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Toda verdade sobre Ric Flair - Parte IV


Quem assistiu ao filme “The Wrestler” e conhecer minimamente este negócio que é o wrestling percebe que o filme é um retrato quase fidedigno do modo de vida de muitas estrelas do passado do wrestling. Muitos ou caíram no pesadelo das drogas ou afundaram-se financeiramente e tentam sobreviver seja de que modo for, contudo há quem esteja financeiramente arruinado e continue a esbanjar como se não houvesse amanhã e essa pessoa é Ric Flair....

Um artigo estrito por Shane Ryan no GrantLand.com um site afiliado da ESPN intitulado de The Wrestler in Real Life, aborda e escamoteia todos os escândalos de Ric Flair nas últimas duas décadas, os problemas com as suas ex-mulheres, a fuga ao fisco, os dividias, as penhoras e o facto deste que muitos dizem ser o melhor de sempre ainda estar no activo, mesmo sofrendo de um problema cardíaco. Este é um artigo perigoso que Flair até ameaçou avançar para tribunal, contudo tudo que é dito no artigo está comprovado em tribunal e até em partes da autobiografia de Ric.

Aqui fica a tradução da quarta parte do artigo.

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Em Novembro, preso no trânsito do dia de acção de graças, Fliehr foi acusado de ter atacado um condutor na I-485 na Carolina do Norte e segundo palavras na acusação, Fliehr terá puxado o condutor pelo pescoço e pontapeado a porta do seu carro. As testemunhas do incidente nunca apareceram em tribunal pelo que o caso foi retirado.

2006: Gary Wright do Charlotte Observer reportava que a queixa de Elizabeth de Fliehr não partilhar o lugar anual nos Carolina Panther tinha falhado.

A Conbraco Industries que fabrica válvulas para águas movia um processo contra Fliehr por falhar no pagamento de um empréstimo de 300 mil dólares. De acordo com uma fonte próxima ao caso, a Conbraco foi quem financiou Fliehr para a abertura de dez Gold's Gyms. Quando os ginásios já estavam fechados ou vendidos, Fliehr ainda devia mais de 200 mil dólares. Ele parou de fazer pagamentos regulares em Abril de 2003.

Em julgamento foi dada razão à Conbraco e Fliehr foi condenado a pagar 185 mil dólares mais juros desde 2003 e ainda as custas do processo que foram de dez mil dólares. Os joalheiros Fink moveram uma acção contra Fliehr em 81 mil dólares mais juros. Facturas provaram que Fliehr comprou pelo menos 76 mil dólares em jóias num período de quatro meses entre Novembro de 2004 e Fevereiro de 2005. O caso ainda corre em tribunal.

A 27 de Maio, Fliehr casa com a sua terceira esposa, Tiffany Vandemark. Ele terá gasto 100 mil dólares para comprar um anel de noivado para Tiffany. Comprou uma mala Louis Vuitton e um relógio Rolex. O lutador Triple H foi o seu padrinho de casamento.

2007: Greg Leon que é dono de uma rede de restaurares na Carolina do Sul emprestava a Fliehr 47,570 dólares. Em Outubro e de acordo com Leon, Fliehr e Tiffnay terão ido ter com ele para lhe dar uma garantia sobre a dividia. Fliehr terá tirado o anel de noivado do dedo de Tiffany com a intenção de o dar a Leon mas uma amiga de Leon incentivou este a dizer que não e este acabou por recusar a proposta de Fliehr.

“Eu devia ter aceite o anel” disse ele, “mas era uma situação muito constrangedora”. Em vez disso, Fliehr deu-lhe o relógio Rolex, uma mota e um barco. Quando ficou claro que Leon não iria ver a cor do dinheiro, ele vendeu somente o Rolex, pois quando ia para vender o barco e a moto, ficou sem receber nada pois não tinha os títulos de propriedade. O barco está na marina e a mota permanece na garagem de Leon. Um juiz da Carolina do Sul decidiu levar o caso a julgamento no início de 2008 mas mesmo com Fliehr a ser considerado culpado, a quantia original que Leon emprestou nunca foi recebida.

Quando fala sobre como era fazer negócios com Fliehr, Leon disse que se arrepende de o ter feito pois “julgava que ele era um homem de honra”.

Fliehr foi também vítima, No início do ano, ele e a sua ex-mulher começaram a perceber a extensão dos seus danos e erros em termos financeiros. Eles moveram um processo contra Scott Storick (entre outros), um homem que tinha sido o seu conselheiro financeiro e que gradualmente foi ganhando dinheiro às custas das más decisões do casal o que levou a uma caso em tribunal de vários anos.

Os casos de Storick

A versão simplificada da história que consta no processo é que Storick terá convencido várias vezes Elizabeth a mudar de apólice de seguro de vida para ela e para Fliehr. Em cada mudança, segundo Storick o negócio era melhor que o anterior quando na verdade (falando de um modo geral), os seguros de saúde tendem a ser mais caros conforme o avançar da idade e normalmente são deixados cair depois de se ter pago uma enorme quantia de dinheiro.

Os problemas começaram em 1994. Naquela altura, Fliehr tinha o seguro de saúde na Guardian, uma apólice de baixo risco que ia aumentado de valor com o tempo. Os beneficiários eram os parentes de Fliehr e Elizabeth. Scott Chamberlain, um representante da Principal Life convenceu os Fliehrs a mudarem a sua cobertura para uma apólice universal ao indicar que os pagamentos seriam melhores e as vantagens com a morte maiores. O que ele não explicou é que os seguros de saúde universais tendem a variar conforme o mercado e porventura menos dinheiro se recebe. Para além disso o novo seguro poderia aumentar o valor da anuidade se naquela altura descobrissem que Fliehr – um lutador já de idade avançada e que viria mais tarde a confirmar o uso de esteróides – teria mais chances de falecer.

Quando mais tarde Fliehr e Elizabeth descobriram a jogada, Storick entra na equação. Sendo ele um agente da Principal Life, ele “exigiu grande preocupação” com o mau gerir de Chamberlain e levou os Fliehr a comprarem o seguro de vida da Principal Life na totalidade, Contudo ele não mencionou que o seguro antigo de Fliehr na Guardian ainda estava vigente e sendo um valor já por si elevado e que ainda poderia ser usado. Storick usou o seguro antigo a seu favor e assim no final, Fliehr passou a pagar uma prestação que era o dobro da que pagava na Guardian e Storick beneficiou das comissões. (“O seguro foi posto em nome de Elizabeth para prevenir que Mr. Fliehr se queixasse do valor pago pelo seguro”)

Storick tornou-se próximo do casal e de tal forma que se tornou-o o principal conselheiro financeiro deste e de uma forma confiável que “Mrs. Fliehr tinha tanta confiança nele que até lhe confiou o código de segurança do cofre de casa”.

Em 1998, Storick que agora era agente da Guardian, vende a Elizabeth um novo seguro de saúde. Em 1999 quando se torna agente da Travelers, ele convence o casal a mudar o seguro universal na Principal para a Travelers. Em 2000 ele faz Beth mudar o seguro para Travelers.

De cada vez que Storick mudava de segurada, ele falava com Elisabeth e tendo já a sua confiança dizia que a mudança era um melhor negócio. Com a mudança, Fliehr e a sua esposa abdicavam de qualquer valor acumulado e ficavam expostos a um grande risco e assim enchiam os bolsos de dinheiro a Storick e as suas sucessivas seguradoras.

Em 2002, quando Storick vai trabalhar para a General American, nova mudança aconteceu e Fliehr tinha mais dois seguros para pagar.
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