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Welcome to the Jungle #24 - Do outro lado do oceano


Nobres amigos do Wrestling Notícias, como vão?

Aqui é Jungleboy com o Welcome to the Jungle na área mais uma vez...

ARE YOU READY?

Muito bem, começo a edição de hoje com uma simples pergunta:

Se você, caro leitor, tivesse que fazer um TOP 3 dos países onde o pro-wrestling (lucha libre, puroresu, luta livre, como preferirem) é mais popular, respeitado ou assistido, não seria nada difícil, certo?....

Em terceiro lugar eu colocaria o Japão, com seu "Puro", e o estilo bastante diferente do que nós ocidentais estamos acostumados. Wrestlers de incrível capacidade téncnica, e lutas sempre muito entretidas e inovadoras. Em segundo, os Estados Unidos, onde está localizada a maior empresa do ramo, e grande parte dos wrestlers de melhor qualidade, e aquelas mais conhecidos ao redor do mundo. E é claro, obviamente, que o primeiro lugar fica com o México. Apesar do alcance mundial da WWE, nada se compara com o amor e o respeito que os mexicanos tem pela sua lucha, e da forma como idolatram seus lutadores.

Muito bem, então você me interpela:

" Uhnn, já sei Jungle... Hoje o tema será o que esses países tem de diferenças no pro-wrestling, acertei? "

E eu lhe respondo, meu caro, que dessa vez não será sobre isso. Citei apenas esse TOP para estabelecer um determinado parâmetro. Falamos em grande medida por aqui sobre o que acontece no pro-wrestling americano mainstream, ou seja, basicamente WWE e TNA. Obviamente, essas companhias tem em seus rosters na esmagadora maioria, wrestlers americanos. Porém, temos luchadores mexicanos, e um ou outro representante da terra do sol-nascente.

Entretanto, apesar de não estar elencado nesse TOP 3 (até mesmo por ser uma região, e não apenas um país), nessa oportunidade gostaria de ressaltar a importância que devemos no PW à Britânia.

Perdoem-me os geógrafos se eu estiver cometendo alguma gafe de localização, mas entendo que essa região englobe Reino Unido e a Irlanda.

Desta pequena porção de terra vimos grandes wrestlers se desenvolvendo para futuramente brilhar em terras americanas. Hoje em dia, as coisas continuam da mesma forma. É um verdadeiro celeiro de grandes atletas.

E o importante de tudo isso. Não somente grandes atletas, como os americanos, mas atletas de um nível tão elevado, a ponto de terem plenas capacidades de serem os homens de frente da WWE, por exemplo.

Vejamos, no roster da WWE atualmente temos alguns jovens que merecem nossa atenção, e que tem um enorme futuro pela frente.

Pra começar, Drew Mcintyre, escocês que é um bom wrestler, com ótima altura e físico, sabe se virar bem no microfone, e tem ótimas expressões faciais. É pena que seu problema com a Tiffany tenha lhe feito perder tanto tempo como jobber. Agora, aparentemente as coisas parecem estar voltando aos eixos.

Depois, temos ainda Wade Barrett, que já tem uma experiência um pouco maior, e que não fica devendo para o citado anteriormente no quesito técnica, e talvez seja um pouco melhor ainda no tocante a conduzir storylines. Ele tem o natural dom da liderança, haja visto ter sido escolhido como líder e porta-voz dos Nexus, uma storyline de impacto, ainda mais envolvendo rookies. O homem sabe se portar, se expressar, tanto que o carregado sotaque inglês não é um empecilho para sua desenvoltura, trazendo na realidade um adicional a essa figura tão peculiar e tão promissora para o business.

Por fim, aquele que merece boa parte de nossa atenção na WWE. Sim, ele mesmo. O grande pote de maionese ambulante: Sheamus. Me perdoe quem não concorda, mas este é simplesmente fantástico. A WWE tem problemas para criar novos babyfaces para o futuro? Bem, ainda há opção para trabalhar, e uma ótima é Sheamus. Sabe muito bem conduzir as coisas dentro do ringue, tem uma ação e um ritmo impressionante. Suas lutas sempre são intensas. Por fim, sabe assim como os demais, se expressar bem, e também vem demonstrando uma veia cômica, ainda comedida é verdade, mas que começa a aflorar desde seu turn para face. Agora, sinceramente, Sheamus tem como ponto de desempate em relação aos demais companheiros de continente uma coisinha chamada carisma. Não que os demais não tenham, mas o Celtic Warrior é carismático de natureza, seja na fala, nas ações, ou no visual extremamente exótico. Um grande futuro lhe espera, não há dúvida.

Ainda, cabe citarmos outros lutadores de origem britânica que estão ou passaram pelos ringues da WWE e TNA, como Mason Ryan, David Hart Smith e seu pai Davey Boy Smith (saudoso British Bulldog), Brutus Magnus, Doug Williams (que desperdício esse camarada na TNA), Nigel McGuiness (o bom e velho Desmond Wolfe, que pode estar de volta), Rob Terry (lembrei, por lembrar) sem falar nos mestres Fit Finlay e William Regal.

Com tudo isso exposto, podemos chegar a um conclusão, tomando como base a qualidade dos wrestlers, e o fato de termos Finlay e Regal como sujeitos de confiança na WWE. E essa conclusão é que o estilo e forma que o PW é conduzido na região britânica tem tido um grande percentual de sucesso. Tem-se formado wrestlers extremamente capacitados tecnicamente, com um estilo de luta diferente do americano, mas que proporciona uma facilidade de adaptação. Trata-se de um estilo mais forte, stiff, que valoriza mais os golpes e o grappling que o brawl puro. Seria uma junção da essência do pro-wrestling clássico com o que vemos no puroresu hoje em dia.

Além disso, esses wrestlers saem com um enorme qualidade em conduzir storylines, falando bem ao microfone, demonstrando uma experiência e confiança naquilo que fazem. Ou seja, são wrestlers que beiram o completo. Se por um lado, temos wrestlers americanos com um potencial atlético sobrehumano, muitos deste ficam a desejar nos quesitos fala e carisma, e ocorre o contrário com outros, incrivelmente carismáticos, mas com largas deficiências in-ring.

Esses wrestlers que vieram do velho continente, por outro lado, conseguem trabalhar bem em quaisquer circunstâncias, provando seu valor, para que em um futuro não muito distante possam estar efetivamente alçando vôos maiores rumo ao topo do pro-wrestling.

GOD SAVE THE QUEEN!

Até a próxima!
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