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Mac in Touch #42 - "Sete cães a um osso"


Mais um Mac in Touch. Respondendo desde já ao anónimo que perguntou se eu não responderia a todas as questões a partir de uma determinada edição: bem, eu tencionei fazê-lo mas terei que fazer um mea culpa pois não me foi possível dar atenção aos comentários, e quando isso aconteceu houve pouco sumo, embora tivesse respondido a algumas virgens ofendidas por aqui......

Mas fica agora a promessa de um investimento mais forte no que toca ao tempo a dar ao meu tempo para a resposta direta nas caixas de comentários deste e outros artigos. Agradeço a todos os que comentaram o meu último artigo e espero que haja mais "requests" relativos a ROH e outras indys que também merecem ser analisadas por nós e pedidas por vós, leitores.

O texto desta semana é mais main-stream devido à falta de imaginação de quem vos escreve. Lamento brindar-vos com um tema não tão original como a previsão do Money in the Bank deste Domingo, apesar de também ser necessário. Aqui fica:

Sete cães a um osso

As resmas de papéis entre livros e apontamentos saem da secretária, e a espera por, finalmente!, um Domingo de ressaca, começa a fazer sentir-se. Mas não desespere quem espera porque, felizmente (para quem, como muita gente, acabou os exames esta semana), está próximo... aliás, é já o próximo! E melhor, tem um PPV incluído! O Money in the Bank de 2013 realiza-se já no próximo Domingo e os fãs de wrestling em Portugal têm finalmente a oportunidade de ver um PPV em direto e em português sem a preocupação de acordar cedo no dia seguinte. Bem, na generalidade dos casos.

O evento não é um qualquer e tem ganho notoriedade ao longo dos anos da sua realização, nomeadamente com as conquistas de Kane em 2010, o enorme combate entre CM Punk e John Cena pelo título da WWE em Chicago no ano de 2011, assim como o evento sólido e consistente que tivemos no ano passado.

Pode antever-se mais uma noite inesquecível, indo ao encontro da tendência dos últimos anos (que tanto têm deliciado os fãs de wrestling recém-folgados)? Bem, o cartaz poderia ser mais apelativo, mas com certeza que teremos um bom show, novamente.

Começando pelo que poderá não resultar: teremos um Jericho-Ryback que teve 0 de construção da rivalidade na última RAW (Y2J parecia mais virado para o título Intercontinental e Ryback para servir de consolo e procurar o agenciamento de Vickie Guerrero, o que a confirmar seria algo lógico). Não duvido que o canadiano não nos proporcione nada menor que um combate sólido, mas deveríamos ter acesso a uma maior antecipação... tal como, de resto, o embate entre The Miz e Curtis Axel. Neste caso, não temos falta de preparação e a storyline até tem sido bem construída, o problema está na desorientação de Miz enquanto babyface e no desgaste sofrido pela personagem... para além disto, o ex-campeão da WWE não costuma ser um primor no ringue, algo que até, ainda assim poderá ser atenuado por Curtis Axel, que se tem apresentado a um nível alto e como um bom campeão Intercontinental  - não só ele pode reclamar méritos, como também a WWE, com todo o agenciamento da parte de Paul Heyman e a presença assídua do lutador, bem como as vitórias do lutador... exceção feita à última RAW, onde se cometeu a asneira de lhe terminar a streak frente a Jericho, um lutador que gosta de elevar talento e está lá para isso (e nós, público, sabemos e temos a sensação de que não perde um pingo de credibilidade enquanto personagem, ao fazê-lo).

A qualidade destes combates não deverá ser má, a antecipação dos combates e o apelo para que estes sejam vistos é que foram mal explorados, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com o AJ Lee-Kaytlin / Ziggler-Del Rio. Há a sensação de perigo iminente neste conjunto de combates, com uma previsível mudança de AJ Lee contra o seu namorado, havendo, paralelamente a esta história, dois bons alicerces motivacionais em cada contenda – Kaitlyn e AJ têm se provocado mutuamente, infernizando a vida uma da outra, nos quais AJ se tem mostrado a bom nível; Ziggler e Del Rio têm conseguido deixar passar para o público a sensação de uma rivalidade intensa e agressiva entre ambos que só dignifica o título Mundial. Se o primeiro combate poderá não ter a qualidade de PPV, o segundo será com certeza uma batalha entretida, com motivos de sobra para ser acompanhado e antecipado.

Sobram três combates: os Money in the Banks e o Cena-Henry pelo título da WWE. Este último poderá não ser muito bom da perspetiva técnica, mas só a promo do World’s Strongest Man aquando da simulação da sua reforma será algo que deixará qualquer um que goste de wrestling de olho atento a este confronto, que tem posto em alta consideração o título da WWE depois das declarações de Henry, assumindo ou dando a entender que poria o título ou a oportunidade de o conquistar acima da própria família. Cena não tem reagido horrivelmente mal, deixando espaço para “quem sabe” fazer o trabalho, o que também contribui para a antecipação de um combate que poderá ter um vencedor inesperado... e que depressa se tornará derrotado caso haja um “cash in” imediato diretamente do vencedor do combate Money in the Bank (MITB) relativo ao título da WWE – imagino Daniel Bryan a vencer, creio que essa é também a aposta do público em geral, e não me pareceria descabido que a WWE oferecesse o título da companhia a Mark Henry por período transicional de... dois minutos, mantendo-o, contudo, no panorama maior da hierarquia. Teremos, sem dúvida, bons combates nos “ladder matches”, ainda por cima em Filadélfia, com Rob Van Dam a marcar presença num deles, e todo o “buzz” criado à volta do seu regresso. Promete muito, não só pelos nomes que tem o combate MITB relativo ao título da WWE, mas também pela imprevisibilidade do combate MITB relativo ao título Mundial de pesos-pesados que poderá ter qualquer vencedor e seguir um padrão lógico sem afetar muito a credibilidade de cada um dos lutadores, isto é, qualquer um dos que se irão enfrentar poderá subir na hierarquia e estar na luta pelo título Mundial. O único senão será a ausência de storylines “palpáveis” a rondar estes combates e a deslocação de heels para um lado e faces para o outro... mas como essa linha já quase parece não existir na WWE atual e como se prevê show com qualidade de sobra, tolera-se essa pequena ousadia experimental da parte da WWE para com os seus fãs.
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