entre 126 e 135 lbs, se não me engano, entre os 57 e os 61 kg) e Featherweight (entre 136 e 145 lbs, ou seja, entre os 61 e os 66 kg), e o roster da categoria Lighweight é bastante reforçado.

Eu acho que esta medida teve duas vertentes: talvez reduzir custos, a crise toca a todos, pois as duas empresas são do grupo Zuffa e foi juntar o útil ao agradável, no meu ponto de vista. Além disso, e crises à parte, a verdade é que o MMA está em alta e a UFC, particularmente, também, o que faz com que hajam mais eventos do que havia no passado, com dois em duas semanas seguidas, por exemplo, e assim com as duas novas categorias de peso e os novos lutadores, o leque de combates possíveis são maiores e os eventos podem ser melhores, principalmente, esperámos nós, quando a empresa vem à Europa pois, normalmente, os cards tendem a ser algo fracos.

Assim, penso que haverá uma variedade de combates maiores, haverá mais espectáculo, as categorias “mais leves” do MMA terão mais destaque e a empresa (e o grupo) consegue fazer render mais os seus recursos e fazer mais dinheiro, devido à crescente popularidade da UFC.

De resto, não me parece que vá mudar muito, pois os grandes nomes que iam aparecendo na WEC foram parar à UFC e alguns dos actuais lutadores da empresa tiveram passagem por lá, não à muito tempo.

Agora se me perguntarem se foi uma boa medida, eu acho que sim, apesar de não acompanhar a WEC com a atenção que ela merecia, mas pelo que ia vendo acho que há lá bastante talento e as novas categorias de peso vão trazer, seguramente, mais atractivos aos eventos da empresa.

Como não acompanho muito a WEC não posso avançar com muitos “nomes fortes” que agora se vão juntar à UFC, mas dos que conheço, penso que vai ser muito bom ver o Ben Henderson, o Urijah Faber e o Jose Aldo, nos grandes palcos. Certamente haverá outros mais, mas estes são aqueles que me vêm logo à cabeça e penso que vão dar muito bem conta de si, pelo menos é o que eu espero e acho que todos os fãs também.

Fica a minha opinião sobre ambos os assuntos. Como referi acho que, para já, é complicado apontar um nome, em concreto, sobre o próximo adversário do Brock Lesnar e acho que a UFC só tem a ganhar com esta “absorção” da WEC.

Temos que esperar para ver o que vai acontecer em ambos os casos, espero que tenham gostado e dêem, também, a vossa opinião e até ao próximo evento da UFC, se entretanto não surgir nada de interessante que eu possa comentar.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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