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MMA: UFC on Fuel TV 9 - Mousasi vs. Latifi - Antevisão + Pesagens


O regresso do UFC à Suécia passou por problemas nesta semana, mas a organização se mexeu para manter o evento interessante aos fãs nórdicos. O UFC On FUEL TV 9, que acontece hoje na Ericsson Globe Arena, em Estocolmo, não terá mais o herói local Alexander Gustafsson, vetado por uma contusão. Ainda assim há muitos motivos para ficar de olho na TV....

Para começar, teremos finalmente a estreia de Gegard Mousasi no UFC. O meio-pesado enfrentará o wrestler sueco Ilir Latifi, que substitui seu parceiro de treinos Gustafsson na luta principal. Antes deste combate, o ex-Strikeforce Ryan Couture também estreia no maior evento do mundo. Ele vai encarar o britânico Ross Pearson, que faz sua segunda luta após voltar aos pesos leves.

Em duelo de pesos pesados em risco, Matt Mitrione e Phil De Fries lutam por seus empregos. Já os galos Brad Pickett e Mike Easton são fortes candidatos ao bónus de luta da noite, assim como os penas Diego Brandão e Pablo Garza, que se enfrentam imediatamente antes. O card principal começa com o local Akira Corassani encarando o americano Robbie Peralta, também pela divisão comandada por José Aldo.

No card preliminar, o peso médio Tom Lawlor, sempre uma atracção com seus parafusos a menos, enfrenta o holandês Michael Kuiper, enquanto, pela mesma divisão, os integrantes do “The Ultimate Fighter 17″ Tor Troéng e Adam Cella se enfrentam antes do fim da exibição do programa, algo inédito. Descendo um nível na balança, teremos três duelos: os locais Papy Abedi e Besam Yousef abrem os trabalhos na tarde/noite escandinava; o australiano Ben Alloway enfrenta o estreante Ryan LaFlare e o sueco Chris Spång é outro que pisa no octógono pela primeira vez, assim como seu adversário, o russo Adlan Amagov, ambos oriundos do Strikeforce.

Outro estreante em Estocolmo será o irlandês Conor McGregor, que enfrenta o integrante do TUF 14 Marcus Brimage, pelo peso pena. Fechando o card preliminar e também o “Team Suécia”, o sempre tenaz Reza Madadi encara o vice-campeão do TUF 12 Michael Johnson.

O card completo do UFC On FUEL TV 9 é o seguinte:

 CARD PRINCIPAL

Peso-meio-pesado - Gegard Mousasi x Ilir Latifi
Peso-leve - Ross Pearson x Ryan Couture
Peso-pesado - Matt Mitrione x Philip De Fries
Peso-galo - Brad Pickett x Mike Easton
Peso-pena  - Diego Brandão x Pablo Garza
Peso-pena - Akira Corassani x Robert Peralta

CARD PRELIMINAR

Peso-leve - Reza Madadi x Michael Johnson
Peso-médio - Tor Troéng  x Adam Cella
Peso-meio-médio - Chris Spang x Adlan Amagov
Peso-pena - Marcus Brimage x Conor McGregor
Peso-meio-médio - Ben Alloway x Ryan LaFlare
Peso-médio - Michael Kuiper x Tom Lawlor
Peso-meio-médio - Papy Abedi x Besam Yousef

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 12:00 horas do Brasil e 16:00 horas de Portugal  


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Geghard Movsesian (ARM) vs Ilir Latifi (SUE)

Desde o famigerado empate contra Keith Jardine, num dos assaltos mais grotescos da história do MMA, Mousasi estourou o rosto do ex-judoca olímpico Hiroshi Izumi no DREAM, dominou completamente Ovince St. Preux e mostrou como é um lutador versátil contra Mike Kyle, ambos no Strikeforce (o segundo, no evento final da organização).

Gegard é um dos mais talentosos lutadores do mundo que ainda vagavam em outros eventos fora do UFC. Ele tem um vasto repertório de acções ofensivas, capaz de deixar os adversários preocupados em qualquer instância do jogo. Começou ainda criança no judo, passou para o boxe amador, depois ao kickboxing profissional e finalmente chegou ao MMA. Integrou equipas de ponta, que lhe ajudaram a encher a caixa de ferramentas: Golden Glory, com alguns dos melhores kickboxers do mundo, Red Devil Sport Club, onde desenvolveu o sambo com Fedor Emelianenko, e Glendale Fight Club, equipe de Ronda Rousey. Na América, ainda andou melhorando seu wrestling com Georges St-Pierre.

Com 27 anos, 1,85m de altura e 1,93m de envergadura, o “Dreamcatcher” (Apanhador de Sonhos) tem extenso e respeitável cartel de 33-3-2, assim como uma bela colecção de títulos. O rapaz foi campeão dos médios no DREAM e no Cage Warriors, além de tê-lo sido dos meios-pesados no DREAM e Strikeforce. Conquistou 18 vitórias por nocaute e 11 por submissão. Jamais foi nocauteado e a derrota para Mo Lawal, que lhe custou o título do Strikeforce, em 2010, foi a única desde agosto de 2006.

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Como a grande maioria jamais havia ouvido falar de Latifi, muitos saíram precipitadamente afirmando que se tratava de um pé-rapado. A troça aumentou depois de verem que o lutador não tem porte físico para a categoria. Mas não é o caso.

O sueco descendente de albaneses pratica luta olímpica desde a infância (algo que pode ser muito útil contra Mousasi). Ele foi campeão nórdico júnior no estilo greco-romano e da selectiva europeia do ADCC. Antes que alguém faça pouco caso da escola nórdica de wrestling, saiba que a Suécia é a terceira maior medalhista olímpica da história do desporto (e a Finlândia é a sexta).

O apelido de “Sledgehammer” (Marreta) ainda ajuda a explicar os punhos pesados moldados pelo boxe, mas bem utilizados no ground and pound. Sua técnica na trocação é pouco desenvolvida (algo que pode ser prejudicial contra Mousasi), mas Ilir não tem medo de levar soco na cara, o que facilita a tarefa de encurtar a distância para chegar ao clinch.

Amigo de infância do craque Zlatan Ibrahimović, Latifi tem 29 anos, 1,73m de altura e cartel de 7–2, com uma luta sem decisão (ele simplesmente quebrou o ringue quando tentou derrubar o ex-campeão mundial de sambo Blagoi Ivanov). Ele treina na Pancrase MMA Gym Sweden, mas passou um tempo na Blackzilians, onde auxiliou os treinos de Rashad Evans, Antonio Pezão e Anthony Johnson.

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Assim que Latifi foi anunciado como substituto de Gustafsson, Mousasi abriu as linhas de apostas com o maior favoritismo que eu me lembre de já ter visto numa luta do UFC. Porém, as odds foram caindo até chegar no patamar actual, que deixa o armênio com um favoritismo pareado com o de Jon Jones sobre Chael Sonnen.

Uma das explicações para mais apostadores colocarem um troco no sueco reside no confronto de estilos: Latifi é bom ofensivamente no que Mousasi é fraco defensivamente. A facilidade que Ilir tem de derrubar os oponentes pode representar algum perigo para Gegard. E como a luta será de três rounds, e não de cinco, aumentam as chances do azarão derrubar e amassar o oponente até o fim do combate.

Isto posto, não há muito como fugir da realidade. Mousasi tem muito a perder, visto que sua ilibada reputação sofreria um baque violento caso sofra uma zebraça na estreia pelo UFC. Isto deve fazer com que o armênio entre ligado nas defesas de queda e use sua maior envergadura para controlar a distância e nocautear o oponente.

Ross Pearson (ING) vs Ryan Couture (EUA)

Campeão do fraco TUF 9 como peso leve, Pearson adquiriu certo respeito no UFC após bater Dennis Siver a Aaron Riley, mas acabou entrando numa gangorra de resultados que prosseguiu até quando ele baixou para pena. Aceitou o posto de técnico do “TUF: The Smashes”, quando voltou à divisão de origem e atropelou o técnico rival Georges Sotiropoulos no evento da final do programa.

Faixa-preta de taekwondo com boxe acima da média no MMA, o inglês tenta investir na luta agarrada, seu maior calo. Ele hoje ostenta a faixa marrom no judo e a azul no jiu-jítsu, esta obtida depois que passou a treinar na Alliance MMA do óptimo técnico Eric Del Fierro e dos campeões Dominick Cruz e Michael Chandler.

O “Real Deal” (algo como “O Autêntico”) tem 28 anos e é um peso leve pequeno, com 1,73m de altura e dois centímetros a mais na envergadura, problema que é compensado com agressividade e movimentação que lhe faltaram com quatro quilos a menos. Pearson tem cartel profissional de 14-6, sendo 6-3 no UFC. Ele conseguiu cinco nocautes e seis submissões, dividindo as derrotas igualmente nos três meios comuns.

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Carregando a enorme expectativa gerada pela filiação, Ryan fez toda a carreira no Strikeforce. Venceu alguns oponentes pouco gabaritados, tropeçou diante de um novato como ele, mas conseguiu a maior vitória da carreira sobre KJ Noons, em Janeiro, ainda que tenha sido beneficiado pela decisão torta dos juízes.

Ryan ostenta um dos sobrenomes mais pesados da história do MMA. Ele é filho de Randy Couture, integrante do Hall da Fama do UFC e uma das maiores lendas do octógono, de quem herdou o gosto pela construção de estratégias de luta. Em ação, o filho tem um estilo um tanto diferente do que fez a fama do pai. Ainda que também goste da luta agarrada, Ryan é menos talentoso no wrestling, mas mais ágil no solo, onde sempre busca atacar uma submissão quando encontra qualquer brecha. Sua habilidade na trocação não passa de mediana, mas foi suficiente para suportar a pressão de um boxeador talentoso como Noons.

Forte fisicamente, com ótimo condicionamento físico, Ryan tem 30 anos, 1,78m de altura e 1,85m de envergadura. Ele tem retrospecto de 6-1, com duas vitórias por submissão e uma por nocaute técnico. Wrestler desde os tempos de escola, Ryan obviamente treina na Xtreme Couture de seu pai.

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Assim como a luta principal, este duelo será um confronto de estilos entre um striker (Pearson) e um grappler (Couture). O americano está longe do nível do rival na troca de golpes, mas mostrou contra Noons que não tem medo e que pode avançar em busca do clinch. Porém, para azar de Ryan, Ross é mais versátil na trocação do que KJ.

Apesar da evolução, Couture ainda tem um longo caminho pela frente. O ímpeto ofensivo de Pearson renderá frutos. O americano não deve suportar a pressão e deve acabar nocauteado na segunda metade do combate.

Matthew Mitrione (EUA) vs Philip De Fries (ING)

Quem acompanhou o TUF 10 jamais poderia imaginar que Mitrione duraria no UFC. Afinal, como levar a sério um ex-defensive tackle da NFL que nunca havia lutado MMA na vida e que pensou ter “quebrado o cérebro” durante o reality? Facilitado pela concorrência de nível quase rasteiro, Matt abriu 5-0, mostrando que começava a pegar intimidade com o negócio depois do 3-hit combo que nocauteou o também limitado Christian Morecraft.

Motivado pela evolução dos treinos na Roufusport, Mitrione se empolgou e saiu dizendo que seria o “Dominick Cruz dos pesos pesados”. Ele então subiu de nível e encarou oposição mais qualificada. Resultado: foi dominado pelo wrestling de Cheick Kongo (!) e espancado por Roy Nelson, voltando à sua realidade de meio da divisão mais fraca do UFC.

Com base no karatê shotokan, “Meathead” tem 34 anos e é um enorme espécime de 1,93m de altura, 2,08m de envergadura e 117 quilos. Obviamente nunca chegou a ser o Cruz dos pesados, mas o histórico como jogador profissional de futebol americano lhe rendeu um belo condicionamento atlético e Duke Roufus o ensinou a se movimentar no octógono. O americano, que hoje integra a Blackzilians, tem cartel profissional de 5-2, com quatro vitórias e uma derrota por nocaute.

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De Fries é mais um daqueles lutadores que chegam ao UFC invictos e descobrem que a vida é dura no octógono mais famoso do mundo. Alternadamente, bateu os meia-bocas (ou um-quarto-de-bocas) Oli Thompson e Rob Broughton, mas perdeu para Stipe Miocic e Todd Duffee, no retorno deste ao UFC.

Faixa roxa de jiu-jítsu, bom de quedas e explosivo na busca por submissões no solo, De Fries é bastante limitado na troca de golpes, algo que vira um enorme prejuízo na categoria dos pesados, onde uma mamonada pode acabar com a luta rapidamente. Apesar de treinar na óptima Alliance MMA, a evolução caminha a passos de tartaruga para Phil.

Com 26 anos, o “S11″ chega ao UFC On FUEL TV 9 com certo risco de demissão. Seu cartel actual é de 9–2, sendo 2-2 no UFC e uma luta sem resultado. Broughton, que perdeu por decisão (chatíssima), foi o único dos nove que não precisou se render a um estrangulamento (mata-leão é a especialidade de De Fries) ou chave. Já as duas derrotas do inglês de Sunderland aconteceram por nocaute. Phil tem a mesma altura que Mitrione, mas seis centímetros a menos na envergadura e costuma bater seis quilos a menos na balança.

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Bom duelo que pode revelar alguma armadilha que jogue o resultado para outro ponto. A limitação de De Fries na troca de golpes pode ser um prato cheio para Mitrione se reencontrar com as vitórias e evitar a demissão. Mas, se ele não abrir o olho, pode acabar com as costas no chão e finalizado. Ainda assim, o mais provável é que Meathead alcance sua quinta vitória por nocaute e mande De Fries para uma visita ao RH da Zuffa.

Brad Pickett (ING) vs Michael Easton (EUA)

Pickett estreou no UFC perdendo para Renan Barão. Emendou duas belas vitórias, sobre Damacio Page e Yves Jabouin, mas voltou a tombar, desta vez num quebra-pau sensacional contra o actual desafiante Eddie Wineland.

Há uma singela semelhança entre as quatro lutas acima (e as demais de Pickett, desde o Cage Rage, passando por WEC, Dynamite e Ultimate Challenge): com “One Punch” em ação, não há hipótese de haver luta chata. Corajoso, incansável e versátil, ele sai na mão sem medo de ser feliz, seja lá quem estiver do outro lado do cage. Foram dois bónus em quatro lutas no WEC, três em quatro no UFC. Originado no boxe, ele vem evoluindo na luta de solo graças aos treinamentos na American Top Team.

Brad está com 34 anos, mas a idade parece ainda não ter começado a causar efeitos negativos em sua volúpia. Seu histórico profissional no MMA é de 22-7, com 2-2 pelo UFC. Apesar de ser um óptimo boxeador, dez de suas vitórias aconteceram por submissão, com uma variada gama de finalizações. Bom no ataque ao corpo do oponente, Pickett tem sete vitórias por nocaute e não é derrotado por este modo desde sua segunda luta profissional. Ele tem 1,68m de altura e dois centímetros a mais na envergadura.

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Assim como o adversário, Easton também é um lutador empolgante. Estreou no UFC vencendo três em seguida, inclusive sobre o perigoso e experiente Ivan Menjivar, chegando a ser fortemente considerado como uma ameaça na categoria. Em Dezembro, bateu de frente com Raphael Assunção e foi completamente dominado, inclusive na trocação, o que nunca foi o ponto forte do brasileiro.

Raphael expôs uma séria deficiência de Mike, que pode custar caro contra Pickett. Enquanto avançava com seu estilo agressivo, o “Hulk” não soube lidar com os precisos contragolpes de Assunção e não conseguiu mudar o rumo da luta. Faixa preta de taekwondo, Easton mescla boas combinações de socos e chutes, alguns destes pouco comuns no MMA, além de perigosas joelhadas como as que detonaram Byron Bloodworth. Ele também competiu no wrestling e é preta de jiu-jítsu do hoje encrencado Lloyd Irvin, que vê sua academia perder cada vez mais alunos por escândalos de assédio.

Conhecido também pelo short roxo sem estampa alguma, que ajuda a compor o visual “Incrível Hulk”, Easton está com 29 anos e tem 1,65m de altura e 1,80m de envergadura, um enorme alcance para a divisão dos galos. Seu cartel oficial é de 13-2, com 3-1 no UFC. A derrota para Raphael foi a única “clássica”, já que a outra aconteceu por conta de uma fractura no braço. De suas vitórias, quatro aconteceram por nocaute e outras duas por submissão.

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Não desgrude os olhos da tela, pois a ação neste combate tende a ser insana. A maior força física e habilidade na luta agarrada poderiam ser uma chave para a vitória de Easton, que deve usar sua trocação versátil para encurtar a distância. Mas a intensidade e agressividade de Pickett tendem a deixar o oponente em situação desconfortável. A aposta é numa vitória por decisão do inglês.

Diego Brandão (BRA) vs Pablo Garza (EUA)

O “mini-Wand” chegou ao UFC através do TUF 14, quando saiu campeão na categoria dos penas. O cartel era um tanto irregular, mas a fúria quase enlouquecida fez (e ainda faz) a alegria dos fãs. Uma derrota para o wrestling de Darren Elkins, que soube reverter o combate a partir do segundo round, e seu próprio cansaço está cercada pelas vitórias sobre Dennis Bermudez, na épica final do TUF, e sobre Joey Gambino, no UFC Rio 3.

O apelido oficial é Ceará, mas mini-Wand representa melhor o estilo de Diego no octógono. O garoto sempre foi um dínamo no começo das lutas. Vai para cima mesclando um muay thai extremamente agressivo com um jiu-jítsu sólido, além de queixo de titânio. Chutes baixos que parecem goleiro batendo tiro de meta, joelhadas violentas e mata-cobras que, se não acertam o vento, causam danos sérios aos oponentes, são facilmente encontrados no repertório de Diego. Suas defesas de queda foram satisfatórias, mas não detiveram Elkins. Como Garza nunca foi all-american, o risco será menor neste ponto. A derrota de maio passado acabou rendendo uma mudança de estratégia contra Gambino, em luta que Diego venceu com menos “loucura” (no bom sentido) e mais paciência.

Com 25 anos e em pleno desenvolvimento na Jackson’s MMA, equipe que o acolheu através do amigo Donald Cerrone desde que Diego se mudou para os Estados Unidos, o único brasileiro em ação neste sábado tem 1,70m de altura e 1,75m de envergadura, óptimas dimensões para a categoria dos penas. O faixa-preta de jiu-jítsu tem retrospecto de 16-8, com 2-1 pelo UFC. Foram nove vitórias e quatro derrotas por nocaute, além de quatro vitórias e uma derrota por submissão.

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Depois de estrear no UFC ganhando dois bônus “voadores” (nocaute com joelhada voadora sobre Fredson Paixão e submissão com triângulo voador sobre Jabouin), Garza trouxe muita atenção para si. Foi jogado contra competição mais dura e acabou finalizado por Dustin Poirier e dominado por Bermudez, vice de Diego no TUF.

As derrotas seguidas o fizeram mudar de estratégia. Contra Mark Hominick, Garza usou as quedas e o controle posicional por cima para garantir a vitória. O faixa-roxa de jiu-jítsu foi mais conservador, mas evitou a terceira derrota consecutiva. Ex-jogador de basquete da University of North Dakota, começou a treinar luta há seis anos.

Com dimensões incomuns para a categoria (1,83m de altura e 1,85m de envergadura), Garza tem 29 anos e treina na Academy of Combat Arts com Greg Nelson e Erik Paulson, antigos treinadores de Brock Lesnar. Seu recorde no MMA é de 12-3, com 3-2 pelo UFC. Foram sete vitórias e duas derrotas por submissão, além de dois triunfos por nocaute.

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Combate que disputará com Pickett-Easton o bónus de luta da noite.

O melhor que Garza pode fazer é atrair Diego para o clinch e cansá-lo, visando dominar a segunda metade do combate e alcançar uma vitória por decisão. Mas é difícil que isto aconteça. Tanto se imprimir um ritmo alucinado no começo ou se usar uma abordagem mais calma, o brasileiro tem ferramentas para superar o que o “Espantalho” tiver para lhe oferecer.

A expectativa é que Diego seja agressivo, não deixe Pablo respirar e consiga o bónus de melhor submissão da noite.

Hamid Khorassani (SUE) vs Robert Peralta (EUA)

Corassani apareceu no mesmo TUF vencido por Diego, quando foi finalizado na semifinal por Bermudez depois de dominar quase toda a luta (antes, havia vencido um combate em que teoricamente havia batido numa chave de calcanhar. Contundido, Akira não conseguiu lutar no evento final, mas estreou oficialmente vencendo Andy Ogle em luta dura e de resultado controverso, em Setembro de 2012.

Sueco de origem iraniana, Corassani é especialista na trocação, sendo faixa-preta de taekwondo e com experiência no caratê. Na luta agarrada, tem razoável base de wrestling e jiu-jítsu, modalidade em que ostenta a faixa roxa, mas prefere mesmo levar os combates em pé.

Integrante da Renzo Gracie Combat Team, Corassani está com 30 anos e tem 1,73m de altura e 1,70m, de envergadura. Seu cartel apresenta 10-3, com 1-0 no UFC e uma luta sem resultado. Ele conquistou três vitórias por submissão e apenas um nocaute na carreira profissional. foi nocauteado nas três derrotas, inclusive numa luta como – acredite! – meio-pesado.

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Há sete lutas sem perder, Peralta estreou no UFC em Setembro de 2011 e expandiu sua série invicta para dez combates e nove vitórias. Teriam sido dez triunfos, mas o nocaute técnico sobre Mackens Semerzier acabou virando no contest por ter sido iniciado com uma cabeçada involuntária de Robbie. Uma contusão impediu que Peralta fizesse a revanche, mas ele voltou ao octógono mandando Jason Young para a vala com menos de meio minuto de luta.

Peralta é um dos maiores pegadores da categoria dos penas. Além dos punhos pesados, ele sabe usar bem os chutes e atacar o corpo dos rivais. Faixa preta de taekwondo, usa pouco a luta agarrada e sabe variar o ritmo dos combates em pé, ora atacando, ora controlando a situação.

Natural de Escondido, na Califórnia, “Problems” tem 27 anos, 1,72m de altura e sete centímetros a mais na envergadura, que ele sabe usar muito bem. É dono de um cartel profissional de 16-3, sendo 2-0 no UFC, mesmo evento que aconteceu sua única luta sem resultado. Por um lado, jamais foi nocauteado, mas deu cabo dos oponentes em doze oportunidades por este meio. Venceu também duas por finalização, mesmo número de derrotas pela via.

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Este será mais um combate com boas perspectivas de trocas selvagens de golpes. Como Peralta gosta de ser o agressor e não tem a tendência de levar os combates para o solo, a expectativa é que Corassani entre em seu jogo. A falta de poder de punch do sueco fará falta. Como isto sobra em Peralta, o mais provável é que o americano abra o card principal com mais uma vitória por nocaute.

Antevisão original de MMA-Brasil 
http://www.mmabrasil.com.br/

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A pesagem do UFC: Mousasi x Latifi, que aconteceu nesta sexta-feira, em Estocolmo, na Suécia, teve diversos momentos de tensão, protagonizados principalmente pelo irlandês Connor McGregor contra o americano Marcus Brimage, e pelo iraniano naturalizado sueco Reza Madadi contra o americano Michael Johnson. McGregor, estreante no UFC, provocou Brimage durante toda a encarada, e no fim empurrou o rival, que tentou revidar, mas foi contido pelos membros do UFC. Já Madadi, conhecido como "Cachorro Louco" pelo seu temperamento explosivo, assim que saiu da balança foi em direção a Johnson e o empurrou, tendo de ser seguro. Irónico, Johnson - que apresentou-se com um agasalho inteiramente estampado com a bandeira americana, e foi muito vaiado pelo público - sorria, mas ao fazer a encarada, xingou o rival, que respondeu à altura.

O brasileiro Diego Brandão, vencedor do TUF 14, não fez nenhum tipo de provocação ao seu adversário, o americano Pablo Garza. Sereno, o lutador apenas bateu o peso, posou para a foto e dirigiu-se aos bastidores, já iniciando o processo de hidratação.

Todos os atletas bateram o peso sem problemas, e alguns usaram roupas curiosas no caminho para a balança. O sempre irreverente Tom Lawlor apresentou-se com uma máscara de lobo e ingressos com a estampa da máscara, que distribuiu a todos presentes no palco. Além disso, ele usava uma camisa com os dizeres "Stockton 209", em alusão a sua cidade e o seu código de área. A máscara de lobo era alusiva à expressão "Wolf Ticket", que em inglês refere-se a ingressos falsos, ou propaganda enganosa, e que foi usada por Nick Diaz durante a entrevista coletiva anterior à sua luta contra Georges St-Pierre no UFC 158.

Confira os pesos registrados por cada lutador do evento na pesagem desta sexta-feira:

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-pesado (até 93kg) - Gegard Mousasi (92,5 kg) x Ilir Latifi (93,4 kg)
Peso-leve (até 70,3kg) - Ross Pearson (70,3 kg) x Ryan Couture (69,8 kg)
Peso-pesado (até 120kg) - Matt Mitrione (117,5 kg) x Philip De Fries (112,8 kg)
Peso-galo (até 61,2kg) - Brad Pickett (61,2 kg) x Mike Easton (61,2 kg)
Peso-pena (até 65,8kg) - Diego Brandão (65,8 kg) x Pablo Garza (66,2 kg)
Peso-pena (até 65,8kg) - Akira Corassani (65,8 kg) x Robert Peralta (66,2 kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-leve (até 70,3kg) - Reza Madadi (70,3 kg) x Michael Johnson (70,3 kg)
Peso-médio (até 84kg) - Tor Troéng (84 kg) x Adam Cella (83,4 kg)
Peso-meio-médio (até 77,1kg) - Chris Spang (77,1 kg) x Adlan Amagov (77,1 kg)
Peso-pena (até 65,8kg) - Marcus Brimage (65,7 kg) x Conor McGregor (65,7 kg)
Peso-meio-médio (até 77,1kg) - Ben Alloway (77,1 kg) x Ryan LaFlare (77,5 kg)
Peso-médio (até 84kg) - Michael Kuiper (84,4 kg) x Tom Lawlor (84 kg)
Peso-meio-médio (até 77,1kg) - Papy Abedi (77,1 kg) x Besam Yousef (76,2 kg)


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