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Slobber Knocker #6: WWE Rookie Championship?


Cumprimentos a todos assim que regresso mais uma vez para mais um Slobber Knocker e esta semana debruço-me sobre um programa: o NXT.Muito divergentes são as opiniões que vejo pelas Internets fora quanto ao programa. Uns acham que anda aí a mais e já podia ter acabado há muito tempo,outros acham que o show já teve uma boa viragem e agora já se estabelece como uma brand bem trabalhada para incluir talento jovem....

O meu texto vai-se basear numa análise progressiva ao decorrer do programa, culminando na pergunta do título. É verdade que este programa já deu tantas voltas que conseguiu encurralar-se num beco sem saída e a determinado momento ninguém queria saber disto e ninguém sabia o que se passava.E era aborrecido. Porque as pessoas esperavam o fim. Alguns mais distraídos ainda estão à espera do fim, quando isto na verdade já se tornou uma “minor brand”… Mas olhemos por partes…

Objectivos falhados


A primeira temporada foi de qualidade. Apresentava bons talentos e o seu formato carregava a sua dose de entretenimento. O vencedor teria uma recompensa bem gorda e já teria oportunidade pelo título da WWE. Mas ainda melhor: da 1ª temporada saíram os Nexus que mesmo que acabassem por se desintegrar e cair na obscuridade, na altura foram das coisas mais interessantes e entusiasmantes a acontecer.

Isto começou a ceder nas temporadas seguintes que já não levavam tanta faísca consigo e cuja atenção voltada aos vencedores era nula. O vencedor da segunda – Kaval aka Low-Ki – deu em fiasco ao ser despedido pouco depois e os vencedores das duas seguintes, incluindo uma de Divas, hoje estão outra vez nesse programa. Por uma razão muito simples: não conseguiam tirar dali mais nenhum Wade Barrett ou outro Daniel Bryan. E não tinham uma ponta de ideia sobre o que fazer e onde integrar esses vencedores.

Acabar com o programa no final da 4ª temporada era uma solução, já não se tinha essa preocupação e era dinheiro que se poupava em produções para um programa. Mas dá sempre jeito ter um local onde possam colocar talento jovem sem ser no plantel principal – digamos um degrau entre a FCW e as grandes brands – e tê-los a apodrecer no lowcard com pouco mais para fazer do que aparições esporádicas no Superstars também não é maneira de evoluir. Logo, parecia que encontravam-se presos entre dois buracos e tinham que se preparar para dar um enorme salto para avançar um ou preparar-se para ir ao fundo de um para poderem voltar a escalar para cima. O que fazer então?

Reformulação do programa

Isto ainda estava longe de ser o passo certo. Aliás a premissa do programa soava ridícula. O vencedor desta temporada seria premiado com… um lugar na temporada seguinte? É que realmente é um prémio tão valioso como uma volta à cidade a pé como recompensa de uma maratona corrida nessa mesma cidade. E isto já não fazia sentido mas para melhorar ainda lhe acrescentam os tais “Redemption points” que afirmavam ser importantíssimos…Quando na verdade não tinham valor algum, praticamente.


Logo, tinham mergulhado para o buraco. De cabeça. Nem para uma pirueta deu. Mas o programa começou a prolongar-se. Um pouco demais. Assim que se aproximava dos previsíveis dois finalistas, acrescenta-se mais um como surpresa: e Derrick Bateman junta-se à festa de Titus O’Neil e Darren Young.Mal sabíamos nós que quando Bateman regressara como uma surpresa para isto termais uma intriga… que fosse dar num programa sem fim que já era uma intriga porsi só.

Uma coisa era notável: só com 3 rookies – e por esta altura já não havia qualquer tipo de “prós” ou coisa que os valha – não dá para preencher um programa de cerca de 45 minutos… Logo, enquanto esses três se entretinham em falar em quem iria “vencer” aquilo, outros lutadores que não tinham espaço em TV e que constavam no programa como prós anteriormente,andavam a lutar e a criar feuds entre si – destaco uma rivalidade entre Tyson Kidd e Yoshi Tatsu que originou excelentes combates que infelizmente quase ninguém viu.

E à medida que as coisas iam andando, mais gente ia aparecendo.Tipos que nunca tiveram qualquer ligação com o NXT, estavam a competir entre as cordas amarelas porque sim. Os menos pacientes continuavam a bufar e a revirar os olhos a questionar-se porque é que aquilo ainda ali andava. Tinham que haver outros mais atentos que já estavam a começar a aperceber-se o que realmente se passava ali e qual é que era a intenção…

NXT com nova cara


Dúvidas esclarecidas na semana em que o NXT apresenta um novo genérico que já não apresentava mais os “rookies” e mostra um vídeo mais bem trabalhado que integrava todos os lutadores que andavam envolvidos no programa ao longo das semanas/meses até então.

Deixaram de falar sobre quem iria ganhar e o programa continuou a ser introduzido como “a procura da próxima breakout star” mas de maneira mais subtil, já ninguém fala em haver um vencedor… Apenas que serão recompensados com um eventual lugar num dos plantéis grandes assim que tiverem boa progressão. Prova disso é a equipa de Darren Young e Titus O’Neil que já chegou ao Smackdown. E temos o NXT como um outro território de desenvolvimento mais avançado e onde se pode acompanhar a evolução dos Superstars para além da FCW.

E ainda para mais ao verificarmos no próprio WWE.com que o NXT já tem oficialmente o seu próprio plantel. Fica o programa aberto para novos lutadores vindos da FCW para competirem pelo seu lugar nas brands grandes… Sem ter que completar desafios ou esperar que outros sejam eliminados– e tal já foi feito quando “alumns” de outras temporadas como Percy Watson e Maxine foram trazidos de volta e também já tinha sido isso que tinham feito com Derrick Bateman, nós é que ainda não tínhamos percebido.

Então agora eu sou o primeiro a dar uma palavra de sugestão:vale a pena ver o NXT.

Não, não é um grande programa e a audiência só está lá à espera das gravações do Smackdown que se seguem. Mas dá para ter uma boa noção de estrelas jovens que poderão constar no futuro da WWE se as coisas lhes correrem bem. E outros que não sabemos por onde eles andam… Talvez estejam a ter umas feuds por lá – como Michael McGillicutty que tem tido uns tremendos combates com Tyson Kidd. E ainda há entretenimento nisto se o encararem como deve ser em vez de apenas mais um programa para encher – por exemplo, por mim o Johnny Curtis já se encontra apto para constar no midcard do Smackdown com a sua actual gimmick, e os seus segmentos no backstage com Maxine têm sido engraçados e bem representados.

Então a pergunta do título do artigo nem tem absolutamente alguma coisa a ver com o seu conteúdo? Por acaso tem, porque trata-se mesmo de uma questão. Algo que já me ocorreu e que agora questiono se seria um passo correcto: Seria boa ideia acrescentar um título à brand? Não digo que seja o passo ideal a dar, mas apresento algumas razões pelas que pudesse resultar:

- Dava lenha para feuds para além de alguns desentendimentos pessoais que parecem sair de pouco mais do que nada;

- Dava muito mais carácter a um lutador para quando saísse para uma das duas grandes brands, levar galardões no seu currículo;

- Aproximar o programa do que era anteriormente a ECW, que tinha praticamente o mesmo propósito: lançar novas Superstars oriundas do território de desenvolvimento – e a ECW tinha o seu próprio título para enriquecer um pouco os currículos dos lutadores;

- Criar algo como “veteranos” por entre os “rookies”. Ou seja algo que os distinga ou supere, algo que sirva como prova porque é que tal indivíduo merece mais avançar para o Raw ou Smackdown e outro qualquer não;

- Estabelecer main eventers no programa que alternam sempre,dependendo do estado das histórias que lá se desenrolam;

- De certa forma, o NXT parece estar a servir como um território de criação e evolução de Tag Teams… Mas nem todos têm parceiro e juntá-los à sorte também não ia dar, logo daria algo para encher as mãos dos lutadores singulares;

- Legitimava – uma palavra que anda a ser muito usada no Raw– a pequena brand para a fazer parecer mais a sério;

- Podia dar lugar ao NXT em PPV’s e dessa forma suscitar mais interesse – se efectuado como deve ser;

- E mais razões poderão haver, que até deixo em aberto para vocês se vos ocorrer algo.

No entanto não digo que seja de todo necessário, talvez a saída para o Raw ou Smackdown e o simples lançamento de carreira seja um prémio mais que suficiente.

Fica a questão para vocês, agora que já deixei a minha migalha: Faria sentido acrescentar um título ao NXT? Está bem como está? O melhor a fazer é mesmo acabar com esta porcaria de programa que já chateia? E no caso de se manter como está, o que tornaria este programa mais interessante?E no outro caso de haver um título, qual seria o lutador lá presente ideal para primeiro portador desse cinto?

A palavra é passada a vós e eu despeço-me como sempre com os meus respeitosos cumprimentos. Até à próxima semana!

Chris JRM
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