MMA: UFC on Fuel TV 3: Korean Zombie vs. Poirier - Antevisão + Pesagens
O UFC regressa hoje aos shows ao apresentar no Patriot Center em Fairfax, Virginia o UFC on Fuel TV 3: Korean Zombie vs. Poirier. O principal embate do evento e que dá nome a este vê Chan Sung Jung e Dustin Poirier lutarem pelo posto de desafiante da divisão dos penas. Para além disso, Donald Cerrone pretende recuperar-se num duelo bombástico contra Jeremy Stephens. Fabio Maldonado representa o Brasil no octógono contra Igor Pokrajac....
A completar o evento, está o peso galo canadiano Yves Jabouin que pode ficar em excelente situação na divisão caso vença o americano Jeff Hougland. Entre os meio-médios, o duelo envolverá os americanos Amir Sadollah e Jorge Lopez, um dos treinadores da equipa de Wanderlei Silva. O combate que abrirá o card principal envolverá os grapplers Tom Lawlor e Jason MacDonald.
O card preliminar terá os brasileiros Carlo Prater, Rafael dos Anjos e Johnny Eduardo em acção.
O card completo do UFC on Fuel TV 3 é o seguinte:
No UFC 140, Jung entrou para a história ao aplicar o segundo nocaute mais rápido que o UFC já viu, derrubando o ex-desafiante Mark Hominick em apenas 7 segundos e ganhando o bónus de nocaute da noite.
Antes, o Korean Zombie já havia virado estrela ao protagonizar uma destrambelhada e épica pancadaria contra Leonard Garcia (e o vento) no WEC 48. Teve a vitória tirada pelos juízes, mas ganhou o apoio da torcida. Ele teve a chance de vingar a derrota e o fez no mais alto estilo, aplicando a primeira finalização por twister da história do UFC, que lhe garantiu o óbvio bónus de melhor submissão do evento. Entre as duas lutas contra Garcia, Jung tombou diante de um chute alto de George Roop, ainda no WEC.
Aos 25 anos, o atleta da Korean Top Team tem cartel de 12-3, sendo 2-0 no UFC. Apesar de ter ficado conhecido como brigador-espancador-de-vento, Jung mostrou contra Hominick inteligência para capitalizar em cima da falha do adversário. Faixa preta de taekwondo, ex-kickboxer profissional, ele tem 7 de suas vitórias por submissão, a despeito do que sua faixa azul de jiu-jitsu queira dizer. Ou seja, é bom respeitá-lo em pé e no chão.
Poirier também já viveu seus dias de surpresa. Depois de 1-1 como peso leve no WEC, ele aceitou o confronto com Josh Grispi de última hora. Grispi, que enfrentaria José Aldo pelo cinturão dos penas no UFC 125, preferiu se manter ocupado e acabou derrotado pelo jovem adversário.
Conhecido pelo apelido de “O Diamante”, Poirier seguiu a rota de vitórias e colocou-se como forte candidato a desafiante na divisão. Ele bateu Jason Young no UFC 131, além de ter finalizado Pablo Garza, no UFC On FOX 1, e Max Holloway, no UFC 143, já em 2012.
Hoje com 23 anos, cartel de 12-1, 4-0 no UFC, Poirier é um versátil, inteligente e agressivo lutador, com condicionamento físico avantajado. Faixa roxa de jiu-jitsu, wrestling apurado e dono de pegada privilegiada, ele ainda é capaz de conduzir a luta ao seu gosto, definindo onde ela irá transcorrer, tirando o oponente de sua zona de conforto.
Apesar de Jung merecer respeito, Poirier é melhor em todos os ramos do jogo. O americano é capaz de encarar a fúria do coreano na trocação e ainda levar vantagem por socar menos o vento. E, quanto mais socar o Korean Zombie, mais este vai ficar enlouquecido, aumentando a carga de golpes no ar.
O passado de kickboxer de Jung pode acarretar em algum risco para o americano. Se quiser facilitar seu trabalho, Poirier pode trocar e quedar, martelando Jung no ground and pound. Seja com um nocaute técnico ou uma finalização na segunda metade da luta, Poirier deverá se garantir no aguardo de José Aldo vs Erik Kock, que se enfrentam no UFC 149.
Cerrone esteve perto de marcar um ano histórico em 2011. Venceu quatro lutas, todas de modo dominante e duas contra oposição do nível de Charles do Bronx’s e Dennis Siver. Já teria sido espectacular, mas o Cowboy quis encarar mais um desafio antes do fim do ano. Não suportou a pressão física e acabou sucumbindo ao volume insano de Nate Diaz no UFC 141. Se lembrarmos que ele havia lutado no WEC em Dezembro de 2010, foram 6 lutas em 12 meses.
A um passo do title shot, Cerrone foi lançado de volta para o meio da ladeira. Acostumado a fazer quatro lutas por ano, ele segurou a onda em 2012 e só vai estrear na metade de maio. O maior tempo de preparação deve render bons frutos ao lutador que só foi derrotado para o actual campeão Ben Henderson (duas vezes, ainda no WEC), Jamie Varner (valendo o cinturão do WEC, em luta com final polémico) e Diaz.
O integrante da equipe Jackson’s MMA é enorme para a categoria. O combate contra o hoje peso pena Do Bronx’s deixou claro que o 1,80m de Cerrone é duro de encarar. O ex-lutador de muay thai evoluiu bastante no jogo de quedas e no chão (simplesmente 13 de suas 17 vitórias aconteceram por finalização), tornando-se um atleta completo. Para completar o quadro, o sujeito é um dos mais empolgantes lutadores da actualidade, fato comprovado pela quantidade de bónus conquistados. Nas 5 lutas no UFC, apenas o duelo contra Vagner Ceará não foi bonificado, muito por culpa da actuação do brasileiro, que evitou o combate (foram duas lutas da noite, um nocaute e uma submissão). No WEC, das 10 lutas realizadas, metade foi apontada como a melhor da noite. Aos 29 anos, Cerrone acumula cartel profissional de 17-4.
Apesar da carreira irregular no UFC (perdeu 6 das 13 lutas feitas na maior organização do mundo), Stephens é um adversário duro. Tombou diante de todos os adversários de ponta que enfrentou, como Anthony Pettis, Melvin Guillard, Gleison Tibau e Joe Lauzon, mas venceu nomes como Rafael dos Anjos e Sam Stout, o que lhe garante posto de porteiro da divisão mais embolada do MMA mundial.
Falando em Dos Anjos, a vitória de Stephens no UFC 91 é emblemática e resume bem o que Cerrone vai encontrar. Depois de ser dominado por dois rounds, Jeremy acertou um shoryuken que deve ter deixado os criadores do jogo Street Fighter orgulhosos. O violento uppercut também o salvou em outro épico highlight do UFC, no nocaute sobre Marcus Davis, no UFC 125. Seu poder de nocaute é incomum para um peso leve – foram 14 nocautes em suas 20 vitórias.
Stephens começou a treinar MMA aos 16 anos depois de passar um tempo dividido entre o wrestling, o beisebol e o basquete. Hoje com 25, tem cartel de 20-7 e apenas 3 de suas vitórias vieram por decisão. Ele treina com Dominick Cruz na Alliance MMA e também com vários outros lutadores do UFC na Victory Gym.
A princípio, Cerrone tem uma escolha a fazer. Guillard e Pettis enfrentaram Stephens com o intuito de anulá-lo. Conseguiram, mas não fizeram lutas que tivessem entretido o público. Dos Anjos e Davis saíram para o pau e acabaram violentamente nocauteados. Cerrone tem técnica suficiente para trocar com Stephens e vencê-lo deste modo, num forte concorrente ao bónus de luta da noite, mas teria um risco tremendo de levar o mesmo fim de Rafael e Marcus. Como é um lutador mais completo, Cowboy sempre terá as tentativas de submissão para salvá-lo do perigo. O problema é que, contra Jeremy, o perigo pode durar um segundo. Ainda assim, a aposta é em um mata-leão de Cerrone.
Houve um tempo em que alguns loucos achavam que Sadollah era a última bolacha do pacote. O lutador, que jamais fez um combate por outra organização, venceu o TUF 7, uma das mais fracas gerações do reality show. O hype era baseado em sua faixa preta de sambo e no título americano amador de muay thai, o que lhe garantiria o título de lutador completo para o MMA.
Desde o fim do TUF, a empolgação sobre Amir despencou. As derrotas para Johny Hendricks, Dong Hyun Kim e principalmente para Duane Ludwig expuseram dificuldades que os treinadores da Throwdown e da Xtreme Couture ainda não corrigiram. Hendricks mostrou o queixo de vidro, Kim mostrou a dificuldade em lutar com as costas no chão e Ludwig deixou claro que Sadollah tem dificuldade de mudar o plano de jogo durante uma luta. Mesmo a vitória sobre Phil Baroni também abriu um defeito de Sadollah: o inexistente poder de nocaute.
Sadollah tem 31 anos e curto cartel de 5-3 (o UFC gosta tanto dele que inventou até uma sexta vitória). Destas vitórias, as maiores foram sobre CB Dollaway (na final do TUF) e DaMarques Johnson (que aceitou a luta a três dias). Quédizê… (obs.: para não nos acusarem de apenas esculhambar Sadollah, temos que reconhecer que o cidadão tem uma trocação bem técnica – desde que ele consiga implementá-la).
Atleta da Wand Fight Team, Lopez foi levado ao UFC pelo próprio Wand, que garantiu que o pupilo merece a vaga. Na estreia pela organização, ele até mostrou talento, mas o fez tarde demais. Contra Justin Edwards, só reagiu no terceiro round, depois de passar dois numa lentidão enorme. Perdeu a luta por decisão e viu uma série de 10 vitórias terminar.
Lopez tem base principal no wrestling e muay thai (refinado na Chute Boxe), aplica boas quedas e tem um poderoso punho direito. Esta combinação lhe rendeu 5 vitórias por nocaute e 6 por decisão – ele jamais venceu uma luta por submissão, apesar de ter começado no jiu-jitsu e ter passado seis meses no Brasil. Com 1,78m e 23 anos, o “Lil’ Monster” (Monstrinho) tem cartel profissional de 11-2.
Esta luta deveria ter acontecido no UFC 143, mas com ambos contundidos, o UFC adiou para esta terça. Apesar de ter qualidade em diversos ramos do jogo, o wrestling é o melhor meio para Lopez vencer. O quanto antes ele consiga deixar Amir de costas para o chão, mais será capaz de pontuar até um triunfo por decisão. Sadollah atua bem no clinch e é capaz de aplicar combinações variadas em pé. Podemos esperar um duelo equilibrado, com os lutadores se revezando nos momentos de vantagem. Quem conseguir impor sua estratégia por mais tempo deverá sair vitorioso por decisão.
Huna e Vladimir Matyushenko, o croata consertou-se com 3 vitórias em 4 combates. Nos dois últimos, mostrou poder de fogo. No UFC On Versus 3, Todd Brown não conseguiu voltar para o segundo round. No UFC 140, Krzysztof Soszynski não resistiu a uma sequência avassaladora de golpes retos e foi nocauteado em 35 segundos.
Wrestler de origem, Pokrajac é parceiro de treino de longa data do compatriota Mirko Cro Cop. Esta mistura rendeu um lutador bom de quedas e de clinch, mas que também sabe se virar na trocação, apesar de não ser tão técnico neste quesito. O Duque é um lutador raçudo, que faz a alegria dos fãs sempre indo para cima dos adversários. Aos 33 anos, com 1,82m, o croata tem cartel de 24-8, com 13 vitórias por nocaute e 8 por finalização.
Depois de fazer sucesso no Brasil, onde ficou invicto por 10 lutas e venceu 13 em 14 desde que passou a se dedicar apenas ao MMA, Maldonado chegou ao UFC para lutar numa categoria abaixo da que estava acostumado. Como meio-pesado, virou a luta de estreia contra James McSweeney no UFC 120, maltratando o corpo do oponente com seu boxe de primeira. Mas foi no TUF 13 Finale que o brasileiro caiu nas graças de Dana White.
Maldonado protagonizou um sangrento duelo com Kyle Kingsbury, que saiu vitorioso em decisão contestada. Variando os golpes e atacando o corpo do americano como de costume, o atleta da Team Nogueira ainda quebrou o orbital de Kingsbury, mas levou alguns prejuízos no clinch e no chão, o que acabou rendendo a derrota.
Aos 32 anos, o simpaticíssimo lutador nascido em Sorocaba tem cartel de 18-4, com 11 vitórias por nocaute, depois de uma carreira invicta em mais de 20 lutas profissionais de boxe, arte que ele domina a ponto de passar dicas em treinos para Junior Cigano.
Livre das contusões que o afastaram do UFC Live 6 e UFC Rio 2, Maldonado disse que aprendeu a lição da última derrota. E é bom que realmente tenha aprendido, pois o jogo de Kingsbury é o melhor caminho para Pokrajac seguir. Caso o croata conduza a luta na trocação, pagará todos seus pecados e vai dormir envergado, de tanto que vai apanhar na linha de cintura. Se os treinos com Everaldo Penco e Eric Albarracin surtirem efeito, Maldonado será capaz de manter a luta em sua zona de conforto, o boxe, onde é muito mais técnico e experiente. Como Pokrajac é chegado a uma pancadaria, a aposta é que Maldonado aplique seu segundo nocaute no terceiro round no UFC.
Lutando como peso pena, Jabouin não dava a impressão que teria vida longa na Zuffa. Estreou no WEC com derrotas para Raphael Assunção e Mark Hominick, antes de vencer Brandon Visher. Mesmo com o retrospecto negativo, foi importado para o UFC, onde foi finalizado por Pablo Garza com um belíssimo triângulo voador. Quando a demissão parecia certa, o canadense nascido no Haiti resolveu baixar de categoria e sua vida mudou.
Como peso galo, venceu Ian Loveland no UFC Rio e passou por Walel Watson no UFC 140, ambas as vitórias conseguidas em apertadas decisões divididas. A luta no Brasil empolgou a torcida mais pela ridícula comparação a Negueba (apesar de a única semelhança entre o lutador e o atacante do Flamengo ser a cor da pele), mas fez uma luta bastante movimentada contra Watson, onde sobraram socos e chutes rodados.
A alguns dias de completar 33 anos, Jabouin treina na Tristar Gym, equipe de Georges St-Pierre e Rory MacDonald. O kickboxer tem cartel profissional de 17-7.
Hougland é mais uma das vidas salvas pelo desporto. O próprio disse que vivia nas ruas e que a prisão seria um fim óbvio. Tentou ganhar a vida como jardineiro, maquinista, mas foi o jiu-jitsu que lhe deu um rumo e uma carreira de sucesso.
Ele profissionalizou-se no MMA em 2002, mas até mesmo neste desporto o começo foi complexo. Depois de estrear com vitória, Jeff encarou sequência de quatro derrotas, inclusive uma para Gilbert Melendez, que fazia na ocasião sua segunda luta. Na ocasião ele trabalhava em tempo integral e não conseguia treinar direito. Parou por quase dois anos, voltou, venceu quatro lutas ainda sem se dedicar integralmente. Parou novamente e finalmente passou a levar uma vida de atleta, apenas treinando. Nunca mais foi derrotado.
Em 2011 ele conquistou a faixa preta de jiu-jitsu na Lotus Club, da linhagem de Ralph Gracie. Tem um estilo altamente ofensivo no chão, mesmo quando joga por baixo, o que lhe rendeu 70% das vitórias por submissão. Das sete, seis aconteceram no primeiro round, assim como sua única vitória por nocaute. Em apenas duas oportunidades ele venceu por decisão. Estreou vencendo Donny Walker por decisão no UFC 132.
No duelo striker vs grappler, obviamente levará vantagem aquele que conseguir conduzir o combate em sua área de preferência. Jabouin deverá lançar seus chutes nas pernas visando diminuir o ritmo do oponente para assim abrir espaço para suas combinações. O americano tem que conseguir encurtar e quedar, mas Yves demonstrou em sua última apresentação boa capacidade de se defender de submissões – ainda que Hougland seja melhor no chão do que Watson.
Hougland tinha sido originalmente lançado para fazer o papel de boi-de-piranha contra Renan Barão, mas o UFC resolveu mudar os planos. Muitos acham que esta luta servirá para deixar Jabouin na linha de frente para um title shot. Só que são nestes momentos que as zebras costumam aparecer…
-------------------------------------------Pesagens -------------------------------------------
A completar o evento, está o peso galo canadiano Yves Jabouin que pode ficar em excelente situação na divisão caso vença o americano Jeff Hougland. Entre os meio-médios, o duelo envolverá os americanos Amir Sadollah e Jorge Lopez, um dos treinadores da equipa de Wanderlei Silva. O combate que abrirá o card principal envolverá os grapplers Tom Lawlor e Jason MacDonald.
O card preliminar terá os brasileiros Carlo Prater, Rafael dos Anjos e Johnny Eduardo em acção.
O card completo do UFC on Fuel TV 3 é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Dustin Poirier x Chan Sung Jung
Jorge Lopez x Amir Sadollah
Donald Cerrone x Jeremy Stephens
Jeff Hougland x Yves Jabouin
Igor Pokrajac x Fábio Maldonado
Tom Lawlor x Jason MacDonald
CARD PRELIMINAR
Brad Tavares x Dongi Yang
Cody McKenzie x Marcus LeVesseur
TJ Grant x Carlo Prater
Rafael dos Anjos x Kamal Shalorus
Johnny Eduardo x Jeff Curran
Francisco Rivera x Alex Soto
Dustin Poirier x Chan Sung Jung
Jorge Lopez x Amir Sadollah
Donald Cerrone x Jeremy Stephens
Jeff Hougland x Yves Jabouin
Igor Pokrajac x Fábio Maldonado
Tom Lawlor x Jason MacDonald
CARD PRELIMINAR
Brad Tavares x Dongi Yang
Cody McKenzie x Marcus LeVesseur
TJ Grant x Carlo Prater
Rafael dos Anjos x Kamal Shalorus
Johnny Eduardo x Jeff Curran
Francisco Rivera x Alex Soto
-------------------------------------------Antevisão -------------------------------------------
Chan Sung Jung (COR) vs Dustin Poirier (EUA)
Chan Sung Jung (COR) vs Dustin Poirier (EUA)
No UFC 140, Jung entrou para a história ao aplicar o segundo nocaute mais rápido que o UFC já viu, derrubando o ex-desafiante Mark Hominick em apenas 7 segundos e ganhando o bónus de nocaute da noite.
Antes, o Korean Zombie já havia virado estrela ao protagonizar uma destrambelhada e épica pancadaria contra Leonard Garcia (e o vento) no WEC 48. Teve a vitória tirada pelos juízes, mas ganhou o apoio da torcida. Ele teve a chance de vingar a derrota e o fez no mais alto estilo, aplicando a primeira finalização por twister da história do UFC, que lhe garantiu o óbvio bónus de melhor submissão do evento. Entre as duas lutas contra Garcia, Jung tombou diante de um chute alto de George Roop, ainda no WEC.
Aos 25 anos, o atleta da Korean Top Team tem cartel de 12-3, sendo 2-0 no UFC. Apesar de ter ficado conhecido como brigador-espancador-de-vento, Jung mostrou contra Hominick inteligência para capitalizar em cima da falha do adversário. Faixa preta de taekwondo, ex-kickboxer profissional, ele tem 7 de suas vitórias por submissão, a despeito do que sua faixa azul de jiu-jitsu queira dizer. Ou seja, é bom respeitá-lo em pé e no chão.
Poirier também já viveu seus dias de surpresa. Depois de 1-1 como peso leve no WEC, ele aceitou o confronto com Josh Grispi de última hora. Grispi, que enfrentaria José Aldo pelo cinturão dos penas no UFC 125, preferiu se manter ocupado e acabou derrotado pelo jovem adversário.
Conhecido pelo apelido de “O Diamante”, Poirier seguiu a rota de vitórias e colocou-se como forte candidato a desafiante na divisão. Ele bateu Jason Young no UFC 131, além de ter finalizado Pablo Garza, no UFC On FOX 1, e Max Holloway, no UFC 143, já em 2012.
Hoje com 23 anos, cartel de 12-1, 4-0 no UFC, Poirier é um versátil, inteligente e agressivo lutador, com condicionamento físico avantajado. Faixa roxa de jiu-jitsu, wrestling apurado e dono de pegada privilegiada, ele ainda é capaz de conduzir a luta ao seu gosto, definindo onde ela irá transcorrer, tirando o oponente de sua zona de conforto.
Apesar de Jung merecer respeito, Poirier é melhor em todos os ramos do jogo. O americano é capaz de encarar a fúria do coreano na trocação e ainda levar vantagem por socar menos o vento. E, quanto mais socar o Korean Zombie, mais este vai ficar enlouquecido, aumentando a carga de golpes no ar.
O passado de kickboxer de Jung pode acarretar em algum risco para o americano. Se quiser facilitar seu trabalho, Poirier pode trocar e quedar, martelando Jung no ground and pound. Seja com um nocaute técnico ou uma finalização na segunda metade da luta, Poirier deverá se garantir no aguardo de José Aldo vs Erik Kock, que se enfrentam no UFC 149.
Donald Cerrone (EUA) vs Jeremy Stephens (EUA)
Cerrone esteve perto de marcar um ano histórico em 2011. Venceu quatro lutas, todas de modo dominante e duas contra oposição do nível de Charles do Bronx’s e Dennis Siver. Já teria sido espectacular, mas o Cowboy quis encarar mais um desafio antes do fim do ano. Não suportou a pressão física e acabou sucumbindo ao volume insano de Nate Diaz no UFC 141. Se lembrarmos que ele havia lutado no WEC em Dezembro de 2010, foram 6 lutas em 12 meses.
A um passo do title shot, Cerrone foi lançado de volta para o meio da ladeira. Acostumado a fazer quatro lutas por ano, ele segurou a onda em 2012 e só vai estrear na metade de maio. O maior tempo de preparação deve render bons frutos ao lutador que só foi derrotado para o actual campeão Ben Henderson (duas vezes, ainda no WEC), Jamie Varner (valendo o cinturão do WEC, em luta com final polémico) e Diaz.
O integrante da equipe Jackson’s MMA é enorme para a categoria. O combate contra o hoje peso pena Do Bronx’s deixou claro que o 1,80m de Cerrone é duro de encarar. O ex-lutador de muay thai evoluiu bastante no jogo de quedas e no chão (simplesmente 13 de suas 17 vitórias aconteceram por finalização), tornando-se um atleta completo. Para completar o quadro, o sujeito é um dos mais empolgantes lutadores da actualidade, fato comprovado pela quantidade de bónus conquistados. Nas 5 lutas no UFC, apenas o duelo contra Vagner Ceará não foi bonificado, muito por culpa da actuação do brasileiro, que evitou o combate (foram duas lutas da noite, um nocaute e uma submissão). No WEC, das 10 lutas realizadas, metade foi apontada como a melhor da noite. Aos 29 anos, Cerrone acumula cartel profissional de 17-4.
Apesar da carreira irregular no UFC (perdeu 6 das 13 lutas feitas na maior organização do mundo), Stephens é um adversário duro. Tombou diante de todos os adversários de ponta que enfrentou, como Anthony Pettis, Melvin Guillard, Gleison Tibau e Joe Lauzon, mas venceu nomes como Rafael dos Anjos e Sam Stout, o que lhe garante posto de porteiro da divisão mais embolada do MMA mundial.
Falando em Dos Anjos, a vitória de Stephens no UFC 91 é emblemática e resume bem o que Cerrone vai encontrar. Depois de ser dominado por dois rounds, Jeremy acertou um shoryuken que deve ter deixado os criadores do jogo Street Fighter orgulhosos. O violento uppercut também o salvou em outro épico highlight do UFC, no nocaute sobre Marcus Davis, no UFC 125. Seu poder de nocaute é incomum para um peso leve – foram 14 nocautes em suas 20 vitórias.
Stephens começou a treinar MMA aos 16 anos depois de passar um tempo dividido entre o wrestling, o beisebol e o basquete. Hoje com 25, tem cartel de 20-7 e apenas 3 de suas vitórias vieram por decisão. Ele treina com Dominick Cruz na Alliance MMA e também com vários outros lutadores do UFC na Victory Gym.
A princípio, Cerrone tem uma escolha a fazer. Guillard e Pettis enfrentaram Stephens com o intuito de anulá-lo. Conseguiram, mas não fizeram lutas que tivessem entretido o público. Dos Anjos e Davis saíram para o pau e acabaram violentamente nocauteados. Cerrone tem técnica suficiente para trocar com Stephens e vencê-lo deste modo, num forte concorrente ao bónus de luta da noite, mas teria um risco tremendo de levar o mesmo fim de Rafael e Marcus. Como é um lutador mais completo, Cowboy sempre terá as tentativas de submissão para salvá-lo do perigo. O problema é que, contra Jeremy, o perigo pode durar um segundo. Ainda assim, a aposta é em um mata-leão de Cerrone.
Amir Sadollah (EUA) vs Jorge Lopez (EUA)
Houve um tempo em que alguns loucos achavam que Sadollah era a última bolacha do pacote. O lutador, que jamais fez um combate por outra organização, venceu o TUF 7, uma das mais fracas gerações do reality show. O hype era baseado em sua faixa preta de sambo e no título americano amador de muay thai, o que lhe garantiria o título de lutador completo para o MMA.
Desde o fim do TUF, a empolgação sobre Amir despencou. As derrotas para Johny Hendricks, Dong Hyun Kim e principalmente para Duane Ludwig expuseram dificuldades que os treinadores da Throwdown e da Xtreme Couture ainda não corrigiram. Hendricks mostrou o queixo de vidro, Kim mostrou a dificuldade em lutar com as costas no chão e Ludwig deixou claro que Sadollah tem dificuldade de mudar o plano de jogo durante uma luta. Mesmo a vitória sobre Phil Baroni também abriu um defeito de Sadollah: o inexistente poder de nocaute.
Sadollah tem 31 anos e curto cartel de 5-3 (o UFC gosta tanto dele que inventou até uma sexta vitória). Destas vitórias, as maiores foram sobre CB Dollaway (na final do TUF) e DaMarques Johnson (que aceitou a luta a três dias). Quédizê… (obs.: para não nos acusarem de apenas esculhambar Sadollah, temos que reconhecer que o cidadão tem uma trocação bem técnica – desde que ele consiga implementá-la).
Atleta da Wand Fight Team, Lopez foi levado ao UFC pelo próprio Wand, que garantiu que o pupilo merece a vaga. Na estreia pela organização, ele até mostrou talento, mas o fez tarde demais. Contra Justin Edwards, só reagiu no terceiro round, depois de passar dois numa lentidão enorme. Perdeu a luta por decisão e viu uma série de 10 vitórias terminar.
Lopez tem base principal no wrestling e muay thai (refinado na Chute Boxe), aplica boas quedas e tem um poderoso punho direito. Esta combinação lhe rendeu 5 vitórias por nocaute e 6 por decisão – ele jamais venceu uma luta por submissão, apesar de ter começado no jiu-jitsu e ter passado seis meses no Brasil. Com 1,78m e 23 anos, o “Lil’ Monster” (Monstrinho) tem cartel profissional de 11-2.
Esta luta deveria ter acontecido no UFC 143, mas com ambos contundidos, o UFC adiou para esta terça. Apesar de ter qualidade em diversos ramos do jogo, o wrestling é o melhor meio para Lopez vencer. O quanto antes ele consiga deixar Amir de costas para o chão, mais será capaz de pontuar até um triunfo por decisão. Sadollah atua bem no clinch e é capaz de aplicar combinações variadas em pé. Podemos esperar um duelo equilibrado, com os lutadores se revezando nos momentos de vantagem. Quem conseguir impor sua estratégia por mais tempo deverá sair vitorioso por decisão.
Igor Pokrajac (CRO) vs Fabio Maldonado (BRA)
Huna e Vladimir Matyushenko, o croata consertou-se com 3 vitórias em 4 combates. Nos dois últimos, mostrou poder de fogo. No UFC On Versus 3, Todd Brown não conseguiu voltar para o segundo round. No UFC 140, Krzysztof Soszynski não resistiu a uma sequência avassaladora de golpes retos e foi nocauteado em 35 segundos.
Wrestler de origem, Pokrajac é parceiro de treino de longa data do compatriota Mirko Cro Cop. Esta mistura rendeu um lutador bom de quedas e de clinch, mas que também sabe se virar na trocação, apesar de não ser tão técnico neste quesito. O Duque é um lutador raçudo, que faz a alegria dos fãs sempre indo para cima dos adversários. Aos 33 anos, com 1,82m, o croata tem cartel de 24-8, com 13 vitórias por nocaute e 8 por finalização.
Depois de fazer sucesso no Brasil, onde ficou invicto por 10 lutas e venceu 13 em 14 desde que passou a se dedicar apenas ao MMA, Maldonado chegou ao UFC para lutar numa categoria abaixo da que estava acostumado. Como meio-pesado, virou a luta de estreia contra James McSweeney no UFC 120, maltratando o corpo do oponente com seu boxe de primeira. Mas foi no TUF 13 Finale que o brasileiro caiu nas graças de Dana White.
Maldonado protagonizou um sangrento duelo com Kyle Kingsbury, que saiu vitorioso em decisão contestada. Variando os golpes e atacando o corpo do americano como de costume, o atleta da Team Nogueira ainda quebrou o orbital de Kingsbury, mas levou alguns prejuízos no clinch e no chão, o que acabou rendendo a derrota.
Aos 32 anos, o simpaticíssimo lutador nascido em Sorocaba tem cartel de 18-4, com 11 vitórias por nocaute, depois de uma carreira invicta em mais de 20 lutas profissionais de boxe, arte que ele domina a ponto de passar dicas em treinos para Junior Cigano.
Livre das contusões que o afastaram do UFC Live 6 e UFC Rio 2, Maldonado disse que aprendeu a lição da última derrota. E é bom que realmente tenha aprendido, pois o jogo de Kingsbury é o melhor caminho para Pokrajac seguir. Caso o croata conduza a luta na trocação, pagará todos seus pecados e vai dormir envergado, de tanto que vai apanhar na linha de cintura. Se os treinos com Everaldo Penco e Eric Albarracin surtirem efeito, Maldonado será capaz de manter a luta em sua zona de conforto, o boxe, onde é muito mais técnico e experiente. Como Pokrajac é chegado a uma pancadaria, a aposta é que Maldonado aplique seu segundo nocaute no terceiro round no UFC.
Yves Jabouin (HAI/CAN) vs Jeff Hougland (EUA)
Lutando como peso pena, Jabouin não dava a impressão que teria vida longa na Zuffa. Estreou no WEC com derrotas para Raphael Assunção e Mark Hominick, antes de vencer Brandon Visher. Mesmo com o retrospecto negativo, foi importado para o UFC, onde foi finalizado por Pablo Garza com um belíssimo triângulo voador. Quando a demissão parecia certa, o canadense nascido no Haiti resolveu baixar de categoria e sua vida mudou.
Como peso galo, venceu Ian Loveland no UFC Rio e passou por Walel Watson no UFC 140, ambas as vitórias conseguidas em apertadas decisões divididas. A luta no Brasil empolgou a torcida mais pela ridícula comparação a Negueba (apesar de a única semelhança entre o lutador e o atacante do Flamengo ser a cor da pele), mas fez uma luta bastante movimentada contra Watson, onde sobraram socos e chutes rodados.
A alguns dias de completar 33 anos, Jabouin treina na Tristar Gym, equipe de Georges St-Pierre e Rory MacDonald. O kickboxer tem cartel profissional de 17-7.
Hougland é mais uma das vidas salvas pelo desporto. O próprio disse que vivia nas ruas e que a prisão seria um fim óbvio. Tentou ganhar a vida como jardineiro, maquinista, mas foi o jiu-jitsu que lhe deu um rumo e uma carreira de sucesso.
Ele profissionalizou-se no MMA em 2002, mas até mesmo neste desporto o começo foi complexo. Depois de estrear com vitória, Jeff encarou sequência de quatro derrotas, inclusive uma para Gilbert Melendez, que fazia na ocasião sua segunda luta. Na ocasião ele trabalhava em tempo integral e não conseguia treinar direito. Parou por quase dois anos, voltou, venceu quatro lutas ainda sem se dedicar integralmente. Parou novamente e finalmente passou a levar uma vida de atleta, apenas treinando. Nunca mais foi derrotado.
Em 2011 ele conquistou a faixa preta de jiu-jitsu na Lotus Club, da linhagem de Ralph Gracie. Tem um estilo altamente ofensivo no chão, mesmo quando joga por baixo, o que lhe rendeu 70% das vitórias por submissão. Das sete, seis aconteceram no primeiro round, assim como sua única vitória por nocaute. Em apenas duas oportunidades ele venceu por decisão. Estreou vencendo Donny Walker por decisão no UFC 132.
No duelo striker vs grappler, obviamente levará vantagem aquele que conseguir conduzir o combate em sua área de preferência. Jabouin deverá lançar seus chutes nas pernas visando diminuir o ritmo do oponente para assim abrir espaço para suas combinações. O americano tem que conseguir encurtar e quedar, mas Yves demonstrou em sua última apresentação boa capacidade de se defender de submissões – ainda que Hougland seja melhor no chão do que Watson.
Hougland tinha sido originalmente lançado para fazer o papel de boi-de-piranha contra Renan Barão, mas o UFC resolveu mudar os planos. Muitos acham que esta luta servirá para deixar Jabouin na linha de frente para um title shot. Só que são nestes momentos que as zebras costumam aparecer…
Antevisão original de MMA-Brasil e Globo.com
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A pesagem do "UFC: Jung x Poirier", realizada na tarde desta segunda-feira, foi marcada por uma cena inusitada protagonizada pelo americano Tom Lawlor. O lutador, que costuma aprontar coisas do género em suas aparições no evento, caminhou rumo à balança da pesagem fantasiado de Buckethead, ex-guitarrista da banda Guns N' Roses. Ele cobriu o rosto com uma tela e usou como chapéu uma cesta de frango frito, vazia é claro.
Fora o show à parte de Lawlor, que enfrenta o canadense Jason MacDonald, o evento correu sem problemas, com todos os atletas batendo o devido peso, inclusive os brasileiros Fabio Maldonado, Carlo Prater, Rafael dos Anjos e Johnny Eduardo.
O único momento em que houve certa tensão ocorreu durante a encarada dos americanos Donald Cerrone e Jeremy Stephens. O segundo disparou algumas provocações, provocando um sorriso irónico do adversário.
O único momento em que houve certa tensão ocorreu durante a encarada dos americanos Donald Cerrone e Jeremy Stephens. O segundo disparou algumas provocações, provocando um sorriso irónico do adversário.
CARD PRINCIPAL
Peso-pena (até 66,2kg): Chan Sung Jung (65,7kg) x Dustin Poirier (65,7kg)
Peso-meio-médio (77,5kg): Amir Sadollah (77,5kg) x Jorge Lopez (77,5kg)
Peso-leve (70,7kg): Donald Cerrone (70,3kg) x Jeremy Stephens (70,3kg)
Peso-galo (61,6kg): Yves Jabouin (61,2kg) x Jeff Hougland (61,2kg)
Peso-meio-pesado (93,4kg): Igor Pokrajac (93kg) x Fabio Maldonado (93kg)
Peso-médio (84,4kg): Jason MacDonald (83,9kg) x Tom Lawlor (84,4kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-médio (até 84,4kg): Brad Tavares (83,9kg) x Dongi Yang (84,4kg)
Peso-leve (70,7kg): Cody McKenzie (70,3kg) x Marcus LeVesseur (70,3kg)
Peso-leve (70,7kg): T.J. Grant (70,3kg) x Carlo Prater (70,3kg)
Peso-leve (70,7kg): Rafael Dos Anjos (70,7kg) x Kamal Shalorus (70,3kg)
Peso-galo (61,6kg): Jeff Curran (61,2kg) x Johnny Eduardo (61,2kg)
Peso-galo (61,6kg): Alex Soto (61,2kg) x Francisco Rivera (60,7kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Chan Sung Jung (65,7kg) x Dustin Poirier (65,7kg)
Peso-meio-médio (77,5kg): Amir Sadollah (77,5kg) x Jorge Lopez (77,5kg)
Peso-leve (70,7kg): Donald Cerrone (70,3kg) x Jeremy Stephens (70,3kg)
Peso-galo (61,6kg): Yves Jabouin (61,2kg) x Jeff Hougland (61,2kg)
Peso-meio-pesado (93,4kg): Igor Pokrajac (93kg) x Fabio Maldonado (93kg)
Peso-médio (84,4kg): Jason MacDonald (83,9kg) x Tom Lawlor (84,4kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-médio (até 84,4kg): Brad Tavares (83,9kg) x Dongi Yang (84,4kg)
Peso-leve (70,7kg): Cody McKenzie (70,3kg) x Marcus LeVesseur (70,3kg)
Peso-leve (70,7kg): T.J. Grant (70,3kg) x Carlo Prater (70,3kg)
Peso-leve (70,7kg): Rafael Dos Anjos (70,7kg) x Kamal Shalorus (70,3kg)
Peso-galo (61,6kg): Jeff Curran (61,2kg) x Johnny Eduardo (61,2kg)
Peso-galo (61,6kg): Alex Soto (61,2kg) x Francisco Rivera (60,7kg)