Análise e Pensamentos do WWE RAW: Prólogo da Wrestlemania XXIX
O último capítulo em direção à vigésima nona Wrestlemania foi escrito, com um RAW repleto de personagens icônicas a ser apresentado direto da capital norte-americana de Washington, D.C. Eu, Johnmds, regresso à lide desta rubrica nesta semana para debater tudo o que se desenvolveu nas três horas mais eletrizantes da televisão.
Inicialmente havia dito que só voltaria pra cá em julho, mas como hoje não tive aulas então me auto-permiti ao partilhamento da minha sapiência convosco outra vez, assim espero que gostem.
Achei estranha a maneira do roteiro do RAW de ontem. Não é segredo algum que John Cena vs. The Rock deverá ser o main event desta Wrestlemania e, tal qual manda a tradição, é suposto esperar-se que o principal esteja ao fim. Mas ao adverso, estagnado e sem apresentar mais nada de novo, a feud das duas megastars deu lugar ao que parece ser um pupilo da WWE, que o pariu apenas pela curiosa morte de Paul Bearer.
Há males que vem para bem e o falecimento da lenda foi um destes. Foi o atear lenha na fogueira que virou completamente o historial para o Deadman neste ano. Taker sequer precisaria estar combatendo no Greatest Stage of them All dado seu físico e ao regressar, provavelmente sabia que em épocas caóticas de criatividade na WWE, poderia acabar passando vergonha ao entrar numa feud sem rumo.
Nas últimas semanas o que vimos foi o desenrolar que culminou ontem. Se por um lado o segmento foi extraordinário para abrir vários leques na contenda, inclusive o de apontar CM Punk como possível vencedor, por outro, é um segmento que não deveria acontecer num último show antes da Wrestlemania. A rivalidade está acesa em demasia para o PPV e isto pode prejudicar a luta. O ideal era esfriar como se esfriou com Lesnar vs. Triple H ou o próprio Rock vs. Cena - estes que são exemplos que, por estarem mornos a mais, deveriam sim ter algo violento no show de ontem.
Com Punk e Undertaker, foi-se criado um dos combates mais intrigantes dos últimos tempos e que consegue repetir os ambientes de lutas dos anos passados do Deadman, mesmo que enfrentando um oponente menos qualificado que Triple H e Shawn Michaels. Apesar de estar certo como derrotado, o second city saint já está destinado a história.
Lhe assenta muito bem o causar de mau-estar nos fãs. É quase como se Punk não tivesse compaixão e isto é o significado de um heel que, ao interpretar, nos convence. Convencer é uma arte e a psicologia nos momentos que antecederam um ataque longo de cinco minutos foi brutal.
Todo o som com escuridão a manter-se lentamente começava a amedrontar e calar a plateia, que mantinha-se atenta pois sabia que viria algo de bom. Já podia-se especular. Druidas chegaram e o ambiente ficou mais em suspense. Tudo foi metódico e planejado na perfeição. Quando surgiu uma figura gorda na rampa com a voz de Paul Bearer, o choque misturou-se com as outras sensações e já tornavam-se desejo de vingança, ao lado de Undertaker. Sedento, o Homem Morto sai correndo mas cego sem perceber a arapuca armada para o atacar. Logo ele entende, mas é tarde e Punk o destrói completamente para terminar o show.
A destruição manteve o ritmo lento e desolador, com um herói ao pé do vilão sem se poder fazer absolutamente nada. O Chicago Made estava mais perverso do que nunca e brincava com o próprio fim, atirando as cinzas que irão o trucidar pelo resto de sua existência.
Aprecio uma mudança ínfima do caráter da WWE nestas feuds, deixando de lado o que é "moral" para pensar no que é basilar, isto é, a manutenção de suas personagens e storylines. A julgar pelas reações, o fechar do RAW foi perturbador e aliciante, mas também no ponto certo para culminar na talvez mais desenvolvida dentre dez pelejas na Wrestlemania.
Achei estranha a maneira do roteiro do RAW de ontem. Não é segredo algum que John Cena vs. The Rock deverá ser o main event desta Wrestlemania e, tal qual manda a tradição, é suposto esperar-se que o principal esteja ao fim. Mas ao adverso, estagnado e sem apresentar mais nada de novo, a feud das duas megastars deu lugar ao que parece ser um pupilo da WWE, que o pariu apenas pela curiosa morte de Paul Bearer.
Há males que vem para bem e o falecimento da lenda foi um destes. Foi o atear lenha na fogueira que virou completamente o historial para o Deadman neste ano. Taker sequer precisaria estar combatendo no Greatest Stage of them All dado seu físico e ao regressar, provavelmente sabia que em épocas caóticas de criatividade na WWE, poderia acabar passando vergonha ao entrar numa feud sem rumo.
Nas últimas semanas o que vimos foi o desenrolar que culminou ontem. Se por um lado o segmento foi extraordinário para abrir vários leques na contenda, inclusive o de apontar CM Punk como possível vencedor, por outro, é um segmento que não deveria acontecer num último show antes da Wrestlemania. A rivalidade está acesa em demasia para o PPV e isto pode prejudicar a luta. O ideal era esfriar como se esfriou com Lesnar vs. Triple H ou o próprio Rock vs. Cena - estes que são exemplos que, por estarem mornos a mais, deveriam sim ter algo violento no show de ontem.
Com Punk e Undertaker, foi-se criado um dos combates mais intrigantes dos últimos tempos e que consegue repetir os ambientes de lutas dos anos passados do Deadman, mesmo que enfrentando um oponente menos qualificado que Triple H e Shawn Michaels. Apesar de estar certo como derrotado, o second city saint já está destinado a história.
Lhe assenta muito bem o causar de mau-estar nos fãs. É quase como se Punk não tivesse compaixão e isto é o significado de um heel que, ao interpretar, nos convence. Convencer é uma arte e a psicologia nos momentos que antecederam um ataque longo de cinco minutos foi brutal.
Todo o som com escuridão a manter-se lentamente começava a amedrontar e calar a plateia, que mantinha-se atenta pois sabia que viria algo de bom. Já podia-se especular. Druidas chegaram e o ambiente ficou mais em suspense. Tudo foi metódico e planejado na perfeição. Quando surgiu uma figura gorda na rampa com a voz de Paul Bearer, o choque misturou-se com as outras sensações e já tornavam-se desejo de vingança, ao lado de Undertaker. Sedento, o Homem Morto sai correndo mas cego sem perceber a arapuca armada para o atacar. Logo ele entende, mas é tarde e Punk o destrói completamente para terminar o show.
A destruição manteve o ritmo lento e desolador, com um herói ao pé do vilão sem se poder fazer absolutamente nada. O Chicago Made estava mais perverso do que nunca e brincava com o próprio fim, atirando as cinzas que irão o trucidar pelo resto de sua existência.
Sheamus, Randy Orton e Big Show estiveram no primeiro combate do RAW, onde venceram os 3MB. Foi um squash habitual que mostrou de certa forma que o programa estaria semelhante ao das semanas passadas, apesar da importância. Generalizando-se, não odeio squashes mas condeno a repetição pois demonstra ineficiência na criação de melhores ideias. No roster atual, não existe ninguém que poderia lutar nos mesmos termos que os babyfaces, pois a WWE praticamente destruiu a todos os low carders ou mesmo alguns mid carders.
Por exemplo, seria preferível de se ter um trio com talvez os Primetime Players e David Otunga, se estes estivessem mais elevados. Sabia-se que iriam perder mas ao menos poderiam dar trabalho e acabar, mesmo que derrotados, sem perder ímpeto, como Cody Rhodes algumas semanas atrás, ao dominar o campeão mundial Alberto del Rio e depois mesmo assim desistir perante o cross armbreaker. Uma derrota que não foi derrota.
Não gostei da intervenção dos The Shield. Os justiceiros estiveram fracos no microfone sem apresentar nada de novo. Não existe qualquer simbolismo no combate da Wrestlemania. No Elimination Chamber, era desejo de acabar com o problema John Cena mas agora, é tar por estar.
Na divisão de equipes, temos problemas semelhantes com pouco adversários pelos títulos, contudo, nisto não deve haver preocupação por hora, afinal Dolph Ziggler & Big E Langston conseguem provar-se cada vez mais como merecedores de uma posição privilegiada.
A luta entre o Show Off e Daniel Bryan foi de elevada qualidade e mostrou-se como que uma prévia para a Wrestlemania. Assim, deve-se ter muita ação por parte dos competidores, com veteranos como Kane a controlar o ritmo, e também um caos fora dos ringues, pela presença de AJ Lee. Big E deverá catalizar o caos como que um juiz e penso que poderá ter um papel decisivo na disputa.
Venho gostando cada vez mais do papel de powerhouse do NXT Champion e fico no aguardo para ver como ele se portará como segurança, chegada a hora do cash in de seu patrão. Os três juntos formam uma grande e sólida stable.
Shawn Michaels voltou ao wrestling para falar com Triple H sobre sua luta com Brock Lesnar. É acertado que este segmento tenha tido uma carga de tensão diferente dos anos anteriores. Seria dose se HBK viesse novamente para discutir com seu amigo, como outrora nos tempos de rivalidade com o Deadman.
De bom do que vimos posso retirar a promo de Paul Heyman. Heyman foi dito por JBL como o melhor manager de sempre e não duvido. Sua capacidade de cativar no microfone é inegável e pode-se ver que faz com naturalidade sem puxar para qualquer tipo de cliché. Desde seu regresso a WWE, as coisas andaram muito bem para o rumo da carreira de seu cliente Brock Lesnar, que em fusão com o tutor, se torna uma máquina dentro do ringue e uma fora deste, para acrescer consideravelmente seus trejeitos junto ao povo.
Por ser um último desenvolvimento e considerando que os dois só tinham tido algo físico quando regressaram, acho que isto careceu de algo como o que Punk e Taker tiveram. Deveria-se criar algo para dar um buzz em direção ao domingo e poder-se desta forma elevar expectativas. Afinal são seis dias e a maioria dos fãs vão esquecer desta luta, até a ver acontecer.
Ryback e Mark Henry outra vez se confrontaram. Este é um dos combates que mais anseio ver. Os dois estão em boa forma e apesar de previsível, a luta promete seguir a destruição que tivemos dois anos atrás com o mesmo Henry envolvido naquela vez com Big Show.
O único erro é esta cláusula de não contato, que limita o desenvolvimento da storyline e causa mariquices como a de ontem. Quando se tem dois monstros, dê ao público o que querem e os ponham em uma rixa já os shows semanais, alternando as dominâncias para chegarem na Mania quebrados mas sedentos para arrebentaram-se ainda mais. Queriam ver shell schokeds em mesas, escadotes, Henry a jogar Ryback para fora da plateia. Queria um armageddon. Mas não.
Zeb Colter enfrentou a Alberto del Rio mas ainda bem que a luta não ocorreu. A WWE na ânsia de tentar entender o que o telespectador quer, dá-nos surras em personagens que pensam ser odiadas, como a do ícone americano, manager de Jack Swagger. Mas ao contrário, ninguém deseja ver alguém que não tem capacidades em ringue, a lutar. É claro como água.
Mas como disse e já que não aconteceu, não deve-se criticar, sobretudo pois a malhação ao mexicano foi uma forma interessante de desenvolver um heat afável para o candidato principal. Gostei bastante da surra de bengalas, que deve deixar Del Rio enfaixado na Wrestlemania.
Condeno apenas o tópico principal desta feud, que sempre pensei ter como fulcral a batalha Estados Unidos vs. Mexico mas que vez pouco a pouco desvencilhando-se desta imagem para formar quase que um "surre o Rodriguez". Sei que o anunciador de ringue é uma figura querida e ao usá-lo como saco de pancadas, dá-se um heat ao Real American. Mas isto é preguiça. E eles não ganham como salários um sanduíche e um copo de água.
Fandango é cada vez melhor. Por que não o ter contra Chris Jericho na Wrestlemania? Estrelas são criadas assim e a julgar pela qualidade apresentada em apenas algumas semanas, vejo aí um grande futuro!
FAN...
DAN...
The Rock e John Cena não se viram e se falaram por mensagens. Estúpido: sim ou claro?
Esta feud já padece de duas semanas sem presenças do Great One, que foram recuperadas num bom segmento duas semanas atrás na entrevista de lendas. Sendo o main event, esperava que fosse algo a encandecer a disputa, como o attitude adjustment da Wrestlemania 27. Já no ano passado os dois foram estagnados para a Wrestlemania, mas na oportunidade, tinham tido 365 dias para falarem no assunto.
Muitos fãs, que sequer lembram o que almoçar ontem, jamais irão se lembrar das trocas de palavras de um ano atrás ou do ódio existente. É uma história a ser reapresentada, algo que não foi. No seu último artigo, o Wolve falou algo perfeito para o PPV de domingo, que foi reforçado em 2013: vende porque tem de vender.
Eu falo por mim quando digo que gostei, ainda assim, do segmento de The Rock. Sabendo que não desenvolveria a feud, o Great One usou da sua capacidade para conectar-se com o povo e talvez tentar, assim, aumentar as reações no main event da Wrestlemania. É inteligente. De certa forma, Rock não esteve frente-a-frente com Cena mas ainda assim o provocou e instigou os oitenta mil do Metlife Stadium a cantarem cena sucks. Mas isto fica nas entre-linhas.
E entre-linhas não vende. Mas tem marca (Wrestlemania), por isso irá vender.
Classificação: B+
Boa a areia no final do show
Spoiler: John Cena não fara heel turn
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The Rock is God
GOOO!