Mac in Touch #30 - "AnaRAWchy in UK - o Melhor e o pior"
Edição simbólica do Mac in Touch, mas só pelo número do artigo. São já 30 crónicas somadas no WN, com todo o gosto e com cada vez maior reconhecimento da vossa parte, o que me orgulha. O artigo desta semana é saído um bocado em modo express devido a complicações com o tempo para apresentar a crónica.
"AnaRAWchy in UK - o Melhor e o pior"
O pior
No combate entre R-Truth e
Cesaro, a intenção dos responsáveis da WWE em colocar o primeiro a aparecer
antes do segundo não me parece inocente e ganha contornos conspirativos contra
o talento proveniente da ROH: é óbvio que o público inglês iria “entrar” na
música de R-Truth (que, tem de ser assinalado, não acontecia há muito num show
em directo!) porque é assim a sua
natureza, e que quem viesse a seguir poderia receber uma ovação menos calorosa…
assim foi com Cesaro, apesar de se ouvir um pop considerável mas ainda assim
abafado para aquilo que seria de esperar vindo de um público europeu. A “coisa”
que Cesaro faz agora tem tudo para dar (aquilo com a voz aguda… “yotle”?)
errado e parece que a WWE tem noção disso e basta regressar-se ao segmento em
que isso acontece e ouvir Michael Cole a falar por cima dos estridentes gritos
do “suíço”.
Cesaro perdeu, mais uma vez.
Lamenta-se por ter acontecido na Europa mas dentro de tudo o que tem acontecido
com um dos lutadores com melhor expectativa futura dentro da WWE, até se
aceita… até porque Wade Barrett precisa de um oponente bem construído para, pelo
menos, se elevar alto o significado do título Intercontinental.
Resta-me esperar e desejar que esta degradação (que me parece, a todos os níveis, intencional) da personagem de Cesaro tenha uma boa conclusão. Seja o turn para babyface, seja uma mudança de gimmick… enfim, qualquer coisa que enquadre o “suíço” onde ele merece estar desde que … pisou território de desenvolvimento da WWE – Upper MidCard/Main Event.
Este é uma daqueles que não engana e desperdiçar-se um talento deste tamanho seria algo ainda pior do que foi feito com lutadores como Eugente (Nick Dinsmore) ou James Gibson (Jamie Noble). Algo de proporções históricas e que ultrapassam a lógica.
Claro que um castigo aplicado a Cesaro anula tudo o que escrevi acima e dá razão aos responsáveis da WWE, mas sabendo da reputação (impecável) do ex-campeão dos EUA e daquilo que tem vindo a ser feito com Jack Swagger (sem punições visíveis!) depois de vir a público (!) a ilegalidade que este cometeu – fumar erva é mau enquanto atleta, ser apanhado ainda pior… mas fumar erva, ser apanhado a conduzir sob o efeito dela é ainda pior! -, duvido que seja um castigo que “afunda” Cesaro na hierarquia da WWE.
O melhor
Sempre que Undertaker entrava em
ringue, sempre Daniel Bryan puxava dos pontapés, sempre que a música que
Fandango tocou, sempre que cânticos e coreografias começavam (a onda, então, foi algo fantástico)… sempre que foi chamado a intervir, o público britânico não
desiludiu, e isso dá logo outro colorido a um evento, seja ele de que tipo fôr. O wrestling ganha muito com este tipo de entrega da parte da audiência. Faz "parecer" que o "desporto" é algo que deve ser levado muito a sério e não a figura cartoonesca que os media pintam. É importante haver públicos assim, como o da RAW desta semana, que foi a estrela de todo o show.
3 semanas, 2 RAWs com público
fantástico. Será utópico pensar-se em manter a toada? Ou podemos esperar uns americanos à altura dos europeus?