Mac in Touch #8 - Os podres #2 (TNA)
E aí vão 8 edições de Mac in touch no Wrestling Notícias trazidas por Pete O’Mac.
Quero agradecer principalmente a quem sugeriu um novo tema para este Mac in Touch, na circunstância o anónimo que comentou em penúltimo lugar. O meu sincero obrigado. Assim se achou tema, já que ainda não tive oportunidade de ver toda a RAW da última noite.
Assim, os podres do main event da TNA são tirados (não todos como será saudável fazer). Será que o fruto se come?....
Os Podres #2 (Main Event TNA)
Angle entre Aries, Hogan e Bully Ray
Como é sabido por quem acompanha TNA, Aries tirou o véu que andava a “esconder” o affair entre Bully Ray e Brooke Hogan. Isto teve repercurssões, nomeadamente com o GM da TNA, Hulk Hogan.
Gostei da forma como a storyline foi construída e toda a tensão gerada entre os 4, assim como os motivos de cada um são plenamente credíveis e aceites por mim. É uma história que não fere os fãs mais intelectuais, certamente, ainda para mais se tivermos em conta outras storylines que há no ramo.
É aceitável que Aries queira a “spotlight”, o protagonismo que perdeu e que culpe Hogan pelo que lhe fez, que veja na filha o principal e melhor alvo para chamar a atenção ao manda-chuva do show. Também é compreensível e encaixa muito bem a tensão trazida de trás entre Bully Ray e o Hulkster.
Seria de esperar que a reacção de Hulk Hogan a este caso fosse mais severa para com Austin Aries, que afinal levantou as “suspeitas” e mandou, no início do último Impact bocas com picante (e das quais me ri sem favor!) sobre a sua filha… é que acabou por ceder à vontade de Aries e entre todas as pessoas candidatas ao título da X Division na edição em questão do Impact escolheu o próprio Aries. É um bocado contraditório, e é uma atitude com demasiada estrutura para ter pilares tão fracos a sustentá-la - a “malha” que Aries levaria de RVD (que nada tem a haver com o caso e que supostamente passou a odiar o A Double do nada).
Depois, e posto o combate que Aries tanto queria, e quando ele tinha o campeão da X Division na mão… eis que pega no mic e faz gozo de Brooke Hogan outra vez, não prevendo o ataque de Bully Ray ou de Hogan. O título é que fica magoado pelo facto de Aries vir a desperdiçar, com as palavras que não tinha necessidade de dizer e numa altura em que o estava prestes a ganhar… ficou a sensação de que não o queria ganhar.
Enfim, mas quero acreditar que este episódio do angle no Impact da passada sexta-feira foi apenas um pequeno desvio e não vai afectar a história em geral que, volto a referir, está a ser bem guiada e tem boas bases de sustentação.
James Storm, Bobby Roode e a title shot
No ultimo PPV da TNA, o Turning Point, houve um combate a três para determinar o próximo candidato ao título da companhia, com o homem que sofreria o pin a ser alvo de uma “secura” de title shots de um ano. Storm fez o pin a Styles, e o outro interveniente, Roode, ficou de fora da decisão. No Impact seguinte, Roode pede uma desforra e insiste, com ataques verbais muito pessoais (usou a filha do Cowboy) um combate entre ambos com a estipulação de No1 Contender em jogo. Storm, aceitou. Algo compreensível dados os ataques de Roode…
… que, da mesma maneira, causariam uma postura muito mais apaixonada, uma entrega muito maior por parte do Cowboy ao combate e que o obrigasse a lutar até à última gota de suor. Não com um simples rollup depois da colisão com o canto do ringue exposto. Finish muito fraco para um combate que se queria de dimensão enorme!
A isto acresce, contra a TNA, a súbita mudança de planos. Porquê e para quê não dar a Roode a vitória no combate a três no Turning Point? Para encher chouriço no Impact seguinte ao PPV? É que ouviu-se muito pouco falar de Storm ter a sua vingança (nem apareceu no impact seguinte!). Acho lamentável terem de dar uma volta enorme e que fere uma storyline para chegar a um fim que podia ser tão simples.
Agora, Roode como candidato principal? Perfeito! É o lutador com mais heat na companhia, e enfrenta o babyface-mor. Haverá um típico bom vs mau. E isso é óptimo. Agora a forma de lá chegar é que não foi feliz por parte do departamento de booking da TNA.
Storyline de Wes Briscoe
Sob a batuta de Kurt Angle, Wes Briscoe entrou pela TNA adentro. Conseguiu um combate Gut Check há dois Impacts atrás e venceu-o. No show seguinte, seria o dia da decisão e, facto relevante, faltava Al Snow. D-Lo Brown, que sempre apoiara a oportunidade a Wes a par de Tazz, substituiu-o na decisão.
Se Wes Briscoe vai mais tarde fazer parte dos Aces and Eights, toda esta história da retirada de Al Snow faz muito sentido e é muitíssimo aplaudível! Tiro o meu chapéu. Assim como o faço aos facials e ao “acting” que Wes teve durante o momento da decisão – ficou a sensação legítima de que aquela oportunidade significava muito para ele.
No entanto, há um pequeno “se” – se Wes Briscoe faz, à priori, parte dos Aces and Eights, para quê ter de lutar para integrar o roster quando estes já têm acesso total à Impact Zone?! É que, por exemplo, o Director of Chaos, não teve de fazer nenhum tipo de casting para entrar no roster da TNA.
MAS se a jogada for a de haver um “insider” que saiba o que o “inimigo” (TNA) está a planear contra os Aces and Eights, aí talvez consiga engolir ainda melhor esta história. Uma espécie de expiação fica sempre bem. No entanto, talvez não fosse preciso integrar-se o roster para tal já que Wes passou e passa muito tempo com Kurt Angle.
Tudo somado, e olhando para o fruto que é a TNA, vejo algumas partes podres mas essas têm margem para ser cortadas e o fruto ser consumido com gosto.