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O Wrestling em Revista (XX)

Mais uma vez, agradeço o feedback, que tanto os leitores e comentadores do Wrestling Noticias como do Portal da Luta Livre deixaram na caixa de comentários. Espero que continuem, não se esqueçam de lançar temas e colocar questões!


Respostas aos comentários dos leitores


Mamede (WN): Quais são os lutadores na tua opinião que ocupam posições no “card” que não correspondem ao seu potencial e credibilidade?

Bem, na WWE acho que o Kaval e o CM Punk ocupam posições injustas no “card”, penso que eles deveriam estar um pouco acima do que o que estão. O segundo foi enterrado e o primeiro parece que nasceu enterrado igualmente. Também podia falar da descida acentuada de Jack Swagger em termos de casos “underrated.” Na questão de serem “overrated”, temos Kane e Kofi Kingston especialmente, de resto é tudo mais ou menos compreensível.

Já na TNA, em termos “underrated” temos Samoa Joe, Desmond Wolfe, Eric Young, Brian Kendrick e o próprio AJ Styles, e ainda acho que conseguiam fazer mais de Robert Roode e de Alex Shelley mas isso até são casos compreensíveis. Em termos “overrated” há Rob Terry (só o facto de o declararem apto para subir a um ringue faz dele sobrevalorizado), Madison Rayne, o pouco convincente Robbie E e acho que não há muito mais para falar.


Anónimo (WN):
Imaginando que as marcas que patrocinam a WWE, as que se fazem apresentar um produto PG, acabassem e se a WWE arranja-se uns patrocínios mais para adultos, achas que aí a WWE saía do PG?

Se esse mercado for mais rentável, a WWE não o recusará, eles têm de fazer dinheiro para sobreviver à crise e por vezes arriscar em fazer coisas que possam não ser tão rentáveis, como idas à Europa, e aí arriscar em vir também a Portugal. Sem dinheiro eles não saem dos “States”.


Anónimo (WN):
Que lutadores que estão na WWE (que não costumam andar no Main Event) é que achas que se fossem para a TNA teriam grande impacto?

Não consigo visualizar assim nenhum nome em especial dado que isto é muito imprevisível, Desmond Wolfe não está a ter sucesso na TNA, o que me garante que Daniel Bryan o teria? A diferença não é assim tão abismal. Kaval já esteve na TNA e andava muito subvalorizado nos últimos tempos por Orlando, é mesmo muito difícil prever. Talvez Evan Bourne para a X-Division.


Anónimo (WN):
A TNA já tentou tudo ou quase tudo mas mesmo assim ainda não passou a WWE. O que devia fazer?

Creio que deveria ter mais calma, e explorar melhor certos mercados. A TNA é uma companhia onde tudo muda rapidamente em termos de tudo, e isso revela-se no “booking” em que o público não consegue estabelecer uma relação de simpatia/antipatia por um determinado wrestler porque todo o mundo lá está sempre a fazer “turns”, e ainda por cima muitos não fazem sentido e não têm o impacto esperado. O público apoia AJ Styles em vez de Douglas Williams e Jeff Hardy em vez de Matt Morgan, algo vai mal quando isto acontece tanta vez. Há que reconhecer o material que se tem e AJ nunca pode ser “heel” nesta altura, ele deveria ser o “top face” da TNA, o grande herói da companhia, o “poster boy”, o público adora-o, ele é fenomenal e ainda estou à espera que ele “se cague” nos Fourtune. Depois, pegam num Jeff Hardy que nem é “heel” há um mês e num Matt Morgan que nem é “face” há um mês e colocam-nos numa “feud”, o público confunde-se. Há determinados momentos em que não se pode fazer “turns”, é preciso muitas vezes deixar os lutadores ficarem quase estagnados para o fazerem, não quando eles estão “over”, peguem no exemplo de Randy Orton por exemplo.


Anónimo (WN):
O que achas deste novo tipo de combates femininos a que a TNA tem feito entre a Tara e a Mickie James? Mais estilo hardcore. Não me lembro de nos melhores tempos do wrestling feminino fazerem tantos combates estilo hardcore e se fizeram acho que não foram todas as semanas, o mais hardcore que me lembro era elas lutarem no estilo brawler. Acho que isto vai contra o que deve ser wrestling feminino

Bem, isto não é bem “hardcore”, pode ser algo visto poucas vezes na divisão feminina, mas até nem estou a ver algo de errado com isto. A TNA está a pegar em duas lutadoras capazes e a dar-lhes uma “feud” muito pessoal e intensa, e isso tem gerado os melhores combates femininos dos últimos anos, elas têm elevado a fasquia do wrestling feminino na “mainstream” e eu tenho gostado. Nos Impacts os segmentos/combates da divisão feminina são os mais vistos, e o que a TNA tem feito até tem sido uma medida inteligente. Ok, Mickie James e Tara têm talento mas esse talento não chega aquilo que a divisão masculina nos oferece, no entanto, são elas que dão audiências, por isso, merecem estar no “Main-Event” como o fizeram e corresponderam no último Impact. Aquele “Thesz Press” de Mickie James do topo da jaula vai ficar na história! Elas têm mais “cojones” que muitos homens!

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Rescaldo Final Resolution

Beer Money vs. Ink Inc.: Muito mas mesmo muito bom combate, foi uma excelente contenda de tag team. Tivemos uma estrutura de combate muito simples e sólida, com os “faces” a começarem a dominar porque supostamente são melhores, mas como os “heels” a conseguirem vantagem de um modo algo sujo e a construir o “hot tag” dos Ink Inc. para depois chegarmos à parte das “near falls” e da fase “hot” do combate, em que parecia que ele poderia acabar a qualquer momento, sobretudo com o “teaser” de que iríamos ter o “finisher” dos homens tatuados. Assim é que se faz um combate de tag team, com uma equipa que é melhor que já se viu em “main stream” nos últimos anos e outra que me está a surpreender muito pela positiva, e nem precisámos de ter “spots” sem sentido e “double teams” em que parece que as regras do combate são esquecidas, e embora a vitória dos Beer Money fosse esperada, eles souberam dar emoção e entretenimento à coisa. Os meus parabéns!

Mickie James vs. Tara: Confesso que já estava a ser chatinho ver estas duas andarem à pancada Impact atrás de Impact desde o último PPV, e aqui souberam resolver isto de uma forma muito boa, credível e até muito entretida. Confesso que ri que me fartei quando vi ali uns “spots” no WC dos homens. O que fazia Madison Rayne ali? Bem, há que relembrar que foi Tara que levou Mickie para lá quando também podia ter entrado no WC das mulheres, ou seja, tal como Tazz disse, foi um “game plan”.

Robbie E vs. Jay Lethal: Um combate que me surpreendeu pela positiva, devido à sua construção bastante sólida. Só não percebi o que Shark Boy tinha a ver com aquilo mas enfim. Tivemos a fase inicial em que Lethal mostrou ser melhor, Robbie recupera vantagem para construir os “hope spots” e o “comeback” de Lethal, e depois, na fase quente do combate, a conclusão do mesmo que dá a ideia de que o antigo campeão terá uma nova oportunidade, o que abre a porta do cinto a Kaz, podendo haver uma “Three Way Dance” no Genesis, conforme o meu colega Comet tinha previsto antes do PPV.

RVD vs. Rhino: Confesso que este combate foi muito melhor que a trapalhice pegada a que assistimos no Turning Point entre RVD e Dreamer. Os dois lutadores sabiam que iam para um “First Blood Match” e começaram a contenda direitos à testa um do outro, mas especialmente Rhino, ao ver que RVD arranjava sempre maneira de fugir, começou a aplicar golpes que mesmo não afectando a potencial zona de aparecimento de sangue, cortava a energia ao adversário, tornando-o mais vulnerável a murros, pontapés e outros movimentos que podiam fazer aparecer esse liquido vermelho. RVD foi fazendo o mesmo e por isso tivemos um combate muito bem construído e nem precisou de ser “spotty” para entreter os fãs.

AJ Styles vs. Douglas Williams: Um excelente combate, que só não foi melhor porque o estatuto de “heel” de AJ parece que não tem muita influência no público, visto que continuam a olhar para ele como o homem da casa que faz coisas fenomenais, e têm razão, AJ deveria ser o “top face” da TNA porque ele é tudo o que a companhia representa e deveria ser o herói, o autêntico “poster boy” da promotora. Enfim, gostei da parte inicial em que ambos mostravam conhecimento um do outro e que por isso conseguiam prever o que cada um ia fazer, foi mesmo muito bem trabalhada. Foi um grande combate, e com um final que promete revolta para Styles, embora tenha faltado apenas uma maior identificação do público com o AJ “heel” e Douglas “face” para que fosse perfeito, e isso poderia ser melhor trabalhado no combate, não foi, mas não deixou de ser muito bom.

MCMG vs. Generation Me: Ok, podemos considerar isto um bom espectáculo, de facto, um grande espectáculo, mas poderemos considerar isto bom wrestling? Wrestling é “storytelling”, e um TLC basicamente não é bom pelo número de manobras incríveis que temos, mas sim pela emoção dada e pelos “teasers” de que poderemos ter lutador x ou y a vencer um combate. Aqui tivemos um despejo de manobras acrobáticas que fazem delirar toda a gente, mas com uma história a ser contada de uma forma bastante fraca, até porque o Alex Shelley supostamente lesiona-se na perna e esquece-se de vender a lesão e já estava pronto para voar mais 300 vezes, o Max Buck levou que se fartou enquanto estava encurralado num escadote e lá estava ele pronto para a outra pouco tempo depois e como estes exemplos temos ainda mais. Fazer um bom TLC sem descredibilizar o “selling” não parece muito difícil, e em tag team ainda menos, o Tazz que geralmente é muito bom a vender aquilo que se passa em ringue só dizia “Wow, wow, wow”, isto quer dizer alguma coisa, aquilo não era bom wrestling, mas sim, era um grande espectáculo na mesma, mas nunca bom wrestling. O Mike Tenay disse que colocar uma mesa em cima de escadotes para chegar aos cintos nunca se tinha visto, ai não? É favor ver um dos combates entre os Hardys, Edge & Christian e Dudleyz na Wrestlemania que eles fizeram o mesmo.

The Pope vs. Abyss: Um “Casket Match” já é um combate que dificilmente é entretido e até acho que nos dias que ocorrem já não faz muito sentido, sobretudo quando a “gimmick” dos lutadores até nada tem a ver com isso. Confesso que não gostei muito, devido a alguns aspectos em que os intervenientes revelaram não estar prontos para um “gimmick match” que não lhes diz nada. Com a “feud” como está e sendo um “underdog”, fazia sentido o Pope pegar em objectos para tentar obter vantagem, mas em vez disso tentou fazer wrestling propriamente dito com Abyss, o que resultou num “overselling” do monstro ao ser levantado com facilidade e ao ser enviado ao chão não se fazendo notar a diferença de tamanhos.

Samoa Joe vs. Jeff Jarrett: MCMG e Generation Me, meus meninos, aprendam como Samoa Joe o que é “selling”, o homem vendeu a lesão na perna o combate todo! O combate até pode não ter sido muito entretido, mas gostei de alguns pormenores da construção do mesmo, com Joe a fazer jus a máquina de submissão que é ao mostrar que estar no chão não é necessariamente uma má posição para um combate do género. Se estou insatisfeito com o “job” de Joe? Bem, eu espero estar a perceber a intenção, formar um grupo “anti-Immortal” e esse grupo só se formará se as coisas estiverem a correr mal e precisarem da união para se fazer a força. É isso que espero com Joe, Pope e mais alguns camaradas. Qualquer coisa que não seja isso irá desiludir-me.

Jeff Hardy vs. Matt Morgan: Aqui se viu o quão limitado é Jeff Hardy, o homem no ringue simplesmente não sabe ser “heel”. Todo aquele trabalho de carregar um combate, ajudar a criar os “hope spots” e o “comeback” é coisa que ele não sabe fazer e que basicamente não aconteceu neste combate. Matt Morgan como também não é propriamente dos homens mais inteligentes que se vêem no “business”, tratou de despejar o seu “move-set” quase todo rapidamente e o combate ficou ali algo morto, quando até tinha algo para pegar como a lesão do “DNA of TNA” na perna. Vimos quatro “Twist of Hate”, manobra cada vez mais descredibilizada, e só no último, numa cadeira, é que finalmente Hardy conseguiu a vitória. Segundo algumas noticias, o campeão da TNA chegou ao evento com uma bebedeira… e sendo o campeão a bandeira de uma companhia, o melhor que têm a fazer é tirarem-lhe o cinto rapidamente.


4ª Temporada do NXT

Vi o primeiro episódio, e como seria de esperar, não deu para tirar grandes conclusões. São seis desconhecidos do público e em termos de popularidade, para crescerem nesse sentido vão precisar de grande ajuda dos seus Pros, e já deu para ver que Derrick Bateman, rookie de Daniel Bryan, pode ser dos que mais tem a ganhar com isso pois o campeão dos EUA está “over” e é um homem que percebe imenso de wrestling, conhece o público e sabe oferecer o espectáculo que toda a gente quer ver, ele fará o seu rookie parecer melhor do que aquilo que realmente é, ainda que o mérito de Bateman não seja uma nulidade, até porque o rapaz safou-se bastante bem na sua “promo”.
Gostei do primeiro combate, entre Jacob Novak (rookie de Dolph Ziggler) e Johnny Curtis (rookie de R-Truth), pelo menos o segundo parece prometer lutar pelo “reality show” até às últimas semanas.
Embora como disse anteriormente, não tivesse dado para tirar grandes conclusões, Conor O’Brien (rookie de Alberto Del Rio) não me deu muitas garantias, pareceu ser pouco entusiasmante e algo trapalhão.


Previsão Slammy Awards

Superstar of the Year: Aqui o vencedor terá de ser Randy Orton porque em 2010 tem estado em ascensão, tem estado “over” como nunca, tem sido dominante e teve um reinado como Campeão da WWE que até soube a pouco. Merece e precisa deste prémio, sobretudo agora que não tem o título e dava para compensar os poucos meses como detentor do mesmo.

Diva of the Year: Eu dividia o prémio pelas LayCool, elas foram de facto dominantes, e como não têm o título, ficava-lhes bem.

Knucklehead Moment of the Year: Tinha um desejo profundo em que o momento “Oh my” seja aquela “Tea Party” em que o Santino e o Kozlov convidaram o Sheamus, para mim foi dos momentos mais cómicos que já assisti na WWE desde que acompanho a sua programação. Não podendo ser esse, talvez Beth Phoenix a eliminar The Great Khali do Royal Rumble.

Holy Shit Moment of the Year: Não me lembro de momentos muito extremos este ano, talvez aquele “spot” no Over The Limit em que John Cena faz um “AA” em Batista e fá-lo atravessar o “stage”.

Shocker of the Year: Embora no final do ano isso não seja visto como algo que fosse marcante, aquilo que mais chocou os fãs na altura foi mesmo a derrota de John Cena frente a Wade Barrett no Hell in a Cell e consequentemente a sua junção aos Nexus.

Despicable Me Award: Who cares? Deve vencer CM Punk a cantar os parabéns à filha de Rey Mysterio, pelo menos isso foi genial.

Guest Star Shining Moment of the Year: Who cares? Eu já nem me lembrava dos “Guest Star/Host”, que vença lá o Myke Tyson a dar o murro no Chris Jericho até porque nem me recordo dos outros acontecimentos.

"Oh Snap" Meltdown of the Year: Novamente… Who cares? Provavelmente a saída de Batista foi o acontecimento mais marcante, mas quem é que viria receber o prémio? Aposto que será Edge a andar à cadeirada com um computador, de onde comunicava o GM da Raw.

WWE Moment of the Year: Bem, aqui está um prémio que até faz algum sentido, e que até grandes candidatos, sobretudo a retirada de Shawn Michaels e a invasão dos Nexus e o seu consequente ataque a John Cena e companhia. Se a retirada de Michaels vencer, quem virá receber o prémio? Pois… é provável que seja a estreia dos Nexus a vencer.

Eu ainda tento compreender muita coisa na WWE, mas quando isto se trata de uma companhia de wrestling e temos prémios para momentos mais engraçados, tristes e embaraçosos e não temos prémios para a estrela em ascensão, o combate e tag team do ano é algo muito mas muito triste.


Previsão TLC

Randy Orton vs. The Miz: A WWE anda a repetir a “fórmula Sheamus” este ano com The Miz, e até o combate no TLC é da mesma “gimmick”, e como será de esperar, com a vitória do novo campeão da WWE.

Edge vs. Kane: Confesso que ter Kane no “Main-Event” e esta história do “Tom and Jerry” com Paul Bearer metido ao barulho já começam a enjoar, e dado o bom momento do canadiano espero a sua vitória e o seu 10º reinado.

Alberto Del Rio vs. Rey Mysterio: Gostar, gostava que Del Rio vencesse, precisa mais da vitória e acho que podia ser um bom pronuncio para o seu 2011. No entanto, o mais provável é a vitória sorrir ao mascarado.

Mais um PPV em que a maioria dos combates só serão conhecidos na última semana, por um lado isto deixa-me preocupado porque não estou a ver nada assim de especial para fazer com Daniel Bryan, mas por outro, considero uma boa medida da WWE que assim já anunciou os seus combates que vendem e que agora vai fazer que os fãs vejam a próxima semana de “shows” para saberem quais os restantes.

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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.
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