MMA: UFC 145: Jones vs. Evans - Antevisão + Pesagens
O UFC regressa hoje aos grandes shows e na Phillips Arena, em Atlanta, Geórgia apresenta o UFC 145 onde Jon Jones estará no main-event a defender o título de meios-pesados contra um adversário muito peculiar, o seu ex-colega de treino Rashad Evans. Este confronto está a gerar muita expectativa tanto pelo trash talking entre os lutadores bem como os números que os lutadores levam para esta luta....
O card completo do UFC 145 é o seguinte:
CARD PRELIMINAR
Categoria pesado: Travis Browne x Chad Griggs
Categoria meio-médio: Matt Brown x Stephen Thompson
Categoria leve: John Makdessi x Anthony Njokuani
Categoria leve: Mac Danzig x Efrain Escudero
Categoria meio-médio: Chris Clements x Keith Wisniewski
Categoria pena: Marcus Brimage x Maximo Blanco
CARD PRINCIPAL
Categoria meio-pesado: Jon Jones x Rashad Evans
Categoria meio-médio: Rory MacDonald x Che Mills
Categoria pesado: Brendan Schaub x Ben Rothwell
Categoria galo: Miguel Angel Torres x Michael McDonald
Categoria pena: Mark Hominick x Eddie Yagin
Categoria leve: Mark Bocek x John Alessio
------------------------------------------- Countdown -------------------------------------------
-------------------------------------------Antevisão -------------------------------------------
Olhando ao card preliminar, a principal luta será um duelo de pesos-pesados que, juntos, somam apenas uma derrota na carreira: o invicto Travis Browne dará as boas-vindas para o duro Chad Griggs. O prospecto de estilo muito atraente Stephen Thompson vai escalando os degraus da divisão dos meio-médios contra o valente Matt Brown. Pela mesma divisão, Keith Wisniewski encara o estreante Chris Clements.
Em um duelo de leves que promete se transformar em um quebra-pau com grandes chances de nocaute, John Makdessi enfrenta Anthony Njokuani. Dois vencedores do TUF que estão entre os menos badalados da turma se enfrentam em busca de um rumo na carreira: Mac Danzig e Efrain Escudero. Abrindo os trabalhos no ginásio do Atlanta Hawks, da NBA, o ex-TUF 14 Marcus Brimage recebe o venezuelano Maximo Blanco, assim como Griggs, oriundo do Strikeforce.
No card principal. depois de tantas acusações de lado a lado, finalmente os antigos parceiros vão se enfrentar. Na Philips Arena em Atlanta, Georgia, o campeão dos meio-pesados Jon Jones vai colocar seu cinturão em jogo contra Rashad Evans na luta principal do UFC 145.
Pela primeira vez em posição de destaque em um card do UFC, o jovem canadiano Rory MacDonald tem mais uma chance de se consolidar como uma das principais forças na divisão dos meio-médios. Ele vai encarar o inglês Che Mills.
O peso pesado americano Brendan Schaub volta ao octógono pela primeira vez desde a derrota para Rodrigo Minotauro no UFC Rio. Ele vai enfrentar o compatriota Ben Rothwell, que já vê a carta de demissão se aproximando.
O UFC 145 terá também um sensacional duelo de gerações. O veterano ex-campeão dos galos do WEC Miguel Torres será o maior teste da carreira do talentoso garoto Michael McDonald. Este combate será precedido pelo confronto dos penas Mark Hominick e Eddie Yagin.
Jon Jones vs. Rashad Evans
O líder da nova geração de lutadores de MMA volta ao octógono quatro meses após fechar o mágico ano de 2011. Jones venceu as quatro lutas que fez o ano passado, três delas contra antigos donos do cinturão dos meio-pesados e valendo o título da categoria. Ryan Bader, Maurício Shogun, Quinton Jackson e Lyoto Machida, todos foram batidos antes do final da luta. Apenas Bader (em luta de três rounds) Rampage passaram da metade.
Quando o UFC foi lançado, “Bones” tinha 6 anos de idade. Apesar de se ter dedicado inicialmente à greco-romana, ele cresceu junto com o MMA. A soma do facto de envelhecer junto com o desporto com a enorme capacidade de aprendizagem resultou num lutador completo, que evolui visivelmente a cada apresentação. Vale lembrar que Jones estreou no UFC com apenas 4 meses (e 6-0) como profissional e ainda não havia completado o primeiro ano no MMA quando chocou o mundo ao humilhar Stephan Bonnar.
A tão comentada maior envergadura da história do UFC é magistralmente utilizada pelo enorme (1,94m) campeão. As suas cotoveladas são as armas mais poderosas de seu arsenal – mas não as únicas. Jake O’Brien foi o único que não levou uma queda. Nenhum dos 10 oponentes no UFC conseguiu colocar Jones com as costas no chão ou o mandou a knockdown. A versatilidade de seus golpes permitem combinações de socos, chutes, joelhadas e cotoveladas rodadas num mesmo ataque. O jiu-jitsu, apontado como maior deficiência dele, o ajudou a bater três dos últimos quatro adversários, inclusive o faixa-preta Machida. Jones, é uma máquina de lutar MMA.
Rashad será o quarto ex-campeão que Jones enfrenta consecutivamente. O maior talento revelado na história do TUF, ele até hoje foi derrotado uma única vez, no nocaute para Lyoto Machida. Fora isso, obteve 22 vitórias (12 no UFC) e um empate.
O ex-campeão passou um tempo esquecido das origens como wrestler – o que acabou por lhe valer o cinturão e a única derrota – mas tirou as devidas lições. Desde que perdeu o título, Rashad venceu Thiago Silva e Rampage na base das quedas, atropelou Tito Ortiz de modo constrangedor e dominou por completo o prospecto Phil Davis, derrubando um wrestler melhor que ele próprio (e que Jones) e trabalhando bem o boxe, credenciando-se assim para a nova chance de ser campeão.
Com apenas 1,78m, Evans normalmente leva desvantagem física nos combates, que ele compensa com bastante movimentação e acurado timing de quedas. O óptimo preparo físico, inteligência acima da média e habilidade tanto na troca, quanto na luta agarrada, tornam-no um oponente temido mesmo para alguém como Jones. E com uma vantagem que nenhum dos oponentes anteriores do campeão teve: os dois treinaram juntos por mais de três anos.
Por um lado, Rashad diz conhecer algumas deficiências do jogo de Bones. Por outro, Jones é outro tipo de lutador desde o último treino de ambos na Jackson’s MMA. Como o próprio campeão disse, “ele treinou com o garoto e agora vai lutar com o homem”. Não tenha dúvidas disso.
Para Rashad, não há margem de erro. Um mínimo descuido e um chute vindo do outro lado do octógono, uma cotovelada rasgante ou uma queda que o coloque debaixo do ground and pound dos cotovelos-navalha de Jonny podem mudar o rumo da luta num piscar de olhos. Com muita movimentação, Evans deve entrar e sair rapidamente do enorme raio de ação do campeão, de preferência acertando algum petardo que faça Jones recuar. Neste momento será hora de explodir numa combinação que Lyoto não fez ou aproveitar para mergulhar em uma queda e, pela primeira vez, testar o garoto por baixo.
A missão de Rashad Evans será espinhosa – como a de qualquer ser humano que divida o octógono com Jon Jones. Infelizmente (para o desafiante), mais cedo ou mais tarde o campeão deve conseguir impor sua vontade e encurtar a distância. And it’s all over.
Rory MacDonald (CAN) vs Che Mills (ING)
O canadiano segue firme na fila dos talentos da nova geração puxada por Jones. Aos 22 anos, 3 a mais que o UFC, MacDonald já começou a vida nas lutas treinando MMA, aos 14. Estreou profissionalmente aos 16, foi campeão do King Of The Cage aos 19 e entrou no UFC aos 20. Estaria invicto até hoje se tivesse suportado mais 7 segundos contra Carlos Condit em sua segunda luta na maior organização do mundo.
Companheiro de equipa de Georges St-Pierre na Tristar Gym, “Ares” reza a cartilha do lutador completo. O excelente preparo físico impulsiona o boxe que costuma alvejar os adversários com constância. A excelente noção de distância possibilita que o canadiano aplique quedas (Mike Pyle, único oponente que não foi posto para baixo, foi nocauteado em três minutos). No chão, MacDonald imprime ritmo forte misturando ground and pound com passagens de guarda e tentativas de submissão.
O vasto repertório de Rory é representado no cartel de 12-1: são 5 vitórias por nocaute e 6 por finalização. Depois da derrota para Condit, em luta que estava vencendo por decisão, Rory aplicou um sapeca-iaiá em Nate Diaz no UFC 129, atropelando-o em todos os ramos do jogo e completando a festa com 3 suplexes. No UFC 133, nocauteou Pyle. Enfrentaria o perigoso Brian Ebersole no UFC 140, mas se machucou e só agora retorna ao octógono mais famoso do mundo.
O inglês fez sucesso no MMA europeu e chegou a ser apontado como um dos principais prospectos do velho continente ao conquistar o cinturão britânico do Cage Rage e ter uma chance no TUF 9, mas não passou da rodada eliminatória e sequer entrou na casa. Passou pelo BAMMA, lutou na Espanha e na Rússia até receber a chance de estrear em casa no UFC 138. Mills precisou de apenas 40 segundos para colocar seu temido joelho em acção contra Chris Cope e levar o bónus de nocaute da noite.
Aos 29 anos, 1,75m de altura, o “Bonito” tem 7 vitórias por nocaute e 4 por finalização em seu cartel de 14-4 (um no contest). Prefere lutar trocando, fazendo uso de seus bons jabs que podem abrir caminho para uma joelhada – três oponentes tombaram deste modo.
Mills é, a princípio, um passo atrás para MacDonald. Isto significa que o UFC quer proteger o garoto que pode substituir GSP numa divisão repleta de talentos. Como o canadiano é melhor que o inglês em todo e qualquer aspecto do jogo, deve empatar suas contas de nocautes e submissões, provavelmente depois de quedar e espancar o adversário no ground and pound – a não ser que aconteça uma surpresa daquelas.
Brendan Schaub (EUA) vs Ben Rothwell (EUA)
Vice-campeão do TUF 10, Schaub chegou a fazer barulho entre os pesos pesados. Nocauteou os fracos Chase Gormley e Chris Tuchscherer, provocou a demissão de Gabriel Napão e violentou Mirko Cro Cop. Encheu-se de moral e veio ao UFC Rio com a intenção de surpreender Rodrigo Minotauro inclusive no chão. Entrou no octógono de quimono e faixa roxa, mas foi brutalmente nocauteado pela lenda brasileira.
Com 1,93m de altura, 2,02m de envergadura e 112kg, o ex-jogador de futebol americano é um dos mais ágeis e atléticos lutadores da lenta divisão dos pesados. Apesar de dizer que o jiu-jitsu é sua maior paixão, o “Híbrido” tem no boxe sua principal arma, responsável por nocautear sete dos oito adversários vencidos. Nas duas derrotas, Schaub caiu desacordado em nocautes no primeiro round para Minotauro e Roy Nelson. Parceiro de Shane Carwin na Grudge Training Center, ele tem 29 anos.
Os tempos áureos na extinta liga IFL, quando chegou a conquistar 13 vitórias seguidas e a ser considerado um dos 10 melhores pesados do mundo, fazem parte de um passado remoto. Desde o fim da IFL, Rothwell passou a enfrentar concorrência mais forte e a coleccionar derrotas. Começou com um nocaute no também falido Affliction para Andrei Arlovski. Um ano depois, em 2009, ele estreava no UFC sendo espancado por Cain Velasquez. Em 2010, venceu Gilbert Yvel em luta desagradável. Já em 2011, conseguiu piorar sua situação ao ser derrotado por um exausto Mark Hunt – Rothwell terminou ainda mais cansado -, numa das lutas mais lamentáveis que o UFC viu no último ano.
Antigo pupilo de Pat Miletich e Duke Roufus, “Big” Ben é um kickboxer que sente prazer em sair na mão. Houve um tempo em que conseguia vencer lutas por finalização (contabiliza 5 delas), mas o constrangedor passeio que levou do cego Hunt no chão nos mostra que isto também faz parte do passado. Apesar de parecer mais, Rothwell tem apenas 30 anos, 1,94m, 120kg e cartel de 31-8, com 17 vitórias por nocaute.
A última coisa que abandona um homem é o seu soco. Sendo assim, Rothwell tem chance, principalmente se contar com o já testado (e reprovado) queixo de Schaub. Mas, convenhamos, é difícil que isso aconteça. Brendan provavelmente vai mostrar a enorme diferença na capacidade atlética e conseguir um nocaute na primeira metade da luta.
Miguel Angel Torres (EUA) vs Michael McDonald (EUA)
O cargo de melhor peso galo do mundo, hoje de Dominick Cruz, já foi um dia ocupado por Torres, ex-campeão do WEC numa época em que a divisão ainda era muito rasa nos EUA. O “Galinho Mexicano” do saudoso mestre Carlson Gracie notabilizou-se pelo estilo tresloucado de lutar, transformando os combates em verdadeiros quebra-paus. Ostentou respeitáveis séries invictas de 20 e 17 lutas, separadas por uma única derrota (vingada logo depois), antes de perder a coroa do WEC para Brian Bowles e iniciar fase instável.
A evolução da categoria trouxe lutadores que sacaram o estilo descuidado de Torres e passaram a tirar proveito nos confrontos. Joseph Benavidez o venceu logo depois de Bowles. Com uma vitória e a migração para o UFC, Miguel venceu mais uma e novamente foi parado, desta vez por Demetrious Johnson. Com 3 derrotas em 5 lutas, era hora de rever as estratégias.
O treinador Firas Zahabi, de GSP, resolveu que seria uma questão pessoal endireitar o lutador, fazendo-o lutar com mais inteligência, expondo-se menos. O resultado apareceu contra Nick Pace, vencido no UFC 139. Aos 31 anos, Torres tem cartel de 40-4, com 23 submissões. Além do jiu-jitsu de alto nível, o integrante da Tristar Gym tem um muay thai bastante versátil e útil, principalmente quando a estratégia está alinhada com a inteligência. Depois de perder o emprego devido a uma piada de mau gosto no Twitter, foi recontratado.
Um ano mais novo que Rory, Michael (que não é parente do canadiano) completa a trinca das estrelas do futuro do UFC 145. Ele entrou no UFC ainda em fase de crescimento, o que pode ajudar a explicar a dificuldade em atingir o peso nas duas primeiras lutas. Mesmo em dificuldade e sendo obrigado a lutar por quinze minutos, “Mayday” venceu os competentes Edwin Figueroa e Chris Cariaso. Mais bem preparado e recuperado de contusões que o incomodavam, precisou de menos de um minuto para mostrar potência nos punhos incomum a um peso galo e nocautear Alex Soto no UFC 139.
McDonald começou no kickboxing ainda criança e logo passou para o jiu-jitsu, modalidade em que ostenta a faixa marrom. Começou a treinar MMA aos 14 e fez sua primeira luta profissional aos 16. Com sete vitórias por nocaute seguidas, foi contratado pelo WEC no fim de 2010. Na nova casa, finalizou Clint Godfrey e migrou para o UFC, onde já tem 3 vitórias em igual número de combates. O cartel completo de Michael é de 14-1.
O Torres que lutava antes do UFC 139 seria um alvo sob medida para McDonald, contragolpeador preciso e dono de uma mão direita de concreto. Atacá-lo como um louco seria um convite para se juntar aos oito outros oponentes nocauteados pelo prodígio da Califórnia. Agora em sua fase mais comedida, Torres deve usar seus longos braços para controlar a distância.
Se pode levar prejuízo em pé, a situação muda no chão. Torres é faixa preta há quatro anos e muito mais experiente que o adversário. Caso evite de cair por baixo e ser massacrado no ground and pound, Miguel é capaz de deixar o garoto em perigo. O duelo mais equilibrado da noite dificilmente será decidido antes do final e vai deixar o vencedor em ótima situação na categoria.
Mark Hominick (CAN) vs Eddie Yagin (EUA)
Depois de ser derrotado por José Aldo na disputa do cinturão dos penas, Hominick disse que aquela luta seria um divisor de águas em sua carreira. Realmente foi, mas ao contrário do que o canadiano imaginava. Altamente favorito contra o brigador Chan Sung Jung, o popular “Korean Zombie”, Hominick foi surpreendido por um directo de direita e acabou nocauteado pela segunda vez na vida, oito anos após a primeira. Para piorar, em apenas sete segundos. Como desgraça pouca é bobagem, diante de seus compatriotas.
A desatenção que culminou no desastre do UFC 140 tem um atenuante. Shawn Thompkins, treinador e amigo de Hominick, faleceu no último mês de agosto devido a um ataque cardíaco aos 37 anos. Thompkins ajudou a moldar um kickboxer de primeira linha, com punhos tão pesados quanto precisos que trabalham em combinação com chutes devastadores. Aos 29 anos, 20 vitórias e 10 derrotas no MMA profissional, “A Máquina” agora precisa juntar os cacos e seguir adiante.
Yagin deve ser um adversário sob medida para a recuperação de Hominick. De estilo brigador, prefere lutar em pé. Estreou no UFC 135, chegando com o cinturão dos penas do Tachi Palace Fights. Foi quedado e controlado no chão por Junior Assunção. Terminou derrotado por decisão, sem deixar boa impressão.
Profissional há mais de dez anos, Yagin é companheiro de equipe de Dominick Cruz na Alliance MMA. Aos 33 anos, o havaiano descendente de filipinos tem cartel de 15 vitórias, perfeitamente divididas entre nocautes, submissões e decisões, cinco derrotas (duas por nocaute e uma por finalização), além de um empate. Tombou diante de todos os (pouco) adversários de algum nível que enfrentou, exceto o ex-campeão do Bellator Joe Soto.
As casas de apostas novamente colocam Hominick como favorito disparado no combate, dividindo com Rory MacDonald as odds mais baixas do evento. Para os supersticiosos ou apostadores inveterados, isto pode representar um convite a se repetir o filme de terror do UFC 140. Devo dizer para não se empolgarem tanto assim. Bem preparado, sem contusão e com os efeitos da perda de Thompkins minimizados, o canadiano deve conseguir sua redenção com um belo nocaute.
Antevisão original de MMA-Brasil e Globo.com
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Se alguém estava preocupado que a rivalidade entre Jon Jones e Rashad Evans havia-se exaurido com toda a propaganda e falatório pré-luta do último mês, a pesagem do UFC 145 desta sexta-feira provou que a rixa entre os dois ex-companheiros ainda está bem viva. Frente a uma torcida dividida que vaiou ambos, os desafectos esbanjaram emoção no palco montado na Philips Arena, em Atlanta, e protagonizaram uma das encaradas mais intensas do ano. A dupla bateu o limite de peso da categoria meio-pesado para confirmar que o duelo de sábado valerá o cinturão, actualmente em posse de Jones. Apenas um lutador do UFC 145 ficou acima do limite de sua categoria.
Como de costume, "Suga" Rashad Evans foi vaiado ao subir no palco. O lutador da equipe Blackzilians deu um sorriso amarelo, mas caminhou tranquilamente para a balança e bateu 92,5kg, abaixo do limite dos pesos-meio-pesados. A surpresa foi quando "Bones" Jones saiu de trás da cortina e foi tão ou mais vaiado do que o adversário. O representante da Jackson's MMA incentivou os insultos e marcou 93kg. Os dois encostaram os rostos durante a tradicional encarada e continuaram se olhando feio mesmo ao serem afastados pelo "matchmaker" Joe Silva. Evans comentou que a expectativa para o duelo com o ex-companheiro de equipa é diferente em relação a outros combates.
- Tem havido uma grande diferença por causa da mídia, mas eu gosto da emoção. Amanhã vamos resolver no octógono - disse Evans, que saiu do palco batendo no peito e xingando o rival.
Animado, Jones, que usou roupas com a marca do UFC no evento, deu entrevista em seguida e, sob intensas vaias, declarou guerra ao ex-colega.
- Estou ansioso, empolgado e pronto para machucá-lo - afirmou um sorridente Jones.
Embora o card preliminar não tivesse grandes nomes além de Jones e Evans, e da ausência do presidente Dana White pelo segundo evento consecutivo - o chefão está em Las Vegas para o episódio ao vivo do reality show The Ultimate Fighter: Live desta sexta -, houve outro astro do UFC no palco da pesagem. O canadense Georges St-Pierre, campeão dos pesos-meio-médios, acompanhou o compatriota Mark Bocek antes deste subir à balança.
John Makdessi excedeu o limite de tolerância de 70,8kg da categoria leve por duas libras (cerca de 1kg) e foi multado em 20% de sua bolsa de luta. Seu adversário, Anthony Njokuani, bateu 70,8kg. Em combates que não valem o cinturão, como neste caso, há uma tolerância de uma libra (cerca de 450 gramas) além do limite da categoria.
CARD PRINCIPAL
Categoria meio-pesado: Jon Jones (93kg) x Rashad Evans (92,5kg)
Categoria meio-médio: Rory MacDonald (76,9kg) x Che Mills (77,1kg)
Categoria pesado: Brendan Schaub (107,5kg) x Ben Rothwell (119,2kg)
Categoria galo: Miguel Angel Torres (61,4kg) x Michael McDonald (61,2kg)
Categoria pena: Mark Hominick (65,5kg) x Eddie Yagin (65,5kg)
Categoria leve: Mark Bocek (70,3kg) x John Alessio (70,5kg)
CARD PRELIMINAR
Categoria pesado: Travis Browne (114kg) x Chad Griggs (112,5kg)
Categoria meio-médio: Matt Brown (77,6kg) x Stephen Thompson (77,6kg)
Categoria leve: John Makdessi (71,7kg) x Anthony Njokuani (70,8kg)
Categoria leve: Mac Danzig (70,8kg) x Efrain Escudero (70,8kg)
Categoria meio-médio: Chris Clements (76,6kg) x Keith Wisniewski (77,3kg)
Categoria pena: Marcus Brimage (65,8kg) x Maximo Blanco (66,2kg)