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Thoughts on MMA #24: UFC 133: Evans vs. Ortiz


Estou de volta, depois de algumas semanas de ausência (devido à falta de eventos para comentar), para voltar a falar de MMA, mais precisamente do UFC 133: Evans vs. Ortiz, que decorreu no passado fim-de-semana. Como sempre, vou destacar os três combates que mais interessado estava em ver no evento.....


Começo pelo combate entre o Mike Pyle e o Rory MacDonald. O primeiro já à dois anos que combate na UFC e registava na empresa duas derrotas (uma logo na sua estreia) e quatro vitórias. Quando ao recorde pessoal geral registava vinte e uma vitórias, sete derrotas e um empate. Já o MacDonald chegava a este combate com apenas uma derrota sofrida e onze vitórias, tendo na UFC combatido por três vezes, vencendo por duas e sofrendo, no outro combate, a única derrota que tem na carreira. Indo ao combate, este começou com os dois a estarem um pouco na expectativa, com o MacDonald a dar o primeiro sinal ofensivo, conseguindo mesmo, derrubar o adversário, que ainda assim se recompôs e não tardou em levar o combate para o chão.

A verdade é que o MacDonald conseguiu responder à altura, pondo o combate de pé e tentando virar as coisas a seu favor, apesar das investidas que o Pyle ia lançando. Com maior ascendente do MacDonald, o Pyle ia-se defendendo como podia, tentando obrigar o adversário a ir para o chão, onde supostamente era melhor, mas o MacDonald mostrou-se mais forte e foi para cima do Pyle, desferindo sobre ele fortíssimos murros que lhe garantiram a vitória por TKO. Sem dúvida, uma grande vitória do Rory MacDonald que sempre pareceu estar melhor que o adversário, provando-o com esta vitória.


Destaco depois, o embate entre o brasileiro Vitor Belfort e o japonês Yoshihiro Akiyama. O primeiro dispensa grandes apresentações, pois é um lutador sobejamente conhecido, apesar de nos últimos tempos as coisas não lhe terem corrido de feição. O seu recorde pessoal conta com dezanove vitórias e nove derrotas, a última das quais contra o Anderson Silva, num combate em que o título Middleweight estava em jogo. Também o Yoshihiro Akiyama não tem tido muita sorte nos últimos tempos.

Com um recorde pessoal de treze vitórias, três derrotas e dois No Contests, o japonês chegava aqui com três combates realizados na UFC, tendo perdido os dois últimos. Por tudo isto, havia quem disse-se que este combate era decisivo para os dois, o que fazia antever que poderíamos ter aqui um excelente combate e os dois tudo iam fazer para garantir uma vitória convincente. O combate não tem muito para contar. Os dois lutadores entraram a estudar o adversário, e fizeram-no durante algum tempo, até que o Belfort decidiu partir para a investida e não tardou em derrubar o Akiyama, descarregando, depois, soco atrás de soco, com o japonês a tentar aguentar-se e a defender-se como podia, mas o Belfort não deu hipótese e acabou mesmo por deixar o adversário KO em pouco mais de um minuto de combate.

Sem dúvida uma excelente vitória do Belfort, que respondeu da melhor maneira à derrota que sofreu com o Anderson Silva e agora a ver vamos se ele consegue manter este nível e se consegue proporcionar, no futuro, bons combates. Já o Yoshihiro Akiyama não parece ter nada de bom à sua espera, pois foi a sua terceira derrota seguida e, normalmente, nestas situações os lutadores costumam ser despedidos pela UFC. Veremos o que acontece...


E por fim, o grande Main Event da noite entre o Rashad Evans e o Tito Ortiz. Os dois dispensam grandes apresentações, são dois lutadores já com uma longa carreira e com várias conquistas que falam por si. O Rashad Evans ganhou a segunda temporada do The Ultimate Fighter e nunca mais parou. Com quinze vitórias, uma derrota e um empate, ele chegou a conquistar o título Light Heavyweight, que é o seu grande objectivo para o futuro, mas parece estar complicado ele ter a sua oportunidade.

Já o Tito Ortiz teve no seu último combate (não à muito tempo) a carreira em risco, mas conseguiu uma surpreendente vitória sobre o Ryan Bader que lhe permitiu “respirar um pouco melhor”, depois de cinco combates sem vencer (onde curiosamente registou um empate com o Rashad Evans). Essa vitória deu, claramente, moral ao Ortiz e só pensou duas vezes em aceitar estar neste combate, chegando a ele com um registo de dezasseis vitórias, oito derrotas e um empate. Sem dúvida, um excelente combate em perspectiva, com dois bons lutadores, com o Evans à procura de mostrar que merecia a oportunidade pelo título e com o Ortiz à procura de uma nova vitória.

O primeiro round começou com um Tito Ortiz melhor, ao conseguir um bom takedown que lhe garantiu alguma vantagem ainda que não fosse causando grandes danos no adversário. Colocando o combate de pé, o Rashad Evans mostrou-se melhor, usando o seu boxe para deixar o Tito em má posição, sendo que este apenas ia respondendo com algumas joelhadas. Com tudo isto, o Rashad ganhou algum ascendente, conseguiu um grande takedown e dá-me ideia que só não ganhou o combate logo ali porque o primeiro round chegou ao fim. O segundo round começou mais pausado e com o Ortiz quase a surpreender tudo e todos quando conseguiu prender o Evans na submissão, mas este conseguiu responder à altura, não “entrou em pânico” e conseguiu sair da situação perigosa.

Depois disto, o combate virou a favor do Rashad Evans que esteve sempre por cima, castigando o adversário, que ia sobrevivendo e defendendo-se como podia. Quando o round se encaminhava para o fim, o Evans acertou em cheio com uma joelhada no peito do Ortiz que ficou mais para lá do que para cá e depois disto foi soco atrás de soco até o árbitro parar o combate e o Rashad Evans vencer por TKO. Sem dúvida, uma excelente vitória do Rashad Evans que agora esperemos tenha a sua oportunidade pelo título que tantas vezes lhe foi “tirada” e que ele já bem merece. O Tito Ortiz, por seu lado, venceu o último combate, teve pouco tempo para recuperar para este e assim terá certamente a oportunidade de lutar, pelo menos, mais uma vez. Pelo menos é o que me parece que vai acontecer.


De resto, destacar os bónus da noite, onde o de Fight of the Night foi, quanto a mim, muito bem entregue ao combate entre o Rashad Evans e o Tito Ortiz.

Quanto ao Knockout da noite, também foi muito bem entregue ao Vitor Belfort, que assim venceu o Yoshihiro Akiyama, e a submissão da noite não pode ser atribuída porque nenhum combate terminou dessa forma.

No geral, penso que acabamos por ter um bom evento, com bons combates e com bons momentos. Não terá sido o melhor dos melhores, mas tendo em conta as muitas alterações que foi havendo no card (fundamentalmente, devido a lesões) acho que acabou por ser um bom evento.

Bem, não tenho muito mais a acrescentar, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado desta minha crónica.

Quanto a mim, estarei de volta depois do UFC Live: Hardy vs. Lytle que vai para o ar no próximo fim-de-semana.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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