Welcome to the Jungle #22 - Bound For Glory em resumo.
Nobres amigos do Wrestling Notícias, como vão?
Eu sou Jungleboy, e esse é mais um Welcome to the Jungle!
Vamos falar nesta oportunidade de algo bem recente, e que merece nossa atenção. Estou falando, é claro, do Bound for Glory, PPV da TNA.
Não simplesmente um PPV da companhia, mas "o" PPV; a Wrestlemania da TNA.
Esse é o espírito que boa parte dos fãs de pro-wrestling, onde estou incluso também, estavam esperando do BFG.
Quase uma semana depois, acho que podemos fazer uma boa análise do que tivemos neste PPV, e que tipo de consequências este pode trazer. Enfim, tudo que for relevante acerca do assunto.....
Vamos começar pelo seguinte...
O combate inicial do BFG foi pelo X-Division Championship, e deste podemos concluir o óbvio. Brian Kendrick por diversas vezes é um bom worker, mas que fica bastante limitado a essa classificação. E que, Austin Aries é um dos grandes wrestlers da actualidade, e um dos melhores que a TNA dispõe em seu roster.
Mesmo com a faceta de heel, este foi ovacionado pelo público da Philadelphia, e assim sendo, foi irónico pedindo que para que o povo ficassem em silêncio. Se fosse somente isso, já seria válido, mas o fato que o homem é simplesmente fantástico in-ring, carregando praticamente sozinho a contenda, em que saiu por cima com o título em uma defesa bem-sucedida. Só podemos esperar que este continue subindo nos escalões da TNA, porque é iminente que desde que mantenha o bom trabalho, seja no ringue, seja com a gimmick, tem grandes possibilidades de ser main-event num futuro próximo.
Quanto a luta dos veteranos RVD E Lynn, fiquei surpreso positivamente. Quem acompanhou as épicas lutas que estes senhores tiveram na saudosa ECW, sabe da química que estes dois têm entre si. Mas, como o tempo é cruel, e passou rapidamente, não podíamos esperar uma luta do mesmo nível das passadas. Entretanto, estes compensaram com muita vontade, e um bom wrestling hardcore, talvez com um certo exagero de spots, é verdade, mas que no geral era o que de melhor poderia se esperar deles.
Fiquei mais impressionado ainda pela boa forma de Lynn, e pelo fato deste ter sofrido boa parte dos bumps mais violentos. O homem simplesmente não tem medo de encarar a luta de frente, mesmo já com seus 48 anos.
Continuando com este resumo, me reservo ao direito de não comentar muito a respeito da luta entre Samoa Joe, Matt Morgan e Crimson. Só direi aquilo que é óbvio... Samoa Joe não tem motivação alguma em continuar nessa situação decadente na TNA. Já que ele demonstra sua insatisfação até mesmo no ringue, pois não é nem de longe o velho Joe, a TNA continua lhe enterrando o quanto é possível.
Passando para Mr. Anderson e Bully Ray, também não irei me ocupar em repetir tudo aquilo que já foi falado. Fizeram um bom trabalho, bastante intenso e violento, mas que poderia ter sido um pouco melhor. Anderson continua mostrando que é um bom wrestler, porém parece que ainda falta alguma coisa para lhe colocar como main-eventer regular. Já Bully Ray é o homem do ano na empresa, alguém discorda?
Eu, sinceramente, achei uma decisão terrível a separação do Team 3D na época dos fatos. Porém, aos poucos Ray foi encarnando uma nova personagem, e que lhe caiu como uma luva. Agora, ele é uma das grandes figuras no PW americano, e com razão. Bom, essa foi uma aposta da TNA que deu certo, tenho de concordar. Se existe algo na TNA que não posso criticar, e sim exaltar, foi essa passagem de Ray para single, e a sua mudança de gimmick.
Quanto a divisão feminina, foi de se lamentar o que vimos no BFG. Uma luta que não fez muito sentido, como a maioria das coisas na TNA. O ideal seria uma luta de singles entre as melhores que a companhia tem, e que talvez não sejam exactamente as que estavam no Bound for Glory. De qualquer forma, a divisão feminina da TNA que antigamente também era um ponto que cabiam muitos elogios, hoje em dia, está no mesmo patamar da divisão da WWE. Talvez, me arriscaria até dizer que a WWE já conseguiu recuperar seu velho trono. Kelly Kelly, Beth Phoenix e Natalya, todas vem fazendo um bom trabalho ultimamente.
Prosseguindo paramos na primeira decepção da noite. AJ Styles e Daniels daquela forma? Como é possível? Uma estipulação errada, uma storyline mal trabalhada, e dois dos maiores wrestlers da companhia com um tempo ridículo para demonstrar alguma coisa. Outra coisa, por que diabos levam chaves de fenda para o ringue? Tá certo que não há desqualificação, mas para mim isso é completamente ridículo. Todo o mundo sabe que nenhum wrestler irá cravar uma chave de fenda no peito do outro. Não serve nem como efeito intimidador. É uma completa perda de tempo e crédito.
Agora, podemos falar um pouco mais dos combates mais importantes da noite. Hogan e Sting foi um prato cheio para saudosistas. Uma luta com finais ao melhor estilo WCW, old-school mesmo. Interferências, conspirações, e turns inacreditáveis de uma hora para outra. A luta? Bom, não se podia esperar grande coisa. A expectativa era realmente sobre o que iria acontecer depois. Então, acho que deve-se dar o crédito aos dois veteranos que mesmo com todas as dificuldades conseguiram levar a loucura um público um tanto quanto fraco, e que nenhuma das demais figuras da companhia conseguiu levantar.
Por fim, Angle e Roode foi de entristecer. Eu tinha tantas expectativas nesta luta, e fiquei extremamente decepcionado. Ok, Angle estava machucado, então obviamente que a luta ficaria comprometida. Mas, onde está o fundamento de separar uma das melhores tags do PW, para levar Roode ao main-event e ele perder, e daquela forma?
Sim, é provável que o final da luta tenha sido improvisado. Mas, Roode não recebeu a confiança suficiente da TNA para deixar a Filadélfia como campeão. Pessoalmente falando, tenho visto algumas pessoas que discutem se Roode é ou não main-event material. Eu acho que ele tem plenas capacidades sim. Só estão lhe usando da forma errada. Roode tem um grande físico, e é um ótimo wrestler na parte técnica. Sabe como conduzir as contendas e tudo mais. Seu problema é o bom e velho carisma, e a habilidade em promover as storylines.
Temos de reconhecer que Roode deixa um pouco a desejar nesse sentido, porém, a TNA poderia aproveitá-lo como um possível heel, onde ele não fosse necessariamente obrigado a conduzir a storyline, apenas fazendo o básico e trabalhando como heel nos combates.
Veja, entenda o raciocínio. No BFG, Angle e Roode não eram nem faces nem heels. Os dois estavam no meio-termo. Dessa forma, por mais que Roode e Angle fossem perfeitos, seria um tanto difícil cativar o público para este main-event. Para que o público aprecie o main-event precisam-se de dois wrestlers bons, com star power suficiente, e que haja uma mínima rivalidade, no sentido de um ser o lado babyface e o outro o lado do heel. Pronto, essa é receita básica, e que não existiu no Bound for Glory, desinteressando assim o público.
Assim sendo, podemos concluir que o Bound for Glory foi um PPV fraco, considerando-se a importância e a história que ele carrega. Novamente a equipe da TNA demonstrou sua fragilidade em planejar e conduzir as feuds e storylines.
Tínhamos boas expectativas, por incrível que pareça, e nem assim foi possível sair contente. Continua-se com a terrível ideia na TNA de que tem de se elevar certos wrestlers, e outros não. Aparentemente, eles estão errando em sua escolhas, para variar. Roode merecia o título, Styles e Daniels precisavam de mais liberdade, tempo e atenção. Sem falar na dúzia de bons lutadores que nem tiveram a oportunidade de estar presente no BFG. Ao invés disso, temos novamente a insistência em sujeitos como os "Jeffs", Jarrett e Hardy.
Certas vezes as coisas precisam mudar. Uma vez cometer um erro, é aceitável. Cometê-lo novamente por teimosia, orgulho, ou falta de capacidade, como preferir, é inaceitável.
A TNA toma um caminho perigoso. Suas lutas, suas feuds, suas storylines, as gimmicks de seus wrestlers... poucas coisas fazem sentido. A TNA tem o dom de nos surpreender, mas de forma negativa. E quanto mais ficamos na expectativa de grandes shows e mudanças, mais nos frustramos.
Um triste caminho para a companhia mais promissora dos últimos anos, que acabou na mão de sujeitos inteligentes como Bischoff, Hogan e Russo, mas que é fato infelizmente, já estão ultrapassados quanto a suas ideias.
Nos resta torcer para as novas contratações da TNA, como o writter Dave Lagana. Tomara que ele e sua equipa consigam reencontrar o fio da meada da TNA, trazendo mais tranquilidade para a construção das feuds, explorando ao máximo os bons wrestlers que a companhia detém.
Por hoje é isso meus caros amigos...
Obrigado, e até o próximo Welcome to the Jungle.
Eu sou Jungleboy, e esse é mais um Welcome to the Jungle!
Vamos falar nesta oportunidade de algo bem recente, e que merece nossa atenção. Estou falando, é claro, do Bound for Glory, PPV da TNA.
Não simplesmente um PPV da companhia, mas "o" PPV; a Wrestlemania da TNA.
Esse é o espírito que boa parte dos fãs de pro-wrestling, onde estou incluso também, estavam esperando do BFG.
Quase uma semana depois, acho que podemos fazer uma boa análise do que tivemos neste PPV, e que tipo de consequências este pode trazer. Enfim, tudo que for relevante acerca do assunto.....
Vamos começar pelo seguinte...
O combate inicial do BFG foi pelo X-Division Championship, e deste podemos concluir o óbvio. Brian Kendrick por diversas vezes é um bom worker, mas que fica bastante limitado a essa classificação. E que, Austin Aries é um dos grandes wrestlers da actualidade, e um dos melhores que a TNA dispõe em seu roster.
Mesmo com a faceta de heel, este foi ovacionado pelo público da Philadelphia, e assim sendo, foi irónico pedindo que para que o povo ficassem em silêncio. Se fosse somente isso, já seria válido, mas o fato que o homem é simplesmente fantástico in-ring, carregando praticamente sozinho a contenda, em que saiu por cima com o título em uma defesa bem-sucedida. Só podemos esperar que este continue subindo nos escalões da TNA, porque é iminente que desde que mantenha o bom trabalho, seja no ringue, seja com a gimmick, tem grandes possibilidades de ser main-event num futuro próximo.
Quanto a luta dos veteranos RVD E Lynn, fiquei surpreso positivamente. Quem acompanhou as épicas lutas que estes senhores tiveram na saudosa ECW, sabe da química que estes dois têm entre si. Mas, como o tempo é cruel, e passou rapidamente, não podíamos esperar uma luta do mesmo nível das passadas. Entretanto, estes compensaram com muita vontade, e um bom wrestling hardcore, talvez com um certo exagero de spots, é verdade, mas que no geral era o que de melhor poderia se esperar deles.
Fiquei mais impressionado ainda pela boa forma de Lynn, e pelo fato deste ter sofrido boa parte dos bumps mais violentos. O homem simplesmente não tem medo de encarar a luta de frente, mesmo já com seus 48 anos.
Continuando com este resumo, me reservo ao direito de não comentar muito a respeito da luta entre Samoa Joe, Matt Morgan e Crimson. Só direi aquilo que é óbvio... Samoa Joe não tem motivação alguma em continuar nessa situação decadente na TNA. Já que ele demonstra sua insatisfação até mesmo no ringue, pois não é nem de longe o velho Joe, a TNA continua lhe enterrando o quanto é possível.
Passando para Mr. Anderson e Bully Ray, também não irei me ocupar em repetir tudo aquilo que já foi falado. Fizeram um bom trabalho, bastante intenso e violento, mas que poderia ter sido um pouco melhor. Anderson continua mostrando que é um bom wrestler, porém parece que ainda falta alguma coisa para lhe colocar como main-eventer regular. Já Bully Ray é o homem do ano na empresa, alguém discorda?
Eu, sinceramente, achei uma decisão terrível a separação do Team 3D na época dos fatos. Porém, aos poucos Ray foi encarnando uma nova personagem, e que lhe caiu como uma luva. Agora, ele é uma das grandes figuras no PW americano, e com razão. Bom, essa foi uma aposta da TNA que deu certo, tenho de concordar. Se existe algo na TNA que não posso criticar, e sim exaltar, foi essa passagem de Ray para single, e a sua mudança de gimmick.
Quanto a divisão feminina, foi de se lamentar o que vimos no BFG. Uma luta que não fez muito sentido, como a maioria das coisas na TNA. O ideal seria uma luta de singles entre as melhores que a companhia tem, e que talvez não sejam exactamente as que estavam no Bound for Glory. De qualquer forma, a divisão feminina da TNA que antigamente também era um ponto que cabiam muitos elogios, hoje em dia, está no mesmo patamar da divisão da WWE. Talvez, me arriscaria até dizer que a WWE já conseguiu recuperar seu velho trono. Kelly Kelly, Beth Phoenix e Natalya, todas vem fazendo um bom trabalho ultimamente.
Prosseguindo paramos na primeira decepção da noite. AJ Styles e Daniels daquela forma? Como é possível? Uma estipulação errada, uma storyline mal trabalhada, e dois dos maiores wrestlers da companhia com um tempo ridículo para demonstrar alguma coisa. Outra coisa, por que diabos levam chaves de fenda para o ringue? Tá certo que não há desqualificação, mas para mim isso é completamente ridículo. Todo o mundo sabe que nenhum wrestler irá cravar uma chave de fenda no peito do outro. Não serve nem como efeito intimidador. É uma completa perda de tempo e crédito.
Agora, podemos falar um pouco mais dos combates mais importantes da noite. Hogan e Sting foi um prato cheio para saudosistas. Uma luta com finais ao melhor estilo WCW, old-school mesmo. Interferências, conspirações, e turns inacreditáveis de uma hora para outra. A luta? Bom, não se podia esperar grande coisa. A expectativa era realmente sobre o que iria acontecer depois. Então, acho que deve-se dar o crédito aos dois veteranos que mesmo com todas as dificuldades conseguiram levar a loucura um público um tanto quanto fraco, e que nenhuma das demais figuras da companhia conseguiu levantar.
Por fim, Angle e Roode foi de entristecer. Eu tinha tantas expectativas nesta luta, e fiquei extremamente decepcionado. Ok, Angle estava machucado, então obviamente que a luta ficaria comprometida. Mas, onde está o fundamento de separar uma das melhores tags do PW, para levar Roode ao main-event e ele perder, e daquela forma?
Sim, é provável que o final da luta tenha sido improvisado. Mas, Roode não recebeu a confiança suficiente da TNA para deixar a Filadélfia como campeão. Pessoalmente falando, tenho visto algumas pessoas que discutem se Roode é ou não main-event material. Eu acho que ele tem plenas capacidades sim. Só estão lhe usando da forma errada. Roode tem um grande físico, e é um ótimo wrestler na parte técnica. Sabe como conduzir as contendas e tudo mais. Seu problema é o bom e velho carisma, e a habilidade em promover as storylines.
Temos de reconhecer que Roode deixa um pouco a desejar nesse sentido, porém, a TNA poderia aproveitá-lo como um possível heel, onde ele não fosse necessariamente obrigado a conduzir a storyline, apenas fazendo o básico e trabalhando como heel nos combates.
Veja, entenda o raciocínio. No BFG, Angle e Roode não eram nem faces nem heels. Os dois estavam no meio-termo. Dessa forma, por mais que Roode e Angle fossem perfeitos, seria um tanto difícil cativar o público para este main-event. Para que o público aprecie o main-event precisam-se de dois wrestlers bons, com star power suficiente, e que haja uma mínima rivalidade, no sentido de um ser o lado babyface e o outro o lado do heel. Pronto, essa é receita básica, e que não existiu no Bound for Glory, desinteressando assim o público.
Assim sendo, podemos concluir que o Bound for Glory foi um PPV fraco, considerando-se a importância e a história que ele carrega. Novamente a equipe da TNA demonstrou sua fragilidade em planejar e conduzir as feuds e storylines.
Tínhamos boas expectativas, por incrível que pareça, e nem assim foi possível sair contente. Continua-se com a terrível ideia na TNA de que tem de se elevar certos wrestlers, e outros não. Aparentemente, eles estão errando em sua escolhas, para variar. Roode merecia o título, Styles e Daniels precisavam de mais liberdade, tempo e atenção. Sem falar na dúzia de bons lutadores que nem tiveram a oportunidade de estar presente no BFG. Ao invés disso, temos novamente a insistência em sujeitos como os "Jeffs", Jarrett e Hardy.
Certas vezes as coisas precisam mudar. Uma vez cometer um erro, é aceitável. Cometê-lo novamente por teimosia, orgulho, ou falta de capacidade, como preferir, é inaceitável.
A TNA toma um caminho perigoso. Suas lutas, suas feuds, suas storylines, as gimmicks de seus wrestlers... poucas coisas fazem sentido. A TNA tem o dom de nos surpreender, mas de forma negativa. E quanto mais ficamos na expectativa de grandes shows e mudanças, mais nos frustramos.
Um triste caminho para a companhia mais promissora dos últimos anos, que acabou na mão de sujeitos inteligentes como Bischoff, Hogan e Russo, mas que é fato infelizmente, já estão ultrapassados quanto a suas ideias.
Nos resta torcer para as novas contratações da TNA, como o writter Dave Lagana. Tomara que ele e sua equipa consigam reencontrar o fio da meada da TNA, trazendo mais tranquilidade para a construção das feuds, explorando ao máximo os bons wrestlers que a companhia detém.
Por hoje é isso meus caros amigos...
Obrigado, e até o próximo Welcome to the Jungle.