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No Disqualification #1- Team Johnny vs Team Teddy


Olá gente do wrestling! Estreio-me hoje no Wrestling Notícias. Alguns de vós já puderam ver um artigo experimental na semana passada, mas a partir de hoje a coisa é séria! Este meu espaço vai-se chamar No Desqualification, pois quero que aqui não haja limites, quero analisar feuds e prever o seu futuro, mesmo que, por vezes, as previsões possam parecer absurdas. Ironia, sarcasmo, piadolas, tudo vale! Este é um espaço de um fã de wrestling para outros fãs de wrestling e é por isso que começa no título e só termina no vosso último comentário! .....


Para a minha estreia oficial decidi abordar o combate entre as equipas dos General Managers na Wrestlemania. Este é um combate que vai influenciar a postura da WWE no pós-Wrestlemania e, apesar de estar a ser ofuscado pelos dream matches deste ano, o desenvolvimento da feud tem sido bem construído.

De um lado, temos a equipa de John Laurinaitis, General Manager do Monday Night Raw. John é um ex-lutador com passagens por companhias como a NWA e AJPW, sendo que foi no Japão que alcançou maior sucesso, mesmo assim nunca foi um lutador de relevo. Retirou-se no ano de 2000, mas a sua ligação (ele é irmão de Road Warrior Animal, parte de uma das melhores tag teams da história do wrestling profissional, os Road Warriors) e paixão pelo Wrestling levaram-no a manter-se no negócio, trabalhando nos bastidores. Começou na WCW como principal mentor das histórias que se iam desenvolvendo, até que foi contratado, em 2001, pela WWE. Hoje ocupa o cargo de Vice-Presidente Executivo das Relações de Talentos, a que junta a posição como General Manager Interino da Raw.

Do outro lado temos Teddy Long, General Manager da Smackdown. Teddy começou a sua carreira como árbitro, mas a forma como se expressava agradou aos responsáveis da NWA e acabou por virar manager. Já na WWF, teve o mesmo percurso, passando a ser um manager heel. Teve a seu cargo lutadores como D’Lo Brown, Mark Henry, entre outros. Em 2004 dá-se o grande salto na carreira, muda-se para a SmackDown, torna-se General Manager e um dos top babyfaces da WWE!

A feud destes dois deriva da vontade de Laurinaitis querer ser o chefe máximo das duas brands. Aconselhado pelo seu Consultor Juridico, David Otunga, começou a interferir na SmackDown, até que foi construindo uma rivalidade com Teddy Long que culminará na Wrestlemania com um combate tag team de 12 homens, sendo que o vencedor fica com o controlo das duas brands. Já conhecemos 10 dos 12 intervenientes e para já está assim:

Team Johnny- David Otunga (capitão); Christian; Dolph Ziggler; Jack Swagger e Mark Henry.Esta equipa tem muito mais star power. Os nomes que se juntam aqui são de maior relevo, afinal de contas quatro deles são ex-Campeões Mundiais. Ziggler é o futuro da WWE, um dos maiores talentos, que não tardará a ser main-eventer. Christian um dos melhores heels da actualidade, que acarreta um passado banhado a ouro, tal é a quantidade de títulos que ganhou. Mark Henry, um verdadeiro monstro, que dedicou muitos anos ao wrestling profissional e, que apesar de não ser dos melhores de sempre, é com certeza um atleta, que pelo seu trabalho, merecia muitas mais oportunidades que as que teve. Jack Swagger é um excelente wrestler, muito técnico (estilo de que sou fã), mas demasiado colado à imagem de Kurt Angle, e que tem perdido muito ímpeto, sendo quase um jobber. Resta-nos David Otunga, que funciona como uma espécie de Yannick Djaló. É conhecido pela mulher que tem. No ringue é razoável e no microfone cumpre, mas sem ser eloquente. A sua gimmick obrigava-o a fazer parte desta equipa pois é o braço direito de Laurinaitis, já a sua nomeação como capitão pode ser questionável, apesar de achar que faz sentido ser ele pelo seu papel na feud, não pelo seu star power que também roçava o jobber antes desta rivalidade.

Team Teddy – Santino Marella (capitão); R-Truth; Kofi Kingston; Zack Ryder e The Great Khali.

É uma equipa com elementos muito ligados a situações de comédia, o que muitas das vezes leva-os a uma situação de descredibilização da gimmick. Além de que nenhum destes nomes tem um impacto brutal, o que transparece uma discrepância entre as equipas. R-Truth possui wrestling skills muito boas, fazendo manobras que mais ninguém faz e, apesar de no ano de 2011 ter recebido um enorme push, deitou tudo a perder com a violação do programa anti-drogas da WWE. É um bom lutador, mas que não veremos segurar um dos principais títulos pois a sua idade e gimmick não o permitirão. Kofi Kingston, em ringue é muito energético e transmite ritmo aos combates, mas é fraco no microfone o que o afasta do main-event.

Para Zack Ryder, este combate é como querer a Giselle Bundchen e só conseguir a miúda mais gira da turma. Serve mas não era bem o que queríamos. Ryder participar na Wrestlemania é um prémio merecido pois ele traçou o seu próprio caminho, arriscou e venceu, só que nesse caminho muitas das vezes criticou a sua entidade patronal, o que fez com que a feud com Kane servisse para travar o apoio do público e remetê-lo para o mid-card. O seu sonho de lutar por um título na Wrestlemania, fica adiado. Resta-nos Santino Marella. Depois da escolha de Otunga parecia-me óbvia a escolha de Santino. Primeiro porque ele desempenha na SmackDown uma personagem que é o braço direito de Teddy Long; segundo porque não se podia colocar como capitão de equipa alguém com muito mais nome do que Otunga pois descredibilizaria o combate. Não pensem que estou com isto a desvalorizar lutadores, pois se trabalham para a WWE é porque têm talento! Ok, admito que escrevi a última frase apenas porque me esqueci do The Great Khali.

Quem será que vai ocupar as vagas em aberto neste combate? Tenho duas hipóteses. Primeiro, e a que mais se especula, que sejam Alberto del Rio e Rey Mysterio. Apesar de não estarem ainda a 100%, o tipo de combate permite que não se desgastem tanto. O mercado hispânico é muito importante para os cofres da WWE e decerto que não perderão a oportunidade de os rechear ainda mais, até porque só há duas coisas certas na companhia de Vince McMahon: o dinheiro dita o caminho e o Shemaus sempre que tenta aplicar o “Celtic Cross”, o adversário safa-se. A segunda hipótese espero mesmo que seja só algo absurdo da minha cabeça. Eu acho possível que juntem a Aksana e a Vickie Guerrero ao combate, pois têm tido um papel importante na feud e o público reagiu bem à sua confrontação na passada segunda-feira.

Confesso que, em outros tempos, uma feud destas entre as duas brands e com superstars de mais renome, seria um óptimo combate e que traria mais carga afectiva , pois uns queriam que ganhasse a SmackDown e outros a Raw. Sem a separação de brands e com o mesmo General Manager o caminho será a uniformização dos dois shows, sempre com os mesmos a combater e isso não será benéfico. Prefiro que ganhe Laurinaitis porque acho que um General Manager heel apimenta a história e dá sempre mais formas de uma feud se expandir, contudo, neste caso, não estou a ver como a WWE lidaria com a perda de um babyface e cara da SmackDown, Teddy Long. Long está velho e despedir-se no maior palco de todos seria um justo reconhecimento por tudo o que fez pela empresa. Mas o mais certo é esta ser uma história de transição para mudanças de General Manager e é nesse sentido que acho que Mick Foley pode estar envolvido. Pois Foley é um grande nome e poderia ser perfeito para dar à SmackDown outra cara, mantendo o excelente trabalho de Long.

Agora é a vossa vez, digam de vossa justiça!

Ricardo Couto
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