MMA: UFC 161: Evans vs. Henderson - Antevisão + Pesagens
O UFC faz a sua estreia em Winnipeg e apresenta o UFC 161. O MTS Centre será palco do importante duelo válido pela categoria meio-pesado envolvendo os americanos Rashad Evans e Dan Henderson, quando o veterano inicia talvez a sua última corrida rumo ao cinturão que lhe falta para completar o triplete do MMA.....
O combate será antecedido por um não menos importante encontro na categoria dos pesados: o ídolo do povo Roy Nelson, que corre por fora em direção a Cain Velasquez, pega Stipe Miocic, que precisa reafirmar sua condição de perigoso prospecto depois de difícil derrota para Stefan Struve.
Em disputa sem nenhuma pretensão de título, mas com enorme potencial de quebra-pau homérico, Ryan Jimmo será o único canadense no card principal. Ele enfrentará o croata Igor Pokrajac, que luta para voltar ao trilho das vitórias. Se Jimmo será o único canadense, Alexis Davis será A única canadense em ação. Ela estreia no UFC contra a veterana Rosi Sexton. Para abrir a porção principal do evento, outra promessa de pancadaria envolverá o figuraça Pat Barry e o bizarro Shawn Jordan.
No card preliminar, o combate o mais importante é entre o ex-campeão do Strikeforce Jake Shields e o ex-desafiante da mesma organização Tyron Woodley, dois meio-médios estadunidenses. Pela mesma divisão, o ascendente canadense Sean Pierson enfrenta o criativo Kenny Robertson. Uma casa abaixo na balança, o velho de guerra Sam Stout luta mais uma vez diante de sua torcida contra o rodado James Krause e o cigano inglês John Maguire desce de categoria e visita o ameaçado Mitch Clarke.
O card completo do UFC 161 é o seguinte:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Rashad Evans x Dan Henderson
Peso-pesado (até 120,7kg): Roy Nelson x Stipe Miocic
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Peso-galo (até 61,7kg): Alexis Davis x Rosi Sexton
Peso-pesado (até 120,7kg): Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Jake Shields x Tyron Woodley
Peso-leve (até 70,8kg): Sam Stout x James Krause
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Sean Pierson x Kenny Robertson
Peso-galo (até 61,7kg): Roland Delorme x Edwin Figueroa
Peso-leve (até 70,8kg): Mitch Clarke x John Maguire
Peso-galo (até 61,7kg): Yves Jabouin x Dustin Pague
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Rashad Evans x Dan Henderson
Peso-pesado (até 120,7kg): Roy Nelson x Stipe Miocic
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Peso-galo (até 61,7kg): Alexis Davis x Rosi Sexton
Peso-pesado (até 120,7kg): Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Jake Shields x Tyron Woodley
Peso-leve (até 70,8kg): Sam Stout x James Krause
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Sean Pierson x Kenny Robertson
Peso-galo (até 61,7kg): Roland Delorme x Edwin Figueroa
Peso-leve (até 70,8kg): Mitch Clarke x John Maguire
Peso-galo (até 61,7kg): Yves Jabouin x Dustin Pague
------------------------------------------- Countdown-------------------------------------------
O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 20:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal
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Rashad Evans (EUA) vs Daniel Henderson (EUA)
Reza a lenda que perder disputas de cinturão tem um custo psicológico elevado. Rashad se recuperou bem da primeira, quando foi nocauteado por Lyoto Machida, reorganizando-se a ponto de ter nova chance. Contra o ex-amigo Jon Jones, Evans foi anulado e teve sua pior actuação. Na luta seguinte, um apagão ainda maior contra Minotouro o jogou à porta do limbo.
Para a nova tentativa de se recuperar, Rashad contará com suas duas principais virtudes: o wrestling magistralmente adaptado ao MMA e o condicionamento atlético acima da média. O boxe técnico será útil para se manter longe das Bombas-H do oponente e os treinos com Zé Mario Sperry terão que mostrar efeito no octógono.
Hoje com 33 anos, o lutador da Blackzilians é um meio-pesado baixo, de apenas 1,79m de altura, mas que compensa com 1,91m de envergadura. Rashad é dono de um respeitável cartel de 17-3-1, com 12-3-1 no UFC. O campeão do TUF 2 tem seis vitórias por nocaute, uma que fez o adversário bater sob espancamento e só finalizou a primeira luta da carreira profissional.
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Ao retornar ao UFC com a moral de ostentar o cinturão do Strikeforce e nocautear Fedor Emelianenko, Hendo viu o hype atingir a estratosfera depois de vencer Shogun num dos combates mais espectaculares de todos os tempos. O veterano com deficit na arcada dentária ganhou o title shot e o status de ameaça real a Jon Jones. Mas uma lesão no joelho o tirou da disputa e uma derrota para Lyoto Machida, em combate muito chato, o jogaram degraus abaixo na fila.
Hendo integrou a selecção olímpica americana de greco-romana em 1992 e 1996, foi campeão mundial júnior e medalhista na Copa do Mundo como sénior, dentre outros diversos títulos na luta olímpica. Apesar de uma experiência deste nível, Dan tem usado pouco o wrestling em seus combates fora o clinch, talvez porque já não tenha idade e condicionamento físico suficientes para manter a pressão necessária. E o que ele fez? Passou a adoptar uma das armas mais mortais já vistas na história do MMA: a Bomba-H, singelo apelido que a bigorna que ele carrega na ponta do braço direito recebeu quando voa em direção à caixa craniana da concorrência.
A pouco mais de dois meses de completar 43 anos, Hendo ainda está sempre envolvido em lutas de alto calibre. Com 1,85m de altura e 1,80m de envergadura, ele não é dos maiores meios-pesados, tampouco tem movimentação para compensar a desvantagem de alcance. Seu retrospecto oficial é de 29-9, sendo 6-3 em todas as passagens pelo UFC. Ele conquistou 13 vitórias por nocaute, venceu outras 14 por decisão e tem o mérito de jamais ter sido nocauteado em 16 anos como profissional.
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Este é um intrigante duelo. Trocar socos com Hendo pode fazer com que Evans acabe estirado no solo, acordando com a lanterninha do médico no olho. Adoptar uma postura passiva como na luta contra Minotouro poderá render o mesmo efeito trágico para o ex-campeão. Como o combate terá apenas três rounds, o veterano diminui um pouco a enorme desvantagem em relação ao condicionamento atlético.
Dan deve se postar no centro do octógono, babando pela oportunidade de aterrissar com violência seu punho direito no rosto do oponente. Outra opção para o velho de guerra é grudar no clinch e arrumar um espaço para lançar um petardo curto e certeiro no queixo de Evans – Fedor percebeu que Hendo precisa de pouco espaço para causar estragos de proporções bíblicas.
Isto tudo posto, provavelmente Evans vai adotar uma postura de circular pela periferia do cage com um bom jogo de pernas e balançando a cabeça o tempo todo, aproveitando a enorme vantagem no alcance para bater e sair, visando não se tornar um alvo fixo e procurando uma brecha para atacar o veterano com uma queda explosiva. No solo, será hora de pressionar e esmagar Hendo com muito giro e ground and pound.
Rashad tomará alguns sustos com Bombas-H tirando tinta de seu queixo, mas deverá se manter fora de perigo pela maior parte do combate até vencer por decisão.
Roy Nelson (EUA) vs Stipe Miocic (EUA)
Parece que a fase apagada do gordinho mais adorado do MMA mundial ficou para trás. No último ano, três oponentes cruzaram o caminho de Nelson. Todos acabaram violentamente nocauteados. Nenhum alcançou três minutos de combate.
Este retrospecto se dá por um motivo muito simples: Hendo não é o único neste evento a possuir uma bomba atómica no punho direito. Nelson não só bate com muita violência como também lança combinações justas e fareja oportunidades como um cão de caça, qualidades desenvolvidas nos treinamentos com o ex-pugilista Skipper Kelp, que cultivou as mesmas características quando lutava. Ao menor sinal de hesitação do adversário, lá vem a pedrada com endereço certo.
Assim como Hendo, o campeão do TUF 10 também tem cartas na manga pouco utilizadas, mas de enorme valor. Nelson é faixa-preta de Renzo Gracie, com larga experiência principalmente em competições de submission. Também como o veterano, Nelson tem enorme poder de absorção de castigo – as surras aplicadas por Junior Cigano e Fabricio Werdum teriam liquidado com a imensa maioria dos lutadores. O “Big Country” também lida bem com o clinch, mas peca na movimentação, principalmente se o combate se arrastar.
Com 1,83m de altura e 1,85m de envergadura, Nelson é um dos menores pesos pesados do plantel do UFC. Ele tem 36 anos e ostenta cartel de 19-7, com 6-3 em lutas válidas pelo UFC. No começo da carreira, ainda se desenvolvendo em outras habilidades, Roy botou o jiu-jítsu pra jogo e finalizou cinco oponentes. Com o tempo, passou a confiar no boxe e a coleccionar nocautes, chegando a doze vitórias pela via rápida dolorosa. Para mostrar como é um lutador cascudo, “Big Country” só foi nocauteado por Andrei Arlovski há cinco anos e jamais foi finalizado.
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O bombeiro de Oakwood, Ohio, já foi considerado o principal prospecto da categoria dos grandalhões. Fora a vitória da estreia, quando precisou de 15 minutos para vencer o fraco Joey Beltran (muito por conta de ter aceitado a luta em cima da hora), Miocic nocauteou Phil De Fries e Shane Del Rosario. Quando ameaçou entrar no top 10 depois de três vitórias dominantes, ele bateu de frente com Stefan Struve e foi vítima de mais uma virada do arranha-céu holandês.
Miocic tem a típica base do MMA americano. Ele disputou a Divisão I da NCAA na luta olímpica enquanto conquistava títulos no boxe amador. A junção dos esportes rendeu um lutador atleticamente muito bem dotado e com tenacidade para seguir em frente sob pressão. Porém, quando o queixo foi testado, Stipe sucumbiu. O lapso no jiu-jítsu vem sendo corrigido com a parceria que sua equipe, a Strong Style MMA, fez com a prestigiosa Brasa BJJ, dos campeões mundiais Rodrigo Comprido e Felipe Costa.
A última luta de Miocic contra Struve foi sua única derrota como profissional. Ele tem cartel de 9-1, com 3-1 no UFC. O atleta vai subir ao octógono com 30 anos e grande vantagem física em relação a Nelson: dez centímetros mais alto e com alcance 18 centímetros maior. Além da decisão sobre Beltran, Miocic tem uma vitória por submissão e nocauteou os demais adversários, sempre em menos de dez minutos.
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Tivesse este combate acontecido durante a fase ruim de Nelson, dificilmente ele sairia com a vitória. A diferença no porte físico, alcance e condicionamento atlético entre ele e Miocic são límpidas. Mas, para azar do descendente de croatas, Roy está com a confiança nas alturas.
A obrigação de Miocic é usar a movimentação e os longos braços para punir o oponente e deixá-lo afastado e cansando. Com o passar do tempo, ele deverá aplicar eventuais quedas e trabalhar no ground and pound para completar o serviço. Como nocautear Nelson é uma tarefa para raros, o procedimento acima deveria conduzir Stipe para uma vitória por decisão. E esta opção não pode ser considerada remota, apesar do que dizem as odds para este combate. Ainda assim, na hora da verdade, Nelson vai entrar no raio de ação do grandão, sentar a mamona e pular na grade alisando a pança.
Ryan Jimmo (CAN) vs Igor Pokrajac (CRO)
Invicto há dezasseis lutas no cenário canadense, Jimmo era aguardado com expectativa no UFC. Na estreia, a empolgação aumentou quando ele levou sete segundos no octógono no nocaute sobre Anthony Perosh. Foi escalado em seguida contra James Te Huna, na primeira luta fora de seu país natal. Ryan deu a entender que atropelaria mais um, quando mandou o adversário a knockdown nos primeiros segundos, mas o neozelandês se recuperou e virou a luta, vencendo por decisão.
A fúria e a capacidade de mesclar chutes com socos em ângulos nada ortodoxos vieram da formação como faixa-preta segundo dan de caratê shitō-ryū, modalidade em que Jimmo sagrou-se tetracampeão canadense e vice pan-americano. O canadense está em processo de evolução no jiu-jítsu nos treinos na Blackzilians, mas não chega a ser temido no combate no solo.
O “Big Deal” (Grande Aposta) tem dezassete vitórias entre as derrotas na primeira e na última lutas profissionais. Do cartel de 17-2, 1-1 foi obtido no UFC. Jimmo aplicou sete nocautes na carreira e finalizou dois adversários. Ele tem 31 anos e 1,85m de altura.
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Desde que foi beneficiado por um julgamento tosco contra Fabio Maldonado, Pokrajac acabou pagando caro. Teve o braço catado por Vinny Pezão no retorno do adversário ao UFC e viu a derrota sofrida para Joey Beltran ficar sem resultado depois que o oponente foi pego no antidoping. O lutador que conquistara três vitórias seguidas passou a ficar na berlinda.
Wrestler de origem, Pokrajac é parceiro de treino de longa data do compatriota Mirko Cro Cop. Esta mistura rendeu um lutador bom de quedas e de clinch, mas que também sabe se virar na trocação. Ele não demonstra técnica na troca de golpes, mas tampouco tem medo do embate, carregado pela raça – o quebra-pau contra Maldonado é a prova viva.
O Duque tem 34 anos, 1,83m de altura e 1,88 de envergadura. Ele vai subir ao octógono canadense com cartel de 25–9 e uma luta sem resultado. Pokrajac conquistou treze vitórias por nocaute e outras oito por submissão, mas acabou nocauteado em quatro oportunidades e finalizado em outras duas.
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Dificilmente este combate será menos do que uma pancadaria das boas. Pokrajac terá sempre a opção de derrubar Jimmo caso perceba que a luta possa estar saindo de seu controle. Como o croata acaba esquecendo de sua base de wrestler em muitas oportunidades, ele corre o risco de ficar caçando o canadense e levando bordoadas na longa distância. E é exatamente isso que deve acontecer, conduzindo Jimmo a mais uma vitória no UFC.
Alexis Davis (CAN) vs Rosemary Ann Sexton (ING)
Uma das melhores lutadoras do mundo, Davis passou os últimos dois anos entre o Strikeforce e o Invicta, principais organizações com lutas femininas antes de o UFC inaugurar sua divisão. Ela conquistou vitórias importantes sobre Amanda Nunes e Julie Kedzie, mas sucumbiu em grande luta contra Sarah Kaufman. Hoje estão todas sob contrato com o UFC.
Davis é uma lutadora muito corajosa, tenaz e que imprime ritmo muito agressivo em seus combates. Apesar da base no jiu-jítsu (ela é faixa preta nas variações brasileira e japonesa), a canadense costuma encarar qualquer adversária sem se importar em navegar nas qualidades delas. Contra a brasileira, Davis virou uma luta usando o clinch e trabalhando o combate no solo (na verdade esta também é a especialidade de Davis). Contra Kaufman, uma das melhores trocadoras do MMA feminino, a canadense saiu na mão com vontade, mostrando um interessante repertório de socos, chutes e joelhadas na luta que valia o title eliminator contra Ronda Rousey. No Invicta, tornou-se a primeira a finalizar Hitomi Akano.
Ally-Gator estreia no UFC aos 28 anos e carregando histórico de 13-5, com 2-0 no Invicta e 2-1 no Strikeforce. Ela tem 1,65m de altura e é uma das integrantes do time de Cesar Gracie, onde se encontram notáveis como os irmãos Nate e Nick Diaz, Jake Shields e Gilbert Melendez. Davis conquistou sete triunfos por submissão e outros dois nocautes (um sobre Amanda).
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Com histórico de ter enfrentado adversárias de alto nível desde a categoria até 115 libras (Zoila Frausto) até 145 (Gina Carano), apesar de naturalmente competir em 125, Sexton chega ao UFC vindo de três vitórias seguidas no Cage Warriors, importante evento europeu em que conquistou o cinturão há quase oito anos.
Faixa-preta de taekwondo, Sexton passou a treinar jiu-jítsu, chegando à faixa marrom. Dona de uma trocação técnica, ela sabe usar bem a distância e a movimentação lateral. A britânica vem mostrando nos últimos combates um bom sistema de defesa na luta agarrada, mas poderia ser um pouco mais agressiva quando se trata do lado ofensivo.
PhD em Ciência da Computação e fisioterapeuta, Rosi desembarca no UFC com 35 anos e cartel de 13-2, com sete vitórias por submissão e duas por nocaute. Ela é dois centímetros mais baixa que a adversária.
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Sexton tem a capacidade de se defender bem de submissões e de impor resistência no clinch, as principais características de Davis. O grande problema que a inglesa terá que lidar será a diferença em relação à agressividade imposta pela canadense.
Maior fisicamente, pode-se esperar que Davis parta como um trator para cima de Sexton. A britânica vai usar muitos chutes e socos em linha para manter a oponente distante, mas a força física de Alexis vai prevalecer em determinado momento, quando a canadense conseguirá o clinch. Neste ponto, uma boa batalha iniciará, com vantagem para quem cair por cima. O mais provável é que Davis consiga brutalizar Sexton e abrir caminho para uma vitória por finalização.
Patrick Barry (EUA) vs Shawn Jordan (EUA)
Adepto do win or wall, Barry entra para matar ou morrer. O comportamento o torna um lutador tão irregular quanto adorado pelo público. Ele pode dominar todo o combate e conseguir a proeza de ser finalizado por Mirko Cro Cop, pode deixar Cheick Kongo à beira do colapso e acabar nocauteado, sem contar com perder para Tim Hague, como também é capaz de enviar Shane Del Rosario para as profundezas negras da vala.
Barry é um striker talentoso, vice-campeão mundial de sanshou e ex-pupilo de Ernesto Hoost e Duke Roufus, capaz de chutar a cabeça do gigantesco Stefan Struve, mas também é absolutamente unidimensional e incapaz de fazer o básico do jiu-jítsu e do wrestling (ele não só foi finalizado por Cro Cop no UFC como bateu para o kickboxer inúmeras vezes num treino). Pelo menos ele é engraçado e suas lutas costumam acabar em algo surpreendente.
Aos 33 anos, o lutador natural de New Orleans é um dos menores lutadores da categoria, com 110 quilos espalhados em 1,80m de altura. Com a última vitória, escapou de ficar com retrospecto negativo do UFC, chegando a 5-5 na atual organização (o cartel total é de 8-5), com vitórias sobre barangas da estirpe de Joey Beltran, Antoni Hardonk e Christian Morecraft. Sete das vitórias aconteceram por nocaute e a outra, por decisão (dificilmente ele finalizará alguém antes do Dia do Juízo Final).
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Sabe-se lá como Jordan mantém seu emprego enquanto Josh Barnett ficou tanto tempo longe do UFC. Integrante das castas mais baixas da categoria mais fraca do MMA mundial, Jordan teve no fraco (e demitido) Mike Russow sua vitória de maior destaque, exactamente na última apresentação.
A dúvida sobre o motivo pelo qual Jordan está no UFC foi uma brincadeira, até porque é fácil de responder. O ex-jogador de futebol americano faz jus ao apelido de Selvagem, saindo na mão vigorosamente mesmo depois de apanhar durante a maioria da luta, como aconteceu contra Russow. Porém a técnica normalmente é chutada para a lua, mesmo com os treinos na Jackson’s MMA com lutadores do mais alto nível como Jon Jones.
O peso pesado baixo, gordinho e desprovido de técnica tem 1,83m de altura e 1,92m de alcance, características que, se não metem medo em ninguém, pelo menos não ficam aquém do rival de sábado. Seu cartel é de 14-4, com dez nocautes e três submissões.
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Eis que Joe Silva arruma mais uma baranga peluda para Barry se deleitar. Por mais maluco que pareça lutando, Pat é gigantescamente superior tecnicamente ao oponente. Como o calcanhar-de-aquiles do HD não deverá ser explorado por Jordan, podemos esperar um festival de chutes e socos, culminando com o segundo nocaute consecutivo de Barry.
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O público canadense mostrou ter escolhido um lado na luta principal do UFC 161, que será realizado em Winnipeg, Canadá, na noite de sábado. Na pesagem desta sexta-feira. Rashad Evans foi bastante vaiado, ao passo que Dan Henderson recebeu muitos aplausos. O curioso é que ambos são americanos. No geral, o evento transcorreu de forma tranquila, com todos os 22 lutadores batendo o peso sem precisar sequer de toalha, assim como já havia contecido no TUF Brasil 2 Finale, em Fortaleza, e sem nenhuma encarada quente.
Além de Henderson, outro que foi bem festejado pelo público foi Roy Nelson. O "Gordinho do UFC" vai encarar Stipe Miocic. E foi na pesagem deles que subiu ao palco um garotinho que roubou a cena por alguns instantes. O apresentador Joe Rogan deu a ele o microfone para anunciar os pesos dos dois atletas. Ele seguiu lá em cima até o fim e cumprimentou Hendo.
O momento mais divertido ficou por conta de Pat Barry e Shawn Jordan. Amigos há bastante tempo, eles não conseguiram segurar o riso na hora da encarada. Ryan Jimmo, que enfrenta Igor Pokrajac, também divertiu a plateia ao fazer sua clássica dancinha do robô antes de subir na balança.
O canal Combate também exibe o evento ao vivo no sábado desde as 19h30m (de Brasília), com a exibição do programa Countdown. As lutas começam às 20h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real a partir de 19h30m e transmite ao vivo o primeiro duelo da noite, entre Yves Jabouin e Dustin Pague, pela categoria dos galos.
UFC 161
15 de junho de 2013, em Winnipeg (CAN)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Rashad Evans (93,4kg) x Dan Henderson (92,5kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Roy Nelson (117,9kg) x Stipe Miocic (110,2kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Ryan Jimmo (93,4kg) x Igor Pokrajac (93,4kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Alexis Davis (60,8kg) x Rosi Sexton (61,5kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Pat Barry (111,1kg) x Shawn Jordan (112,5kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Jake Shields (77,6kg)x Tyron Woodley (77,6kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Sam Stout (70,8kg) x James Krause (70,5kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Sean Pierson (77,3kg) x Kenny Robertson (77,3kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Roland Delorme (61,7kg) x Edwin Figueroa (61,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Mitch Clarke (70,5kg) x John Maguire (70,3kg)