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Análise e Pensamentos do RAW: O momento mais feliz para um fã de wrestling


O RAW foi ao Texas para trazer-nos mais desenvolvimentos e afirmações de feuds em direção ao Summerslam. Foram destaques as figuras de Daniel Bryan e CM Punk e nos próximos parágrafos vamos separar o joio do trigo pelas três horas mais emocionantes da televisão americana.

Agradeço a todos pela boa recepção do meu artigo de regresso na semana passada. Infelizmente as férias de inverno estão se esgotando e por isso existe uma incerteza se estarei aqui na semana que vem. De qualquer das formas, faça como o Snitsky e sorria.

Sempre admirei e talvez não seja segredo para quem lê minhas análises, ao World's Strongest Man Mark Henry. Acredito que dos super heavyweights da WWE e do wrestling em geral, ele consegue facilmente se enquadrar nos melhores. Desde sua forma de combater no ringue ao modo como age com o microfone e ao interpretar um papel. Ele é um excelente ator.

Já ouvi muitos dos maiores de sempre dizendo que uma lenda cuida dos meros detalhes. E quem viu os poucos segundos de Henry, esboçando expressões faciais e movimentando-se ao esmero dos The Shield, que desciam em direção ao ringue, sabe que ele é uma lenda. Mark consegue e agora se prova, sair tão bem como face do que como heel. E para ele faz um bem aliar-se com os Usos. Os Usos apesar de serem fracos na empresa são faces queridos do público e ao mesmo tempo Mark é um antigo campeão mundial. Para o Summerslam, na possível six-man tag team match, anseio em ver as duas partes trabalhando em coesão mas para visar o futuro e o quê essa relação poderá cooperar para a evolução tanto da dupla quanto do combatente agora herói.

O segmento saiu-se bem, porém estranho ter sido colocado em um hora do show que pede por mais importância. Ou talvez a WWE esteja finalmente abrindo os olhos e vendo que Henry é importante e que o trio de justiceiros precisa recuperar a importância que tinha meses atrás, antes de serem derrotados várias vezes, sempre de maneira abrupta.

Sheamus vs. Alberto del Rio foi uma contenda mediana para abrir o show. Confesso não gostar deste combate pois os dois lutadores não me apetecem. Del Rio vem ganhando conceito comigo apartir de seu último heel turn, onde pôde estar talvez em um nível que não tínhamos visto ainda. O problema é que enquanto não arranja feud, ele vai se perdendo e junto com isso perde o processo de afirmação do seu reinado como vilão. Já o Great White faz figura de patético. Não sei dizer se ele tem sequer condições de ser o mesmo pálido que ficava dourado de tanto surrar Goldust nos bons tempos da WWECW. É adiantado da minha parte dizer, mas prefiro um heel turn dele, do que de Randy Orton.

Por mais que não tenha aparecido no show, devo abrir um parágrafo para o Viper. É ruim notar que as notícias da semana passada se confirmam e que ele ficará de fora da WWE até o Summerslam para lá fazer o cash-in de surpresa. Digo ruim pois não gosto de obviedade e cheguei a torcer contra Daniel Bryan na Money in the Bank para confirmar esse paradigma.

No combate Christian vs. Titus O'Neil, o que mais me chamou a atenção foi Michael Cole a dizer que os Primetime Players vão se focar na divisão de singulares. Não que eu queira-os separados, pois das duplas da WWE eles são meus favoritos. Acontece que já cheira a Usos o panorama desta dupla, ou seja, ficarão anos no limbo até serem chamados para contenders, depois perderem e desaparecerem por mais anos. E eu quero que pelo menos se faça um aproveitamento. Ora do bom talento de O'Neil dentro do ringue e ao microfone, ora da vontade e rapidez de Darren Young.

Mais cedo falei do quanto ficar sem feuds pode atrapalhar Alberto del Rio e a prova disto é Fandango. O dançarino saiu de possivelmente um campeão Intercontinental no Payback para alguém que faz jobs. Tudo culpa de uma lesão. A fogueira da feud entre Cody Rhodes e Damien Sandow se acende pouco a pouco e na minha opinião isto é bom, para que não ajam pessoas se queimando pelo fato de um push acontecer rápido demais. Se até duas semanas atrás Sandow era jobber, construam-no com calma agora, pois os caminhos estão aí de gente que fez o cash-in apressadamente (Jack Swager) e de pessoas que o construíram com meses e qualidade (Dolph Ziggler. Vocês provavelmente vão achar que o exemplo de Ziggler é ironia, mas eu tenho total fé em um reinado mundial longo e bom para o Show Off até o final de 2014. Pode parecer longe, mas acreditem que valerá a pena. Seu face turn é uma das melhores coisas a terem acontecido)

CM Punk e Paul Heyman novamente estiveram em alto nível no seu concerto. Eu devo imaginar como os dois ficam felizes em trabalhar juntos, um contra o outro.

Antes, quando aliados, não podiam ter promos longas em que os dois mostrassem qualidade parelha, algo que acontecesse agora, só que ainda melhor. Parece uma batalha, onde cada um quer mostrar mais de suas mic skills e tendo-se em conta que são dois senhores no microfone isso sempre sai bem. Sobretudo quando Punk está intenso e tem um tema fixo e bem desenvolvido para falar. Punk é muito chato quando estagnado em promos solo a falar sem rumo. Mas após os últimos acontecimentos é sempre bom o ver furioso e prestes a esganar Heyman com palavras. Heyman é calmo mas consegue incitar fúria em qualquer um que seja ser humano. Sua brincadeira com o público do Texas foi genial.

Fico ansiosamente no aguardo do combate entre Punk vs. Lesnar que sequer irá chegar a qualidade do seu build-up, digno de feud do ano, mas mesmo assim já nos deixa alegres. Duas semanas, dois segmentos cinco estrelas. Esplendido!

Rob Van Dam teve um combate curto, não necessariamente algo ruim para alguém cansado. É normal que não se possam abrir 20 minutos para Van Dam dar shows todas as semanas, mas é preocupante que nem todos seus combates serão contra Jericho. Com isto quero dizer que por mais que admire e seja fã de RVD, ele necessita de treino para chegar a um bom ritmo e quando estiver apto em combates longos, consiga outra vez mostrar o porquê de ser Mr. Monday Nights. Um mistério é, todavia, o motivo de mesmo sendo tão lento continuar sendo tão eletrizante para os espectadores.

Daniel Bryan passou por uma gauntlet match. Bom ser main event e ainda um main event longo para o show. Sendo uma gauntlet, lutadores como Swagger e Cesaro puderam mostrar qualidade e isto deixa-me feliz (Vince é que não ficará feliz depois de ver os ratings)

Eu não deveria ficar porque ainda depois de 5 anos espero o dia em que possa dizer que Jack Swagger é um bom lutador. Esse dia pode nunca chegar, acreditem.

Cesaro e Bryan me surpreenderam. Pensei que teriam uma contenda curta mas acabaram por roubar o show em algo simples mas que parou o tempo do show e quase que os transportou de volta as indys. A sequência de uppercuts de Cesaro foi algo tão bom, mas tão bom que valeu ter visto o RAW. Por si só. Como no caso de Swagger, ainda espero um dia em que Cesaro e Bryan possam combater em uma longa feud que tenha várias contendas e todas com tempo agradável. Espero que esse dia chegue.

Os dois são os melhores lutadores in-ring da empresa e provaram aqui como, mesmo não dando o seu máximo, conseguem fazer a arena suspirar e bradar This is Awesome. Foi um momento incrível para ambos os wrestlers, principalmente para o suíço que combatia no main event de um RAW. A WWE merece palmas por dar também tanta duração à maestria da dupla.

Ryback foi o cebo de sempre no ringue. Mas quando ele começou a gritar Yes ele me relembrou que tem talento para um monstro de certa forma carismático. O se não desta história fica que dentro do ringue, repito, não há jeito. Então ele precisa ser alguma coisa que não o meta dentro das oito cordas, já que consegue ser carismático até certo ponto.

O final do programa foi péssimo. Para consertar, colocava-se Bryan a vencer limpo. Depois Maddox anunciava que Cena estaria numa gauntlet na semana que vem e que Daniel batalharia Kane. Deixar o Ryback escapar ileso do RAW sem perder via pinfall ou submission para o contender ao WWE Title é não acreditar que o push seja o caminho certo. E se é isso que a WWE pensa, Bryan será apenas a sombra dos grandes. Um underdog.


RVD usou de 3 golpes para vencer. Isto o faz inferior a John Cena, que tem 4 golpes.

Brad Maddox não sabe em que trem entrar e de que trem sair

Eu entraria no da Stephanie McMahon...

de 10 anos atrás

O que a WWE quer com Booker T e Teddy Long? Tirar leite de pedras?

Vou contar uma história nas próximas linhas e reparem no drama:

A WWE faz um segmento com divas para promover um novo reality show
duas divas são novas
então a WWE tenta tornar conhecida uma delas
em um segmento que pode ser o pior da história
mas a WWE está lá para tentar que após este segmento
que pode ser o pior da história
todo mundo se lembre da ruiva que deu um tapa na face de Jerry Lawler
(não falei o nome porque não me lembro)
Não me lembro porque num segmento sem sentido
que pode ser o pior da história
onde a ÚNICA (atenção: ÚNICA) coisa importante era deixar conhecida a ruiva
Brie Bella deixou as mamas a mostra e isso, meus amigos,
aniquila quaisquer chances de alguém se lembrar deste MizTV de alguma outra forma
que não sejam os peitos sem silicone da mulher de Daniel Bryan

A moral da história é que a WWE perdeu tempo de televisão tentando dar atenção a ruiva, quando a real atenção do segmento aconteceu nos segundos iniciais. Mas eu não sou senhor da razão, então se alguém terminou o Monday Night RAW de ontem lembrando-se da ruiva (ou se alguém souber sequer o seu nome), sinta-se a vontade de deixar sua opinião nos comentários.

Abaixo eu deixo para vocês o momento mais feliz para um fã de wrestling. Sem mais a dizer, me retiro, sem a certeza de voltar na semana que vem.


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