O Wrestling em Revista (63) | Parte 1
Esta edição volta a dividir-se em duas partes, nesta elejo a figura da semana, falo sobre a principal "storyline" da WWE, da "super stable" que se está a formar nessa promotora, faço a análise de todos os combates entre Kurt Angle e Jeff Jarrett em 2011 e também o rescaldo do mais recente PPV da ROH, o Death Before Dishonor IX......
Figura da semana
Awesome Truth
Awesome Truth

Pela primeira vez escolho como figura da semana não um mas sim dos wrestlers, mas que neste momento estão a fazer parelha.
A WWE decidiu apostar neles, e tornou-os nas principais caras do “angle” que envolveu a suposta má gestão de Triple H pela companhia em termos de segurança de trabalho, e assim do nada, dois lutadores que pareciam algo perdidos após terem desperdiçado oportunidades de conquistar (de novo no caso de The Miz) o Título da WWE - na altura, a John Cena – surgiram juntos como uma dupla que sentia-se prejudicada pelas decisões dos dirigentes da promotora (falando em conspiração) e resolveu iniciar uma revolta, que culminou no seu despedimento e posteriormente, em invasões aos “shows” e sobretudo ao mais recente PPV, o Hell In a Cell. Este “angle” foi de tal forma forte que a equipa criativa está a vender o restante plantel como “faces” e “heels” e estes dois estão a desempenhar o papel de “over heels”.
Foi uma aposta para já, bem conseguida, resta saber até onde eles irão como dupla que semeia o terror pela WWE… mas para já, quase de certeza, o Survivor Series com The Rock e John Cena pela frente deverá ser um local de passagem.
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Respostas aos comentários dos leitores
Respostas aos comentários dos leitores
LeandroT80 (PLL): Com a volta de Mr. McMahon, a queda de Triple H e a subida de Laurinaitis ao poder, qual achas que será o fim dessa Storyline? Agora que John Laurinaitis é o General Manager interino do Raw, o personagem do GM anónimo teve seu fim, mesmo sem nunca ser revelado? Achas que agora que não é mais COO, Triple H vai “voltar” a ser wrestler ou ele pode voltar ao antigo cargo ainda? Que nota você daria para a actual storyline envolvendo o comando da empresa?
Das duas uma, ou já terminou e Laurinaitis vai ficar no poder e Triple H irá à sua vidinha (para já também como wrestler), ou então creio que se resolver-se-á no Survivor Series.
Quanto à personagem do GM anónimo, é mesmo isso, acabou sem que tivesse sido revelado. Mais uma demonstração de como não se pode falar de planos a longo-prazo na WWE.
Não dou uma nota à “Storyline” porque acho mal dar-se notas quando algo não está terminado, no entanto, o máximo que posso dizer é que estou a gostar, gosto de caos nos “shows” semanais e espero que na última Raw não tenhamos assistido a um final prematuro desta história.
Jos.Bergamo (WN): O que acha dessa união de todos os top heels da WWE? Pode acarretar numa espécie de super stable heel?
Não são propriamente todos os “top heels”, Mark Henry, The Miz e R-Truth não fazem parte dessa união, no entanto, estou a gostar, acho que vai fortalecer a imagem de alguns lutadores, e poderá ser uma espécie de “stable” bem diferente do que aquelas que temos visto na WWE. Resta saber se não terá perdido força e razão de existir agora que Triple H já não é C.O.O.
Sabu_The_Suicidal_Homicidal_Genocidal_Death-Defying_Maniac (PLL): Que dupla está se dando melhor? Air Boom ou Awesome Truth?
Creio que cada uma há sua maneira, ambas as duplas se estão dando bastante bem. Os Awesome Truth têm sido responsáveis por este momento caótico na WWE e têm-no feito bem, já os Air Boom estão a conseguir formar uma tag team muito sólida.

Alguns leitores pediram-me para dar a minha opinião sobre a situação de alguns lutadores ou o que eu achava deles, em vez de colocar aqui todas as perguntas e tornar isto um “post”muito maior, decidi inovar e dar a minha opinião sobre cada um deles de uma só vez e por ordem alfabética.
Dolph Ziggler: Deve perder o título brevemente ou achas que deve continuar o seu reinado de campeão durante mais algum tempo?
Bem, se é para ele defender o cinto como tem defendido, não vencendo um único combate decentemente, que o ponham em outras mãos! No entanto, eu adoro o Ziggler, e ouro é sinal de sucesso e por isso o que eu gostava que acontecesse é que o credibilizassem enquanto campeão.
Evan Bourne: Achas que pode ser campeão algum dia?
Actualmente é campeão de tag team, o que pode ser sinal que é uma aposta para o futuro, portanto, não é muito provável, mas é possível.
Jeff Jarrett: Existe a possibilidade de ele defender o cinturão da AAA em algum evento da TNA?
Não sei bem como funciona a parceria AAA/TNA para ser sincero.
Mason Ryan: O que você está achando desse push que estão dando a Mason Ryan? Ele está conseguindo substituir Batista?
Substituir Batista? Em que aspecto? Este “push” ainda não teve muitos efeitos práticos, salvo erro venceu um combate e ajudou Zack Ryder a vencer outro, ainda não deu para perceber onde querem chegar com ele, mas acho que é um “powerhouser” de algum nível.

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Espaço Videoteca
Espaço Videoteca
Este é um espaço novo em O Wrestling em Revista em que, tal como o nome indica, envolve vídeos. Tanto podem ser combates para analisar, pedidos de melhores combates de Ano x, Lutador y, Promotora z, assim como documentários que gostei, DVD’s, etc. Espero que ajudem a tornar este espaço algo de bom nesta rubrica, e que a vá diferenciando um pouco das outras do tipo “Q&A” espalhadas por essa CWO
Análise dos combates da feud Kurt Angle vs Jeff Jarrett nos PPVs de 2011
(Analisados assim que vistos, “in media res”)
(Analisados assim que vistos, “in media res”)
Double J Double M A “Exhibition” (Genesis): Portanto, Angle não faz parte da TNA mas tem direito à sua música, entrada personalizada, vídeo no “tron” e ainda entrevista de “backstage”, e melhor ainda, é anunciado como o único medalhado olímpico no pro wrestling… quando supostamente até esta retirado. Um “angle” (literal e figurativamente) um bocadinho melhor gerido do que aquele do despedimento de John Cena. O combate foi trapalhice pegada e quero ver como trazem o homem de volta finalmente.
Vencedor: No Contest
Combate singular . Se Jarrett vencesse, Angle teria de afastar do casamento de Jeff e Karen. Se Angle vencesse, ficaria com a custódia dos seus filhos Kody e Kyra (Against All Odds): Grande mas grande combate! É daqueles que não se podem fazer sempre porque senão todo o arsenal de um wrestler sai descredibilizado, como foi o caso neste combate em que Angle sofreu dois “Strokes”, um deles lá de cima da corda superior, uma cadeirada e ainda estava pronto para mais luta. No entanto, isto é Kurt Angle! Alguém que quanto mais porrada leva mais força parece ter, não é ao acaso que ganhou uma medalha de ouro olímpica com o pescoço partido. Ficaram os dois bem “over”!
Vencedor: Jeff Jarrett
“Ultra Male Rules” Combate à melhor de três numa jaula. Fall 1: Apenas submissões; Fall 2: Apenas “pin falls”; Fall 3: Escapar da jaula (Lockdown): LOOOL, adoro quando a primeira “fall” é decidida por “submission” e o árbitro põe-se a contar “pin falls” quando Angle está preso no “Figure Four”, é preciso ser-se muito competente realmente. Kurt Angle a fazer “RKO”? Também terá sido um “hack”? Seja como for adorei! O combate foi óptimo, penso que os lutadores souberam ter uma postura diferente nas diferentes estipulações que as “falls” tiveram, e foi algo que no mínimo merece **** ¼. Kurt Angle é uma máquina, e para mim há duas coisas que vale a pena na TNA: Os combates de Angle em PPV, e os vídeos promocionais do combate do PPV para perceber a história por trás.
Vencedor: Jeff Jarrett
Nota: 8,5/10
Kurt Angle e Chyna vs. Jeff Jarrett e Karen Jarrett num combate de equipas misto (Sacrifice): Bem, já não via Chyna em acção desde o “One Night in Chyna” com o X-Pac há uns anos atrás… Melhor combate da noite até então, como seria de esperar de Kurt Angle, o homem que nos dá os melhores combates em “main stream” hoje em dia. Foi bem construído o combate, teve história, os elementos no combate deram alguma sede de ver Chyna no ringue que viria a ser morta mais tarde para um “pop” brutal, no entanto, com os homens a assumirem as despesas estando em ringue a maior parte do tempo. Acho que ainda conseguem espremer mais nesta “feud”, provavelmente, e porque já foi gasta estipulação, com um combate “Ironman”.
Vencedores: Kurt Angle e Chyna
Nota: 7,5/10
Combate para determinar o candidato principal ao Titulo Mundial. Se Jarrett vencesse, Angle teria de lhe dar a sua medalha de ouro olímpica (Slammiversary): Sinceramente, creio que foi o pior combate da saga entre estes dois, para acabar com isto pedia-se algo que soasse mais a final, tipo “Ironman” ou o “Last Man Standing” usado com Bully Ray e AJ. Ainda assim foi para mim o melhor da noite. Finalmente a TNA apercebeu-se que as grandes atracções do seu PPV são os combates de Kurt Angle e parece que daqui para a frente ele será presença constante no “main-event”.
Vencedor: Kurt Angle
Nota: 7/10
Crizzly Redwood vs. Andy Ridge: Bom combate entre dois lutadores da ROH pouco populares, apesar de algum desinteresse do público.
Nota: 5/10
Jay Lethal & Homicide vs. Tommaso Ciampa & Rhino: Mais um bom combate, desta vez com lutadores mais populares, e acabou por ser o wrestler com menos nome a sentenciar o combate numa espécie de “Powerbomb to Backstabber”. Sempre a trazer coisas novas esta ROH.
Nota: 6/10
Shelton Benjamin vs. Mike Bennett: Combate muito bom, com um molde a fazer lembrar o estilo WWE, com as fases que teve em vez de ser taco-a-taco como costuma ser norma na ROH. Mike Bennett foi um “heel” muito bom e Shelton como “face” está muito “over” e roubou o espectáculo como já muita vez mostrou que sabe fazer. O público acordou nesta contenda!
Nota: 7/10
The Young Bucks vs. Future Shock vs. The Bravados: Para quarto combate, a meio do “card”, um combate mais “spotty” não faz mal nenhum, antes pelo contrário! Tivemos três boas tag teams (mas na próxima vez que assistir a ROH já nem me lembro quem são os Bravados e quem são os Future Shock, e o nome deles então é coisa que nem sequer cheguei a decorar…), com capacidade atlética e técnica que deram um combate muito diferente até aqueles que então tínhamos assistido, com “spot” atrás de “spot”, mas mesmo assim, sem perder coerência e algum legitimidade.
Nota: 7/10
El Generico vs. Jimmy Jacobs: Estava a ser um combate com uma velocidade não muito elevada, talvez para fazer os fãs descansarem do combate anterior. Gostei do pormenor em que os fãs gritaram por “Little Jimmy” para Jimmy Jacobs, parece que foi uma expressão que veio para ficar no mundo do pro wrestling, não só na WWE. O combate lá foi subindo de intensidade, e terminou de uma forma que com certeza tem alguma utilidade e que até nem pareceu mal de todo, mas como não acompanho ROH com muita assiduidade pouco ou nada percebi.
Nota: 5,5/10
Charlie Haas vs. Michal Elgin: Mais um combate com uma intensidade não muito alta, disputado em velocidade que na auto-estrada só empataria o trânsito. O público não se mostrou muito interessado, apenas em algumas fazes quentes, e os lutadores também não interagiram muito.
Nota: 5,5/10
Eddie Edwards vs. Roderick Strong: Muito bom combate! Sempre muito equilibrado, com Roderick Strong a vencer a primeira “fall” e a aparecer menos desgastado na segunda, que foi vencida por Edwards que assim apareceu mais fresco que o seu adversário na terceira. Aqui iniciou-se a parte mais emotiva no combate, porque a terceira “fall” acabou por 1-1 e as vitórias para cada um só surgiram no final. Depois, quando o empate já tinha sido anunciado, quem apareceu foi Jim Cornette que anunciou uma morte súbita, que acabou por ser vencida por Edwards. Os lutadores estiveram muito bem nas determinadas fases do combate, e em grandes períodos com uma ofensiva vistosa que dava a ideia de que a contenda poderia acabar a qualquer momento.
Nota: 8/10
Briscoe Brothers vs. The All Night Express (Ladder War III): Combate de “spot fest”, no entanto, mostrando um “selling” à ROH que é como quem diz, realístico e até legítimo porque o “selling” da WWE é que muitas vezes é “over selling”. Foi uma chuva de “spots” e um banho de sangue, e ainda que o escadote como objecto que um lutador terá de subir para levar o contrato ser usado poucas vezes e mais como arma (tanto de arremesso como de projecção dos lutadores). Estou habituado a combates de escadote em que se puxe mais pela emoção do que propriamente por golpes vistosos e esta contenda pareceu-me estranha, e se calhar, para o género de combate que foi, teve tempo a mais, porque pelo menos vendo isto na TV ou no PC, meia hora de “spot fest” é algo cansativo.
Nota: 8,5/10
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Mais uma vez, volto a fazer este pedido, por favor façam “Gosto” à minha página no Facebook, o objectivo é chegar aos 150 “Gostos”, e faltam cerca de 5.
É um local onde apresento alguns dos meus trabalhos, tanto em termos de wrestling, mas sobretudo em outras áreas como análises futebolísticas, algo que faço com alguma regularidade, sobretudo os jogos dos três grandes e da Selecção Nacional, mas também de alguns dos jogos mais importantes em outros campeonatos europeus.
Espero que colaborem, e agradeço a todos os que já aderiram à página!
Por favor, façam “Gosto”!
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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!
Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate. No entanto, quero relembrar que há um limite de cinco perguntas por leitor.
Se não respondi a alguma questão, é sinal que já a respondi em edições anteriores.
**AVISO**
Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/10/extra-o-wrestling-em-revista-63.html