WP Pégaso vs. Cougar (17.04.2011) - Rescaldo e Reportagem

No passado domingo (19.04.2011), desloquei-me à localidade de Monte Abraão, em Queluz, para assistir a mais um espectáculo do WP denominado “WP Pégaso vs. Cougar”, que pelas minhas contagens teve cerca de umas 85 pessoas a assistir....
O “show” começou com Pégaso a vir ao ringue e a fazer uma “promo” a fazer lembrar uma que Chris Jericho tinha feito na WCW. Pégaso veio com umas folhas para cima do ringue, com 33 nomes insultuosos para chamar a Cougar, Jericho vinha com uma lista de golpes para mostrar que tinha mais golpes no seu arsenal que Dean Malenko, conhecido como o “Man of 1000 Holds”.
Pelo que vejo no facebook, Sena tem lido o livro de Jericho? Bem, coincidência ou não, esteve aí alguma inspiração.
Bem, para que ninguém o interrompesse, Sena pediu ao segurança António para ir para perto da cortina por onde os lutadores entram para que impedisse que alguém o fosse interromper, mas eis que debaixo do ringue estava Cougar que tratou de o atacar e de distribuir as folhas de Pégaso pela plateia.

(1) Combate de Alunos: António Fernandes venceu Ruben Branco com um “Backslide Pin” em 4 minutos - Combate curto, de alunos, com prestações de alunos, com Ruben “ssss” Branco a ter tiques de “heel”, e já que tem estado em todos os combates de alunos (salvo erro) desde o TTT 2010, é de prever que seja o principal candidato a ter uma ascensão ao “roster” do WP. António Fernandes fazia de segurança no segmento anterior.
(2) Bruno “Korvo” Almeida venceu Bernardo Barreiros após um golpe baixo em 4 minutos - Foi anunciada a entrada de Afonso Malheiro mas é Bruno Almeida que aparece e fez uma “promo” em disse que o seu projecto para o WP era fazer combates de um para um, e de vez em quando, de dois para dois, e depois disse qual seria o projecto de Malheiro, e aqui, num toque de génio, no que considerei o momento mais divertido de todo o “show”, decidiu inspirar-se em Paulo Futre e na sua conferência de imprensa antes das eleições do Sporting para fazer uma “promo” magnífica, em que disse que o “roster” do WP seria “19 lutadores + 1”, em que o “1” seria o Campeão Irlandês, continuando com algumas descrições absolutamente fenomenais, falando também nas comissões acerca desse lutador irlandês. Brilhante!
E mais, os fãs, ao fazer lembrar o público de companhias “indys” e mesmo a ECW Original, decidi atirar rolos de papel higiénico para o ringue, adorei! Bernardo interrompe, goza com o GM e diz que quer um combate com ele. Este diz que não tem joelheiras e que por isso não vai dar, mas o “gordinho” vai buscar umas joelheiras e dá-se o combate. Basicamente, Bernardo estava a “squashar” Almeida, mas surge Alice que distrai Barreiros e o árbitro, o que permite a Korvo fazer um “low blow” no seu adversário e conseguir vencer.

(3) Ricky e Ballymun Bruiser (Campeão Irlandês da DCW) venceram Bammer (Campeão Português do WP) e Hugo Santos após um “Rick Kick” em Bammer em cerca de 19 minutos - Quando olhei para o Bruiser, juro que não dava nada por ele, parecia um pacóvio fora de forma, mas revelou-se num grande “entertainer”, um completo tagarela, que não se livrou de cânticos de “Shut The Fuck Up” (mais uma atitude de público “indy”, ainda que eu adore estas atitudes, que tornam o ambiente muito mais caseiro) e de “You suck!”. Os lutadores, especialmente os “heels” porque é mais a eles que lhes compete, interagiram muito com o público e quando assim é, é muito bom. Ricky e Bruiser souberam ser batoteiros e construir bem os “hot tags”, com alguns toques cómicos, como as constantes interacções do irlandês, que não se calava, como as queixas de Ricky a dizer que Bammer lhe estava a puxar o cabelo (relembro que Ricky é careca…), e com um ar malandro, o campeão da DCW chegou a virar-se para o árbitro e dizer “Watch the hair!”.
Gostei muito deste combate, na minha opinião não ficou atrás do “main-event” em termos de qualidade, e a vitória de Ricky sobre Bammer tem a tal justificação, o irmão de Hugo Santos venceu o TTT 2010, tem direito a uma oportunidade pelo cinto e depois de ter ficado por baixo na “feud” com o “maninho mais velho”, precisava desta vitória para estar credibilizado.
Depois da contenda, surge Bruno Almeida a dizer que quem está associado a ele ganha, e que quem não está perde… Ora Bammer não perde tempo e aplica-lhe uma “Bammer Bomb” com autoridade.

Tempo para intervalo no Centro Shotokai.
(4) Salvador venceu Seth após um “TKO” em 6 minutos - Salvador continua a evoluir, e ainda que não o tivesse visto nos três últimos eventos, gostei mais do que vi neste “show” do que o que tinha visto no TTT 2010 e no WP 6 e 7.
O combate foi bom, e a principal crítica que lhe faço foi mesmo a pouca duração, uma critica que se estende um pouco ao resto do “card”, onde à excepção do combate feminino (e ainda assim dar mais dois minutos às raparigas não me parecia mal pensado…), de tag team e do de alunos, achei que todas as contendas poderiam ter mais uns cinco minutos de forma a deixar os lutadores a mostrarem-se mais, além disso, mais uns 15/20 minutos de “show” não fariam mal nenhum. Lembrei-me da Wrestlemania XXVI, combates bons mas curtos… De resto, dizer ainda que gostei do casaco do Salvador e da “promo” inicial que o fez colocar-se “over” no fim do duelo, já que afirmou que “Seth era o único lutador invicto no WP, mas que não iria ter medo dele”.
(5) Kelly venceu Alice Marques de Almeida após um “Super Kick” em 3 minutos e meio - Mais uma vez, um combate que nada ficou a dever ao que se vê na WWE em termos de wrestling feminino. Destaque para a Alice, a quem os fãs chamam de “Popota”, devido a alegadas parecenças físicas com a mascote do Modelo. Houve até um cartaz bastante engraçado com uma imagem da Popota com a roupa da Alice, que espero que o WP possa disponibilizar o seu site oficial brevemente.

(6) Combate à melhor de três para determinar o Candidato Principal ao Titulo Nacional do WP: Cougar venceu Pégaso num “Combate à Melhor de Três”
Na primeira “fall”, ambos entram com todo o gás, com a pulga a ganhar vantagem e a aplicar no seu adversário alguns golpes do seu vasto arsenal aéreo. Foi para aí um “Moonsault”, um “Standing Shooting Star Press”, uns “Back Elbows” antecedidos de umas piruetas, um “Moonsault” para fora do ringue, e quando ía fazer um “Springboard” é apanhado a meio do ar pelo “Fim de Sena” para o 0-1, um golpe que gosto muito pela sua espontaneidade mas que por vezes pode não ficar com o melhor aspecto, como do meu ângulo de visão me pareceu o caso.
Na segunda “fall” os papéis invertem-se, Sena ganha vantagem e tem o controlo inicial, mas Cougar consegue equilibrar e conseguir a vitória com um “Quick Roll-Up”.
A terceira “fall” foi a melhor, pois foi o período em que ambos começaram a aplicar os seus “trademarks”, especialmente Pégaso, com direito a dois “Tigerbombs”, sendo um a partir da corda superior, naquele que terá sido provavelmente o momento mais “holy-shit” que já vi num espectáculo ao vivo. Se não estou em erro por parte do “burrito com asas” ainda vimos o habitual “Enziguiri”, tendo o “Uranage” se a memória não me falha ter ficado em casa desta vez. Da parte de Cougar, vimos sobretudo o “Shooting Star Press”, e na maior crítica que faço à prestação de ambos na contenda, pergunto-me porque subindo ao canto, em vez de aplicar o tal movimento tão fatal, tão conhecido e que tem dado tantas vitórias a Cougar como o “630”, ele preferiu o SSP? Acho que é algo a rever no “move-set” da pulga. Ainda assim, esse movimento acabou mais tarde por dar a vitória a David Batista.
Se no inicio do meu comentário sobre este combate disse que foi muito bom mas que esperava mais, creio que a critica que aqui coloco e não necessariamente aos lutadores mas sim ao “booking” da contenda foi o facto de não me terem feito acreditar muitas vezes que o final do combate seria após um golpe especifico, ou seja, eu só tive a sensação de que o combate poderia acabar após o “630”, ainda que o “spot” do “Super Tigerbomb” não me tivesse sido indiferente.
Acho que algum “overbooking” aqui teria feito deste combate melhor, como o Cougar a safar-se do “pin” a um “Fim De Sena”, ou o Pégaso a rebolar para fora do ringue após o “630” como vimos no WP 7, porque essa é a parte mais emotiva dos combates, é a recordação que os fãs vão levar para casa, é daí que depende em 90% da classificação que alguém pode dar a um combate, é a parte dos “finishers”, das “near falls”, e quanto mais emotivo essa parte for no combate, melhor ele é considerado, e eu neste caso estava à espera que isso acontecesse e que a contenda se estendesse por mais uns 5/10 minutos, mas não aconteceu, paciência, foi muito bom na mesma.
Destaco ainda o “selling” de João Sena, que é quem tem as melhores faciais do WP (e não é a única situação em que ele se revela o melhor da promotora…), ele contava uma história com o olhar, factor que muitas vezes é esquecido por alguns lutadores mas que é do mais fundamental na indústria para fazer os fãs acreditarem no que estão a ver.
No final, Bammer apareceu para congratular Cougar e para chamarem o pequeno Pedro, um rapaz que iria concretizar o sonho de ir ver um espectáculo de wrestling ao vivo, e ainda teve o privilégio de pegar no cinto do WP e subir ao canto com ele, num bom momento que mereceu o aplauso da plateia numa iniciativa do WP e da Associação Terra dos Sonhos.
Da minha parte, faço um elogio geral à qualidade dos combates e segmentos que vi, sendo que me ri bastante quando Bruno Almeida decide dar uma de Futre, e destaco esse como o momento divertido de todo o “show”, se bem que a interacção que Ballymun Bruiser teve com os fãs também foi fantástica, e porque não há duas sem três, ver Pégaso ao vivo é sempre um privilégio.
Diverti-me bastante, levei um cartaz, ou melhor, uma folha A4 com um “like” do facebook, e ía mostrando-o assim ou virando-o ao contrário (para “dislike” consoante estava a gostar ou não do que se passava). Creio que o “show” foi gravado (pelo Pavão) e por isso poderão assistir a essas e outras imagens.

No final tirei ainda umas fotografias com alguns dos lutadores, que mostraram-se sempre muito simpático e acessíveis, tendo tido uma pequena conversa em inglês com Ballymun Bruiser, igualmente muito simpático, que até me incentivou a tirar uma fotografia com o seu cinto, algo que acabei por fazer, e digo-vos já que aquilo é bem pesado.
Um grande abraço e agradecimento especial ao Salvador, digamos que levei uma folha A4 a dizer "Salvador dá-me a tua camisola" e o próprio retribuiu, bem, que aqui o patrão não leve a mal mas estou bastante feliz por ter saído de Queluz com uma "t-shirt" a dizer PTW.
O “show” começou com Pégaso a vir ao ringue e a fazer uma “promo” a fazer lembrar uma que Chris Jericho tinha feito na WCW. Pégaso veio com umas folhas para cima do ringue, com 33 nomes insultuosos para chamar a Cougar, Jericho vinha com uma lista de golpes para mostrar que tinha mais golpes no seu arsenal que Dean Malenko, conhecido como o “Man of 1000 Holds”.
Pelo que vejo no facebook, Sena tem lido o livro de Jericho? Bem, coincidência ou não, esteve aí alguma inspiração.
Bem, para que ninguém o interrompesse, Sena pediu ao segurança António para ir para perto da cortina por onde os lutadores entram para que impedisse que alguém o fosse interromper, mas eis que debaixo do ringue estava Cougar que tratou de o atacar e de distribuir as folhas de Pégaso pela plateia.
(1) Combate de Alunos: António Fernandes venceu Ruben Branco com um “Backslide Pin” em 4 minutos - Combate curto, de alunos, com prestações de alunos, com Ruben “ssss” Branco a ter tiques de “heel”, e já que tem estado em todos os combates de alunos (salvo erro) desde o TTT 2010, é de prever que seja o principal candidato a ter uma ascensão ao “roster” do WP. António Fernandes fazia de segurança no segmento anterior.
(2) Bruno “Korvo” Almeida venceu Bernardo Barreiros após um golpe baixo em 4 minutos - Foi anunciada a entrada de Afonso Malheiro mas é Bruno Almeida que aparece e fez uma “promo” em disse que o seu projecto para o WP era fazer combates de um para um, e de vez em quando, de dois para dois, e depois disse qual seria o projecto de Malheiro, e aqui, num toque de génio, no que considerei o momento mais divertido de todo o “show”, decidiu inspirar-se em Paulo Futre e na sua conferência de imprensa antes das eleições do Sporting para fazer uma “promo” magnífica, em que disse que o “roster” do WP seria “19 lutadores + 1”, em que o “1” seria o Campeão Irlandês, continuando com algumas descrições absolutamente fenomenais, falando também nas comissões acerca desse lutador irlandês. Brilhante!
E mais, os fãs, ao fazer lembrar o público de companhias “indys” e mesmo a ECW Original, decidi atirar rolos de papel higiénico para o ringue, adorei! Bernardo interrompe, goza com o GM e diz que quer um combate com ele. Este diz que não tem joelheiras e que por isso não vai dar, mas o “gordinho” vai buscar umas joelheiras e dá-se o combate. Basicamente, Bernardo estava a “squashar” Almeida, mas surge Alice que distrai Barreiros e o árbitro, o que permite a Korvo fazer um “low blow” no seu adversário e conseguir vencer.
(3) Ricky e Ballymun Bruiser (Campeão Irlandês da DCW) venceram Bammer (Campeão Português do WP) e Hugo Santos após um “Rick Kick” em Bammer em cerca de 19 minutos - Quando olhei para o Bruiser, juro que não dava nada por ele, parecia um pacóvio fora de forma, mas revelou-se num grande “entertainer”, um completo tagarela, que não se livrou de cânticos de “Shut The Fuck Up” (mais uma atitude de público “indy”, ainda que eu adore estas atitudes, que tornam o ambiente muito mais caseiro) e de “You suck!”. Os lutadores, especialmente os “heels” porque é mais a eles que lhes compete, interagiram muito com o público e quando assim é, é muito bom. Ricky e Bruiser souberam ser batoteiros e construir bem os “hot tags”, com alguns toques cómicos, como as constantes interacções do irlandês, que não se calava, como as queixas de Ricky a dizer que Bammer lhe estava a puxar o cabelo (relembro que Ricky é careca…), e com um ar malandro, o campeão da DCW chegou a virar-se para o árbitro e dizer “Watch the hair!”.
Gostei muito deste combate, na minha opinião não ficou atrás do “main-event” em termos de qualidade, e a vitória de Ricky sobre Bammer tem a tal justificação, o irmão de Hugo Santos venceu o TTT 2010, tem direito a uma oportunidade pelo cinto e depois de ter ficado por baixo na “feud” com o “maninho mais velho”, precisava desta vitória para estar credibilizado.
Depois da contenda, surge Bruno Almeida a dizer que quem está associado a ele ganha, e que quem não está perde… Ora Bammer não perde tempo e aplica-lhe uma “Bammer Bomb” com autoridade.
Tempo para intervalo no Centro Shotokai.
(4) Salvador venceu Seth após um “TKO” em 6 minutos - Salvador continua a evoluir, e ainda que não o tivesse visto nos três últimos eventos, gostei mais do que vi neste “show” do que o que tinha visto no TTT 2010 e no WP 6 e 7.
O combate foi bom, e a principal crítica que lhe faço foi mesmo a pouca duração, uma critica que se estende um pouco ao resto do “card”, onde à excepção do combate feminino (e ainda assim dar mais dois minutos às raparigas não me parecia mal pensado…), de tag team e do de alunos, achei que todas as contendas poderiam ter mais uns cinco minutos de forma a deixar os lutadores a mostrarem-se mais, além disso, mais uns 15/20 minutos de “show” não fariam mal nenhum. Lembrei-me da Wrestlemania XXVI, combates bons mas curtos… De resto, dizer ainda que gostei do casaco do Salvador e da “promo” inicial que o fez colocar-se “over” no fim do duelo, já que afirmou que “Seth era o único lutador invicto no WP, mas que não iria ter medo dele”.
(5) Kelly venceu Alice Marques de Almeida após um “Super Kick” em 3 minutos e meio - Mais uma vez, um combate que nada ficou a dever ao que se vê na WWE em termos de wrestling feminino. Destaque para a Alice, a quem os fãs chamam de “Popota”, devido a alegadas parecenças físicas com a mascote do Modelo. Houve até um cartaz bastante engraçado com uma imagem da Popota com a roupa da Alice, que espero que o WP possa disponibilizar o seu site oficial brevemente.
(6) Combate à melhor de três para determinar o Candidato Principal ao Titulo Nacional do WP: Cougar venceu Pégaso num “Combate à Melhor de Três”
- Pégaso venceu a primeira “fall” aos 1:45 após o “Fim de Sena”
- Cougar venceu a segunda “fall” aos 7:00 (+/-) com um “Roll Up”
- Cougar venceu a terceira “fall” aos 16:00 (+/-) após o “630”
- Cougar venceu a segunda “fall” aos 7:00 (+/-) com um “Roll Up”
- Cougar venceu a terceira “fall” aos 16:00 (+/-) após o “630”
Foi um combate muito bom, mas confesso que esperava que fosse ainda melhor, e como “markalhão” que sou pelo Sena, fiquei triste por não ter vencido. Até digo mais, foi o facto de acreditar numa grande vitória dele nesta tarde de domingo que o colocasse na órbita do Titulo Nacional do WP um dos principais motivos que me fez ir ao Shotokai.
Na primeira “fall”, ambos entram com todo o gás, com a pulga a ganhar vantagem e a aplicar no seu adversário alguns golpes do seu vasto arsenal aéreo. Foi para aí um “Moonsault”, um “Standing Shooting Star Press”, uns “Back Elbows” antecedidos de umas piruetas, um “Moonsault” para fora do ringue, e quando ía fazer um “Springboard” é apanhado a meio do ar pelo “Fim de Sena” para o 0-1, um golpe que gosto muito pela sua espontaneidade mas que por vezes pode não ficar com o melhor aspecto, como do meu ângulo de visão me pareceu o caso.
Na segunda “fall” os papéis invertem-se, Sena ganha vantagem e tem o controlo inicial, mas Cougar consegue equilibrar e conseguir a vitória com um “Quick Roll-Up”.
A terceira “fall” foi a melhor, pois foi o período em que ambos começaram a aplicar os seus “trademarks”, especialmente Pégaso, com direito a dois “Tigerbombs”, sendo um a partir da corda superior, naquele que terá sido provavelmente o momento mais “holy-shit” que já vi num espectáculo ao vivo. Se não estou em erro por parte do “burrito com asas” ainda vimos o habitual “Enziguiri”, tendo o “Uranage” se a memória não me falha ter ficado em casa desta vez. Da parte de Cougar, vimos sobretudo o “Shooting Star Press”, e na maior crítica que faço à prestação de ambos na contenda, pergunto-me porque subindo ao canto, em vez de aplicar o tal movimento tão fatal, tão conhecido e que tem dado tantas vitórias a Cougar como o “630”, ele preferiu o SSP? Acho que é algo a rever no “move-set” da pulga. Ainda assim, esse movimento acabou mais tarde por dar a vitória a David Batista.
Se no inicio do meu comentário sobre este combate disse que foi muito bom mas que esperava mais, creio que a critica que aqui coloco e não necessariamente aos lutadores mas sim ao “booking” da contenda foi o facto de não me terem feito acreditar muitas vezes que o final do combate seria após um golpe especifico, ou seja, eu só tive a sensação de que o combate poderia acabar após o “630”, ainda que o “spot” do “Super Tigerbomb” não me tivesse sido indiferente.
Acho que algum “overbooking” aqui teria feito deste combate melhor, como o Cougar a safar-se do “pin” a um “Fim De Sena”, ou o Pégaso a rebolar para fora do ringue após o “630” como vimos no WP 7, porque essa é a parte mais emotiva dos combates, é a recordação que os fãs vão levar para casa, é daí que depende em 90% da classificação que alguém pode dar a um combate, é a parte dos “finishers”, das “near falls”, e quanto mais emotivo essa parte for no combate, melhor ele é considerado, e eu neste caso estava à espera que isso acontecesse e que a contenda se estendesse por mais uns 5/10 minutos, mas não aconteceu, paciência, foi muito bom na mesma.
Destaco ainda o “selling” de João Sena, que é quem tem as melhores faciais do WP (e não é a única situação em que ele se revela o melhor da promotora…), ele contava uma história com o olhar, factor que muitas vezes é esquecido por alguns lutadores mas que é do mais fundamental na indústria para fazer os fãs acreditarem no que estão a ver.
No final, Bammer apareceu para congratular Cougar e para chamarem o pequeno Pedro, um rapaz que iria concretizar o sonho de ir ver um espectáculo de wrestling ao vivo, e ainda teve o privilégio de pegar no cinto do WP e subir ao canto com ele, num bom momento que mereceu o aplauso da plateia numa iniciativa do WP e da Associação Terra dos Sonhos.
Da minha parte, faço um elogio geral à qualidade dos combates e segmentos que vi, sendo que me ri bastante quando Bruno Almeida decide dar uma de Futre, e destaco esse como o momento divertido de todo o “show”, se bem que a interacção que Ballymun Bruiser teve com os fãs também foi fantástica, e porque não há duas sem três, ver Pégaso ao vivo é sempre um privilégio.
Diverti-me bastante, levei um cartaz, ou melhor, uma folha A4 com um “like” do facebook, e ía mostrando-o assim ou virando-o ao contrário (para “dislike” consoante estava a gostar ou não do que se passava). Creio que o “show” foi gravado (pelo Pavão) e por isso poderão assistir a essas e outras imagens.
No final tirei ainda umas fotografias com alguns dos lutadores, que mostraram-se sempre muito simpático e acessíveis, tendo tido uma pequena conversa em inglês com Ballymun Bruiser, igualmente muito simpático, que até me incentivou a tirar uma fotografia com o seu cinto, algo que acabei por fazer, e digo-vos já que aquilo é bem pesado.
Um grande abraço e agradecimento especial ao Salvador, digamos que levei uma folha A4 a dizer "Salvador dá-me a tua camisola" e o próprio retribuiu, bem, que aqui o patrão não leve a mal mas estou bastante feliz por ter saído de Queluz com uma "t-shirt" a dizer PTW.
Peço desculpa pela qualidade das fotos mas é o que se pode arranjar