MMA: UFC on Fox: Diaz vs. Miller - Antevisão + Pesagens
O UFC tenta pela terceira vez apresentar um show de qualidade na FOX. Na primeira edição, a única luta do card principal acabou num minuto. Na segunda, o UFC apostou em combates com nomes de peso que acabaram rendendo lutas pouco interessantes para o público da TV aberta. Agora o UFC On FOX 3, que será disputado no IZOD Center da cidade de East Rutherford, New Jersey, chega com um card de possíveis concorrentes à luta do ano....
Nos pesos leves, Nate Diaz e Jim Miller enfrentam-se de olho no vencedor do rematch entre Ben Henderson e Frank Edgar. Na categoria de cima, Johny Hendricks tenta se colocar como primeiro desafiante, mas terá que vencer o duríssimo Josh Koscheck. Já entre os médios, quem busca um lugar na elite da divisão é Rousimar Toquinho, que vai encarar o talentoso Alan Belcher. O card principal será aberto com o duelo dos nocauteadores Pat Barry e Lavar Johnson.
No card preliminar, as lutas mais interessantes ficam por conta da categoria recém-incluída na organização, entre os pequeninos pesos moscas: o campeão do The Ultimate Fighter 14 entre os galos John Dodson quer se estabelecer como um dos pilares da nova divisão enfrentando Tim Elliott, enquanto o primeiro brasileiro na categoria, John Lineker, estreia contra Louis Gaudinot, também revelado no TUF 14.
Mais dois duelos atraentes acontecerão entre os leves: Tony Ferguson, outro campeão do TUF (venceu a 13ª edição) enfrenta o vice-campeão da 12ª edição do reality show da Zuffa, Michael Johnson. E Danny Castillo terá um desafio duro contra John Cholish. Pelos meio-médios, um duelo europeu entre o inglês John Hathaway e o alemão Pascal Krauss, enquanto, pelos penas, Dennis Bermudez e Pablo Garza prometem um duelo em alta velocidade.
Abrindo os trabalhos no antigo recinto do New Jersey Nets, os canadianos Roland Delorme e Nick Denis encaram-se na divisão dos galos. Pelos médios, os dois antigos meio-pesados Mike Massenzio e Karlos Vemola buscam a recuperação após derrotas para atletas brasileiros.
O card completo do UFC on FOX 3 é o seguinte:
-------------------------------------------Antevisão -------------------------------------------
Nate Diaz (EUA) vs Jim Miller (EUA)
O irmão mais novo de Nick Diaz teve uma trajectória curiosa no UFC. O título do TUF 5 iniciou uma série de 5 vitórias como peso leve. Lançado à elite da divisão em 2009, foi derrotado por Clay Guida, Joe Stevenson e Gray Maynard, vencendo apenas Melvin Guillard neste meio. Resolveu então subir de categoria.
Como meio-médio, venceu Rory Markham, deformou a cabeça de Marcus Davis, foi derrotado por Dong-Hyun Kim e atropelado de modo constrangedor por Rory MacDonald. Sentindo-se muito fraco como meio-médio, achou por bem voltar a sofrer com a balança e se estabelecer novamente como peso leve – o que foi uma óptima decisão. Diaz finalizou Takanori Gomi com facilidade e dominou em pé o perigoso Donald Cerrone. As duas grandes actuações o credenciaram a disputar o cinturão em caso de vitória neste sábado.
Conquistou oito bónus (cinco de melhor luta e três de melhor submissão), Nate tem um estilo bastante ofensivo que entusiasma os fãs. Em pé, imprime um volume monstruoso no boxe. Contra Cerrone, bateu por larga margem o recorde de golpes significativos lançados numa luta. No chão, o faixa preta de Cesar Gracie é ágil, versátil e agitado, mesmo quando está por baixo. Seu wrestling é o principal calcanhar-de-aquiles. Aos 27 anos, o californiano tem record de 15-7 (10-5 no UFC), com 10 vitórias por submissão e 3 por nocaute.
Miller faz parte da leva de pesos leves que foram derrotados a um passo do title shot. Ele viu uma incrível série de sete vitórias, incluindo as sobre Gleison Tibau e Charles do Bronx’s, ser interrompida por Ben Henderson, que tomou o lugar de desafiante e o cinturão de Frank Edgar. Na luta seguinte, precisou se recuperar de uma blitz inicial de Melvin Guillard para pegá-lo no mata-leão que lhe rendeu o bónus de melhor submissão do UFC On FX 1.
De um modo diferente de seu oponente, Miller também é um lutador empolgante. Possui uma trocação de respeito, fato que foi comprovado na surra aplicada em Kamal Shalorus, em 2011. Também é faixa preta de jiu-jitsu – 12 de suas 21 vitórias vieram por finalização. Competiu no wrestling nos tempos de ensino médio e universidade e é um lutador que sempre se apresenta em excelentes condições atléticas.
Um ano e meio mais velho que Nate, Jim tem record de 21-3, com 10-2 no UFC. Suas três derrotas aconteceram em decisões contra adversários de elite: Frank Edgar (antes do UFC), Gray Maynard e Ben Henderson. Em três oportunidades, saiu do octógono com a melhor submissão da noite e em uma, com o prémio de melhor luta. Assim como Nate, Jim também é irmão mais novo de outro lutador do UFC – o peso médio Dan Miller, derrotado por Toquinho no UFC Rio.
Esta candidata a luta do ano deve seguir alguns cursos claros. Miller é óptimo na trocação, mas não tem volume de jogo para bater de frente com Diaz neste ramo. Se cair na esparrela de trocar como Cerrone fez, correrá o mesmo risco. Por outro lado, sua experiência no wrestling lhe dará a vantagem no clinch, quedas e controle por cima.
Nate é mais alto e com maior envergadura, logo tentará lançar seus golpes esquisitos e funcionais contra o oponente, mantendo-o distante. Isto inclusive deve-lhe dar vantagem no round inicial. Como a luta terá cinco, uma hora Miller deverá conseguir encurtar e quedar. Quem conseguir manter sua táctica por mais tempo deverá sair vitorioso numa decisão dura. Minha aposta é que Diaz será mais um desafiante frustrado na categoria dos leves.
Semifinalista do TUF 1 como médio, Kos baixou de categoria e trilhou brilhante percurso, estabelecendo-se como um dos melhores meio-médios do mundo. Vingou-se de Diego Sanchez, que lhe tirou do TUF, venceu oponentes fisicamente maiores como Anthony Johnson e foi responsável pela demissão sumária de Paul Daley, que o socou após o fim da luta, irritado por ter sido anulado pelo wrestling de elite de Koscheck. Chegou a desafiar o cinturão, mas levou um couro de Georges St-Pierre pela segunda vez e acabou num limbo: era bom o suficiente para vencer qualquer um na divisão, mas não tanto para tomar o cinturão de GSP.
Josh cogitou fazer algumas lutas como peso médio, mas voltou atrás. Substituiu Sanchez contra Matt Hughes no UFC 135 e nocauteou o lendário ex-campeão no último segundo do primeiro round. Empolgado, voltou no UFC 143 contra Mike Pierce, mas venceu numa decisão dividida chatíssima e de resultado contestado.
Quatro vezes all-american na Divisão I da NCAA, uma vez campeão nacional e uma vez vice, Kos é um dos melhores wrestlers da actualidade no MMA. Seu tempo de American Kickboxing Academy moldou um lutador muito bom nas transições e perigosíssimo com sua pedrada na mão direita. Aos 34 anos, tem record de 17-5 (15-5 no UFC) e fará sua primeira luta desde que saiu da AKA.
Hendricks sedimentou o seu caminho no UFC às custas de quedas e punhos pesados. Estava invicto em 9 lutas na carreira (4 no UFC) quando subestimou o bom wrestler Rick Story e foi surpreendido no TUF 12 Finale. Recuperou-se espancando TJ Waldburger, cortou um dobrado para superar o sempre duro Mike Pierce e fez a alegria de Dana White ao tirar Jon Fitch do caminho do cinturão, com um nocaute em reles 12 segundos no UFC 141. Em mais de duas dezenas de lutas como meio-médio, apenas St-Pierre havia vencido Fitch antes de Hendricks.
Johny tem diversas semelhanças com Josh. Também foi quatro vezes all-american na Divisão I, mas conquistou o título duas vezes e foi vice em uma oportunidade (nestes três anos, só perdeu a luta final do terceiro). Bate pesado na trocação, tendo nocauteado sete oponentes nas doze vitórias da carreira, fazendo de modo enfático na estreia no UFC (contra Amir Sadollah) e na última luta. Jon e Amir não duraram 45 segundos somados. A diferença é que Koscheck usa mais o kickboxing, enquanto Hendricks desenvolveu-se no boxe.
Aos 28 anos, o barbudo tem hoje record de 12-1, com 7-1 pelo UFC. Dos quatro nocautes no UFC, metade lhe rendeu o bónus de melhor da noite. Só finalizou um oponente, há quatro anos, antes de lutar no WEC.
Normalmente quando dois wrestlers de alto gabarito se enfrentam, a luta acaba transcorrendo mais na trocação. O ideal para Hendricks seria aproveitar suas boas combinações para conseguir chegar ao clinch, posição em que deverá levar vantagem. O lutador que conseguir manter o outro com as costas no chão também se beneficiará, mas dificilmente isto vai acontecer. Caso Hendricks se proteja do mata-cobra de direita de Kos, deve vencer o duelo por decisão.
Toquinho conheceu a derrota no UFC rapidamente, quando deu um passo maior que a perna e encarou Dan Henderson em sua segunda apresentação no principal evento do mundo. Dois anos depois, pagou pela inocência ao reclamar com o árbitro no meio de uma luta, deixando o caminho aberto para Nate Marquardt nocauteá-lo. Fora estes percalços, o mineiro construiu uma sólida reputação entre os pesos médios que atingiu o ápice nas duas vitórias nos UFC Rio, a primeira espancando Dan Miller, a segunda juntando a perna de Mike Massenzio à sua colecção.
Ágil como um peso leve, forte como um peso pesado, o faixa preta primeiro dan de jiu-jitsu tornou-se um terror na divisão. O menor sinal de brecha é um convite para o adversário ficar com Toquinho enroscado em sua perna. Contra Massenzio, ele mostrou que nem sempre precisa de uma brecha; ele mesmo pode se jogar nas pernas do adversário e criar o espaço necessário. Uma vez grudado, só resta ao pobre oponente rezar para que suas articulações sofram o menor dano possível.
O garoto que passou sérias dificuldades na vida hoje virou uma espécie de Incrível Hulk do MMA. A altura de 1,72m abriga uma estrutura muscular anormal, que o possibilita arremessar qualquer adversário ao chão. Aos 32 anos, Toquinho tem record profissional de 14-3, com 7-2 no UFC. Venceu 10 lutas por submissão e catou a perna de 7 coitados.
Há pouco menos de dois anos, Belcher passou por um problema crónico. Ele anunciou que estava perdendo a visão do olho direito e que teria que se submeter a uma cirurgia de urgência, com risco de encerrar prematuramente a carreira. O procedimento foi um sucesso e o americano voltou aos octógonos em Setembro, ao vencer Jason MacDonald.
Estilisticamente falando, Belcher é o completo oposto de Toquinho. Apesar de também ser faixa preta de jiu-jitsu, esta não é sua principal ferramenta. Pupilo de Duke Roufus, o kickboxing versátil faz valer o apelido de “The Talent”. Não é tão forte quanto o brasileiro, mas é 15cm mais alto e com envergadura também muito maior.
Belcher ostenta record de 17-6, com 8-4 no UFC. Apenas agora está numa sequência invicta de 3 lutas no UFC, cortando um pouco a instabilidade. Aplicou oito nocautes e sete submissões na carreira.
Os braços e pernas maiores do americano facilitam o trabalho de estabelecer a distância conveniente. No caso desta luta, a distância deve ser a maior possível. Belcher disse que não tem medo de ir para o chão com Toquinho e que pode até finalizar o adversário. Como eu acho que o problema no olho não afectou o cérebro, Alan não vai tentar a sorte neste nível.
Como Toquinho gosta de pressionar os adversários com seus violentos golpes (até chute alto ele adicionou ao arsenal), Belcher terá que se movimentar bastante. E o tempo inteiro. Na hora que parar, ele não tem wrestling defensivo para impedir o tractor mineiro. Quando isto acontecer, é contar o tempo para a oitava perna ser colectada.
Com sérias dificuldades de encerrar uma luta, Barry viu algumas vitórias escaparem. O nocaute sofrido contra Cheick Kongo entrou para a história como uma das maiores viradas de todos os tempos – o francês esteve duas vezes na beira da vala e Pat não soube dar o empurrãozinho final. O mesmo já havia acontecido com Mirko Cro Cop, para quem Barry conseguiu a proeza de ser finalizado.
Entre as derrotas para Cro Cop, Kongo e Stefan Struve, HD só havia vencido o tosco Joey Beltran. A vitória sobre Antoni Hardonk, antes da luta com Cro Cop, sucedeu uma derrota (por finalização) para o não menos ruim Tim Hague. Barry só não tem record negativo no UFC porque estreou vencendo o ninguém Dan Evensen. Striker técnico, ex-campeão mundial de Sanshou, seu record no MMA é de 7-4 (4-4 no UFC).
“Big” Lavar Johnson justifica o apelido com 1,93m de altura, 2,06m de envergadura e 112kg. É mais conhecido pelas bigornas nas mãos do que pelo talento. Suas pancadas já produziram 15 nocautes a seu favor em 16 vitórias (há 8 anos um morto de fome conseguiu ser finalizado por ele). A falta de conhecimento no chão o fez ser finalizado em 4 das 5 derrotas. Só está no UFC por dois motivos: a divisão dos pesados era péssima e nenhuma de suas 21 lutas chegou ao fim do tempo regulamentar. Oriundo do Strikeforce, ele estreou na actual organização nocauteando e demitindo Beltran.
Certo dia, Barry prometeu que quedaria um oponente. Nesta disputa para saber quem tem menos utilidade no chão, seria uma boa oportunidade para ele tentar. Dificilmente esta luta vai durar quinze minutos. Os dois estão cientes que alguém vai tombar. O lado bom é que nenhum dos dois está preocupado com isto. Deste modo, quem gosta de pesos pesados se esmurrando e chutando deve ir ao delírio. Minha torcida é que a técnica sobrepasse a força e Barry saia vitorioso. Mas como o sujeito não é lá dos mais inteligentes, pode acabar babando no octógono.




Nos pesos leves, Nate Diaz e Jim Miller enfrentam-se de olho no vencedor do rematch entre Ben Henderson e Frank Edgar. Na categoria de cima, Johny Hendricks tenta se colocar como primeiro desafiante, mas terá que vencer o duríssimo Josh Koscheck. Já entre os médios, quem busca um lugar na elite da divisão é Rousimar Toquinho, que vai encarar o talentoso Alan Belcher. O card principal será aberto com o duelo dos nocauteadores Pat Barry e Lavar Johnson.
No card preliminar, as lutas mais interessantes ficam por conta da categoria recém-incluída na organização, entre os pequeninos pesos moscas: o campeão do The Ultimate Fighter 14 entre os galos John Dodson quer se estabelecer como um dos pilares da nova divisão enfrentando Tim Elliott, enquanto o primeiro brasileiro na categoria, John Lineker, estreia contra Louis Gaudinot, também revelado no TUF 14.
Mais dois duelos atraentes acontecerão entre os leves: Tony Ferguson, outro campeão do TUF (venceu a 13ª edição) enfrenta o vice-campeão da 12ª edição do reality show da Zuffa, Michael Johnson. E Danny Castillo terá um desafio duro contra John Cholish. Pelos meio-médios, um duelo europeu entre o inglês John Hathaway e o alemão Pascal Krauss, enquanto, pelos penas, Dennis Bermudez e Pablo Garza prometem um duelo em alta velocidade.
Abrindo os trabalhos no antigo recinto do New Jersey Nets, os canadianos Roland Delorme e Nick Denis encaram-se na divisão dos galos. Pelos médios, os dois antigos meio-pesados Mike Massenzio e Karlos Vemola buscam a recuperação após derrotas para atletas brasileiros.
O card completo do UFC on FOX 3 é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Peso-leve - Nate Diaz x Jim Miller
Peso-meio-médio - Josh Koscheck x Johny Hendricks)
Peso-médio - Rousimar Toquinho x Alan Belcher
Peso-pesado - Pat Barry x Lavar Johnson
CARD PRELIMINAR
Peso-leve - Tony Ferguson x Michael Johnson
Peso-mosca - John Dodson x Tim Elliott)
Peso-meio-médio - John Hathaway x Pascal Krauss
Peso-mosca - Louis Gaudinot x John Lineker
Peso-leve - Danny Castillo x John Cholish
Peso-pena - Dennis Bermudez x Pablo Garza
Peso-galo - Roland Delorme x Nick Denis
Peso-leve - Nate Diaz x Jim Miller
Peso-meio-médio - Josh Koscheck x Johny Hendricks)
Peso-médio - Rousimar Toquinho x Alan Belcher
Peso-pesado - Pat Barry x Lavar Johnson
CARD PRELIMINAR
Peso-leve - Tony Ferguson x Michael Johnson
Peso-mosca - John Dodson x Tim Elliott)
Peso-meio-médio - John Hathaway x Pascal Krauss
Peso-mosca - Louis Gaudinot x John Lineker
Peso-leve - Danny Castillo x John Cholish
Peso-pena - Dennis Bermudez x Pablo Garza
Peso-galo - Roland Delorme x Nick Denis
Peso-médio - Mike Massenzio x Karlos Vemola
-------------------------------------------Antevisão -------------------------------------------
Nate Diaz (EUA) vs Jim Miller (EUA)
Como meio-médio, venceu Rory Markham, deformou a cabeça de Marcus Davis, foi derrotado por Dong-Hyun Kim e atropelado de modo constrangedor por Rory MacDonald. Sentindo-se muito fraco como meio-médio, achou por bem voltar a sofrer com a balança e se estabelecer novamente como peso leve – o que foi uma óptima decisão. Diaz finalizou Takanori Gomi com facilidade e dominou em pé o perigoso Donald Cerrone. As duas grandes actuações o credenciaram a disputar o cinturão em caso de vitória neste sábado.
Conquistou oito bónus (cinco de melhor luta e três de melhor submissão), Nate tem um estilo bastante ofensivo que entusiasma os fãs. Em pé, imprime um volume monstruoso no boxe. Contra Cerrone, bateu por larga margem o recorde de golpes significativos lançados numa luta. No chão, o faixa preta de Cesar Gracie é ágil, versátil e agitado, mesmo quando está por baixo. Seu wrestling é o principal calcanhar-de-aquiles. Aos 27 anos, o californiano tem record de 15-7 (10-5 no UFC), com 10 vitórias por submissão e 3 por nocaute.
Miller faz parte da leva de pesos leves que foram derrotados a um passo do title shot. Ele viu uma incrível série de sete vitórias, incluindo as sobre Gleison Tibau e Charles do Bronx’s, ser interrompida por Ben Henderson, que tomou o lugar de desafiante e o cinturão de Frank Edgar. Na luta seguinte, precisou se recuperar de uma blitz inicial de Melvin Guillard para pegá-lo no mata-leão que lhe rendeu o bónus de melhor submissão do UFC On FX 1.
De um modo diferente de seu oponente, Miller também é um lutador empolgante. Possui uma trocação de respeito, fato que foi comprovado na surra aplicada em Kamal Shalorus, em 2011. Também é faixa preta de jiu-jitsu – 12 de suas 21 vitórias vieram por finalização. Competiu no wrestling nos tempos de ensino médio e universidade e é um lutador que sempre se apresenta em excelentes condições atléticas.
Um ano e meio mais velho que Nate, Jim tem record de 21-3, com 10-2 no UFC. Suas três derrotas aconteceram em decisões contra adversários de elite: Frank Edgar (antes do UFC), Gray Maynard e Ben Henderson. Em três oportunidades, saiu do octógono com a melhor submissão da noite e em uma, com o prémio de melhor luta. Assim como Nate, Jim também é irmão mais novo de outro lutador do UFC – o peso médio Dan Miller, derrotado por Toquinho no UFC Rio.
Esta candidata a luta do ano deve seguir alguns cursos claros. Miller é óptimo na trocação, mas não tem volume de jogo para bater de frente com Diaz neste ramo. Se cair na esparrela de trocar como Cerrone fez, correrá o mesmo risco. Por outro lado, sua experiência no wrestling lhe dará a vantagem no clinch, quedas e controle por cima.
Nate é mais alto e com maior envergadura, logo tentará lançar seus golpes esquisitos e funcionais contra o oponente, mantendo-o distante. Isto inclusive deve-lhe dar vantagem no round inicial. Como a luta terá cinco, uma hora Miller deverá conseguir encurtar e quedar. Quem conseguir manter sua táctica por mais tempo deverá sair vitorioso numa decisão dura. Minha aposta é que Diaz será mais um desafiante frustrado na categoria dos leves.
Josh Koscheck (EUA) vs Johny Hendricks (EUA)
Semifinalista do TUF 1 como médio, Kos baixou de categoria e trilhou brilhante percurso, estabelecendo-se como um dos melhores meio-médios do mundo. Vingou-se de Diego Sanchez, que lhe tirou do TUF, venceu oponentes fisicamente maiores como Anthony Johnson e foi responsável pela demissão sumária de Paul Daley, que o socou após o fim da luta, irritado por ter sido anulado pelo wrestling de elite de Koscheck. Chegou a desafiar o cinturão, mas levou um couro de Georges St-Pierre pela segunda vez e acabou num limbo: era bom o suficiente para vencer qualquer um na divisão, mas não tanto para tomar o cinturão de GSP.
Josh cogitou fazer algumas lutas como peso médio, mas voltou atrás. Substituiu Sanchez contra Matt Hughes no UFC 135 e nocauteou o lendário ex-campeão no último segundo do primeiro round. Empolgado, voltou no UFC 143 contra Mike Pierce, mas venceu numa decisão dividida chatíssima e de resultado contestado.
Quatro vezes all-american na Divisão I da NCAA, uma vez campeão nacional e uma vez vice, Kos é um dos melhores wrestlers da actualidade no MMA. Seu tempo de American Kickboxing Academy moldou um lutador muito bom nas transições e perigosíssimo com sua pedrada na mão direita. Aos 34 anos, tem record de 17-5 (15-5 no UFC) e fará sua primeira luta desde que saiu da AKA.
Hendricks sedimentou o seu caminho no UFC às custas de quedas e punhos pesados. Estava invicto em 9 lutas na carreira (4 no UFC) quando subestimou o bom wrestler Rick Story e foi surpreendido no TUF 12 Finale. Recuperou-se espancando TJ Waldburger, cortou um dobrado para superar o sempre duro Mike Pierce e fez a alegria de Dana White ao tirar Jon Fitch do caminho do cinturão, com um nocaute em reles 12 segundos no UFC 141. Em mais de duas dezenas de lutas como meio-médio, apenas St-Pierre havia vencido Fitch antes de Hendricks.
Johny tem diversas semelhanças com Josh. Também foi quatro vezes all-american na Divisão I, mas conquistou o título duas vezes e foi vice em uma oportunidade (nestes três anos, só perdeu a luta final do terceiro). Bate pesado na trocação, tendo nocauteado sete oponentes nas doze vitórias da carreira, fazendo de modo enfático na estreia no UFC (contra Amir Sadollah) e na última luta. Jon e Amir não duraram 45 segundos somados. A diferença é que Koscheck usa mais o kickboxing, enquanto Hendricks desenvolveu-se no boxe.
Aos 28 anos, o barbudo tem hoje record de 12-1, com 7-1 pelo UFC. Dos quatro nocautes no UFC, metade lhe rendeu o bónus de melhor da noite. Só finalizou um oponente, há quatro anos, antes de lutar no WEC.
Normalmente quando dois wrestlers de alto gabarito se enfrentam, a luta acaba transcorrendo mais na trocação. O ideal para Hendricks seria aproveitar suas boas combinações para conseguir chegar ao clinch, posição em que deverá levar vantagem. O lutador que conseguir manter o outro com as costas no chão também se beneficiará, mas dificilmente isto vai acontecer. Caso Hendricks se proteja do mata-cobra de direita de Kos, deve vencer o duelo por decisão.
Rousimar Palhares (BRA) vs Alan Belcher (EUA)
Toquinho conheceu a derrota no UFC rapidamente, quando deu um passo maior que a perna e encarou Dan Henderson em sua segunda apresentação no principal evento do mundo. Dois anos depois, pagou pela inocência ao reclamar com o árbitro no meio de uma luta, deixando o caminho aberto para Nate Marquardt nocauteá-lo. Fora estes percalços, o mineiro construiu uma sólida reputação entre os pesos médios que atingiu o ápice nas duas vitórias nos UFC Rio, a primeira espancando Dan Miller, a segunda juntando a perna de Mike Massenzio à sua colecção.
Ágil como um peso leve, forte como um peso pesado, o faixa preta primeiro dan de jiu-jitsu tornou-se um terror na divisão. O menor sinal de brecha é um convite para o adversário ficar com Toquinho enroscado em sua perna. Contra Massenzio, ele mostrou que nem sempre precisa de uma brecha; ele mesmo pode se jogar nas pernas do adversário e criar o espaço necessário. Uma vez grudado, só resta ao pobre oponente rezar para que suas articulações sofram o menor dano possível.
O garoto que passou sérias dificuldades na vida hoje virou uma espécie de Incrível Hulk do MMA. A altura de 1,72m abriga uma estrutura muscular anormal, que o possibilita arremessar qualquer adversário ao chão. Aos 32 anos, Toquinho tem record profissional de 14-3, com 7-2 no UFC. Venceu 10 lutas por submissão e catou a perna de 7 coitados.
Há pouco menos de dois anos, Belcher passou por um problema crónico. Ele anunciou que estava perdendo a visão do olho direito e que teria que se submeter a uma cirurgia de urgência, com risco de encerrar prematuramente a carreira. O procedimento foi um sucesso e o americano voltou aos octógonos em Setembro, ao vencer Jason MacDonald.
Estilisticamente falando, Belcher é o completo oposto de Toquinho. Apesar de também ser faixa preta de jiu-jitsu, esta não é sua principal ferramenta. Pupilo de Duke Roufus, o kickboxing versátil faz valer o apelido de “The Talent”. Não é tão forte quanto o brasileiro, mas é 15cm mais alto e com envergadura também muito maior.
Belcher ostenta record de 17-6, com 8-4 no UFC. Apenas agora está numa sequência invicta de 3 lutas no UFC, cortando um pouco a instabilidade. Aplicou oito nocautes e sete submissões na carreira.
Os braços e pernas maiores do americano facilitam o trabalho de estabelecer a distância conveniente. No caso desta luta, a distância deve ser a maior possível. Belcher disse que não tem medo de ir para o chão com Toquinho e que pode até finalizar o adversário. Como eu acho que o problema no olho não afectou o cérebro, Alan não vai tentar a sorte neste nível.
Como Toquinho gosta de pressionar os adversários com seus violentos golpes (até chute alto ele adicionou ao arsenal), Belcher terá que se movimentar bastante. E o tempo inteiro. Na hora que parar, ele não tem wrestling defensivo para impedir o tractor mineiro. Quando isto acontecer, é contar o tempo para a oitava perna ser colectada.
Pat Barry (EUA) vs Lavar Johnson (EUA)
Com sérias dificuldades de encerrar uma luta, Barry viu algumas vitórias escaparem. O nocaute sofrido contra Cheick Kongo entrou para a história como uma das maiores viradas de todos os tempos – o francês esteve duas vezes na beira da vala e Pat não soube dar o empurrãozinho final. O mesmo já havia acontecido com Mirko Cro Cop, para quem Barry conseguiu a proeza de ser finalizado.
Entre as derrotas para Cro Cop, Kongo e Stefan Struve, HD só havia vencido o tosco Joey Beltran. A vitória sobre Antoni Hardonk, antes da luta com Cro Cop, sucedeu uma derrota (por finalização) para o não menos ruim Tim Hague. Barry só não tem record negativo no UFC porque estreou vencendo o ninguém Dan Evensen. Striker técnico, ex-campeão mundial de Sanshou, seu record no MMA é de 7-4 (4-4 no UFC).
“Big” Lavar Johnson justifica o apelido com 1,93m de altura, 2,06m de envergadura e 112kg. É mais conhecido pelas bigornas nas mãos do que pelo talento. Suas pancadas já produziram 15 nocautes a seu favor em 16 vitórias (há 8 anos um morto de fome conseguiu ser finalizado por ele). A falta de conhecimento no chão o fez ser finalizado em 4 das 5 derrotas. Só está no UFC por dois motivos: a divisão dos pesados era péssima e nenhuma de suas 21 lutas chegou ao fim do tempo regulamentar. Oriundo do Strikeforce, ele estreou na actual organização nocauteando e demitindo Beltran.
Certo dia, Barry prometeu que quedaria um oponente. Nesta disputa para saber quem tem menos utilidade no chão, seria uma boa oportunidade para ele tentar. Dificilmente esta luta vai durar quinze minutos. Os dois estão cientes que alguém vai tombar. O lado bom é que nenhum dos dois está preocupado com isto. Deste modo, quem gosta de pesos pesados se esmurrando e chutando deve ir ao delírio. Minha torcida é que a técnica sobrepasse a força e Barry saia vitorioso. Mas como o sujeito não é lá dos mais inteligentes, pode acabar babando no octógono.
Antevisão original de MMA-Brasil e Globo.com
-------------------------------------------Pesagens -------------------------------------------
O brasileiro John Lineker foi o único lutador que ficou acima do limite de sua categoria na pesagem do UFC: Diaz x Miller nesta sexta-feira, em Nova Jersey, EUA. O peso-mosca ficou uma libra (cerca de 450g) acima do limite de 57,1kg e pagou uma multa de US$ 1.200. Os lutadores do evento principal, Jim Miller e Nate Diaz, marcaram ambos 70,7kg, limite do peso-leve, e estão prontos para o combate deste sábado.
Ausente nas duas últimas pesagens, o presidente Dana White compareceu ao evento nesta sexta-feira, assim como seu sócio Lorenzo Fertitta. Entre as ring girls, apenas Arianny Celeste esteve presente. Já o comentarista e locutor oficial da pesagem, Joe Rogan, usou uma camisa da Academia Gracie de Jiu-Jítsu. Entre as roupas irreverentes, se destacou o peso-leve Danny Castillo, que entrou usando um fato, com gravata dourada e camisa vinho, acompanhado do brasileiro Fábio Pateta, seu treinador no Team Alpha Male. O peso-mosca John Dodson foi para a encarada com uma meia colorida e arrancou risadas de seu adversário, Tim Elliott.
O brasileiro John Lineker precisou tirar a cueca para subir na balança. Mesmo assim, ficou uma libra (450g) acima do limite de tolerância dos pesos-moscas, de 57,1kg. Estreante no UFC, ele recebeu duas horas para cortar o peso extra, mas não conseguiu e, de acordo com o site "MMA Junkie", foi multado em US$ 1.200 (cerca de R$ 2.300), valor que foi transferido para a bolsa de seu adversário, Louis Gaudinot. O outro brasileiro do card, Rousimar Toquinho, não teve problemas para marcar 84,4kg, limite de tolerância dos pesos-médios, mesmo peso de seu adversário, Alan Belcher.
Johny Hendricks, lutador do co-evento principal, também pediu para que fizessem uma "cabaninha" para que ele tirasse a cueca. Ele marcou 77,3kg, mesmo peso de seu adversário, Josh Koscheck. A encarada entre os pesos-meio-médios foi tensa e eles não se cumprimentaram antes ou depois. O mesmo aconteceu entre Miller e Diaz. O primeiro é natural de Nova Jersey e agradeceu ao apoio dos torcedores.
- É muito empolgante (lutar em casa). Quero agradecer aos fãs de Nova Jersey pelo apoio. Vocês terão dois dos homens mais maus do planeta presos no octógono e vocês vão ter um show amanhã - prometeu Miller.
Diaz, por sua vez, não se intimidou com as vaias recebidas.
- Ele é um adversário duro, mas treino com o melhor time do mundo, Cesar Gracie, e vou representar a Califórnia - respondeu.
A pesagem é um dos eventos mais tradicionais do UFC. Os lutadores passam pela balança para marcar os limites de suas respectivas categorias e, depois, se encaram pela última vez antes da luta. Em combates que não valem o cinturão, há uma tolerância de uma libra (cerca de 450 gramas) além do limite da categoria. Por exemplo, a divisão dos médios, de Toquinho e Alan Belcher, tem como valor máximo 185lbs (83,9kg), mas como a luta não vale cinturão, eles têm como limite de tolerância 186lbs (84,4kg).
CARD PRINCIPAL
Peso-leve (até 70,7kg): Nate Diaz (70,7kg) x Jim Miller (70,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,5kg): Josh Koscheck (77,3kg) x Johny Hendricks (77,3kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Rousimar Toquinho (84,4kg) x Alan Belcher (84,4kg)
Peso-pesado (até 120,2kg): Pat Barry (110,6kg) x Lavar Johnson (114,7kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-leve (até 70,7kg): Tony Ferguson (70kg) x Michael Johnson (70,7kg)
Peso-mosca (até 57,1kg): John Dodson (57,1kg) x Tim Elliott (56,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,5kg): John Hathaway (76,6kg) x Pascal Krauss (76,6kg)
Peso-mosca (até 57,1kg): Louis Gaudinot (57,1kg) x John Lineker (57,6kg)*
Peso-leve (até 70,7kg): Danny Castillo (70,3kg) x John Cholish (70,5kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Dennis Bermudez (66kg) x Pablo Garza (65,7kg)
Peso-galo (até 61,6kg): Roland Delorme (61,2kg) x Nick Denis (61,2kg)
Peso-médio (84,4kg): Mike Massenzio (83,4kg) x Karlos Vemola (83,9kg)
* John Lineker foi multado em 1.200 dólares por ficar acima do peso.
O brasileiro John Lineker precisou tirar a cueca para subir na balança. Mesmo assim, ficou uma libra (450g) acima do limite de tolerância dos pesos-moscas, de 57,1kg. Estreante no UFC, ele recebeu duas horas para cortar o peso extra, mas não conseguiu e, de acordo com o site "MMA Junkie", foi multado em US$ 1.200 (cerca de R$ 2.300), valor que foi transferido para a bolsa de seu adversário, Louis Gaudinot. O outro brasileiro do card, Rousimar Toquinho, não teve problemas para marcar 84,4kg, limite de tolerância dos pesos-médios, mesmo peso de seu adversário, Alan Belcher.
Johny Hendricks, lutador do co-evento principal, também pediu para que fizessem uma "cabaninha" para que ele tirasse a cueca. Ele marcou 77,3kg, mesmo peso de seu adversário, Josh Koscheck. A encarada entre os pesos-meio-médios foi tensa e eles não se cumprimentaram antes ou depois. O mesmo aconteceu entre Miller e Diaz. O primeiro é natural de Nova Jersey e agradeceu ao apoio dos torcedores.
- É muito empolgante (lutar em casa). Quero agradecer aos fãs de Nova Jersey pelo apoio. Vocês terão dois dos homens mais maus do planeta presos no octógono e vocês vão ter um show amanhã - prometeu Miller.
Diaz, por sua vez, não se intimidou com as vaias recebidas.
- Ele é um adversário duro, mas treino com o melhor time do mundo, Cesar Gracie, e vou representar a Califórnia - respondeu.
A pesagem é um dos eventos mais tradicionais do UFC. Os lutadores passam pela balança para marcar os limites de suas respectivas categorias e, depois, se encaram pela última vez antes da luta. Em combates que não valem o cinturão, há uma tolerância de uma libra (cerca de 450 gramas) além do limite da categoria. Por exemplo, a divisão dos médios, de Toquinho e Alan Belcher, tem como valor máximo 185lbs (83,9kg), mas como a luta não vale cinturão, eles têm como limite de tolerância 186lbs (84,4kg).
CARD PRINCIPAL
Peso-leve (até 70,7kg): Nate Diaz (70,7kg) x Jim Miller (70,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,5kg): Josh Koscheck (77,3kg) x Johny Hendricks (77,3kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Rousimar Toquinho (84,4kg) x Alan Belcher (84,4kg)
Peso-pesado (até 120,2kg): Pat Barry (110,6kg) x Lavar Johnson (114,7kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-leve (até 70,7kg): Tony Ferguson (70kg) x Michael Johnson (70,7kg)
Peso-mosca (até 57,1kg): John Dodson (57,1kg) x Tim Elliott (56,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,5kg): John Hathaway (76,6kg) x Pascal Krauss (76,6kg)
Peso-mosca (até 57,1kg): Louis Gaudinot (57,1kg) x John Lineker (57,6kg)*
Peso-leve (até 70,7kg): Danny Castillo (70,3kg) x John Cholish (70,5kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Dennis Bermudez (66kg) x Pablo Garza (65,7kg)
Peso-galo (até 61,6kg): Roland Delorme (61,2kg) x Nick Denis (61,2kg)
Peso-médio (84,4kg): Mike Massenzio (83,4kg) x Karlos Vemola (83,9kg)
* John Lineker foi multado em 1.200 dólares por ficar acima do peso.