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O Wrestling em Revista (XXV)



Mais uma vez, agradeço o feedback, que tanto os leitores e comentadores do Wrestling Noticias como do Portal da Luta Livre deixaram na caixa de comentários. Espero que continuem, não se esqueçam de lançar temas e colocar questões!

Esta é a 25ª edição desta rubrica, portanto celebra-se hoje as suas "bodas de prata".


Respostas aos comentários dos leitores


Areyouready? (PLL): A WWE não valoriza as tag team! Você acha que se tivessem lá Generation Me ou os MCMG eles seriam valorizados? Ou acabaria rápido igual a Hart Dynasty e Cryme Tyme?

Veio mesmo a calhar esta pergunta! No outro dia estive a assistir ao combate entre as equipas de Kurt Angle e Chris Benoit e a da Rey Mysterio e Edge do No Mercy 2002 para apurar os primeiros campeões de tag teams da WWE e a ideia que eu já tinha na cabeça ficou ainda mais sublinhada.

É isto que a WWE precisa agora para dar mais entusiasmo aos seus “shows”, elevar mais jovens e dar maior actividade e valorização às tag teams, reformular a ideia dos “Smackdown Six”. Todos esses seis lutadores vieram a conquistar títulos mundiais no futuro (isto se contarmos com o titulo da ECW que Chavo ganhou), isso quer dizer alguma coisa!

Se formos a ver bem, Benoit e Angle não eram uma tag team, Edge e Rey Mysterio também não, Chavo e Eddie pertenciam à mesma família mas os seus percursos creio que nunca se tinham cruzado ao ponto de emparelharem, no entanto decidiram emparelhar lutadores que tinham algo a ver uns com os outros, Benoit e Angle têm semelhanças em ringue por serem muito técnicos e agressivos, Edge e Mysterio eram os entusiasmantes e os Los Guerreros são familiares.

Podiam reformular a ideia, peguem em 6/8/10 lutadores e metam-nos em 3/4/5 tag teams, mas em tag teams em que haja um ponto comum entre os lutadores, ou um Ziggler/Cody que são narcisistas vaidosos, Del Rio/DiBiase que são homens ricos e de segunda geração (embora aqui haja algum desequilíbrio…), Bourne/Kidd ou Bourne/Bryan, e por aí, se continuarem com Kozlov/Santino e adicionarem também um Regal/McIntyre, a divisão de tag team só tem a ganhar. Os intérpretes não são tão bons como os “Smackdown Six” mas pode ser uma fórmula que venha a ter sucesso já que não estão a pegar em tag teams cujos membros são potenciais “main-eventers” (ao contrário dos Cryme Tyme e outros da vida airada…), estariam a activar essa divisão e podiam dar maior entusiasmo aos “shows”.

Eu gosto muito dos Motor City Machine Guns (mais que os Generation Me) porque fazem o que lhes é pedido, seja um combate muito baseado em psicologia, muito baseado em “spots” ou com uma boa mistura de “storytelling” e intensidade, no entanto, é provável que não tivessem sucesso na WWE.


Alguns leitores pediram-me para dar a minha opinião sobre a situação de alguns lutadores ou o que eu achava deles, em vez de colocar aqui todas as perguntas e tornar isto um “post”muito maior, decidi inovar e dar a minha opinião sobre cada um deles de uma só vez e por ordem alfabética.


Alberto Del Rio: O que o deste senhor? Se acho que a “feud” com o Rey vai estender-se muito mais? Haverá sempre química entre os dois, tipo “guerra fria”, mas creio que a “feud” está terminada. Este senhor é muito mas muito bom, e espero que vença o Titulo Mundial em 2011.

Daniel Bryan: Se o reconhecimento do seu talento me incentivou a procurar mais Indy Wrestling? Se acho que o facto da maioria dos fãs da WWE não o conhecer desde as Indys ajudou ou atrapalhou em sua ascensão? Talvez me tenha incentivado a acompanhar o que ele já tenha feito nas “Indys”, mas até nem vi muito, porque o Daniel Bryan da WWE não é o Bryan Danielson (quem?) das indys, são lutadores diferentes, porque os estilos são diferentes, enquanto na WWE se tenta fazer um bom combate com o mínimo de golpes possível, nas indys é golpe atrás de golpe e eu particularmente estou mais identificado com o estilo WWE, mas não vou dizer que é melhor ou pior porque isso é relativo. Acho que conhecer-se o lutador é sempre algo positivo, dá para ter alguma empatia, no entanto não se pode falar em “atrapalhar”, talvez neste caso em irrelevância.

John Morrison: Visto que ele perdeu o combate pelo título na segunda-feira passada, acho que a WWE irá deixar de o elevar ao main event, ou terá outra oportunidade, como por exemplo ganhar o MITB visto ser um combate para alguém como ele? Não sei até que ponto não terá um combate individual na Wrestlemania (contra CM Punk por exemplo…), mas terá com certeza mais algo que o empurre lá para cima, e a vitória no MITB é uma opção.

Kofi Kingston: Campeão outra vez... o que acho? Não gosto dele, no entanto recentemente tem conseguido pôr mais público do seu lado e há que respeitar esta decisão do “booking”, no entanto espero que daqui a uns tempos seja Cody Rhodes o campeão.

Místico: Com a aposentadoria do Rey Mysterio próxima, se acho que ele seria uma boa escolha para ser um substituto como ídolo mexicano mascarado, já que temos um Alberto Del Rio heel? Se o tratarem como um Rey Mysterio II é estarem-lhe a cortar as pernas, este Místico terá de trazer algo novo, se é apenas um substituto nunca terá o mesmo sentimento nostálgico que o “Master of 619” tem com os fãs. A máscara é o símbolo do lutador mexicano, mas isso não quer dizer que um “face” mexicano tenha de a ter de forma a representar a Nação, acho que há outras formas de dar a volta ao assunto.


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Rescaldo Genesis

Kazarian vs. Jay Lethal: Combate a meio termo, nem muito rápido como é habitual na X-Division, nem muito lento, não teve grande história em especial mas foi muito “certinho”, não foi divertido mas também não foi aborrecido.

Mickie James vs. Madison Rayne: Tecnicamente está muito longe de ser um primor, mas não haja dúvidas que Madison Rayne sabe ser “heel”, é uma rapariga que percebe de wrestling e soube alimentar bem os “hope spots” e “comeback” de Mickie, sabe brilhar e deixar os outros brilhar, apesar da sua verdura em termos técnicos, no entanto, ainda superior à maioria na WWE. Mickie estava com ímpeto, mas sejamos sinceros, Madison também precisava da vitória, fica para a próxima.

Beer Money vs. MCMG: Mais um excelente combate entre estas duas equipas, que têm química sem dúvida. Ao inicio fiquei um pouco preocupado se os Beer Money iriam vender o factor “pressão” e acusar lá mais para a frente uma certa “frustração” e isso até aconteceu. O final podia ter sido um pouco mais rápido, pareceu muito lento o “roll up”. Só me faz confusão é o facto de daqui a umas semanas os MCMG lutarem contra um lutador mais pesado e perdem sem sofrer manobras com metade da potência, enfim…

Bully Ray vs. Brother Devon: Digam o que disserem foi um combate muito bom, e embora velhos e barrigudos, estes dois são veteranos, sabem mexer com o público, sabem conduzir o combate e o resultado foi um combate entretido (apesar do seu final) e até ao momento aquele em que os fãs estiveram mais presentes, mostrando o seu apoio a Devon e ódio a Ray. Agora no próximo PPV, provavelmente com estipulação envolvente, acredito que teremos algo brutal, ainda com mais “hype”. Era bom que os Kazarians, Lethals e Kofis da vida tivessem instintos de veterano como estes dois.

Abyss vs. Douglas Williams: Não tenho dúvidas que Douglas Williams levou Abyss a mostrar o limite das suas capacidades, que não são assim muitas, mas que deram para um bom combate. Mais um título para os Immortal.

RVD vs. Matt Hardy: E eis que Tyler Reks… ups, Matt Hardy, chega à TNA. Achei-o motivado, com um ar mais alegre do que aquele que via na WWE, e espero que agora que já está onde quer se deixe de vídeos no youtube que já enjoam. Estes dois lutadores são dos mais “overrated” pelos fãs da última década: Hardy gostam dele mas o homem é trapalhão e no ringue faz o básico, não é um contador de histórias, tem sempre a mesma postura, e como “heel” não convence ninguém. RVD é aquele gajo que faz uns movimentos giros e tem uma “taunt” que fica na cabeça e mexe com o público, mas tem ali muitas falhas, é repetitivo e se lutar todas as semanas torna-se enjoativo. Portanto o combate não foi nada de especial, com um final controverso, que talvez quererá dizer que há árbitros dentro dos Immortal.
Perguntaram-me o que achei da estreia de Matt e o que espero para ele e aproveito para responder aqui, achei que estava motivado embora mostrasse o “nada de especial” que é, e gostava que não lhe dessem muito destaque porque só o vejo a fazer algo de útil se trabalhar com o seu irmão, seja com ou contra ele, acho que o público da TNA pagava para ver certos combates com mesas, cadeiras e sobretudo… escadotes.

Jeff Jarrett vs. Kurt Angle: Portanto, Angle não faz parte da TNA mas tem direito à sua música, entrada personalizada, vídeo no “tron” e ainda entrevista de “backstage”, e melhor ainda, é anunciado como o único medalhado olímpico no pro wrestling… quando supostamente até esta retirado. Um “angle” (literal e figurativamente) um bocadinho melhor gerido do que aquele do despedimento de John Cena. O combate foi trapalhice pegada e quero ver como trazem o homem de volta finalmente.

Mr. Anderson vs. Matt Morgan: Combate entretido até, mas não gostei muito da postura de Morgan que deveria querer resolver a questão logo de inicio, mostrando que estava ali para vencer, e arrumar a coisa depressa e se possível sem magoar muito Anderson, mas não, além disso a questão da concussão do “Asshole” só foi lembrada lá mais para a frente. O final não me pareceu muito credível mas comeu-se.

Mr. Anderson vs. Jeff Hardy: Este não era suposto ser um bom combate tecnicamente, mas basear-se mais na emoção e deixar Anderson “over”, mas pergunto-me se não terá sido exagerada a imagem de “superman” que lhe deram. Espero que não, mas isso só se vai ver daqui para a frente, se ele continuar como “top face” e com esta postura e este “booking” boas coisas podem vir para ele. Eu sempre fui seu fã e fiquei muito feliz, e fiquei também feliz por a TNA ter uma surpresa e não anunciar “Vejam o Genesis que vão haver surpresas!”, ainda que querer vender um PPV em que não esteja anunciado o campeão (que tem de ser dos maiores “drawers” da companhia) seja um erro.



Parceria entre Wrestling Portugal e Dublin Championship Wrestling

Confesso que não conheço nada da DCW e por isso não posso comentar, já estive a investigar e para efeitos de curiosidade, Sheamus e McIntyre não têm qualquer relação com esta promoção.

Se forem tão bons como o WP, sem cepos como alguns algarvios que estão na APW, e se a mentalidade dos dirigentes for boa, acho que estão criadas condições para uma parceria que permitirá uma maior publicidade de todos os lutadores do Wrestling Portugal num território já com alguma reputação como o irlandês e muito maior se incluirmos a região da Grã-Bretanha.

Para além da boa publicidade que certos lutadores podem ganhar, irão certamente aprender coisas novas, e se há coisa que eu vejo em toda a gente no WP é vontade de aprender, ambição e o facto de quererem ser melhores a cada dia que passa. Pelo que li esta companhia é extremamente jovem, ou pelo menos realiza “shows” há muito pouco tempo, daí também olhar para isto com alguma desconfiança, mas creio que se houver olheiros poderá ser o “turning point” de muitas carreiras.

Será também interessante ver como os lutadores irlandeses se vão encaixar nos “shows” do WP, e agora que já se sabe desta aliança pergunto: Terá isto a ver com quem vai lutar com o Bammer no próximo evento da promotora de Queluz?

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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.


**AVISO**

Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/01/extra-o-wrestling-em-revista-xxv.html
Com tecnologia do Blogger.