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O Wrestling em Revista (XXXVI)


Esta edição é um pouco mais "soft", porque está tudo de corpo e alma na Wrestlemania. Ainda assim, falo do regresso da WWE a Portugal, da situação de alguns lutadores, de quem se poderá retirar este ano e da minha opinião sobre o novo jogo da WWE. Ainda mostro um vídeo que fiz sobre "Os melhores owns a Michael Cole" e um As Escolhas de Jericó sobre os momentos mais marcantes da TNA em 2010....


Respostas aos comentários dos leitores



Angelic Zero (WN): Quando há beatdowns eles vão de maca normalmente e a pergunta é: sendo um work, vão mesmo ao hospital ou "escondem"?

Obviamente que eles mal chegam ao “backstage” de maca, levantou-se e ficam por lá normalmente.


Anónimo (WN): Achas que poderão acontecer alguns abandonos este ano?

Para além da onda de despedimentos, creio que é uma possibilidade. Triple H e Rey Mysterio parecem ser os nomes mais prováveis, mas Big Show, Kane, Undertaker e outros não podem ser propriamente postos de parte.


Anónimo (WN): Que achas do novo jogo da WWE, o All Stars?

Ainda não joguei nele, mas parece-me ser um jogo diferente do SVR, ao estilo de muitos outros com a temática de confronto físico, em que os lutadores não deixam de ser eles próprios e a fazer os golpes que fazem na realidade, mas com uma componente mais hiperbolizada. É diferente, e acho que é uma boa aposta da WWE. Uma alternativa ao já monótono SVR.


Anónimo (WN):
Penso que depois da feud entre Cole e Lawler, eles não voltam a comentar juntos. Pensas que haverá mudanças nas mesas de comentadores?

Por acaso acho que é uma questão muito pertinente. Acho que por uns meses o “heat” que Michael Cole tem neste momento deveria ser capitalizado numa outra posição que não a de comentador, e sugiro por exemplo ser “manager” de alguém (Jack Swagger é uma possibilidade) ou então vir a ser GM como pelos vistos ele tanto quer. Eu adoro a sua personagem e acho que seria interessante vê-lo a fazer outra coisa.


Wallacy Ferrari (PLL): Você acha que o Esporte Interativo está passando o RAW do jeito certo? Pois no “I+E” só passa 35% do programa!

Peço imensa desculpa, mas sou português e vivo em Portugal, não tenho conhecimento do que se passa aí no Brasil.


Alguns leitores pediram-me para dar a minha opinião sobre a situação de alguns lutadores ou o que eu achava deles, em vez de colocar aqui todas as perguntas e tornar isto um “post”muito maior, decidi inovar e dar a minha opinião sobre cada um deles de uma só vez.


Sin Cara: As tuas primeiras impressões acerca dele?
Estive a ver alguns combates seus no México e no Japão na última semana, vi também aquele que fez com Primo, e acho que pode ser alguém com muito para dar à WWE.

Christian: Tem gostado de o vê-lo tão over e principalmente nestas ultimas duas semanas?
Eu sou um grande fã do Christian e vê-lo em altas é sempre agradável, algo que não contava depois do “booking” que ele estava a ter até se ter lesionado, e até se compreendia, pois apesar de ser muito bom, já não caminha para novo. Espero que dêem continuidade ao que têm feito com ele e vê-lo num programa com Edge é uma realidade cada vez mais próxima. Com uma história com um bom fio condutor e ao darem-lhes tempo e liberdade no microfone, acho que temos tudo para ver uma grande “feud”.

CM Punk: Um comentário do novo rei da dança CM "God" Punk…
O que eu gostei mais nesse segmento até foi do facto de ele se enganar de propósito ao dizer que os atletas da WWE não são wrestlers mais superstars. Mas concordo que ele é um Deus.

Finlay: Você acha que a WWE está certa em demiti-lo?
Não sei o que se passou, mas pelo que li, talvez me pareceu exagerado. Não sei se ele teve alguns antecedentes ou se o clima com a direcção e o irlandês não era o melhor, mas de qualquer forma talvez a vontade da WWE em começar uma onda de despedimentos tenha falado mais alto.

Husky Harris: Achas que a sua actual gimmick, na FCW, teria lugar na WWE?
Bem, a FCW também é um pouco um território de desenvolvimento não só a nível de ringue mas também a nível do desenvolvimento das personagens, e por isso, não posso dizer que essa “gimmick” não teria lugar na WWE, mas confesso que já ando um pouco farto de “freaks”, sobretudo depois da “feud” entre Kane e Undertaker no ano passado.

John Morrison: Acha que John Morrison teria mais chances no SmackDown?
Havendo lá um “star power” menor, qualquer lutador que vá para a Smackdown poderá ter mais oportunidades de ser “main-eventer” e de conquistar títulos, no entanto, acho que só se atinge mesmo o estrelato e se chega à ribalta quando se está no topo da Raw, é o “flagship show”, não há como negar.

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Rescaldo Wrestlemania

Edge vs. Alberto Del Rio: Muito provavelmente o melhor combate de Edge desde que voltou da sua lesão no ano passado e o de Alberto Del Rio desde que está na WWE. A duração do mesmo foi curta para um combate pelo Titulo Mundial, mas o que seguiu ao combate é um indicador que esta “feud” está para durar.

Nota: 7/10


Cody Rhodes vs. Rey Mysterio: Combate que foi bom, nada de extraordinário, mas que contou muito bem uma história. O domínio inicial de Rhodes foi a sede de vingança que ele tinha para com Mysterio, com uma agressividade bem patente, e depois veio a situação da “knee brace” de Mysterio e da máscara protectora de Cody Rhodes. E embora tecnicamente não tenha estado à altura das minhas expectativas, com alguma atabalhoação, até porque lhes deram uma boa duração de combate (12 minutos), a nível da história contada estiveram muito bem.

Nota: 6,5/10


8 Man Tag Team Match: Combate sem tempo (ainda mais curto que o Jeff vs. Sting), sem história e resolvido em “spots”, com Santino a aplicar a “Cobra” em Slater e com Big Show a finalizar com “KO Punch”. A “feud” deve continuar porque os títulos ainda pertencem aos The Corre.

Nota: 2/10

CM Punk vs. Randy Orton: Depois de um combate em que esteve em foco o braço de Edge e de outro em que foi a cara de Cody Rhodes a estar em foco, desta vez foi o joelho de Randy Orton, o que para já está a tornar os combates da Wrestlemania algo monótonos. O combate teve três ritmos: devagar, devagarinho e parado, e embora não fosse o que eu desejasse, teve um grande final com um dos melhores “RKO” de sempre.

Nota: 6,5/10


Jerry Lawler vs. Michael Cole: Digam o que disserem, até ao momento tinha sido talvez o combate em que me diverti mais a ver. Execução técnica lastimável de Michael Cole à parte, este combate mexeu mais com o público do que os anteriores, nunca ninguém tinha sido tão apupado como Cole e ninguém tinha sido tão apoiado como o “King”, e digam o que disseram, o combate foi bem faseado, com um domínio de Cole para criar “heat” para o lento “comeback” de Lawler e a culminar numa humilhação em plena Wrestlemania para o “Vintage Dumbass” como toda a gente queria ver. E pelo que parece, a “feud” vai continuar, e até nem me importo!

Nota: 3,5/10


Triple H vs. Undertaker: Combate algo parado, pois cada golpe que era aplicado era um “signature” dos mais potentes e basicamente, após cada um, quem o sofria, e mesmo quem o aplicava aproveitava para descansar. A fase inicial foi algo dividida, com Undertaker a dar o “sinal +”, no entanto, Triple H foi equilibrando e virando o “jogo” a seu favor, e foi aí que foi introduzindo os seus mais potentes golpes, com três “Pedigrees”, cadeiradas a torto e a direito e ainda um “Tombstone”, e ao mesmo tempo que aplicava um “move” ainda com mais impacto que outro, revelava toda a sua fúria, desespero e frustração. Undertaker apanhou-o no “Hell’s Gate” e depois surge uma imagem curiosa em que o “The Game” pega na marreta e quando parece que vai atingir o seu adversário deixa-a cair, talvez revelando remorsos, e esse, para mim, foi o ponto alto do combate. Afinal o “Assassino Cerebral” tem remorsos e foi por os revelar que perdeu. Até agora é o mais sério candidato a combate do ano, embora eu tenha preferido a saga Undertaker vs. HBK.

Nota: 9/10


6 Person Tag Team Match: O tradicional “popcorn match”. Pena Morrison e Ziggler terem sido uma nulidade no combate, de resto pouco mais há a dizer, as divas da WWE estiveram bem e Snooki não foi embaraçosa.

Nota: 3,5/10


John Cena vs. The Miz: Bem, e parece que 11 anos depois é um “heel” a vencer no “main-event” da Wrestlemania. O combate foi subindo de velocidade, e na minha opinião chegou a um ponto em que se tornou muito emotivo, e apesar da qualidade técnica de ambos não ser a melhor, mexeram com o público e na minha opinião deram aos fãs o segundo melhor combate da noite. Quanto à interferência do The Rock, bem, que seja para ter algo com o Cena no SummerSlam ou na próxima Wrestlemania, porque senão é estarem a queimar o homem em detrimento de alguém que já não faz parte do “business” activamente, fazendo lembrar as vitórias de Hulk Hogan nos SummerSlams de 2005 e 2006.

Nota: 7,5/10

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As Escolhas de Jericó: Momentos mais marcantes da TNA em 2010
(por sugestão de um Anónimo)

5º Lugar – Série de combates entre Beer Money e Motor City Machine Guns:

No Sacrifice 2010, os rapazes de Detroit venceram um combate para se tornarem candidatos principais aos títulos de tag team, e tiveram a sua oportunidade dois meses mais tarde, no Victory Road, quando os cintos se encontravam vagos devido a problemas que Scott Hall (que juntamente com Kevin Nash era campeão) tinha com o álcool.

Os Beer Money venceram um torneio de quatro equipas e foram assim classificados para enfrentar os Guns nesse PPV. No Victory Road, as duas equipas tiveram um combate incrível, no qual os MCMG venceram, conquistando os cintos pela primeira vez.

A contenda foi tão boa que foi então marcada uma série de cinco combates entre as duas equipas, em que quem vencesse três levava os títulos para casa.

Em cinco combates brutais, os Beer Money venceram os dois primeiros, um Ladder Match e uma Street Fight, no entanto, Shelley e Sabin venceram os restantes três: Steel Cage, Ultimate X, e por último, no famoso Impact de Agosto a que foi dado o nome de “The Whole F’N Show”, um combate à melhor de três.

Mike Tenay e Taz, os comentadores da TNA, disseram que foi a melhor série de combates que já alguma vez assistiram, e eu, por muito que puxe pela cabeça, tenho de concordar com eles. Absolutamente brutal!


4º Lugar – (Mais um) Pequeno renascimento da velha ECW:

No Slammiversary, Tommy Dreamer apareceu na plateia, debutando assim na TNA, e nas semanas seguintes, começou a surgir de novo na plateia, mas desta vez com alguns antigos lutadores da ECW consigo. Após algumas semanas em que iam aparecendo cada vez mais “ECW Originals”, Dixie Carter permitiu que esses lutadores organizassem um PPV de reunião da velha ECW, com Tommy Dreamer a cargo das operações. Esse PPV iria chamar-se HardCore Justice (que veio substituir o Hard Justice) e nele houve combates em que apenas participavam elementos da antiga ECW, com Dreamer vs. Raven e RVD vs. Sabu como cabeças-de-cartaz.

No Impact seguinte, todos os ECW Originals (colectivamente chamados Extreme Violence 2.0 ou EV 2.0) apareceram e foram atacados pelos Fourtune, dando inicio a mais uma última “feud” na “main stream” para a maioria deles. Mais um pequeno renascimento da ECW… após as tentativas da WWE em 2005 e 2006.


3º Lugar – Finalmente, ringue com quatro lados:

Desde a sua formação até 2004, a TNA tinha um ringue de quatro lados, mas depois mudou-se para um ringue hexagonal, que durante anos foi uma das imagens de marca da companhia, sendo essa medida criticada por muitos, embora haja fãs, como eu, que achava esse pormenor irrelevante. E continuo a achar, já que era algo diferente, não era propriamente absurdo, e proporcionava à TNA e aos seus lutadores fazerem coisas algo diferentes, e em combates da X-Division por exemplo, surgiam coisas muito inovadoras.

O que é certo é que mal Hogan e Bischoff chegaram à TNA quiseram voltar a ter um ringue de quatro lados, e a ideia foi posta em prática logo no primeiro PPV de 2010, o Genesis.


2º Lugar – Monday Night Wars outra vez?:

O primeiro Impact de Janeiro ficou marcado pela estreia de Hogan e Bischoff na TNA, realizou-se numa segunda-feira, 4 de Janeiro, e rivalizou por uma noite com o Monday Night Raw que também tinha um motivo mais que suficiente para ser acompanhado: o regresso de Bret Hart à WWE treze anos depois!

O que é certo é que o Impact conseguiu a melhor audiência da sua história e pensou-se logo em mudar o programa permanentemente para a segundas-feiras, algo que foi iniciado logo no inicio de Março, no entanto, essa mudança veio-se a revelar um fracasso, com algumas audiências a serem mesmo as piores dos últimos anos, até porque do lado da concorrência, fazia-se o “Road to Wrestlemania”, que embora a ritmo de cruzeiro, é a época mais importante do calendário anual do pro wrestling.

Dois meses volvidos e em Maio o Impact estava de regresso às quintas-feiras.


1º Lugar – Chegada de Hulk Hogan e Eric Bischoff à TNA:

Esta chegada foi anunciada já nos últimos meses de 2009, mas foi em 2010 que se concretizou, logo no primeiro Impact, que teve três horas de duração, a 4 de Janeiro, e que contou com o “Immortal”, o antigo GM da Raw e da WCW, e ainda com algumas estrelas que eles trouxeram para a TNA como Sean Morley, Jeff Hardy, Shannon Moore, Orlando Jordan, Syxx-Pac, Scott Hall, Nasty Boys, Jimmy Hart, entre outros.

Estava prometida a revolução e ainda que nesse “show” se tenha assistido a alguns episódios caricatos como um combate de jaula a acabar em desqualificação e a “promo” de Hulk Hogan no qual cometeu duas “gaffes”, ao dizer que queria a TNA no topo do “sports entertainment” quando durante anos e anos toda a gente os promotores diziam que a TNA era uma companhia de wrestling e não de “sports entertainment”, e a outra foi ao dizer que esteve durante todo o dia a ver o talento que havia no balneário quando supostamente ele só chegou a Orlando já estava a decorrer o “show” e a limousine em que ele supostamente fazia a sua viagem esteve a ser filmada várias vezes.

Esse Impact foi, tal como disse anteriormente, aquele que bateu o recorde de audiência.
Entretanto, Hogan e Bischoff puseram o seu cunho na equipa criativa e foram responsáveis por várias histórias, umas melhores que outras, ainda que os fãs em geral sejam bastante críticos com esta dupla.

Outras das medidas foram as já referenciadas mudanças para ringue de quatro lados e do Impact para as noites de segunda-feira, assim como a introdução de um “ranking” para determinar os candidatos ao Titulo Mundial e as posteriores contratações de Brian Kendrick, RVD, Mr. Anderson, Matt Hardy e o pessoal da ECW Original.


Cinco momentos mais marcantes de outros anos:

- 2001 (WWE) - 2002 (WWE) - 2003 (WWE) - 2004 (WWE) - 2005 (WWE) - 2006 (WWE) - 2007 (WWE) - 2008 (WWE) - 2009 (WWE) - 2009 (TNA) - 2010 (WWE)

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WWE regressa a Portugal!

Três anos depois, e apesar da ameaça não concretizada o ano passado, a WWE está de volta a Portugal!

A “brand” que vem cá é a Smackdown, e depois de ter deixado fugir tantas oportunidades, não posso deixar escapar esta oportunidade, e acho que os fãs de wrestling no nosso país também não a deveriam deixar escapar. Estamo-nos sempre a queixar, ora das semanas de atrasado com que a programação dava em Portugal, ora dos comentários em português, ora que só se fazem cá “house shows”, e neste momento estamos bastante evoluídos em termos de programação, temos PPV’s, shows semanais da WWE, até resumos dos mesmos shows, até os desinteressantes NXT e Superstars, temos o Impact e PPV’s da TNA, e até programas em HD, somos mesmo dos mais avançados do mundo em termos de programação de pro wrestling, quem dera a muitos fãs de muitos países terem a sorte que temos.

Ok, eu não vejo nada na TV, vejo tudo na Net no dia a seguir, por um lado já me sinto mal por não estar a contribuir como um número para que a força da WWE (e da TNA vá) seja maior no nosso país, não podemos deixar fugir esta oportunidade, de ir ver as nossas estrelas preferidas ainda que seja para fazer um “house show” e mostrar que Portugal está vivo!

Actualmente na Smackdown temos alguns lutadores em final de carreira, provavelmente será a última vez que Big Show e Kane a Portugal, e sobretudo, poderá ser a última de Rey Mysterio e Edge, e há que não esquecer que eles nunca cá vieram. Christian só veio cá pela TNA, Alberto Del Rio e outros nunca cá puseram os fãs, e provavelmente, com o “Draft”, ainda nos arriscamos a ter cá outras estrelas de topo. É um “house show”? Ok, é algo que para a história da WWE não vai contar para nada, mas vamos ver o lado positivo, vamos ter umas duas horas ocupadas com combates e pequenas “promos”, provavelmente se fosse um “show” semanal davam-nos talvez apenas 30 minutos de wrestling, e se calhar, muito tempo ocupado com segmentos no “backstage” e vídeos promocionais a promover PPV’s ou coisas assim.

Há que dar um passo de cada vez, e este é o próximo passo, será preciso estar meio morto para não ir lá! Vamos lá fazer uma grande festa e realizar alguns sonhos!


Vídeo da minha autoria



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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.


**AVISO**

Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/04/extra-o-wrestling-em-revista-xxxvi.html
Com tecnologia do Blogger.