O Wrestling em Revista (63) | Parte 2

Nesta edição faço o rescaldo do Bound For Glory, dos resultados do APW Outubro ao Rubro, da próxima Wrestlemania, entre outro temas. Vejam ainda um vídeo hilariante da "nova" música de entrada de Sin Cara....

Respostas aos comentários dos leitores

PLLAnonimo (PLL): Que nota você daria para o roster da TNA? (0 a 10)

Pedro Ribeiro (WN): Em termos gerais, de 0 a 10. Qual a sua nota para o actual roster da TNA?

Daria 7,5. Há mesmo imenso talento em Orlando!


Bernardo Faria (WN): Imagina que a WWE lhe chamasse para ser o head booker de uma nova brand. Tens direito de escolher 15 lutadores mid-carders e inferiores da RAW e SmackDown (e talento da FCW), e tens direito de escolher um título mediano a levar para sua brand. Quais lutadores e titulo escolheria? E mais importante: qual seria o formato do programa em um spot de 1 hora? Suponha também que a brand que bookarias é baseada em temporadas então booka a primeira com 12 episódios. Obrigado.

Escolheria os seguintes lutadores: Dolph Ziggler, Ted DiBiase, Alex Riley, Drew McIntyre, Kofi Kingston, Evan Bourne, John Morrison, Seth Rollins, Antonio Cesaro (Claudio Castagnoli), JTG, Michael McGillicutty, Chris Hero (se assinar pela WWE), Tyson Kidd, Justin Gabriel e Skip Sheffield.

Escolheria o Titulo dos EUA, no entanto essa questão iria ser irrelevante, devido ao tipo de programação que a WWE tem neste momento, em que qualquer lutador pode lutar pelo título de qualquer “brand”.

O formato do programa numa hora seria parecido com o da ECW (2006-2010).

Quanto ao “booking”, é bom que os leitores aí em casa aprendam que “booking” a longo-prazo não existe, se quero começar com uma “brand” só posso ter umas bases, ou seja, do que pretendo fazer nos primeiros episódios, que lutadores devo tentar promover para o topo da “brand”, e depois, tudo vai depender da reacção e aceitação por parte do público, e a partir daí é que poderia tomar mais decisões.

Anónimo (WN): Achas que o wrestlers como The Rock, Kevin Nash e Bret Hart quando voltaram a WWE sentiram como "peixes fora de água" já que o wrestling de hoje da WWE é diferente dos tempos deles?

A essência do wrestling ainda tem muito do que aquela que tinha na altura deles: “shows” semanais para promover PPV’s mensais. The Rock abandonou a WWE em 2004 mas de uma forma ou outra foi-se mantendo ligado, Kevin Nash nunca deixou o wrestling e acho que Bret Hart também não estranhou muito o que viu.


PLLAnonimo (PLL): Qual é (para você) o melhor momento que a ECW (2006 – 2010) teve?

Na minha opinião houve vários: One Night Stand 2006 que foi o pontapé de saída, “feud” entre ECW Originals e New Breed, conquista do Titulo da ECW por parte de CM Punk e regresso de Christian são para mim os principais.


Gustavo (PLL): Se tivesses o poder de fazer um Draft entre a WWE e a TNA, quem você trocaria de companhia, e no caso da WWE, para que brand você mandaria os lutadores da TNA?

Na WWE colocaria Kurt Angle e Samoa Joe, independentemente da “brand”, talvez os dois na Smackdown. Acho que Joe se tiver motivado e em boa forma oferece um estilo único ao pro wrestling, e Angle, se recuperar o peso que tem perdido nos últimos tempos, é aquela máquina que nós sabemos.

Para a TNA enviaria Daniel Bryan e Evan Bourne para a X-Division, acho que iriam conseguir fazer coisas fantásticas com Austin Aries, Alex Shelley e Douglas Williams por exemplo.


Pedro Ribeiro (WN): É provável uma feud com base em Jeff Hardy vs Immortal?

É tão provável que no próximo PPV deveremos ter Jeff Hardy vs. Jeff Jarrett ou algo do género.


Jos.Bergamo (WN): Existe alguma hierarquia entre o WWE title e o WHC title? Ou a importância depende de qual campeão ou brand está mais over?

Sim, creio que depende de qual o campeão e da “brand” onde está, no entanto, como é o mais antigo, o Título da WWE acaba por estar muito mais tempo na Raw, que é o “flagship show”.


Jos.Bergamo (WN): Na sua opinião quais foram as melhores feuds do ano na WWE e na TNA até agora?

Na WWE gostei especialmente do CM Punk vs. John Cena e Randy Orton vs. Christian, já na TNA para a melhor foi Kurt Angle vs. Jeff Jarrett, embora agora isso tenha um efeito esquisito já que pouco tempo depois começaram a fazer parte da mesma “stable”.

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Espaço Videoteca

Este é um espaço novo em O Wrestling em Revista em que, tal como o nome indica, envolve vídeos. Tanto podem ser combates para analisar, pedidos de melhores combates de Ano x, Lutador y, Promotora z, assim como documentários que gostei, DVD’s, etc. Espero que ajudem a tornar este espaço algo de bom nesta rubrica, e que a vá diferenciando um pouco das outras do tipo “Q&A” espalhadas por essa CWO

Música de Entrada de Sin Cara (Paródia)



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Secção Wrestlemania XVIII

Campeão da WWE à chegada do evento: Quem você acha que chega na WrestleMania 28 com o titulo da WWE, John Cena, CM Punk ou outro?

Penso que será CM Punk, mas tudo pode acontecer.


Possibilidade de Jeff Hardy vs. CM Punk: Não achas que se o Jeff Hardy voltasse á WWE podia voltar a feudar com o CM Punk na Wrestlemania?

Achas que se a rivalidade deles podia ser uma nova espécie de Austin vs The Rock, ou seja vários combates em diferentes Wrestlemanias, visto que são uma espécie de extremos a chocarem?
Não, não acredito que Jeff Hardy regresse à WWE, muito menos tão rapidamente.

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Rescaldo Bound For Glory

Austin Aries vs. Brian Kendrick: Dos melhores combates que vi da X-Division em anos! O público, por alguma razão que desconheço, estava muito afecto a Aries e puxou sempre por ele. Austin Aries foi o melhor que aconteceu a esta divisão nos últimos tempos, trouxe um ar muito fresco e sobretudo personalidade, algo que esta provavelmente não tem desde que Samoa Joe recebeu um “push” para outras paragens. Apenas lutadores que voavam e faziam umas coisas giras, mas isto está a mudar graças a AA.
Nota: 7,5

RVD vs. Jerry Lynn: Dão a dois ECW Originals um combate em que podem e devem usar todo o tipo de objectos, especialmente escadotes e cadeiras, e eles dão “spot fest”. Até gostei em parte, eles deram um combate que quer se queira ou não é mel para aqueles fãs, no entanto, especialmente na parte inicial foi demasiado coreografado. Ok, havia que dar a entender que se conheciam muito bem um ao outro, mas poderiam ter ido por outro caminho. Também estava à espera de uma espécie de “Grudge Match” e não foi bem por aí, até mostraram respeito um pelo outro, algo que vai totalmente contra a história recente entre os dois.
Nota: 8/10

Samoa Joe vs. Matt Morgan vs. Crimson: Achei piada, a sério! Só não sei ao que achei mais piada… Se foi ao facto de Mike Tenay dizer que o belo “Diving Cross-Body” do Matt Morgan é derivado do seu historial no wrestling amador, se por Samoa Joe que devia ser o “heel” do combate foi o que se mostrou mais corajoso, o que muitas vezes teve de arrumar dois adversários ao mesmo tempo e o que muitas vezes mostrou superioridade aos seus adversários, “faces”, que muitas vezes tentaram ser oportunistas ao ponto de tentarem roubar a vitória um ao outro. Não foi mau combate, mas não se podia esperar muito destes três.
Nota: 5/10

Bully Ray vs. Mr. Anderson: Bela “brawl”, combate menos “spotty” do que o RVD vs. Lynn e com maior intensidade a mostrarem a raiva que tinham um pelo outro, contando assim a história do combate. Aquela história do cartaz foi pré-programada, mas compreendo a decisão de forma a pôr Anderson com apoio do público de Filadélfia e Bully Ray com “heat”. O facto de os “finishers” não terem dado logo a vitória, mesmo aplicados em mesas e em barreiras protectoras, descredibiliza-os e a vai-se pagar caro por isso no futuro, no entanto, é sempre um suplemento de emoção.
PS: Dei uma gargalhada quando o Anderson falhou o “Swanton”… Botchamania is coming for you!
Nota: 8/10

Velvet Sky vs. Madison Rayne vs. Mickie James vs. Winter: Este combate deve ter tido o mesmo produtor do que o Triple Threat com certeza LOL. Para já, odeio estes combates em que são duas de cada vez no ringue, e as outras para entrarem precisam de fazer o “tag”. A história do combate foi previsível e sempre uma treta que desinteressou os fãs. Quando Mickie James estava a fazer o “DDT” no ecrã apareceu um vendedor de pipocas e eu penso que essa foi a verdadeira imagem do combate, um autêntico “popcorn match”. Esta podia ser a grande noite de Velvet Sky, estava tudo montado para isso, no entanto, face ao desinteresse que os fãs demonstraram assim que viram a trapalhice que foi a trama, foi apenas a noite em que ela conquistou o título pela primeira vez.
Nota: 1,5/10

AJ Styles vs. Daniels: Sem ter especiais expectativas para este combate, e apesar de já ter visto uns que foram muito bons, este foi talvez o que mais me prendeu ao ecrã. Já tinha visto um Falls Count Anywhere e um Full Metal Mayhem, dezenas de objectos serem usados, e neste, em que nem uma cadeirada houve sequer, foi aquele em que mais senti a vontade dos lutadores em matarem-se um ao outro, pelo menos Daniels, porque AJ num primeiro momento ainda tentou alcançar a vitória por vias ortodoxas. A perversidade de Daniels foi de tal forma gigante que o público ficou silenciado, excelente trabalho! Tornei-me ainda mais fã do “Fallen Angel” após este combate! AJ esteve ao seu nível… mas Daniels esteve do melhor!
Nota: 7,5/10

Sting vs. Hulk Hogan: Bem, não estava à espera de “bumps” de Hogan, e afinal acho que deu 3-0 a Sting nesse capítulo! Eles prometeram uma luta e o combate começou com um “Lock Up”, é bem! Banho de sangue como seria de se esperar, tal como interferências exteriores! O pós-combate é bonito mas não fez sentido.
Nota: 3/10

Kurt Angle vs. Bobby Roode: Excelentíssimo combate, e pelo facto de estar a torcer muito por Roode, mesmo com a banalização dos “finishers” vive sempre cada “near fall” com cada emoção, curiosamente, menos a última em que pensava mesmo que o árbitro iria reparar na mão de Bobby que estava debaixo das cordas. Compreendo que a TNA ainda não sinta Roode preparado e tente-lhe dar ritmo de “main-event”, no entanto, depois de tanto tempo no “Crossface” sem desistir, fiquei com a ideia de que ele não conseguiria bater Angle.
Nota: 8/10

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Rescaldo APW Outubro ao Rubro (no Cercal)

Não vi o evento e apenas posso falar dos resultados.

Se encaro quase todos os resultados e incidências que lá se passaram com naturalidade e satisfação, houve dois acontecimentos que me proporcionaram reacções mais fortes, uma pela negativa e outra pela positiva.

Pela negativa, encaro mais uma derrota do Red Eagle. Ok, as derrotas também ajudam a desenvolver a histórias e não estou à espera que ele tenha uma “feud” com ArtGore em que também não tenha que perder, mas vamos aos factos, ele teve também um desempenho muito discreto na Taça Tarzan Taborda 2011, tem perdido alguns combates importantes e em alguns de tag team que tem ganho, nem sequer é ele que tem estado na decisão. Sinto alguma falta de aposta nele, a qual lamento muito porque vejo que é muito dedicado, provavelmente dos mais dedicados wrestlers portugueses, tanto em horas de treino, como aumento do corpo, promoção pessoal entre as redes sociais de forma a colocar-se “over”, pesquisa e procura de algo que o torne mais inovador, entre outros aspectos. É também dos lutadores mais carismáticos e talentosos que o nosso país tem para oferecer, que no próximo mês vai-se tornar internacional, após um evento em França, e lamento muito a sua situação na APW e fico a torcer para que as coisas melhorem para ele.

Pela positiva, a importância dada a Pappa G. Abrir um espectáculo a fazer um desafio aberto a elementos do público e este ser aceite pelo Campeão Europeu é sinal que se está a ser alvo de uma aposta na APW e eu só tenho de aplaudir isso. Eu sei que vocês só ouviram falar dele há pouco tempo, mas atenção, ele não é nenhum aluno recém graduado, ele já tem alguns anos disto, já foi treinado e lutou salvo erro em Inglaterra e nos EUA, é daqueles lutadores que sabem o que estão a fazer, tem muito talento e uma personagem óptima e não precisa de fazer muito para obter boas reacções. É a “Next Big Thing” do wrestling nacional, não tenho dúvidas!

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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate. No entanto, quero relembrar que há um limite de cinco perguntas por leitor.

Se não respondi a alguma questão, é sinal que já a respondi em edições anteriores.

**AVISO**

Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/10/extra-o-wrestling-em-revista-63.html